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Anatomia dos Anexos Oftálmicos

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ANATOMIA DOS ANEXOS OFTÁLMICOS 
Órbita ocular: 
*Incompleta em cães e gatos -> o canto orbicular não é fechado. Permite abertura da 
mandíbula muito maior considerando que são predadores. 
*Formada pela união de ossos do crânio: Frontal, Lacrimal (tem um orifício por onde passa o 
ducto nasolacrimal, se o canal inflama obstrui o ducto), Zigomático, Maxilar, Esfenoide e 
Palatino (os dois últimos formam o céu da boca). 
*Inervação sensorial: Nervo Trigêmeo (V par de NC) -> participa de toda a sensibilidade da 
órbita ocular e principalmente da córnea. É um nervo que reproduz a parte de dor de uma 
maneira muito expressiva. Possui 3 ramos: um para a mandíbula, um para a face e outro para a 
porção do olho, córnea e ao redor da órbita. Em animais braquicefálicos essa inervação é 
reduzida -> inervação sensitiva menor que em cães dolicocéfalos -> não piscam o quanto 
precisam e as lesões crônicas são mais importantes. 
*Dente 4° pré-molar: infecção pode causar problemas na órbita ocular -> fístula infraorbitária. 
*Em animais braquicefálicos o olho é mais proeminente -> facilita a ocorrência de lesões. 
 
Pálpebras: 
*Funções: barreira mecânica, distribuição do filme lacrimal, secreção da fração lipídica da 
lágrima pelas células tarsais -> presentes na margem da pálpebra. Os lipídeos na lagrima 
servem para evitar a evaporação excessiva da lagrima e ajuda a espalhar pela superfície 
palpebral. 
*Pontos lacrimais: presentes nas pálpebras inferior e superior. É por onde drena a lágrima, 
entra dentro do canal lacrimal e segue no ducto nasolacrimal, que tem comunicação olho-
nariz-boca, a drenagem da lágrima é oro-nasal. 
*Cílios: cães tem apenas na pálpebra superior, e gatos não tem. 
*Calázio/Tersol/Adenite tarsal: termo usado para determinar quando as glândulas tarsais 
entopem. Inflamação das glândulas e o conteúdo fica retido. 
 
Conjuntiva: 
*Reveste as pálpebras e toda a região ao redor do olho (bulbo ocular). 
*Produz muco através das células caliciformes -> forma de permitir que a fração liquida da 
lagrima fique aderida ao tecido 
*Inflamação mediada por linfócitos -> conjuntivite -> nem sempre é infecciosa, em cães a 
maioria das vezes não é infecciosa. A conjuntiva possui folículos linfoides onde produzem 
linfócitos -> o tratamento de conjuntivites é feito basicamente com AIE e substancias 
imunomoduladoras. 
 
Glândulas Lacrimais: 
*Orbital (70% da produção lacrimal, principal glândula) e Acessória/Glândula da terceira 
pálpebra (30% da produção lacrimal, presente na região médio-ventral). 
*Produzem a porção aquosa da lagrima 
*Inflamação dessas glândulas -> ceratoconjuntivite seca (CCS/KCS) -> quase sempre mediada 
por linfócitos e muitas vezes é uma reação autoimune. 
 
 
*Região do T cartilaginoso: estrutura que mantem a terceira pálpebra em sua conformação 
normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DO BULBO OCULAR 
*Olho propriamente dito 
*Não chama de globo ocular porque não é perfeitamente redondo 
*3 camadas (túnicas): 
 Túnica Fibrosa: camada mais externa; composta pela córnea e a esclera. 
 Túnica Vascular: úvea ou trato uveal; tudo que tem vaso sanguíneo abaixo da córnea; 
parte vascular; composta pela íris, corpo ciliar e coroide. 
 Túnica Nervosa: camada mais interna; composta pela retina (extensão do cérebro) e 
pelo disco óptico (prolongamento do nervo óptico). 
 
*Íris: midríase (dilatação da pupila, simpático) e miose (papila contrai, parassimpático). Regula 
a quantidade de luz que entra no olho. 
Gll. Orbital 
Gll. Acessória Terceira pálpebra 
Córnea 
Esclera 
Íris 
Corpo ciliar 
Ligamentos zonulares 
Nervo óptico 
Papila óptica/disco óptico 
Coróide 
Cristalino 
Corpo vitreo 
 
 
*Corpo ciliar: função de relaxamento e acomodação da visão e produção do humor aquoso -> 
mantem o volume do olho e faz homeostase e nutrição. Se inflama o corpo ciliar, produz 
menos humor -> diminui a pressão intraocular (PIO). 
*Coroide: estrutura vascular do olho. Íntimo contato com a retina, faz a nutrição da retina, 
remove e excreta substâncias. Serve para amplificar a percepção de luz. 
*Corpo vítreo: mantem o preenchimento do bulbo e a retina na posição. 
 
Córnea: 
*Possui 4 camadas: 
 Epitélio (hidrofóbico): camada mais externa. Fluoresceína não cora epitélio saudável, 
por isso cora úlceras. É onde se encontram as fibras do nervo trigêmeo (no olho, 
quanto mais exposta a lesão, maior a sensibilidade -> ulcera superficial dói mais). 
Aderida no estroma por hemidesmossomos. 
 Estroma (hidrofílico): camada mais espessa. 
 Membrana de Descemet: camada mais resistente. 
 Endotélio (hidrofóbico): camada mais interna, camada celular única. Mantem a 
deturgecência da córnea. 
 
