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Resistência dos Materiais Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Dr.Antônio Carlos F. Bragança Pinheiro Revisão Textual: Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos Bases da Resistência dos Materiais 5 • Introdução • Objetivos da Resistência dos Materiais • Elementos Componentes das Estruturas • Unidades, Múltiplos e Submúltiplos Decimais Utilizados em Resistência dos Materiais • Cargas e Carregamentos Utilizados em Estruturas • Vínculos Estruturais • Classificação das Estruturas quanto ao Equilíbrio Estático • Cálculo de Reações de Apoio · Conceituar e apresentar o campo de trabalho da Resistência dos Materiais; definir estrutura e seus elementos componentes; apresentar e caracterizar os múltiplos e submúltiplos decimais e as unidades utilizadas; apresentar as cargas atuantes em estruturas; conceituar os vínculos estruturais; classificar as estruturas quanto ao equilíbrio de corpo; determinar as reações de apoio. Iniciaremos nossos estudos conceituando e apresentando o campo de trabalho da Resistência dos Materiais. A partir disso, veremos a definição de estrutura e seus elementos componentes. Em seguida, aprenderemos os múltiplos e submúltiplos decimais e as unidades utilizadas em Resistência dos Materiais. Serão apresentadas as cargas atuantes em estruturas. Aprenderemos, também, o conceito de vínculo e os tipos de apoios existentes em estruturas. Serão, ainda, classificadas as estruturas quanto ao equilíbrio de corpo. Será explicada a metodologia de cálculo das reações de apoio para o equilíbrio de corpo. É interessante que você reveja alguns conceitos de matemática e de física para facilitar seu entendimento sobre esses conceitos. Para ajudá-lo(a), realize a leitura dos textos indicados, acompanhe e refaça os exemplos resolvidos. Não deixe de assistir, também, à apresentação narrada do conteúdo e de alguns exercícios resolvidos. Finalmente, e o mais importante, fique atento(a) às atividades avaliativas propostas e ao prazo de realização e envio. Bom estudo! Bases da Resistência dos Materiais 6 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Contextualização É importante compreender as principais variáveis que interferem na resistência e rigidez dos elementos estruturais. Saber avaliar antecipadamente as tensões e deformações as quais estarão sujeitos os componentes estruturais é fundamental, para uma previsão do comportamento das estruturas sob a ação de diversos carregamentos. Isso significa determinar as dimensões dos elementos estruturais para que as estruturas sejam estáveis. A escolha dos materiais e das formas dos elementos estruturais leva em conta fatores econômicos, funcionais e estéticos. Para cada tipo de solicitação, existem vários materiais que podem ser empregados, sob o ponto de vista funcional. Contudo, aliar os aspectos econômicos e estéticos ainda é uma tarefa árdua para o cálculo estrutural. Aspectos do dia a dia de nossa vida pessoal ocorrem também nas atividades profissionais. Exemplo disso é o nosso trabalho diário. Nele, realizamos a escolha de elementos simples, como no caso de escolha de uma ferramenta, como uma chave de fenda para soltar ou apertar um parafuso com fenda em sua cabeça. É possível perceber que, para parafusos maiores, torna-se necessário utilizar uma chave de fenda maior, caso contrário, haverá um desgaste das bordas da extremidade da chave de fenda. Isso ocorre também nas peças estruturais. Em nossa vida pessoal e nas grandes estruturas, é necessário prever as cargas atuantes nas peças, com o objetivo de atender as tensões e deformações para as quais estarão sujeitas. Assim, é realizado o cálculo estrutural para garantir os níveis de segurança necessários para manter a estrutura estável dentro de padrões da qualidade aceitáveis. Exemplificando com fatos do cotidiano, como podemos avaliar as cargas que estarão sendo aplicadas em uma cadeira quando sentamos? Qual o peso de uma pessoa? Tendo essas informações, é possível determinar a carga atuante em cada pé da cadeira. Podem surgir questões pontuais, como variações no formado dos pés, como no caso das poltronas giratórias. Todas essas preocupações são similares quando se compara com as necessidades de uma grande estrutura, como em um prédio. O cálculo da estabilidade de um prédio pode passar por situações mais