Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * * * PROTEÍNA Curso: Superior em Tecnologia de Alimentos Disciplina: Fundamentos de Bioquímica Professora: Cristiane Bourscheid * * Proteínas As proteínas podem ser formadas por uma ou mais cadeias polipeptídicas; Contêm geralmente mais de 50 aminoácidos e desempenha uma função específica; Todas as proteínas, com poucas exceções, contêm todos os 20 aminoácidos; * * Funções das proteínas As proteínas desempenham um grande número de funções biológicas nas células: Enzimas Proteínas transportadoras (hemoglobina transporta oxigênio) Proteínas estruturais (cartilagem, tendões, músculos, colágeno) Proteínas de defesa (anticorpos) Proteínas reguladoras (hormônios – insulina) Proteínas nutrientes ou de armazenamento (albumina do ovo e caseína do leite Proteínas de motilidade ou contráteis (actina e miosina) * * Proteínas * * Proteínas * * Estrutura das proteínas A organização espacial da proteína é resultante do tipo de aminoácido que a compõe e de como eles estão dispostos uns em relação aos outros. As proteínas podem apresentar quatro níveis de organização, denominados: * * ESTRUTURA PRIMÁRIA * * Estrutura primária A sequência de aminoácidos em uma proteína. * * Estrutura primária Ligação peptídica Proteínas: aminoácidos unidos covalentemente por ligações peptídicas, as quais são ligações amida entre o grupo α– cabonila e de um aminoácido e o grupo α–amino de outro. Rompimento ou hidrólise das ligações peptídicas: AQUECIMENTO PROLONGADO + ÁCIDO OU BASE FORTE * * Estrutura primária Ligação peptídica * * Estrutura primária Ligação peptídica Nomenclatura do peptídeo: Resíduo cada aminoácido que compõe um peptídeo. Ex: valina + alanina = Valilalanina Polipeptídeoligação de muitos aminoácidos por ligações peptídicas resulta em uma cadeia não-ramificada. Sufixo = il Ex: valina N-terminal + glicina + leucina C-terminal = valil-glicil-leucina * * Estrutura primária Ligação peptídica Características da ligação peptídica: A ligação peptídica geralmente é uma ligação trans; Os grupos –C=O e –NH da ligação peptídica são polares e estão envolvidos em pontes de hidrogênio. * * ESTRUTURA SECUNDÁRIA * * Estrutura secundária A estrutura secundária descreve as estruturas regulares bidimensionais formadas por segmentos da cadeia polipeptídica. Organizações das estruturas secundárias: α-hélice enrolamento da cadeia ao redor de um eixo; Folha β pregueada interação lateral de segmentos de uma cadeia polipeptídica ou de cadeias diferentes. Estrutura secundária não-repetitiva organizada com estruturas repetitivas como a α-hélice e/ou as folhas β. * * Estrutura secundária α-hélice: Estrutura helicoidal esqueleto polipeptídico central em espiral e bem compacto, com cadeias laterais dos aminoácidos estendendo-se para fora do eixo central; Pontes de hidrogênio paralelas ao eixo da hélice. Passo de 0,54nm e apresenta 3,6 resíduos de aminoácidos por volta. Proteínas que contém α-hélice: queratina e mioglobina. * * Estrutura secundária α-hélice: * * Estrutura secundária Folha β pregueada Todos os componentes da ligação peptídica estão envolvidos com pontes de hidrogênio; As pontes de hidrogênio são perpendiculares ao esqueletos polipeptídicos; Compostas por 2 ou mais cadeias peptídicas; * * Estrutura secundária Folha β pregueada * * Estrutura secundária Folha β pregueada As cadeias polipeptídicas podem estar dispostas de dispostas de forma antiparalela ou paralela; Folhas β dobradas frequentemente formam a parte central de proteínas globulares. * * Estrutura secundária Estrutura secundária não-repetitiva Aproximadamente a metade de uma proteína globular média está organizada em estruturas repetitivas como a α-hélice e/ou as folhas β. As proteínas globulares são constituídas pela combinação de elementos estruturais secundários (α-hélice, folhas β e sequênciais não-repetitivas). Formando o interior da molécula. * * Estrutura secundária Estrutura secundária não-repetitiva * * ESTRUTURA TERCIÁRIA * * Estrutura terciária A estrutura terciária descreve o dobramento final da cadeia polipeptídica por interação de regiões com estrutura regular (α-hélice ou as folhas β pragueada ou de regiões sem estrutura definida); A estrutura primária de uma cadeia polipeptídica determina sua estrutura terciária; Ocorre por ligações não-covalentes, que são consideradas fracas (4-30kJ.mol-1), quando comparadas as ligações covalentes (200kJ.mol-1). * * Estrutura terciária As cadeias laterais hidrofóbicas são posicionadas no interior, enquanto os grupos hidrofílicos geralmente são encontrados na superfície da molécula. * * Estrutura terciária Interações que estabilizam a estrutura terciária A estrutura tridimensional única de cada polipeptídeo é determinada por sequência de aminoácidos; As interações entre as cadeias laterais dos aminoácidos direcionam o dobramento do polipeptídeo para formar uma estrutura compacta; Quatro tipos de interações: Pontes de dissulfeto Interações hidrofóbicas Pontes de hidrogênio Interações iônicas * * Estrutura terciária Pontes de dissulfeto * * Estrutura terciária Interações hidrofóbicas * * Estrutura terciária Pontes de hidrogênio * * Estrutura terciária Interações iônicas * * Estrutura terciária Etapas no dobramento proteíco * * ESTRUTURA QUARTENÁRIA * * Estrutura quartenária A estrutura quartenária descreve a associação de duas ou mais cadeias polipeptídicas (subunidades), para compor uma proteína funcional oligomérica. Mantida por ligações não-covalentes. * * Estrutura quartenária A molécula de hemoglobina, por exemplo, é formada por quatro cadeias polipeptídicas, associadas por interações hidrofóbicas, pontes de hidrogênios e interações eletrostáticas. * * Desnaturação de proteínas Definição: a desnaturação protéica resulta no desdobramento e na desorganização das estruturas secundárias e terciária, sem que ocorra hidrólise das ligações peptídicas. Agentes desnaturantes: Calor (abaixo de 100oC) Solventes orgânicos Agitação mecânica Ácidos ou bases fortes (ácido clorídrico, ácido sulfúrico) Detergentes (compostos anfipáticos – dodecil sulfato de sódio (SDS)) rompendo as interações hidrofóbicas. Íons ou metais pesados (chumbo e mercúrio) * * Desnaturação de proteínas As proteínas desnaturadas, em sua maioria, uma vez desnaturada, ficam permanentemente alteradas, ou seja, irreversível. As proteínas desnaturadas são frequentemente insolúveis, exemplo: Albumina do ovo: aquecimento. Caseína do leite: leite acidificado por crescimento bacteriano. A desnaturação pode ser reversível: proteína dobra-se novamente em sua estrutura original, quando o agente desnaturante for removido. * * Referências CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; DALMAZ, Carla. Bioquímica ilustrada. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. viii, 533 p. MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 2. ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan, 1999. 360 p.