Ângulo Iridotrabeculocorneano: 
*Ângulo de drenagem 
*Formado quando a íris encontra a córnea 
*Absorve o humor aquoso 
*Quando há uveíte a PIO diminui, mas depois de um tempo começa a aumentar a PIO porque 
o ângulo fica mais comprimido devido à inflamação e para de drenar o humor, este se 
acumulando -> pode causar glaucoma secundário. 
 
Ligamentos Zonulares: 
*Ligam a lente ao corpo ciliar 
*Quando rompem ocorre a luxação do cristalino 
*Quem sustenta o cristalino é o corpo ciliar pelos ligamentos zonulares 
 
EXAME CLÍNICO DOS OLHOS E ANEXOS 
 
TESTE LACRIMAL DE SCHIRMER 
*Mensuração da fase aquosa da lágrima 
*Fita inserida na conjuntiva inferior -> fórnice da conjuntiva -> mensurar durante 1 minuto 
*Avalia se o animal tem ou não CCS 
*Valores de referência: 
 Cão: 15 – 25 mm/min 
 Gato: 7 – 10 mm/min 
*Abaixo de 10 mm/min já considera olho seco (cão). 
*Em gatos não é um teste feito comumente porque CCS não é comum em gatos 
*Também pode servir para avaliar excesso de produção lacrimal -> clamidophyla pode 
estimular a produção lacrimal. 
 
PRESSÃO INTRAOCULAR (PIO) 
*Varia de 12-25mmHg 
 
 
*Acima de 25mmHg -> Glaucoma 
*Abaixo de 12 mmHg -> Uveíte 
*Medida através do Tonômetro 
 
CORANTES: FLUORESCEÍNA 
*O mais utilizado é o a base de fluoresceína -> tem avidez por água 
*Não se adere em epitélio corneal saudável -> hidrofóbico 
*Se tem úlcera corneana, o corante se adere à camada de baixo, o estroma, que é hidrofílico. 
*Luz negra/azul ressalta a fluoresceína, pode usar para perceber mais facilmente uma úlcera 
*Pode ser comercializada em colírio ou tiras de papel (vantagem que vêm estéril dentro de um 
pacote) 
*Pode servir de meio de cultura para bactérias principalmente Pseudomonas -> colírio pode 
estar infectado e piora a úlcera quando for usar no animal 
*Membrana de Descemet também é hidrofóbica -> não cora, mas cora todo o redor e não cora 
o centro -> descemetocele -> grave. 
 
CORANTES: LISSAMINA VERDE 
*Segundo corante mais utilizado 
*Usado em casos de HPV em gatos, raramente usado em casos de CCS 
*Cora células que morreram, mas não necessariamente se desprenderam -> fluoresceína não 
cora 
*O HPV é muito comum em gatos e causa lesões na córnea parasitando uma célula a outra 
com morte celular, mas sem se desprender do epitélio 
*Tem que fazer o teste por instilação, se encostar a fita impregna o tecido saudável fazendo 
uma marcação errônea 
*Substitui o corante rosa bengala -> muito irritativo 
*Comum do HPV -> lesões dendríticas. 
 
TESTE DE JONES 
*Mostra a patência do ducto nasolacrimal -> significa que está funcionando adequadamente 
*Instila fluoresceína ou lissamina verde no olho -> em torno de 30 segundos, se o ducto estiver 
funcionando adequadamente, haverá drenagem do corante oral ou nasal, este podendo ser 
visualizado na narina ou na boca do animal 
*Se o ducto estiver obstruído, não haverá drenagem do coranteEXAMES DO FUNDO DE OLHO 
*Oftalmoscopia: 
 Oftalmoscopia Indireta: lente, amplitude do fundo de olho maior 
 Oftalmoscopia Direta: oftalmoscópio 
*Eletrorretinografia: função elétrica da retina, avalia se está funcionando bem, usada para 
doenças que causam cegueira súbita – SARD – e cirurgia de catarata para saber como estão as 
células da retina e avaliar se o paciente terá capacidade de enxergar. 
 
 
 
 
 
 
 
US OCULAR 
*Avalia descolamento de retina, hemorragias, tumores dentro e ao redor do olho, abcesso 
retrobulbar por doença odontológica 
*Transdutor mínimo 10mHz 
*Avalia principalmente catarata -> não visualiza fundo de olho 
*Também avalia tamanho do cristalino, da cavidade bulbar total 
*O olho não varia de tamanho nas raças e espécies, e varia de 16 – 21 mm; acima disso pode 
ser indicativo de glaucoma. 
 
AFECÇÕES CILIARES 
*muito mais frequentes em cães do que em gatos -> gatos não tem cílios 
 
CILIO ECTOPICO 
*Cílio adicional emergido através da conjuntiva palpebral, quase sempre para dentro fazendo 
atrito com a córnea -> ulcera 
*Podem ser isolados ou múltiplos (vários emergindo do mesmo lugar). 
*Causam dor intensa (úlcera) -> região dorsal do bulbo quase sempre em forma 
elíptica/ovalada 
*Início agudo 
*Blefaroespasmo intermitente -> o animal om dor coça o olho, o olho fica edemaciado e o pelo 
ectópico pode retrair 
*Tratamento é cirúrgico -> excisão do folículo (microscópico), congelamento (criocirurgica), e V 
plastia (mais radical, remove um pedaço da pálpebra, cirurgia mais definitiva). 
 