complexas como, por exemplo, a variação dos esforços em função da ação de cargas como as que ocorrem devido à ação do vento. Mas, similarmente ao nosso cotidiano com uma cadeira, o cálculo estrutural precisa estimar as eventualidades inerentes à utilização de cada estrutura. Para cada tipo de estrutura, existem questões estabelecidas e eventualidades que devem ser administradas na condução do cálculo estrutural. Nos métodos de cálculo, além da utilização das normas técnicas, a experiência acumulada das pessoas é ponto fundamental para a determinação das dimensões das peças e da composição e distribuição estrutural. Nos métodos de cálculo, são realizados tratamentos matemáticos, com o objetivo de prever as solicitações futuras. Assim, com esse exemplo simples de nosso cotidiano, como a escolha de uma chave de fenda, no cálculo estrutural, podem ocorrer situações muito mais complexas em seu dia a dia. Cabe ao engenheiro identificar as características das cargas atuantes, projetar e construir sistemas estruturais capazes de atender as solicitações estruturais, para que possa atender aos níveis de segurança previstos. 7 Introdução Todos os corpos sólidos possuem propriedades mecânicas de resistência e de rigidez. Eles podem, dentro de seus limites, reagir à ação de forças externas sem que ocorra sua ruptura, ou mesmo sofrer grandes variações em suas dimensões geométricas. As estruturas em geral têm finalidades estéticas e funcionais. A finalidade estética tem como objetivo atender aos critérios de beleza e de sensibilidade aos sentidos. A finalidade funcional é a de atender às necessidades de utilização estrutural. Uma estrutura deve ser calculada para suportar a ação de cargas externas (resistência adequada), permanecendo estável aos carregamentos (estabilidade sistêmica) e com suas deformações dentro de valores aceitáveis (rigidez compatível), que não comprometam sua finalidade funcional e estética. A escolha dos materiais e de suas formas é muito importante para o dimensionamento estrutural. A engenharia de materiais tem oferecido vários materiais com características diferenciadas dos materiais comuns, até então utilizados na engenharia. Esses materiais quando compostos, denominados compósitos, têm características únicas e podem possibilitar a concepção de estruturas mais leves e esbeltas. Assim, o cálculo estrutural está diretamente relacionado com a oferta comercial de materiais com características mecânicas específicas para cada tipo de problema, que possam atender às diversas solicitações existentes nas estruturas. Objetivos da Resistência dos Materiais Os objetivos da Resistência dos Materiais são estudar a resistência e a rigidez dos elementos estruturais, com a finalidade de fornecer as bases para o dimensionamento estrutural. A Resistência dos Materiais estuda os corpos deformáveis e as condições de equilíbrio estático. Elementos Componentes das Estruturas Estrutura é o conjunto de elementos, unidos entre si e ao meio exterior, de modo a formar um conjunto estável, para determinadas solicitações externas. Ela deve absorver internamente as solicitações externas e transmiti-las aos apoios externos, onde as cargas externas recebidas serão equilibradas. Os elementos que podem constituir uma estrutura são: Barras Placas Blocos 8 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Barras São os elementos estruturais que têm duas dimensões (a, b), que compõem a seção transversal. Essasduas dimensões são muito menores que a terceira dimensão (c), que é o seu comprimento Figura 1 – Exemplo de uma barra Para efeito de cálculo estrutural, as barras serão representadas por seus eixos longitudinais. Eixo Longituginal É definido como o lugar geométrico dos centros de gravidade das seções transversais (Figura 2). Figura 2 – Representação de uma barra através de seu eixo longitudinal. Placas São os elementos estruturais que têm duas dimensões (a, b), que são o comprimento e a largura, muito maiores que a terceira dimensão (c), que é a sua espessura (Figura 3). Assim, nas placas, as dimensões têm a relação: a, b >> c. Figura 3 – Exemplo de uma placa 9 Blocos São os elementos estruturais que têm as três dimensões (a, b, c), que são o comprimento, a largura e a espessura, todas com a mesma ordem de grandeza (Figura 4). Assim, nos blocos as dimensões têm a relação: a ≈ b ≈ c. Figura 4 – Exemplo de