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Diabetes Gestacional

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DIABETE GESTACIONAL
BEATRIZ QUEIROZ MAGALHÃES
CAMILA RODRIGUES GAMA
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INTRODUÇÃO
Durante a gravidez, a placenta, órgão responsável pela nutrição do feto, aumenta muito a produção dos hormônios estrógeno, prolactina e progesterona no corpo da mãe. Esses hormônios interferem na ação da insulina. A mãe precisa, então, aumentar a sua produção de insulina pelo pâncreas para que a glicemia fique como antes, em níveis normais.
Por várias razões: obesidade, vida sedentária, estresse, herança (diabetes na família), envelhecimento, algumas mães não conseguem aumentar seus níveis de insulina circulantes, aparecendo o diabetes durante a gravidez.
Diabetes gestacional (DG) é a intolerância á glicose durante a gestação. Cerca de 2,4 a 7,2% das gestantes apresentam a DG, sendo que é mais comum manifestar-se entre as 24 e 28ª semana da gravidez. Durante a gestação são produzidos muitos hormônios que provocam dificuldade na ação da insulina, fazendo com que a glicose não seja o utilizada totalmente, provocando o aumento de glicose no sangue (hiperglicemia).
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FISIOPATOLOGIA
DMG é fisiopatologicamente similar ao Diabetes Mellitus tipo 2. Aproximadamente 90% das pacientes com DMG tem uma deficiência de receptores de insulina (prévia a gestação). Como na DM tipo 2, as mulheres que desenvolvem a DMG são aquelas com sobrepeso ou obesidade. As pacientes têm um apetite aumentado, secundário ao excesso de insulina. Assim, um círculo vicioso de excesso de apetite com um ganho de peso.
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FATORES DE RISCO
- Idade acima de 25 anos; 
- Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual; 
- Deposição de gordura no tronco;
- História familiar de Diabetes em parente de 1° grau; 
- Baixa estatura (1,50m); 
- Crescimento fetal excessivo, hipertensão; 
- Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia (peso excessivo do bebê) ou diabetes gestacional. 
- Presença de glicose na urina. 
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QUADRO CLÍNICO
Algumas mulheres grávidas com Diabetes Gestacional têm os sintomas do diabetes associados com a hiperglicemia (glicose alta no sangue). Estes incluem: 
- Sede aumentada 
- Diurese mais freqüente (urina aumentada) 
- Perda de peso, apesar do elevado apetite
- Cansaço 
- Náuseas ou vômitos 
- Infecções por fungos (candidíase vaginal, por exemplo) 
- Visão turva 
- Urinar muito (poliúria); 
- Ter sede exagerada (polidipsia); 
- Comer muito (polifagia); 
- Alteração exagerada de peso (perda ou ganho); 
- Cansaço;
- Fraqueza; 
- Desânimo. 
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DIAGNÓSTICO
O Diabetes Gestacional normalmente é diagnosticado durante a o exame de rotina do tratamento pré-natal. Numa gravidez normal, os níveis de glicose estão aproximadamente 20% abaixo do que é visto em mulheres que não estão grávidas porque o feto em desenvolvimento absorve uma parte da glicose do sangue da mãe. O Diabetes é evidente se os níveis de açúcar no sangue forem mais altos que o esperado para a gravidez. 
Para a mulher que é está acima do peso, que tem uma história familiar de diabetes ou tem sintomas que sugerem o diabetes, é recomendável fazer o teste de tolerância à glicose já na primeira visita pré-natal. A maioria das mulheres que não se enquadram nesta categoria devem fazer o teste entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez. 
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TRATAMENTO
Pelo fato da diabetes gestacional prejudicar a mãe e o bebê, o tratamento deve ser inicado o quanto antes. O tratamento da diabetes gestacional visa manter os níveis de glucose no sangue iguais aos de mulheres grávidas que não têm diabetes gestacional. Também, o tratamento da diabetes gestacional sempre inclui dieta alimentar especial e atividade física periódica. Pode incluir também teste diário de glucose no sangue e injeções de insulina. O acompanhamento médico é fundamental para que o tratamento possa ser alterado na medida da necessidade.
O tratamento da diabetes gestacional ajuda a diminuir o risco de uma cesariana ser necessária para o parto devido ao tamanho do bebê. O tratamento correto possibilita a mulher conduzir a gravidez e o parto saudáveis, e pode ajudar a evitar futuros problemas de saúde para o bebê.
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Objetivos:
Diminuir glicemia; 
Diminuir taxa de macrossomia (peso elevado do bebê); 
Evitar para o bebê a queda de açúcar no sangue (hipoglicemia) no parto; 
Diminuir índice de cesariana.
O Diabetes Gestacional é inicialmente tratado com planejamento alimentar e exercícios físicos.
Exercícios físicos: aumentam a passagem de glicose do sangue para o interior das células, reduzindo os níveis sanguíneos. Mesmo pessoas com algumas carências especiais durante a gravidez, podem nadar e/ou caminhar.