DISTIQUÍASE 
*Cílios adicionais emergindo da abertura das glândulas tarsais na margem da pálpebra 
*Podem nascer para dentro fazendo atrito com a córnea 
*Comum em shi-tzu, lhasa, pug... 
*Pode recidivar 
*Tratamento: 
 Epilação manual (pinça) -> muitas vezes não é recomendado mas depende o caso. Por 
exemplo, cão idoso cardiopata, não quer submeter a uma cirurgia 
 Não intervir quando não causar problemas 
 Crioepilação 
 V plastia -> para casos de cílios em pequenas quantidades bem localizados 
*Não retirar a margem das pálpebras -> remoção das glândulas tarsais -> problema 
*Nenhuma oferece solução definitiva 
 
TRIQUÍASE 
*Cílios e/ou pelos normais que crescem em direção à córnea 
*Vem drenando a lagrima para fora, não necessariamente causam ulcera mas causa irritação 
crônica que pode causar alterações como vasos sanguíneos, opacidade, pigmentação. 
 
PROTRUSÃO DA GLANDULA DA 3 PALPEBRA/ACESSORIA 
*Muito frequente 
*’’Cherry eye’’ 
 
 
*Causas: deficiência do ligamento entre a glândula da 3 pálpebra e a orbita óssea -> 
afrouxamento da glândula com exposição -> inflamação 
*Tende a ser regular, se muito irregular diferenciar de neoplasia 
*Predisposição: Cocker, buldogue inglês, lhasa, shi tzu, beagle 
*Histórico: bolinha vermelha que aparece de vez em quando 
*Tratamento: cirurgia para REPOSICIONAMENTO da glândula -> 
sepultamento/encarceramento -> técnica de Morgan; é a mais usada -> formação de uma 
‘’bolsa’’ na conjuntiva para reposicionar a glândula. Sutura continua fio 4-0 a 6-0, fio absorvível 
ou inabsorvivel. 
*NUNCA RETIRAR A GLANDULA (exceto em casos de neoplasias) -> importante produtora do 
filme lacrimal (30%). 
*Existem relatos de recidivas, mas não é comum (10%), ou é erro de técnica ou é porque tirou 
o colar elisabetano antes de 10 dias. 
*Preferível fazer anti-inflamatório antes da cirurgia para diminuir a inflamação da glândula e 
ela diminuir de tamanho 
*Pós-operatório: colírio AINES e VO (still -> Diclofenaco 3-5x dia, 15 a 20 dias, dexametasona 
tópica se não tiver ulcera (fluoresceína previa), antibiótico tópico (ciprofloxacina 4x/d 7-10d, 
analgésico (dipirona 3xd 15-20mg/kg 3d), antibiótico oral (cefalexina, enro, amoxi com 
clavulonato 5dias). 
 
CERATOCONJUNTIVITE SECA 
*Síndrome lacrimal imunomediada 
*Pode ser consequência de retirada da glândula acessória ou outras situações -> uso de sulfas 
por mais de 10 dias ou atropina (uso abusivo por muitos dias diminui e paralisa parcialmente a 
função da glândula), doenças infecciosas (cinomose -> o primeiro tecido de replicação é o 
glandular principalmente dessa região e pode parar de produzir -> CCS hiperaguda intensa; 
leishmaniose tbm pode fazer), doença periodontal grave (o sangue que circula na região oral 
vai passar pela região da glândula e pode levar a infecção), flap de 3 pálpebra por cirurgião 
inexperiente (lesão da glândula). 
*Teste diagnóstico: 
 TLS < 10mm/min (cão), < 5mm/min gato (raro) 
 Lissamina verde -> cora lesões epiteliais 
*Cinomose -> já induz diminuição da produção lacrimal -> tratamento com sulfa (atravessa 
BHE) -> diminui mais ainda. Ulcera com alto risco de perfuração. Não recomenda sulfa para 
cinomose. 
*CCS em filhotes -> sempre suspeitar de cinomose 
*CCS imunomediada -> mais comum em adultos 
*York Shire -> CCS unilateral -> hipoplasia hereditária da glândula, congênito 
*Sinais clínicos: 
 Hiperemia conjuntival no inicio 
 Secreção ocular mucosa no início -> conforme diminui a imunidade contamina com 
infecção bacteriana secundária -> secreção purulenta 
 Opacidade corneana 
*Evolução: 
 Neovascularização -> ceratite pigmentar 
 Pigmentação/melanose 
*Tratamento: objetiva voltar a produção lacrimal 
 
 
 Ciclosporina 1% (manipulado, mais barato), Ciclosporina 0,2% (Optimune, alto custo) 
 Tacrolimus 0,03% BID continuo (manipulado) 
 Prednisolona 1% colírio TID 20 dias 
 Lubrificantes -> não faz voltar a produção lacrimal, ele mimetiza a lagrima -> não dura 
mais que 15 minutos, inviável 
 Cirurgia -> transposição do ducto parotidico -> quando não funciona o tratamento 
clinico (o que é raríssimo), desvia o ducto de uma glândula salivar para a conjuntiva 
 Antibiótico somente quando muito grave 
*NÃO SE USA CORTICOIDE EM ULCERA -> sempre confirmar com fluoresceína antes de iniciar o 
tratamento. 
 