um bloco Unidades, Múltiplos e Submúltiplos Decimais Utilizados em Resistência dos Materiais Em Resistência dos Materiais, as unidades utilizadas do Sistema Internacional são apresentadas na tabela 1 Os submúltiplos e múltiplos decimais são apresentados nas tabelas 2 e 3 respectivamente. Tabela 1 - Principais Unidades do Sistema Internacional utilizadas em Resistência dos Materiais Grandeza Física Nome da Unidade Símbolo da Unidade Ângulo Radiano rad Área Metro quadrado m² Comprimento Metro m Força Newton N Momento Newton x metro Nm Peso específico Newton por metro cúbico N/m3 Tensão Pascal Pa Tempo Segundo s Volume Metro cúbico m3 Tabela 2 - Submúltiplos decimais Submúltimo decimal Nome Símbolo 10-1 deci d 10-2 centi c 10-3 mili m 10-6 micro μ 10-9 nano n 10-12 pico p 10 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Tabela 3 - Múltiplos decimais Múltimo decimal Nome Símbolo 1012 tera T 109 giga G 106 mega M 103 quilo k 102 hecto h 101 deca da Cargas e carregamentos utilizados em estruturas Carga ou Força São ações que agem diretamente sobre os elementos componentes de uma estrutura. Carregamento É o conjunto de cargas que atuam ao mesmo tempo em uma estrutura. Exemplos de carregamentos: 1) Carregamento A: peso próprio 2) Carregamento B: peso próprio + impacto de veículo 3) Carregamento C: peso próprio + vento 4) Carregamento D: peso próprio + impacto de veículo + vento As cargas em geral podem ser uniformemente distribuídas, uniformemente variáveis e concentradas. Cargas Uniformente Distribuídas São as cargas que atuam constantemente ao longo do comprimento da barra em que são aplicadas. Elas são representadas por uma figura retangular (Figura 5). Essas cargas geralmente são a representação de cargas como o peso próprio dos elementos estruturais. Figura 5 – Representação de carga uniformemente distribuída 11 Cargas Uniformente Variáveis São as cargas que têm a sua intensidade variando de forma linear ao longo do comprimento das barras em que são aplicadas. Elas são representadas por uma figura triangular ou por uma figura trapezoidal (Figura 6). Essas cargas, quando são representadas na forma triangular, geralmente são a representação de cargas como o empuxo de líquidos sobre as paredes de reservatórios. Quando estão representadas na forma trapezoidal, são, geralmente, a representação de cargas como o empuxo de solos sobre as paredes de contenção, ou sobre os muros de arrimo, quando há cargas no nível mais elevado do solo a ser contido. Figura 6 – Representação de carga uniformemente variável: (a) triangular e (b) trapezoidal Cargas Concentradas São cargas que são representadas por um vetor, ou por um momento (Figura 7). Elas são simplificações do carregamento real, cujo objetivo é facilitar o cálculo estrutural. Essas cargas geralmente representam a simplificação das reações de outros elementos estruturais. Figura 7 - Representação de carga concentrada: (a) carga concentrada força e (b) carga concentrada momento 12 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Para efeito do cálculo de equilíbrio estático, a carga distribuída é dinamicamente equivalente a uma carga concentrada representada pela área da figura original aplicada em seu centro de gravidade (Figuras 8, 9 e 10). Na figura 10, a carga trapezoidal, utilizando o método da superposição de esforços, foi decomposta na adição de uma carga retangular com uma carga triangular. Figura 8 - Carga concentrada dinamicamente equivalente à carga retangular Figura 9 - Carga concentrada dinamicamente equivalente à carga triangular Figura 10 - Cargas concentradas dinamicamente equivalente à carga trapezoidal 13 Vínculos Estruturais Vínculos São dispositivos que unem os elementos estruturais. Essas uniões restringem movimentos, conduzindo a reações vinculares. Os vínculos também são chamados de Apoios. No plano, há três tipos de apoio: Apoio Articulável Móvel Apoio Articulado Fixo Engaste Apoio Articulável Móvel ou Apoio Simples São os vínculos que oferecem reação ao deslocamento linear perpendicular ao plano de apoio. Ele é representado por um triângulo com uma articulação na sua extremidade e roletes em sua base (Figura 11). Ele, também, pode ser representado de forma mais simplificada, retirando-se os roletes de sua base deixando uma linha que representa o plano de apoio (Figura 12). Figura 11 - Representação do Apoio Articulado