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ART NOUVEAU 1890 -1918 Cartazes: Toulouse Lautrec para jane Avril e Alphonse Mucha para cigarros JOB O movimento do Art Nouveau se iniciou na França e se expandiu por toda a Europa convertendo-se em um estilo internacional. Em inglês se conheceu como Modern Style, em alemão como Jugenstil e em italiano como Liberty ou Estilo Floreale. Este movimento está estreitamente ligado às correntes artísticas de fim de século que promoveram a imaginação, a expressão e o simbolismo na arte, mas também à produção industrial em série e ao uso de materiais modernos como o ferro, vidro e cimento. Diferentemente ao movimento Arts and Crafts, o movimento francês do Art Nouveau valorizava a racionalidade da ciência e da engenharia e acompanhava o crescimento da burguesia. Era uma nova geração que tinha nascido e crescido nas metrópoles. Desta maneira o Art Nouveau estabeleceu uma articulação estreita entre arte e indústria resultando numa alta qualidade estética dos objetos. O Art Nouveau foi o primeiro fenômeno de moda em que as tendências da arte eram aplicadas aos objetos. A moda é uma novidade que toma conta de todos os aspectos da vida. Isto foi possível no contexto de uma sociedade que já contava com uma rápida propagação das ideias e os costumes pelos meios de transporte e comunicação e que contava com um mercado entusiasmado pelo consumo das novidades modernas. As linhas curvas, os arabescos, as formas orgânicas e geométricas e os motivos florais que caracterizaram o estilo do movimento Arts and Crafts se fizeram mais atrevidas e sensuais no Art Nouveau. Arquitetura, móveis, objetos, joias, roupa, máquinas, móveis urbanos, tudo se vestiu de linhas onduladas, como as entradas do Metrô de Paris de Henry Guimard ou o Parque Guell de Gaudi. Era uma geração que aceitava a máquina, mas a vestia de adornos floridos para naturalizá-la. A máquina de costura Singer, que foi uma das peças mais vendidas na história do comércio e que até hoje funciona em alguns cantos domésticos do mundo, são a evidência do desejo de esconder a frieza do ferro e das máquinas com formas e ornamentos que lembravam a natureza. Era a forma que os modernistas tinham encontrado para aceitar o peso da civilização industrial e que os idealistas ingleses do Arts and Crafts recusavam assimilar. Máquina de costura SINGER e publicidade Sendo uma continuação do movimento inglês, o Art Nouveau compartilhou muitas das características estilísticas. Mas devido a sua visão otimista do progresso moderno e a sua ligação com a corrente artística do Simbolismo, o movimento Art Nouveau foi muito mais sensual e alegre, muito mais glamoroso e atrevido, muito menos preocupado com o sentido moral e mais com o sentido estético e tecnológico. Enquanto o movimento do Arts and Crafts era idealista, o Art Nouveau era positivista (correntes filosóficas). Estas são suas características estilísticas: União entre natureza e artefato estilização figurativa Uso de figuras femininas Padrões florais Formas orgânicas e geométricas Cores planas e pasteis Linhas curvas arabescos Originalidade Do movimento participaram arquitetos como o espanhol Gaudi, o artista francês Henry Tolouse Lautrec, o designer gráfico e artista inglês Aubrey Beardslay, o arquiteto inglês Machmurdo, o arquiteto belga Victor Horta, o artista austríaco Gustave Klimt, o designer gráfico checo Alphonse Mucha e o francês Jules Cheréte junto a muitos outros mais. Gustave Klimt, "Hygieia" 1907 , Aubrey Beardsley "O mando do Pavão" 1894 Houve um grande desenvolvimento do design gráfico com o surgimento dos cartazes coloridos, que agora eram possíveis com a litografia (gravura com matriz de pedra). A vida noturna, boêmia, artística e consumista das metrópoles