ENTRÓPIO 
*É uma eversão da margem palpebral que pode ser parcial ou total 
*Entropios sutis: se guia pela borda livre palpebral -> deve ser visível, se não for é entropio 
*Causas: 
 Hereditário/congênito: geralmente acomete as 2 pálpebras. É a causa mais comum 
 Espástico: ocorre por aumento de tônus muscular geralmente por dias 
 Adquirida: por trauma ou cirurgia malsucedida 
*No entropio Espástico tratando o problema primário (dor) já se tem a solução, uma cirurgia 
poderia piorar. Importante diagnosticar corretamente 
*Entropio hereditário e Espástico podem estar associados -> o primeiro gera dor que gera o 
espastico 
*Ocorrência comum em algumas raças: sharpei, chow chow, beagle. 
*Ectrópio é pouco comum 
*Entropio hereditário -> nasce com diminuição do tônus muscular das pálpebras. Vai 
melhorando com o tempo. 
*Entropio espastico -> contração do musculo por dor (ulcera de córnea, conjuntivite não 
tratada, CCE...) -> dor crônica -> Blefaroespasmo -> contração -> entropio 
*Sinais clínicos: epifora, Blefaroespasmo, fotofobia, secreção, alterações corneais (ulceras). 
*Diagnóstico: clinico ou com colírio anestésico (tetracaína 1g 30 segundos 6x) -> alivia a dor -> 
relaxa -> se for espastico volta ao normal -> além de diagnostico, diferencia de espastico de 
adquirido ou congênito. Além disso melhora parcialmente se for misto (adquirido + espastico) -
> exclui o componente espastico e trata cirurgicamente o adquirido -> remove a quantidade 
exata de pele evitando remover a mais -> evita ectrópio pós-operatório 
*Se o paciente tiver muito excesso de pele, fazer ritidectomia 
*Para reduzir edema pós-operatório, usar AINES 
*Tratamento: remoção de um pedaço de pele e sutura. 
 Técnica de Hotz Celsius: mensura a quantidadede pele com pinça hemostática -> fica a 
marca onde vai ser incisado -> diminui a chance de erro, porém: aumenta a chance de 
infecção e fica uma cicatriz mais grosseira. Fazer bem próximo da borda livre palpebral 
e os pontos de suturas aplicados com nylon 4-0 ou 3-0. Remover com um pouco de 
fibra da musculatura orbicular do olho para melhorar. Tirar um pouco menos do que 
precisa -> a cicatrização vai fazer retração e pode causar ectrópio pós-operatório. Ao 
invés de usar pinça hemostática e evitar problemas, pode usar uma espátula e remove 
a pele com bisturi. Incisa só a pele e remove com tesoura -> controla hemorragia. O 
primeiro ponto de sutura é no centro da ferida -> a ponta voltada para córnea bem 
curta e a outra mais longa. Usar nos simples interrompidos. 
 
 
 Entropio hereditário em filhote o tratamento é com a técnica de pregueamento 
palpebral transitória (animais com menos de 5 meses de idade). Utiliza fios de sutura 
de modo a everter a pálpebra. É um procedimento transitório que deve ser feito 
mensalmente ou mais até o paciente atingir maturidade facial (acima de 6 meses de 
idade). Depois realiza técnica de Hotz Celsius se necessário, mas em alguns casos a 
fibrose da sutura pode resolver. 
*Pós-operatório: analgesia (dipirona), pomada lubrificante, atb epitezan (cloranfenicol) 2x ao 
dia e limpeza com SF, AINE Meloxicam 3 dias. 
*Paciente sem teto cirúrgico: usar epitezan 3x ao dia até atingir o teto e fazer a cirurgia. 
 
DERMOIDE 
*Fragmento de pele dentro do olho 
*Pode atingir conjuntiva, córnea ou os 2 
*Problema estético e pode causar incomodo 
*Terapêutica: excisão da neoformação. Remover completamente. Se precisar aprofundar 
muito pode causar ulcera -> tem que fazer flap (mais que 1/3 da córnea envolvida), se não, 
apenas tratamento clinico. 
*Cirurgia com microscópio 
 