Móvel Figura 12 - Representação Simplificada do Apoio Articulado Móvel 14 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Exemplo 1 Para a ação de uma força vertical FV o apoio articulado móvel terá uma reação vertical RV de igual intensidade da força, com sentido contrário e aplicada de forma perpendicular ao plano de apoio (Figura 13). Figura 13 - Apoio Articulado Móvel com o plano de apoio na horizontal Exemplo 2 Para uma força horizontal FH o apoio articulado móvel oferece uma reação horizontal RH de igual intensidade da força, com sentido contrário e aplicada de forma perpendicular ao plano de apoio (Figura 14). Figura 14 - Apoio Articulado Móvel com o plano de apoio na vertical 15 Apoio Articulado Fixo São os vínculos que oferecem reações ao deslocamento linear normal e paralelo ao plano de apoio. Ele é representado por um triângulo com articulação na extremidade e hachuras em seu plano de apoio, que representam o atrito (Figura 15). Figura 15 - Representação do Apoio Articulado Fixo Exemplo 3 Para as forças vertical FV e horizontal FH , o apoio articulado fixo oferece reação vertical RV e horizontal RH , respectivamente perpendicular e paralela ao plano de apoio, de igual intensidade das forças, mas com sentido contrário (Figura 16). Figura 16 - Apoio Articulado Fixo sob ação de forças 16 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Engaste ou Apoio Engastado São os vínculos que oferecem reações ao deslocamento linear normal e paralelo ao plano de apoio, bem como ao deslocamento angular. Ele é representado por uma haste, que é a barra que está engastada, e hachuras em seu plano de apoio, que representam o atrito (Figura 17). Figura 17 - Representação do Engaste Exemplo 4 Para as forças vertical FV e horizontal FH , o engaste oferece reações vertical RV e horizontal RH, bem como um momento reativo MR, respectivamente de igual intensidade das forças, mas com sentido contrário (Figura 18). Figura 18 - Apoio Engastado sob ação de cargas externas 17 Classificação das Estruturas quanto ao Equilíbrio Estático Quanto ao seu equilíbrio estático, as estruturas podem ser classificadas como sendo hipostáticas, isostáticas, ou hiperestáticas Estruturas Hipostáticas São as estruturas instáveis, que possuem quantidade de equações de equilíbrio insuficientes, nas quais um tipo de carregamento conduz ao colapso. Estruturas IsostáticasS São as estruturas estáveis, que possuem quantidade de equações de equilíbrio suficientes. Todas as reações dos apoios externos são determinadas pelas equações de equilíbrio da Estática (∑ H = 0; ∑ V = 0; ∑ M = 0). Estruturas Hiperstáticas São as estruturas estáveis, que possuem quantidade equações de equilíbrio superabundantes. Para determinar as reações dos apoios externos, além da aplicação das equações de equilíbrio da Estática, deve-se recorrer a equações de compatibilidade de deformações. Grau de Indeterminação Estática Externa (Ge) É o número de reações de apoio superior a três (três equações da Estática), existente em uma estrutura. Ge = NR – 3 ...(1.1) NR – número de reações dos apoios Assim, a expressão (3.1) que é necessária, mas não suficiente, para definir a estabilidade de uma estrutura, indica: Ge < 3 → estrutura hipostática externamente Ge = 3 → estrutura isostática externamente Ge > 3 → estrutura hiperestática externamente 18 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Cálculo de Reações de Apoio Para o cálculo das reações de apoio, é necessário utilizar o Diagrama de Corpo Livre. O Diagrama de Corpo Livre (DCL) é uma técnica de análise da Mecânica, que representa as forças que agem sobre um corpo, ou um ponto material, que se quer estudar. O elemento estrutural em estudo (corpo ou ponto material) deve ser representado isolado (livre) dos demais elementos componentes da estrutura. Exemplo 5 Calcular as reações de apoio da estrutura da figura 19: Figura 19 - Estrutura do exemplo 5 Solução A figura 20 apresenta o Diagrama de Corpo Livre da barra apresentada na figura 19. A barra possui dois apoios, sendo em (A) o apoio articulado móvel e em (B) o apoio articulado fixo. Na barra, está aplicada uma carga uniformemente distribuída ao longo de todo seu comprimento. Figura 20 - Diagrama de Corpo Livre do exemplo 5 19 Equilíbrio Estático RHB = 0 kN ... (1) +RVA +RVB – 400 = 0 +RVA +RVB = 400 kN ... (2) Efetuando a somatória dos