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TRABALHO DE PENAL ABNT

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO ESPÍRITO SANTO
FACULDADE DO ESPÍRITO SANTO – MULTIVIX CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
TRABALHO DE DIREITO PENAL
BRUNO BORGES
 CLÁUDIO RENATO SILVA DO ESPÍRITO SANTO
DONÁRIA SALES SANTIAGO
DRIELLE PORTO MARQUES
KEYLA SERAFIM BORGES
LHAYANNA DE CÁSSIA MONTEIRO
LOHANA DE LIMA CALCAGNO
LUCIANO COELHO
MILENA DA SILVA MATEUS
NILCINÉIA DOS SANTOS MAGALHÃES
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
2017
Introdução
Existe um considerável interesse dentro processo histórico no entendimento da filosofia e dos princípios do Direito Penal Contemporâneo. Crimes e castigos existiram na sociedade humana desde os principio. Com a consecução da escrita, os governantes puderam preparar suas leis em tábuas de barro e estelas que ainda hoje podem ser lidas e se tornaram documentos inestimáveis para o entendimento do progresso do pensamento sobre as regras de conduta, as proibições e as penas necessárias aos violadores da lei.
O objetivo deste trabalho é dissertar brevemente sobre os principais códigos que guiaram o comportamento e a vida dos homens através dos tempos e a importância que tiveram para a formação do Direito Penal vigente na atualidade.
 “A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração”.
Thomas Jefferson
DESENVOLVIMENTO
Direito Penal Grego
Não existem informações tenazes, a respeito do Direito Penal entre os gregos. O que sabemos de mais meritório veio de sua literatura, dos poetas, oradores, ou filósofos. Em um primeiro momento na Grécia, prevaleceu a vingança privada e a pena transcendia a pessoa do facínora, alcançando a sua família. Posteriormente, ergue-se o período religioso onde o Estado, em prol de Júpiter, a posteriori outorgar a pena, qualquer que seja ela, sobrepondo – se ao ofendido. Neste período qualificado como histórico, a pena era alicerçada na moral, à medida que os delitos comuns eram penalizados individualmente as ofensas de cunho religioso e político atribuíam remissões coletivas.
No âmbito dos estudos criminais, foi na Grécia que se dissociou a sanção do sentindo meramente religioso; o marco neste período evidencia se pela mudança de pensamento: o criminoso era apenado porque cometeu crime não mais porque afrontou a Deus. Um exemplo claro deste marco é em Atenas, onde o roubo já era preconizado por legislação vigente: “Se o bem não for recuperado, o valor da penalidade deverá ser o dobro do valor do bem; não sendo recuperado, será dez vezes maior, além da punição legal. O ladrão deve ser mantido no pelourinho por cinco dias e cinco noites, se o tribunal impuser uma pena adicional. Aquele que desejar poderá propor a pena adicional, quando a questão for colocada”. Arnaoutoglou, Ilias. Leis da Antiga Grécia. São Paulo: Odysseus, 2005, p. 80. 
Vale a pena ressaltar que, os filósofos gregos levaram debate um quesito geralmente ignorados pelas sociedades anteriores, a do motivo, e fundamento do Direito de punir e da finalidade da pena, questão que inquietou pensadores diversos e veio a ser mais visivelmente considerada no movimento iniciado por Sócrates, com específico interesse que se susteve pelos problemas éticos.
Direito Penal Romano
O Direito Penal Romano, segundo Bittencourt é a maior fonte de institutos jurídicos, que fornece um ciclo jurídico completo. A cidade de Roma é referencia da sociedade antiga, o que une o mundo antigo ao mundo moderno. No ano de 753 a. C. Roma utilizava a pena de caráter sacral, e o direito consuetudinário tido como o que preponderava naquela ocasião. Bitencourt em seu escrito relata sobre a Lei das XII Tábuas, uma lei criada no século V a. C. que se destacou pelo motivo de ser o primeiro código romano escrito, causando uma luta entre os patrícios e os plebeus. A Lei das XII Tábuas adota a Lei de Talião e delimita-se a vingança privada. Surge também neste período a “distinção entre os crimes públicos e privados, punidos pelos ius publicum e ius civile.” (Bitencourt, P. 144, 2012). De acordo com Bitencourt (2012, p.145) os crimes públicos passaram a ser julgado pelos tribunais especiais, cuja sanção designada era pena de morte; os crimes privados em sua vez possuíam interferência do Estado apenas para regular o exercício, visto que ao próprio particular ofendido era confiado o julgamento. Na mesma época surge os crimina extraordinária, nova modalidade de crime, fundado nas ordenações imperiais. Ao fim da República, em 80 a. C., inicia-se o Direito Penal Romano como clássico, como uma aglomeração de Leis, “leges Corneliae e Juliae, onde se formou uma Tipologia de Crimes”. Essas leis separavam os crimes realizados nas relações interpessoais dos cidadãos dos crimes praticados contra o Estado. Entretanto, o Direito Penal Romano apresentou diversas características, onde Bitencourt (2012, p. 147-148) destaca as seguintes:
Afirmação de caráter público e social do Direito; 
Amplo desenvolvimento alcançado pela doutrina da imputalidade, da culpalidade e de suas excluentes; 
O elemento subjetivo doloso;
 A teoria da tentativa, punida nos chamados crimes extraordinários; 
O reconhecimento das causas de justificação; 
A pena constituindo uma relação pública; e Distinção entre os crimes.