PROPTOSE/EXOFTALMIA TRAUMÁTICA 
*Quanto mais braquicefálico, maior a chance 
*Braquicefálico com proptose -> trauma leve 
*Dolicocéfalo com proptose -> trauma grave 
*Avaliação: 
 Necrose: prognóstico ruim 
 Miose: bom prognóstico. 
 Midríase: ruptura de nervos do parassimpático (IINC e/ou IIINC). Mal prognóstico. 
 Pupilas normais: ruptura de NC do simpático e parassimpático. Mal prognóstico. 
 Hifema: mau prognóstico 
 Rompimento de musculatura: mais que três rompidas indica enucleação. Mal 
prognóstico. 
 Reflexo fotomotor: não adianta fazer 
*Avaliar se o olho tem condições de voltar para a orbita, se é viável ou se precisa enuclear 
*Primeiros socorros: nunca reposicionar, proteger, prevenir automutilação, compressas frias. 
*Tratamento pré e trans operatório: 
 NaCl ou chá de camomila gelados -> calmante ocular 
 Pomada epitezan -> lubrifica 
 Evitar AIE Diprospan -> geralmente tem ulcera 
 Reposicionamento manual ou cirúrgico com o paciente anestesiado 
 ATB, atropina e AINES subconjuntival 
 Blefarorrafia por 2 semanas -> fechamento da pálpebra 
*Reposicionamento cirúrgico: cantotomia, 3 pontos de sutura pegando pálpebra inferior e 
superior, colocar cabo de bisturi entre os pontos, empurra o olho e simultaneamente puxa os 
pontos para fora. Blefarorrafia 2 semanas. 
*Tratamento pós-operatório: 
 Atb tópico e sistêmico 
 Atropina tópica 
 
 
 AINES 
 Compressas frias 3-4 x dia 
*Complicações: ceratite, cegueira, estrabismo (ruptura de musculatura), CCS, atrofia (ruptura 
do nervo óptico). 
 
DOENÇAS DA CÓRNEA 
*Muito frequentes 
*Ceratites não ulcerativas e ceratites ulcerativas 
 
CERATITE PIGMENTAR 
*A ceratite não ulcerativa mais comum 
*Também chamada de ceratite crônica pigmentar 
*Fatores predisponentes: 
 Braquicefálicos -> menor sensibilidade da córnea -> pisca menos vezes por dia, a 
lagrima não se distribui corretamente e causa irritação que vai criando um tecido de 
proteção ‘’cicatriz’’ sobre a córnea -> pigmentação 
 Alteração de pálpebras e cílios (distiquiase) 
 Lagoftalmia -> olho mais proeminente e canto da pálpebra mais aberto -> não fecha 
completamente -> espaço entre a pálpebra superior e inferior -> forma uma janela 
onde pode ocorrer ressecamento -> sinais de alteração corneana 
 CCS 
*Tratamento: suprimir formação de vasos -> surgem vasos -> forma o tecido de pigmentação. 
Se suprimir a formação de vasos, impede a pigmentação e volta a transparência do olho. 
 Prednisolona 1% colírio BID/TID/QID 20 dias. Predfort, Ster. Sempre usar fluoresceína 
antes para descartar ulcera de córnea -> normalmente contaminada por bactérias 
produtoras de proteases -> destroem colágeno -> corticoide potencializa o efeito 
dessa enzima. Se não tiver contaminado pode usar, mas raramente ulcera de córnea é 
estéril. 
 Tacrolimus 0,03% colírio BD continuo ou ciclosporina -> imunomoduladores 
*Se não melhorar: 
 Associar injeção subconjuntival -> conjuntiva bulbar -> 0,2ml de acetato de 
metilprednisolona -> depomedrol -> corticoide de deposito -> age durante 30-45 dias. 
Pensar bem antes de usar, se formar uma ulcera pós aplicação não tem como remover 
o corticoide. 
 
CERATITE ULCERATIVA/ULCERA DE CORNEA 
*Afecção mais comum na rotina 
 
TIPOS DE ULCERA: de acordo com o grau de profundidade porque o tratamento pode variar 
caso a caso 
 Superficial: lesão somente na superfície do epitélio 
 Profunda: grande parte do estroma é lesionada 
 Descemetocele: lesão em quase todo o estroma chegando na membrana de Descemet 
 Indolente: recorrente, lesão que não cicatriza 
 Liquefação/melting: contaminação importante que o tratamento não contem 
 
 
 
 
SINAIS CLÍNICOS 
*Perda de transparência devido a edema, Blefaroespasmo, prurido, mudança de 
comportamento, tremores, lacrimejamento -> sinais de dor 
 
CAUSADORES: 5 possíveis mais comuns 
 Traumas 
 Agentes químicos (cimento e cal são os piores) ou físicos (calor do secador) 
 Defeitos palpebrais -> entropio, ectrópio, distiquiase, cílio ectópico 
 Secundário a doença infecciosa (cinomose) -> geralmente simétrica bilateral 
 CCS -> dificilmente resulta em ulcera, pois, a perda da lagrima é lenta, dá tempo de 
ocorrer ceratite pigmentar 
 Infecciosa primaria -> gatos -> herpes vírus -> sequestro corneano felino -> necrose do 
epitélio da córnea (mancha pigmentada) -> abaixo da necrose pode formar ulcera 
 
DIAGNÓSTICO: colírio de fluoresceína. A fluoresceína tem afinidade pelo estroma -> se há 
lesão epitelial cora o estroma indicando ulcera de córnea. Borda da ulcera corada e fundo sem 
corar -> perfurou o estroma e chegou na membrana de Descemet -> descemetocele. Quando 
há perfuração não cora nada. 
 