momentos em relação ao apoio fixo (B): +RVA x 10 – 400 x 5 = 0 +RVA = 2.000/10 RVA = 200 kN ↑ ... (3) Substituindo (3) em (2): 200 + RVB = 400 RVB = 400 – 200 = 200 kN ↑ ... (4) 20 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Exemplo 6 Calcular as reações de apoio da estrutura da figura 21: Figura 21 - Estrutura do Exemplo 6 Solução A figura 22 apresenta o Diagrama de Corpo Livre da barra apresentada na figura 1.21. A barra possui dois apoios, sendo em (A) o apoio articulado móvel e em (B) o apoio articulado fixo. Na barra, está aplicada uma carga uniformemente variável ao longo de todo seu comprimento Figura 22 - Diagrama de Corpo Livre do exemplo 6 21 Equilíbrio Estático RHB = 0 kN ... (1) +RVA +RVB – 150 = 0 +RVA +RVB = 150 kN ... (2) Efetuando a somatória dos momentos em relação ao apoio fixo (B): +RVA x 6 – 150 x 2 = 0 +RVA = 300/6 RVA = 50 kN ↑ ... (3) Substituindo (3) em (2): 50 + RVB = 150 RVB = 150 – 50 = 100 kN ↑ ... (4) 22 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Exemplo 7 Calcular as reações de apoio da estrutura da figura 23: Figura 23 - Estrutura do Exemplo 7 Solução A figura 24 apresenta o Diagrama de Corpo Livre da estrutura apresentada na figura 23. A estrutura possui dois apoios, sendo em (A) o apoio articulado fixo e em (F) o apoio articulado móvel. Na estrutura, estão aplicadas cargas concentradas nos nós B, C, D e E. Figura 24 - Diagrama de Corpo Livre do Exemplo 7 23 Equilíbrio Estático RHA = 40 – 60 = 0 RHA = 100 kN → ... (1) +RVA +RVF – 40 – 60 = 0 +RVA +RVF = 100 kN ... (2) Efetuando a somatória dos momentos em relação ao apoio fixo (B): +RVF X (2 + 2) – 40 x 2 – 60 x (1,5 + 1,5) – 40 x 1,5 = 0 RVF = 80 kN ↑ ... (3) Substituindo (3) em (2): +RVA + 80 = 100 RVA = 100 – 80 = 20 kN ↑ ... (4) 24 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Exemplo 8 Calcular as reações de apoio da estrutura da figura 25: Figura 25 - Estrutura do Exemplo 8 Solução A figura 26 apresenta o Diagrama de Corpo Livre da estrutura apresentada na figura 25. A estrutura possui dois apoios, sendo em (A) o apoio articulado fixo e em (D) o apoio articulado móvel. Na estrutura, estão aplicadas cargas concentradas nos nós B e C. Figura 26 - Diagrama de Corpo Livre do exemplo 8 25 Equilíbrio Estático +RHA + RHD + 15 x cos (60º) = 0 +RHA + RHD = - 7,50 kN ... (1) +RVA - 10 – 15 x sin (60º) = 0 +RVA - 10 – 12,99 = 0 +RVA = 22,99 kN ↑ ... (2) Efetuando a somatória dos momentos em relação ao apoio fixo (A): -RHD X 8 + 10 X 3 + 15 x sin (60º) X (3 + 3) = 0 -RHD = - (+30 + 77,94)/ 8 RHD = 13,49 kN → ... (3) Substituindo (3) em (1): +RHA + 13,49 = - 7,50 kN +RHA = - 20,99 kN (o sinal negativo indica que a reação está no sentido contrário ao sentido adotado) RHA = 20,99 kN ← 26 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Material Complementar Livros: NASH, W. A.; POTTER, M. C. Resistência dos Materiais. 5. ed. Coleção Schaum. ebook: Bookman. Sites: ABCEM – Associação Brasileira de Construção Metálica – artigos diversos. Disponível em: http://www.abcem.org.br/artigos-tecnicos.php. Acesso em: 25/abril/2015. ABPE – Associação Brasileira de Pontes e Estruturas – Revista Engenharia Estudo e Pesquisa. Disponível em: http://www.revistaeep.com/ Acesso em: 25/abril/2015. 27 Referências ASSAN, A. E. Resistência dos Materiais. Vol. 1. Campinas, SP: UNICAMP, 2010. BEER, F. P.; JOHNSTON Jr. E. R.; EISENBERG, E. R.; CLAUSEN, W. E. Mecânica Vetorial para Engenheiros. Estática. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, Artmed, 2006. BEER, F. P.; JOHNSTON Jr., E. R.; DEWOLFE, J. T. Resistência dos Materiais. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, Artmed, 2006. CRAIG Jr., R. R. Mecânica dos Materiais. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. HIBBELER, R. C. Estática. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. MERIAM, J. L.; KRAIGE, L. G. Mecânica para Engenharia. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. RILEY, W. F.; STURGES, L. P.; MORRIS, D. H. Mecânica dos Materiais. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. SHEPPARD, S. D.; TONGUE, B. H. Análise e Projeto de sistemas em Equilíbrio. Estática. Rio de Janeiro: LTC, 2007. UGURAL, A. C. Mecânica dos Materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 28 Unidade: Bases da Resistência dos Materiais Anotações
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