Bitencourt afirma que esse período os romanos conheceram apenas os crimes de “nexo causal, dolo, culpa, caso fortuito, inimputalidade, menoridade, concurso de pessoas, penas e sua medição”.
Direito Penal Germânico
O direito penal germânico durante a idade primitiva era baseado através do direito consuetudinário, não era composto de lei escritas, era considerado uma ordem de paz, assim as transgressões (crimes) eram consideradas ruptura da paz, sendo de caráter público, ou privado, de acordo com a natureza do crime:
Público-> Qualquer pessoa podia matar o transgressor.
Privado-> A vítima e os familiares podiam exercer o direito de vingança, conhecida como “Vingança de Sangue”, esse modelo de política só foi superado no final do século XV, com a extinção deste modelo, entra em vigor a instalação da monarquia e o fortalecimento do poder Estatal, sendo a vingança de sangue, substituída pela composição, tendo caráter inicial voluntário e depois coercitivo.
A compensação era uma forma de amenizar o prejuízo causado, tendo um valor pecuniário, objetivo, a intenção era acabar com a vingança privada, que em alguns casos não era um direito mais um dever da vítima ou da família, as leis definiam as formas, os meios, tarefa se locais de pagamento de valor de acordo com a qualidade das pessoas, algumas característica definiam como, sexo, idade ou de acordo com a lesão causada.
A composição pode ser considerada um misto de ressarcimento com pena, parte do valor era dado à vítima ou a família e a outra parte para o tribunal (júri), indenização do crime praticado, simbolizando o “preço da paz” os infratores que não podiam pagar sofriam penas corporais.
O direito germânico demorou em adotar a lei do talião, e só ocorreu por intervenção do direito romano e do cristianismo, há noção de responsabilidade objetiva havia uma avaliação meramente concreta do comportamento do indivíduo, característica do direito penal germânico, nessa avaliação do comportamento o que mais importava era o resultado causado, é não se houvesse culpa ou dolo, caso fortuito, só mais tarde com influência do direito romano houveram-se mudanças.
Direito Penal Canônico
Para que a vida social aconteça de forma harmoniosa é necessário que haja objetivos comuns os quais precisam ser protegidos, portanto a igreja elaborou algumas regras que podemos chamar de Direito Canônico, ou numa definição mais completa podemos dizer que é o conjunto de normas jurídicas, de origem humana ou divina, reconhecidas ou promulgadas, pela autoridade competente da Igreja Católica que determina a organização da própria Igreja e de seus fieis em relação aos fins que lhe são próprios, grosso modo o direito canônico é o direito da Igreja, são as normas que regem, amparam, determinam direitose deveres, ritos, para que a igreja de forma organizada cresça e cumpra sua finalidade na terra.
Bom, assim sendo quando analisados os registros mais antigos desde a era apostólica já se vê relatados algumas formas de proceder, nos diversos temas tratados pela Igreja, normas de condutas ex:. eleição de bispos, como realizar a santa ceia/eucaristia, sobre matrimônios e etc. Varias leis que abordavam questões da igreja já existiam mas encontravam-se esparsas o que deu origem em 1917 uma nova codificação do Direito Canônico, promulgada pelo Papa Bento XV. Esse código foi revogado em 1983 pelo novo texto aprovado pelo Papa João Paulo II.
Antes de 1917 a execução da pena se dava de maneira muito arbitraria e violenta, de forma a salientar uma ideia baseada na vingança privada onde dava aos ofendidos o direito de reagirem ao crime na mesma proporção com que foi violado tanto o agressor quanto aos familiares. Com a evolução dos tempos houve duas grandes regulamentações, fundadas na vingança privada que é a lei de talião e a composição.
A lei de talião surge como instrumento moderador para a execução da pena. Lei de talião pode ser vista no código de Hamurabi: 
Art. 209 – se alguém bate numa mulher livre e a faz abortar, deverá pagar dez ciclos pelo feto.
Art. 210 – se essa mulher morre, então deverá matar o filho dele.
Como na lei das XII Tabuas:
Tabua XII, 11 – se alguém fere a outrem que sofra a pena de talião, salvo se houver acordo.
A lei de talião limita a abrangência da ação punitiva, posteriormente surge à composição, onde o ofensor comprava a sua liberdade, com dinheiro, gados, armas e etc.
O Tratamento dado pela igreja anteriormente aos atos considerados ilícitos era dado de forma irracional e a igreja institui o Código Canônico para legislar sobre o sacramento, sobre o funcionamento e andamento da igreja sobre os que se declaravam Católico Apostólico Romano.