exigia por primeira vez uma imensa produção de publicidade e propaganda. Os desenhos eram feitos à mão e a fotografia era usada como base do desenho realista e decorativo. A tipografia seguia uma expressividade manual que lhes deu uma visualidade muito audaz e moderna. Tolouse Lautrec e Edward Penfield O nome de Belle Èpoque corresponde a uma época de grande otimismo no futuro da civilização. Uma onda positiva que deu origem ao pensamento Positivista na filosofia de ocidente (ver também materialismo, evolucionismo, marxismo e determinismo na filosofia) e na perspectiva dos que desfrutavam dos prazeres e luxos da modernidade. Mas o que acontecia nas ruas pobres de Paris e de outras metrópoles europeias estava longe de ser uma bela época, a situação iria detonar em poucos anos as certezas da razão que na época se encontrava na ciência, nas máquinas e no sistema de produção capitalista. O Art Nouveau foi um sucesso enquanto durou a Belle Époque mas se restringia às ruas dos bairros ricos e ao consumo da burguesia ascendente. Na virada do século, com a iminência de uma guerra de grandes proporções, o movimento diminuiu a sua força. Com a Primeira Guerra Mundial o movimento se centrou nos Estados Unidos e nos anos 20 derivou no estilo decorativo chamado Art Deco. No Brasil, a arquitetura e os objetos Art Nouveau chegaram no começo do século XX com as muitas novidades modernas de Ocidente. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus se levantaram obras arquitetônicas das quais só restam algumas, como a casa Vila Penteado desenhada por Carlos Eckman e que agora é a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Vila Penteado São Paulo e casa Vilino Silveira O movimento artístico Modernista da Semana de 22 não faz parte desta influência. Ela tem origem nas correntes artísticas da segunda década do século XX. Embora originadas no Art Nouveau, a Arte Moderna do seguinte século, difere em propósito e estética daquela que floresceu na Belle Èpoque. ‘A jovem indústria europeia, à procura de uma estética complacente e complacida, encontra no Modernismo uma forma de representação orgânica que desde a arquitetura ao livro, do mobiliário à joalheria, dos objetos de uso cotidiano, à escultura decorativa ou ao cartaz, proporciona uma resposta plástica coerente e amável, à exata e precisa medida das suas ambições pequeno-burguesas”. "El diseño gráfico, desde los orígenes hasta nuestros días", por Enric Satué Image and Art " del Arts and Crfts ao Werkbund Institute Fontes: BURDEK, Bernhard E. Diseño: Historia, teoría y práctica del diseño industrial. Barcelona: Gustavo Gili, 1994.. ARGAN, Giulio Carlo. Historia da Arte Moderna, do Iluminismo aos Movimentos Contemporâneos Companhia das Letras, São Paulo, 1992. ECO, Umberto. História de la Belleza. Barcelona: Editora Lumen. 2007. Art Nouveau Luminárias Art Nouveau Victor Horta, Hotel Tassel August Endell, Atelier Elvira, Munique Henry van de Velde J.M. Olbrich Gaudi, A Sagrada Família, Barcelona Gaudi, Parque Guell, Bracelona Hector Guimard, entrada do Metrô, Paris Emille Gallé Gaudi, cadeira Henry van de Velde Arthur Machmurdo Coluna de anúncios metade século XIX Georges de Feure Henry Tolouse Lautrec Jules Cherét Embalagens de finais do século XIX em litografia Art Nouveau Luminárias Art Nouveau Victor Horta, Hotel Tassel August Endell, Atelier Elvira, Munique Henry van de Velde J.M. Olbrich Gaudi, A Sagrada Família, Barcelona Gaudi, Parque Guell, Bracelona Hector Guimard, entrada do Metrô, Paris Emille Gallé Gaudi, cadeira Henry van de Velde Arthur Machmurdo Coluna de anúncios metade século XIX Georges de Feure Henry Tolouse Lautrec Jules Cherét Embalagens de finais do século XIX em litografia
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