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FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS

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SOLUÇÃO DOS CONFLITOS
Profª Drª Katiane América
A forma de proteger foi atacando, porque o outro esperava isso.
A filosofia que predomina é: o importante é que a outra pessoa perca e que eu ganhe!
A fórmula era: para eu ganhar o outro tem que perder.
O Conflito
A preocupação em encontrar respostas para os conflitos sempre existiu na vida dos seres humanos, especialmente em razão da oposição de interesses a que são submetidos, seja em relação aos conflitos intrapessoais, que são aqueles conflitos inerentes à própria pessoa, seja em razão de conflitos interpessoais, que são os decorrentes da necessidade de interação uns com os outros.
Sendo assim, os conflitos poderão ocasionar tanto aspectos positivos, quando se propicia um pleno desenvolvimento da espécie e do meio ambiente, quanto aspectos negativos, quando não se encontra uma solução para o problema proposto, o que inevitavelmente resultará em litígio que exacerbará os processos nos sistemas judiciários.
Processo ou estado em que duas ou mais pessoas divergem em razão de metas, interesses ou objetivos individuais percebidos como mutuamente incompatíveis”. Todavia, verifica-se que essa definição está incompleta, pois o conflito pode ser também intrapessoal, dessa forma prescinde de duas ou mais pessoas, podendo existir uma única pessoa em conflito consigo mesma, chamado de conflito intrapessoal.
Para Carnelutti (2000, p.2), o litígio pode ser identificada como uma forma de externar o conflito em um processo, o que se denomina de lide “interesses qualificados por uma pretensão
 resistida”. Nessa hipótese, o conflito transcende para uma esfera de pretensão deduzida em juízo, através do acesso à justiça, no qual poderá existir uma controvérsia total ou parcial entre as partes.
Verifica-se que o sistema de justiça brasileiro adotou o civil law, decorrente do sistema Romano-Germânico, o qual prevalece a produção legislativa, segundo o art. 5º, inciso II da
CRFB/1988, que dispõe “ninguém será obrigado a fazer ou deixar fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, enquanto nos Estados Unidos foi adotado o sistema common law, no qual predomina a jurisprudência.
DE QUE FORMA UM CONFLITO É RESOLVIDO? 
 Autotutela ou Autodefesa - pela imposição da vontade de uma parte sobre a outra;
Heterocomposição - as partes terceirizam a solução do conflito e o terceiro imparcial julga aplicando o direito ou a equidade, no caso concreto, via de regra, a jurisdição estatal;
Autocomposição - as próprias partes, entre elas ou com a mera colaboração de terceiro(s), encontram a solução.
AUTOTUTELA OU AUTODEFESA
 A autotutela define-se como um método de composição de litígios, determinado pela ausência de um juiz, independente e imparcial e pela imposição da vontade de uma parte sobre a outra, são elementos que a caracterizam:
–           Defesa própria,  por si mesmo;
–           Forma mais primitiva de resolução dos conflitos;
–           Ausência de autoridade estatal acima dos indivíduos;
–           Emprego da força;
–           Lei do mais forte;
–           Imposição da decisão de uma das partes à outra.
AUTOTUTELA NO ESTADO MODERNO
Nas sociedades modernas, o Estado assumiu para si o poder-dever de solucionar os conflitos. O Estado substituiu-se às partes, incumbindo a ele a almejada solução para o litígio.
No entanto, existem no ordenamento jurídico hipóteses excepcionais em que o Estado, ciente de sua incapacidade de estar presente em todas as situações possíveis, permite ao titular de um direito a autotutela:
 Exceções nas quais é admitida a autotutela nos dias de hoje:
Art. 188, I CC (legítima defesa )
Art. 188, II CC (estado de necessidade)
HETEROCOMPOSIÇÃO
Formas imparciais de soluções de conflitos (por ato de um terceiro):
Jurisdição
Arbitragem
DA JURISDIÇÃO
A jurisdição se exerce através do processo, que, no momento, pode-se conceituar como sendo o instrumento por meio do qual os órgãos jurisdicionais atuam para pacificar as pessoas conflitantes, eliminando os conflitos e fazendo cumprir o preceito jurídico pertinente a cada caso que lhes é apresentado em busca de solução.
Processo é o instrumento de que se serve o Estado para, no exercício da sua função jurisdicional, com a participação das partes e obedecendo ao procedimento estabelecido na legislação processual, resolver os conflitos de interesses, solucionando-os.
ARBITRAGEM
A arbitragem – meio alternativo de solução de controvérsias através da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nela, sem intervenção estatal, sendo a decisão destinada  a assumir a mesma eficácia da sentença judicial.
Trata-se de mecanismo privado de solução de litígios, por meio do qual um terceiro, escolhido pelos litigantes, impõe sua decisão, que deverá ser cumprida pelas partes.
No Brasil, o diploma legal que atualmente rege a Arbitragem é a Lei nº.  9.307, de 23 de setembro de 1996.
 AUTOCOMPOSIÇÃO
Solução solidária
Desistência
Submissão
Transação
 Representa uma forma mais evoluída de resolução dos conflitos e implica em uma convenção entre as partes litigantes, para mediante concessões unilaterais ou bilaterais, porem fim à demanda. Os métodos de transações são chamados de MEIOS “ALTERNATIVOS” DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS: São eles:
Mediação
Conciliação
Negociação
MEDIAÇÃO
É o método consensual de solução de conflitos, que visa à facilitação do diálogo entre as partes, para que melhor administrem seus problemas e consigam, por si só, alcançar uma solução.
“ É uma técnica não-adversarial de resolução de conflitos, por intermédio da qual duas ou mais pessoas (físicas, jurídicas, públicas, etc.) recorrem a um especialista neutro, capacitado, que realiza reuniões conjuntas e/ou separadas, com o intuito de estimulá-las a obter uma solução consensual e satisfatória, salvaguardando o bom relacionamento entre elas”.
Benefícios da Mediação
Celeridade e eficácia de resultados
Garantia de privacidade e sigilo
Redução do desgaste emocional e custos financeiros
Redução da duração e da reincidência dos litígios
Benefícios da Mediação
Elaboração psicológica do rompimento e planejamento a vida futura
Facilitação da comunicação e promoção de ambientes cooperativos
Diminuição da violência
Redução da duração e da reincidência dos litígios
CONCILIAÇÃO
A conciliação é o negócio jurídico em que as partes respectivas, com assistência de terceiro, põe um fim a conflitos entre elas existentes.
NEGOCIAÇÃO
A negociação tem sido visto mais como uma técnica para auxiliar os meios alternativos de resolução de conflitos, sem ela não se faz um bom conciliador, um bom mediador, um bom árbitro e até mesmo um bom juiz, daí a sua importância como meio de dirimir conflitos.
Valor Fundamental da Negociação
A negociação deve ser cooperativa, pois não tem por objetivo eliminar excluir ou derrotar a outra parte. Nesse sentido , ela adota conforme a natureza da relação interpessoal, um modelo integrativo ou um modelo distributivo.
Técnicas de negociação adotadas nas mediações
Separar as pessoas do problema;
Concentrar-se nos interesses e não nas posições;
Identificar opções de ganhos mútuos: superar o julgamento prematuro, a busca de uma resposta única, a pressuposição de porção fixa e pensar que o problema do outro lhe é estranho.
Insistir em critérios objetivos;
Conhecer suas chances de retirada.
É preciso pensar no que podemos fazer juntos para solucionar o problema que nos envolve.

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