Em certo momento houve a necessidade de universalizar suas leis, daí surge o Código Canônico, mais tarde o Código Penal Canônico. 
Sendo assim, podemos concluir que Direito Canônico é a normatização das leis de Cristo.
Direito Penal Na Idade Moderna (Período Humanitário)
No Século XVIII, conhecido também como Século das Luzes, nasce uma reação humanitária ou reformadora decorrente do Iluminismo (concepção filosófica que tem como principio a ampliação do domínio da razão a todas as áreas da experiência humana). Os ideais desta reação humanitária surgem contra os excessos da aplicação da legislação penal vigente na fase anterior, onde as leis em vigor inspiravam-se em ideias e procedimentos de excessiva crueldade, castigos corporais e a pena capital. Este período é denominado pelos juristas do Direito Penal de Período Humanitário.
Os filósofos, moralistas e juristas, na segunda metade do século XVIII, dedicam suas obras a censurar abertamente a legislação penal vigente, defendendo as liberdades do indivíduo e enaltecendo os princípios da dignidade do homem. 
As convicções do período humanitário eram de que a pena deve ser proporcional ao crime, devendo-se levar em conta, quando imposta, as circunstâncias pessoais do delinquente, seu grau de malícia e, sobretudo, produzir a impressão de ser efetivo sobre o espírito dos homens, sendo, ao mesmo tempo, a menos cruel para o corpo do delinquente.
Filósofos franceses, como Montesquieu, Voltaire, Rousseau, tiveram grande destaque neste período que lutavam contra a situação reinante na defesa veemente da liberdade, igualdade e justiça, na agremiação político-criminal, fizeram conjunto com esse movimento, particularmente, Beccaria, Howard e Bentham até então nomeados como os mais expressivos para a agremiação do Direito Penal. 
Os pressupostos formulados por Beccaria marcam o início definitivo do Direito Penal moderno. Sem dúvida, foi ele o autor que em primeiro lugar desenvolveu a ideia da estrita legalidade dos crimes e das penas, operando uma verdadeira ordenação, dominada por três postulados fundamentais: legalidade penal, estrita necessidade das incriminações e uma penologia utilitária.
Em síntese, temos:
 A afirmação do princípio fundamental da legalidade dos delitos e das penas: só as leis podem fixar as penas em relação aos delitos e essa autoridade não pode residir são no legislativo;
A afirmação de que a finalidade da pena é a prevenção geral e a utilidade: a pena deve ser necessária, aplicada com celeridade, determinada, suave e proporcional ao delito;
A abolição da tortura e da pena de morte;
A infalibilidade na execução das penas;
A clareza das leis;
A separação das funções estatais;
A igualdade de todos perante a lei penal.
Conclui Beccaria: “Para que cada pena não seja uma violência de um ou de muitos contra um cidadão particular, deve ser essencialmente pública, eficaz, necessária, a mínima das possíveis nas circunstâncias dadas, proporcional aos crimes, ditada pelas leis”.
Os ideais reformistas contribuíram para o desenvolvimento de uma grande mudança legislativa – movimentos codificador- que começa ainda no final do século XVIII. A codificação, além de dar certeza ao Direito, exprime uma necessidade lógica, por meio da qual são sistematizados princípios esparsos, facilitando a pesquisa, a interpretação e a aplicação das normas jurídicas.
CONCLUSÃO
Originou- se para regulamentar as “vinganças”, as leis penais foram progredindo e se aperfeiçoando, até alcançar ao que hoje conhecemos como Direito Penal, um sistema de leis, controlada necessariamente pelo Princípio da Legalidade, através da qual se busca não somente afastar o indivíduo criminoso da sociedade, buscando trazer maior segurança no convívio social, ou na inquietação de puni-lo, mas também e principalmente buscar ressocializá-lo, tornando capaz mais uma vez para conviver com outros membros da sociedade em paz. Tem-se dito que isso é uma utopia, mas, como visto, as leis penais traduzem os pensamentos contemporâneos, razão pela qual a natureza das leis penais e das penas deve ser permanentemente procurada por todos aqueles que operam o Direito, ainda que contrários a sua convicção pessoal, pois que o interesse da maioria deve se sobrepor ao pessoal, já que este é um dos fundamentos do Direito moderno sem prejuízo deste entendimento, deve se ter que o Direito tende a melhorar-se ainda mais, por mais dificultoso que isso nos possa parecer, pois como amplamente visto anteriormente, sua propensão é seguir a evolução do pensamento humano, que hoje é no sentido de cada vez mais tornar melhor o convívio entre as pessoas.
BIBLIOGRAFIA
Bitencourt, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Parte 1. 17ª Ed.Saraiva, 2012 P. 144, 145, 146,147 e 148.
Regis Prado, Luiz. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. Editora 
Revista dos Tribunais. RT

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