TERAPEUTICA GERAL 
*Procedimento clínico: 
 Atb tópico colírio cada 24 horas 5-7 dias 
 Midriaticos e cicloplegicos (paralisia da musculatura ciliar): atropina (não usar mais de 
5 dias -> diminuição da produção lacrimal) 
 Agentes anticolinérgicos: quando há secreção purulenta. Acetilcisteina e EDTA 
bloqueiam a colagenase. 
 Estimuladores de fibroblastos: formação de colágeno. Condroetina e Vitamina C. 
*Tobramicina é o atb mais indicado e ciprofloxacina em casos mais graves. Gatifloxacina é o 
mais potente. 
*Procedimento cirúrgico: 
 Flap de 3 pálpebra: mais fácil 
 Recobrimento conjuntival em 360º 
 Pedículo da conjuntiva: mais difícil. Recomendado em descemetocele 
*De maneira geral: ulcera grande e profunda, descemetocele -> flap; ulcera profunda e 
pequena -> pedículo conjuntival. 
 
TRATAMENTO ULCERA SUPERFICIAL 
*Tratamento padrão: midriático + atb tópico 
*Midriático: tira a dor, dilata a pupila e paralisa a contração da musculatura da íris reduzindo 
desconforto. Atropina 1% SID 3 dias (cão, não usa em gato pois salivam demais, 
parassimpaticolitico, exacerba açãodo simpático) ou Tropicamida TID 3 d (gatos). 
*Antibiótico 4-6x dia 7-10 dias 
 Tobramicina 
 Ciprofloxacina (se tobramicina não melhorar) 
 Os dois juntos 
 Se não funcionar, fazer com base em cultura e antibiograma 
*Colar elisabetano 
 
 
*Analgésico VO -> dipirona TID 3 dias 
*AINE não deve ser utilizado -> atrasa a cicatrização da ulcera caso não tenha uveíte associada. 
*Deve melhorar em 3-5 dias -> se não melhorar -> avaliar se causa ainda presente, úlcera 
infectada ou indolente, erosão recorrente. 
 
ULCERA INDOLENTE 
*Não cicatriza com terapia convencional 
*O epitélio da córnea não se adere ao estroma 
*No Boxer existe uma deficiência em hemidesmossomos -> estrutura de ligação celular da 
córnea 
*O tratamento é o debridamento dessa superfície corneana para criar um leito rugoso onde 
vai crescer o epitélio e que consiga se ancorar nesse leito. Antigamente era feito por 
celiotomia em grade, mas deixa cicatriz feia, pode fazer também por swab seco, mas nem 
sempre o efeito é o ideal; existe a ponteira de pterígio -> Diamond burr -> polimento da 
córnea. Além disso utilizar antibiótico, atropina, soro sanguíneo, condroetina. Colírio ciprovet -
> ciprofloxacina + condroetina. 
*Diagnóstico: histórico de não responder ao tratamento associado com colírio anestésico -> 
encosta um swab na córnea -> epitélio se solta. 
*Se tem vaso sanguíneo aparente -> lesão crônica 
 
ULCERA ESTROMAL 
*Acomete o estroma 
*Geralmente relacionada com contaminação persistente da córnea 
*Halo esbranquiçado na periferia da ulcera -> contaminação, pus 
*Tratamento clinico ou cirúrgico? Depende a gravidade 
 Flap de 3 pálpebra: barreira mecânica. Tarssorrafia da pálpebra. Não é para cicatrizar a 
ulcera. 
 Tratamento clinico: quinolonas de 3 geração -> moxofloxacina, gatifloxacina, 
ofloxacina. Tópico e sistêmico 6x dia. Sistêmico pode ser qualquer um, sugere de 
amplo espectro -> amoxicilina com clavulonato de potássio BID até melhorar -> 15-20 
dias. Associar com midriático tópico (impede a aderência da íris na parte de trás do 
cristalino -> sinequia) e analgésico. 
 Tratamento com soro sanguíneo ou EDTA 0,35% -> anti proteases bacterianas. 
*Usar colar elisabetano e marcar retornos regularmente para avaliar a evolução 
*Quando usa 2 colírios juntos, esperar 5 minutos de aplicação entre um e outro. 
 
ULCERA DE LIQUEFAÇÃO 
*Pode ser progressão da ulcera estromal 
*Contaminação exacerbada de bactérias produtoras de uréase -> a mais comum é a 
Pseudomonas 
*Tratamento: 
 Antibiótico tópico cada 2-4horas -> quinolonas -> ofloxacina, gatifloxacina 
 Antibiótico sistêmico -> amoxi, enro 
 Analgésico 
 Colar elisabetano 
*Avaliar possibilidade de cirurgia -> enxerto de conjuntiva -> auxilia na cicatrização -> retira um 
pedaço da conjuntiva bulbar e sutura em cima da ulcera 
 
 
*Atb sistêmico, AINE sistêmico, tratamento suporte, avaliar internamento 
 
DESCEMETOCELE 
*Córnea quase perfurada 
*Emergência 
*Tratamento é cirúrgico 
 Enxerto de conjuntiva bulbar (enxerto conjuntiva bipediculado) 
 Enxerto córneo/conjuntival -> não realiza com frequência 
 Flap de 3 pálpebra é indiferente assim como transplante de córnea -> apenas 
proteção, barreira mecânica. 
*Avaliar internamento 
 
SEQUESTRO CORNEANO 
*Necrose da córnea no centro 
*Etiologia: pouco compreendida, irritação ocular crônica 
*Associado à presença de herpes vírus 
*Raças predispostas: persa, himalaia, braquicefálicos 
*Diagnóstico: corante lissamina verde 
*Tratamento clinico: feito antes do tratamento cirúrgico -> antivirais -> Aciclovir tópico 
(pomada oftálmica TID 21 dias) ou Fanciclovir oral (1 comprimido 125mg/gato BID 21 dias ou 
60-90 mg/kg, tem baixa toxicidade, mas é caro). 
*Tratamento cirúrgico: ceratectomia -> remoção de uma camada da córnea, superfície 
lamelar. 
*Enxerto pós cirurgia se retirar uma camada muito profunda. 
 