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Terapia Insulínica 
A Terapia Insulínica será utilizada e indicada pelo médico, caso haja dificuldade para atingir resultados satisfatórios somente com a dieta.
Indicação: 
Taxas de glicose em jejum = acima de 105 mg/dL 
Taxas de glicose quantificadas 2 horas após refeição = acima de 130 mg/dL. 
A insulinoterapia deve ser rigorosamente monitorada e controlada, uma vez que desvios de alimentação e exercícios podem desencadear quadros graves de hipoglicemia.
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EXAME
O controle do tratamento para o diabetes gestacional é feito através da monitoração dos índices da glicose sanguínea (glicemia). 
Laboratorial 
Glicosímetro 
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EFEITOS NO BEBÊ
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Não é só a mãe que sai prejudicada no diabetes gestacional. Toda a glicose elevada no sangue da mãe passa para o bebê. Para se defender dos efeitos nocivos da glicose elevada, o feto aumenta a sua própria produção de insulina. A insulina produzida ajuda na incorporação exagerada de glicose deixando a criança muito grande, também chamada de macrossômica, pesando cerca de 4kg a 4,5kg, Após o trabalho de parto, com o corte do cordão umbilical, ele não mais receberá o alto nível de glicose(da mãe), mas ainda terá um alto nível de insulina, o que provocará a hipoglicemia, podendo causar a morte do bebê.
O bebê utiliza açúcar da mãe para obter energia e cresce até nascer. Quando o açúcar da mãe está elevado, assim será o de seu bebê e então o bebê produz insulina para diminuir a quantidade de açúcar em seu sangue. O bebê pode utilizar o açúcar da mãe, mas não pode utilizar sua insulina, pois a insulina não pode atravessar a placenta.
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AMAMENTAÇÃO
Não haverá transmissão de diabetes ao bebê através do leite materno. A mãe deve manter uma boa saúde e comer as mesmas comidas que estão no programa de comidas da gravidez.
Logo que terminar de amamentar, a mãe deve fazer o necessário para perder todo o peso extra. E perder peso pouco a pouco da seguinte maneira:
- Realizar exercícios físicos.
- Evitar os açúcares simples e comidas ricas em gordura.
- Observar com cuidado a quantidade de comida ingerida.
- Comer três vezes ao dia.
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PREVENÇÃO
Normalmente o Diabetes Gestacional não pode ser prevenido. Porém, mulheres que estão acima do peso durante a gravidez têm um risco mais alto da doença, e o controle cuidadoso do peso antes da gravidez pode reduzir esse risco. Não são recomendadas dietas com muito baixa caloria durante a gravidez porque a nutrição adequada é importante para o feto. 
Complicações do Diabetes Gestacional podem ser prevenidas controlando cuidadosamente o açúcar no sangue e ser freqüentemente vista pelo obstetra ao longo de sua gravidez nas consultas pré-natais. 
Depois da gravidez, você pode reduzir o risco de desenvolver o diabetes tipo 2. Exercícios regulares e uma dieta de baixas calorias têm se mostrado eficazes para reduzir o risco de diabetes em pessoas que têm risco alto para o diabetes. O medicamento Metformin (Glicofage) pode ajudar a prevenir o diabetes em mulheres que elevaram um pouco os níveis de glicose no sangue fora da gravidez, mas que não têm níveis altos o bastante para serem rotuladas de diabéticas. 
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DEPOIS DA GRAVIDEZ
A diabetes gestacional usualmente desaparece depois da gravidez mas existe
uma chance de quase 70% que ela retorne numa gravidez futura. Em poucas mulheres, entretanto, a gravidez descobre diabetes do tipo 1 ou tipo 2. É difícil dizer se essas mulheres têm diabetes gestacional ou apenas diagnosticaram sua diabetes durante a gravidez. Essas mulheres precisarão continuar o tratamento da diabetes depois da gravidez.
Muitas mulheres que tiveram diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 anos depois. Parece haver uma relação entre a tendência para ter a diabetes gestacional e diabetes tipo 2, ambas envolvendo resistência à insulina. Certas mudanças básicas no estilo de vida podem prevenir a diabetes depois da ocorrência da diabetes gestacional.
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CONCLUSÃO
São poucas as mulheres que seguem tendo com Diabetes depois do parto. Aproximadamente 2% das mulheres com Diabetes Gestacional continuarão tendo Diabetes depois do parto.
Após o nascimento do bebê, a mãe necessitará de outra análise de seu sangue para assegurar que sua Diabetes desapareceu. Essa análise deve ser realizada entre a segunda e sexta semana do nascimento do bebê.
E o mais importante, se a paciente já foi acometida de Diabetes Gestacional, ela pode ter outra vez em sua próxima gravidez. E se voltar a ficar grávida, a paciente precisará informar ao médico que já fora acometida de Diabetes Gestacional. O médico novamente irá analisá-la para saber se há Diabetes Gestacional e deverá seguir as mesmas orientações e cuidados que teve anteriormente.

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