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Histórico EF

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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
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HISTÓRIA NO BRASIL
1822 - INDEPENDÊNCIA
50% da população composta por negros e outra parte por índios e mestiços.
Preocupação da classe dominante (branca) com rebeliões.
A miscigenação era vista como degeneração física e racial.
Acreditava-se que a Educação Física seria um poderoso recurso do eugenismo. 
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1851
Reforma Couto Ferraz - implementação da Educação Física, como ginástica, em nossas escolas.
Quem ministrava as aulas eram militares.
Médicos apoiavam a prática física como forma de aumentar a resistência física à doenças – higienista.
A Educação Física teria a função de desenvolver a aptidão física.
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1854
A ginástica passou a ser uma disciplina obrigatória no primário e a dança, no secundário. 
1882
Reforma do ensino – Rui Barbosa recomenda a ginástica como componente obrigatório para ambos os sexos nas escolas normais.
Reações distintas: o clero acreditava que isto traria uma exposição maior do corpo, com a possibilidade do pecado. Outros, que isto construiria uma nação mais saudável. E ainda, as classe dominantes associavam o movimento corporal ao trabalho escravo.
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Após proclamação da República - 1889
Por força da influência dos médicos higienistas a Educação Física se efetiva nos meios escolares.
"a Educação Física na escola é uma questão médica e não pedagógica, na medida em que quem define o conteúdo e 'permite' à criança participar ou não de uma aula é o médico. O professor desempenha um papel secundário, digamos assim, um papel auxiliar direto, um papel de executor de tarefas pensadas e fiscalizadas pelo médico". 
(SOARES, 1984, P. 234)
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DÉCADA DE 1920
Implementação definitiva da Educação Física no sistema escolar com o nome de ginástica.
Mas, neste momento, o que é levando em consideração é a necessidade de transformar o Brasil em um país industrial-exportador.
A Educação Física seria o instrumento de preparação da força física dos futuros trabalhadores.
Além disso existia a preocupação com os conflitos internacionais que estavam ocorrendo (I Guerra). Formação de um soldado/cidadão.
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DÉCADA DE 1930
Método Francês introduzido na educação civil. Obrigatório em todas as instituições de ensino por meio da Educação Física.
Essa idéia ganha mais força ainda quando Getúlio Vargas entra no poder apoiado pelas forças armadas (revolução de 30).
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1945 – Pós II Guerra Mundial
Declínio do modelo militarista, pois o governo de Vargas está em decadência.
A Educação Física assume então, uma concepção pedagogicista.
A constituição de 1946 determina o papel que a Educação Física Escolar deveria cumprir: meio de educação.
A Educação Física passa de um modelo anátomo-fisiológico para um bio-sócio-filosófico.
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1950
Apesar das mudanças não houve mudanças nas práticas dos professores.
Aos poucos os professores foram incorporando o modelo americano.
O discurso predominante na Educação Física é de que esta deve ser um meio da Educação, e que a educação do movimento é a única forma capaz de promover a chamada educação integral do ser humano.
(GUIRALDELLI, 1991)
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1961
O esporte começa a ocupar uma parte maior nas aulas de Educação Física.
Queria-se estabelecer uma contraposição aos antigos métodos de ginástica.
Há uma investigação maior na área do desenvolvimento da criança e do adolescente e esses estudos colocavam em cheque o formalismo e a rigidez na Educação Física Escolar. 
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1964 – DITADURA MILITAR
A concepção anterior é reprimida.
O tecnicismo entra em cena, pois o ensino era visto como uma maneira de se formar mão-de-obra qualificada.
A Educação Física passa a ter um caráter instrumental reforçado. A aptidão física é eleita como elemento de orientação dos planejamentos.
O jogo era tido como um instrumento, mas dentro de uma perspectiva de aquisição de habilidades e capacidades físicas.
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1969 - 1971
Promulgada a lei 5.540/69
Determina a obrigatoriedade da Educação Física no ensino superior com características somente prática.
Promulgada a lei 5.692/71
Determina a obrigatoriedade da Educação Física nos estabelecimentos de 1º e 2º graus. Mas também somente como práticas corporais.
Decreto-lei 69.450/71
Determina a Educação Física somente como atividade.
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DÉCADA DE 1970
Na escola a iniciação esportiva se torna o elemento central dos conteúdos desenvolvidos a partir da 5ª série.
Busca-se a descoberta de novos talentos para as competições internacionais.
Esse modelo é chamado piramidal. Seleciona-se alunos para participarem das competições estudantis e posteriormente ingressarem em clubes.
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Essa mudança no referencial de análise considerava a natureza da área, não só nos seus aspectos biológicos, mas em suas dimensões psicológicas, sociais, cognitivas e afetivas, concebendo o aluno como um ser humano integral.
A Educação Física Escolar, na busca de uma aproximação com as ciências humanas, procurava estabelecer relações com diferentes teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas, para formular possíveis abordagens que pudessem articular as múltiplas dimensões do ser humano 
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DÉCADA DE 1980
O Brasil não se torna uma potência olímpica e nem econômica. Isto provoca uma crise no sistema, colocando em xeque os pressupostos da Educação Física Escolar.
Em 1985 Tancredo Neves se elege. A Educação Física se apóia nos movimentos “renovadores”. Isto ocasiona uma crítica interna.
Tirava da escola a função de promover os esportes de alto rendimento e adotou como referência o desenvolvimento psicomotor do aluno.
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Nesse mesmo período, foram criados cursos de pós-graduação em Educação Física, ampliando-se o número de congressos e encontros regionais de profissionais da área, o que gerou um aumento na quantidade de publicações.
A Educação Física Escolar passou a ser discutida sob a influência das teorias críticas da educação, questionando-se seu papel e sua dimensão política.

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