UVEÍTE 
*Muitas vezes não se reflete apenas no olho, pode estar relacionada com outras comorbidades 
*Ocorre na maioria das doenças oculares -> trauma, úlcera de córnea, doenças infecciosas. 
*Quase sempre uma manifestação ocular de doença sistêmica 
 
SINAIS DE UVEÍTE 
*Sensibilidade ocular -> miose + olho vermelho -> uveíte -> diminuição da PIO; midríase + olho 
vermelho -> glaucoma -> aumento da PIO. 
*Humor aquoso turvo 
*Baixa acuidade visual 
*Baixa PIO -> <12 
*Fotofobia 
*Vasos da conjuntiva evidentes, congestos 
*Alteração na coloração da íris -> mais escura, principalmente em gatos 
*Hifema, hipópio 
*A uveíte pode resultar em glaucoma principalmente quando há hipópio -> impede a 
drenagem do humor aquoso. 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS 
*Trauma, erliquiose, cálculo dentário, leptospirose, brucelose, leishmaniose, cinomose, 
toxoplasmose, imunomediada, fúngica, viral, FIV, FeLV, PIF, HIC, luxação do cristalino, 
síndrome úvea-dermatológica (akitas), ulcera de córnea, neoplasia, neosporose. 
*Blue eye: reação cruzada da vacina com o vírus da HIC, autolimitante, não muito frequente. 
 
TRATAMENTO 
*O mais importante é descobrir a causa primária 
*Variável caso a caso 
*Em geral: 
 AIE tópico: Prednisolona 1% colírio 2-4x ao dia 
 AIE sistêmico: Prednisolona 0,5mg/kg BID 4-5dias depois SID 4 dias 
 AINE sistêmico (se não for possível utilizar AIE): Meloxicam 0,1mg/kg SID 3-5x dia ou 
Carprofeno 2,2mg/kg BID 5-7x dia 
 Midriático 3 dias 
 Tratar a causa de base 
*AIE sempre que possível 
 
GLAUCOMA 
*Sucessão de um problema que geralmente é secundário a uma uveíte 
*Glaucoma primário: raro, nasce com má-formação do ângulo de drenagem 
*Glaucoma secundário: geralmente à uveíte, mais comum 
*Buftalmia: olho aumentado de tamanho -> nessa fase já perdeu a visão, não tem mais 
tratamento 
*Doença mais importante que causa cegueira no mundo 
*Síndrome neuropática óptica 
*Pode aumentar a PIO >25mmHg (normal 18,5) 
*Aferir a PIO de forma adequada -> Tonômetro -> quantitativo 
 
PRINCIPAIS SINAIS CLÍNICOS 
*Glaucoma agudo: congestão de vasos, vasos sinuosos, edema de córnea, midríase, aumento 
da PIO, déficit visual -> principal parâmetro que faz o proprietário trazer o animal 
*Região onde o nervo óptico entra na esclera é mais sensível ao aumento da PIO -> 
compressão -> morte do nervo óptico -> cegueira 
*2 dias de glaucoma com aumento da PIO pode ser suficiente para causar cegueira 
*US ocular -> avalia o tamanho do olho -> parâmetro para glaucoma -> 1,6-2,1 é normal 
 
TRATAMENTO GLAUCOMA AGUDO 
*Antes de ficar buftálmico 
 Sistêmico: Manitol 0,5-2mg/kg IV lento durante 30 minutos, diurético osmótico 
*Tratamento tópico associado -> manutenção em casa 
 1º escolha: Dorzolamida + Timolol TID uso contínuo 
 Prednisolona colírio TID até reversão -> retorno em no máximo 48 horas 
*Se não melhorar, associar análogos à prostaglandinas -> hipotensores, usar se a situação for 
boa -> Bimatoprista SID 
*PIO acima de 44mmHg o colírio não é absorvido corretamente -> por isso importante fazer 
manitol antes. 
 
 
 
CATARATA 
*Opacidade patológica da lente/cristalino 
*Esclerose do cristalino -> opacidade fisiológica que ocorre com a idade, a partir dos 6 anos 
*Classificação da catarata de acordo com o grau de opacidade: incipiente, imatura, madura, 
hipermatura, hipermatura em reabsorção 
 
CATARATA INSIPIENTE 
*Iniciante 
*Midríase 
*Reflexo do fundo de olho presente 
*Brilho do tapete lúcido presente 
*Início da opacidade da lente 
*Animal enxerga bem 
 
CATARATA IMATURA 
*Início de esbranquicamento do cristalino 
*Reflexo do fundo de olho presente 
*Região de sutura da lente -> ‘’y’’ do cristalino -> imaginação do cristalino-> fica mais evidente 
quando está formando uma catarata 
*Enxerga com dificuldade 
 
CATARATA MADURA 
*Opacidade intensa do cristalino 
*Não percebe reflexo do fundo de olho 
*Tem percepção de luz, mas não enxerga 
 
CATARATA HIPERMATURA 
*Ocorre uveíte facolítica -> olho reage contra as células do cristalino -> essas células podem 
começar a se desprender e luxar o cristalino -> formação de uveíte facoclástica. 
 
PROBLEMAS 
*Luxação do cristalino -> uveíte facoclástica 
*Presença da catarata -> uveíte facolítica 
*O cristalino é formado na vida embrionária antes do timo -> tudo que é formado antes não é 
reconhecido como próprio -> catarata -> libera microfragmentos da lente -> reação 
imunomediada 
*Também pode ocorrer glaucoma secundário -> midríase, edema de córnea, luxação do 
cristalino 
 
CAUSAS 
*DM, fator hereditário, uveíte, trauma, doenças infecciosas, mais comum em animais idosos 
 
DIAGNÓSTICO 
*US ocular 
*Eletrorretinografia 
 
 
 
TRATAMENTO 
*Cirúrgico -> facoemulsificação 
*Pós-operatório: colírio ATB, colírio AIE, colírio para manter a PIO. 
 
PERDA DA VISÃO 
*Causas mais comuns: descolamento de retina, SARD, glaucoma (aumento abrupto da PIO), 
catarata, APR. 
*Para diagnosticar o que levou a perda da visão tenta chegar de acordo com um fator crucial -
> TEMPO de evolução 
 
DEGENERAÇÃO RETINIANA ADQUIRIDA SÚBITA (SARD) 
*Acomete apenas cães 
*Mais fêmeas do que machos 
*Meia idade -> 8-9 anos 
*Raças pequenas com sobrepeso 
*Associada a PU/PD (HAC) 
*Geralmente associada com processo inflamatório hepático -> não metaboliza toxinas direito -
> toxinas passam na retina pela circulação sanguínea e destroem as células de forma 
irreversível 
*Cones e bastonetes afetados 
*Sinais: cegueira súbita, midríase não responsiva, fundo de olho normal no início 
*ERG: sinais ausentes 
*Não tem tratamento, irreversível 
 
ATROFIA PROGRESSIVA DA RETINA (APR) 
*Comum em labrador e Golden 
*Animal em midríase com o brilho do tapete lúcido acentuado -> retina está atrofiando e se 
tornando mais fina 
*Geralmente hereditário 
*Sinais oftálmicos progressivos -> primeiro perda de visão noturna (morte de bastonetes) que 
evolui para perda de visão diurna, até que há cegueira. 
*Diagnóstico: ERG 
*Não há tratamento 
 
TIPOS DE REMOÇÃO DO OLHO 
 Enucleação 
 Eventração 
 Evisceração 
*Indicações: neoplasias, pan-oftalmite (infecção generalizada), exoftalmia, proptose, glaucoma 
não tratado (olho perde a função -> dor crônica). 
 
- EVISCERAÇÃO 
*Mais indicada para glaucoma 
*Remoção do conteúdo intraocular mas mantem córnea e estroma 
*Coloca-se uma prótese circular -> olho estético 
 
 
 
 
- ENUCLEAÇÃO 
*Deixa tecido adiposo e musculatura retrobulbar 
*Remove também borda da pálpebra (evita olho piscando) e glândula lacrimal (evita 
lacrimejamento) -> antiestético e incômodo 
*Disseca até o nervo óptico, pinça, remove o olho e faz ligadura 
*Há possibilidade de colocação de prótese 
*Cuidar para não tracionar muito o nervo pois pode lesionar o outro olho (comunicação pelo 
quiasma óptico) 
 
- EVENTRAÇÃO 
*Remoção de todo o conteúdo 
*Indicado quando há neoplasia 
 
INFLAMAÇÃO DO DUCTO NASOLACRIMAL/DACREOCISTITE 
*Muito comum, acomete mais braquicefálicos 
*Lágrimas em contato com o pelo e o ar -> oxidação -> mancha de ferrugem no pelo 
*Diagnóstico: sinais clínicos, TLS (aumentado) e fluoresceína -> Teste de Jones -> pinga no olho 
e vê o colírio sair pela narina em até 5 minutos. Resultado negativo não garante obstrução. 
*Anestesiar o olho, sondar, injetar solução e verifica. É diagnóstico e tratamento. 
*Tratamento medicamentoso: colírio ATB e AIE 15 dias. 
*Para remoção da mancha: manter o pelo curto e usar maquiagem própria. Produtos de 
mudam componente lacrimal: ATB Estomorgil VO, Tilosina SC cada 15 dias por 2 meses, 
diminuir quantidade de ferro na alimentação. 
 
EPÍFORA 
*Lacrimejamento excessivo 
*Tratamento: tratar a causa, ATB 
*Criação de um neoducto com sonda acoplada em agulha -> deixar sondado por 28 dias -> 
fibrose cicatricial em volta da sonda -> neoducto 
*Utilizar AINES. 
 
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Créditos: 
- Aula ministrada no curso preparatório para residência veterinária pela Veteduka. 
- Aula ministrada pelo professor Dr. Olicies da Cunha – UFPR – Palotina. 
- Resumo desenvolvido por Estela Dall’Agnol Gianezini. Médica Veterinária graduada pela 
Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina, conclusão em janeiro de 2017.

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