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Direito Reais Completo

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III – PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS REAIS a) Principio da aderência, especificação ou inerência; Vinculo � sujeito/coisa Não depende do sujeito passivo É a relação da pessoa com a coisa (objeto), não depende do sujeito passivo. b) Principio do absolutismo “erga omnis” � contra todos Direito da sequela ou “jus persequendi” A pessoa que tem este bem pode impor sobre qualquer pessoa que queira tomar o bem ou usar aquele bem, isto é, não interessa quem seja, posso obter o meu bem de volta. Principio da publicidade ou visibilidade Registro em cartório: publicidade a terceiros (art 1227 CC) Diferente de móveis (tradição) – não é necessário registro público, prova-se com nota fiscal; Há presunção pelo agente estar na posse do bem móvel. c) PriNcipio da taxatividade A lei enumera os direitos reais de forma taxativa (art. 1225 à 1361 CC) – estão esparsos no Código Civil Art. 1225 do Código Civil -> direitos reais de forma taxativa, descritos em lei. d) Principio da tipicidade (esta relacionado a taxatividade) Existem de acordo com os tipos legais Decorre do principio da taxatividade e) Principio da perpetuidade - Propriedade = direito perpetuo - não se perde por não uso - meios/formas legais: desapropriação/usucapião, etc ** Não há perda de propriedade do seu bem, salvo nos casos previstos em lei. ** Você pode nem usar, mas o bem sempre será seu. f) Principio da exclusividade Não pode haver dois direitos reais, igual conteúdo, sobre a mesma coisa. Ex. Condomínio: porções ideais, distintas; Ex. Coproprietário divide ao meio, parcelas ideais. Cada pedaço será exercido por uma pessoa g) Principio do desmembramento Direitos reais sobre coisa alheia ** fenômeno da consolidação A posse que foi desmembrada se consolida para o proprietário Todo proprietário é possuidor, ainda que indireto (quando não possui a posse ou desmembrou para terceiros, exemplo locador) IV – FIGURAS HÍBRIDAS (direito pessoal obrigacional X direito real – coisa) - Se situam entre direitos reais e obrigações - Obrigação “propter rem”: recaem sobre a pessoa, por força de determinado direito real Ex. Condominio – despesas de conservação Ex. IPTU – obrigação do proprietário - “Ônus reais”: obrigações que limitam o uso da coisa, constituindo gravames – oponíveis “erga ommis” Ex. hipoteca na matrícula do imóvel por empréstimo bancário. V – POSSE - Situação de fato que aparenta ser direito - Posse ≠ propriedade A posse é uma situação de fato, mas não reflete no direito. - Embora sem título, possuidor tem direito à proteção da posse Posse legitima = aluguel Como possuidor, tem direito de proteção. - Conflito: proprietário X possuidor O proprietário deve agir para ter de volta sua posse. 
O proprietário tem título e caso não tenha interesse e permita que o possuidor fique no imóvel, pode perder, pois o direito assim prevê. - “JUS POSSESSIONIS” � possuidor (prevalece) O direito da posse se sobrepõe ao “jus possidendi” - “JUS POSSIDENDI” � proprietário O direito se preocupa com a função social da propriedade. VI – TEORIAS DA POSSE (servem para explicar o que é posse) a) TEORIAS SUBJETIVAS – SAVIGNY (analisa a intenção) 2 elementos: “corpus” e “animus” “Corpus”: detenção física “Animus”: intenção de deter a posse (vontade) Para ter a posse é necessário ter os dois elementos acima. “CORPUS” + “ANIMUS” = POSSE b) TEORIAS OBJETIVAS – Thering (analisa o fato) Basta o “corpus” Tem posse quem se comporta como dono (ai já esta incluída o “animus”) Todo mundo vê que a pessoa está se comportando como possuidora ** Exterioridade/visibilidade da posse 
• No Brasil adota-se a teoria objetiva de Thering, assim, prevalece a corrente de que a posse pertence a quem tem a coisa para si e se comporta como tal. CONCEITO DE POSSE: Thering -> é a conduta de dono Sempre que haja o exercício dos poderes de fato, inerentes a propriedade, existe posse, a não ser que alguma norma diga que esse exercício configura detenção e não posse. POSSE X DETENÇÃO Detenção: posse degradada, não gera efeitos jurídicos. Alguém conserva para si a posse e transfere a detenção com dependência de suas ordens/instruções. Ex: caseiro. Art. 1196 CC (Possuidor) “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.” Art. 1198 CC (Detentor) “Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.” Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário. POSSE E QUASE POSSE “quase – possessio” – Ex. locação de imóvel Emanada e exercida de um direito real menor Sublocação/comodato -> não adotam este conceito. OBJETO DA POSSE São bens suscetíveis de posse, que guardem relação econômica, podendo ser corpóreo ou incorpóreo. a) Domínio: quem tem o domínio poderá ter a posse b) Direitos reais que dela se deslumbram c) Direitos decorrentes de obrigações híbridas. Ex: condomínio, mista obrigações e direitos reais. NATUREZA JURIDICA São três correntes: 1ª – Thering: é o direito e por isto tem proteção (quem tem direito poderá usufruir) 2ª – Fato: não tem valor jurídico próprio (Windschid) 3ª – Eclética: Fato + Direito (Savigny) NO BRASIL A POSSE É UMA SITUAÇÃO DE FATO QUE TRAZ CONSEQUENCIAS JURIDICAS 
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 1) POSSE DIRETA E INDIRETA Art. 1197 CC: “A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.” Desdobramento da posse plena - Posse DIRETA ou IMEDIATA: Derivada, confiada (elemento “corpus”) Posse direta da coisa para si/contato físico Ex: locatário - Posse INDIRETA ou MEDIATA Titular do direito real (proprietário) Ex. locador (principio do desmembramento) 2) POSSE EXCLUSIVA E COMPOSSE - Exclusiva: posse de um único possuidor (direta + indireta) Posse sozinha não há desmembramento Ex. Proprietário usa o bem plenamente - Composse: duas ou mais pessoas exercem simultaneamente direitos possessórios sobre a mesma coisa. Art. 1199 CC: Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. ** Duas pessoas estão dividindo a coisa Ex: herdeiros – até haver o inventário haverá a composse, todos usam até se finalizar o inventário. 3) POSSE JUSTA E POSSE INJUSTA Art. 1200 CC: “É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.” - JUSTA: não violenta, não clandestina, isenta de vícios. A posse justa é chamada de mansa e pacífica - INJUSTA: aquela adquirida com vícios, por violência, clandestinamente ou por precariedade. 
• Violência: física/moral/coação Equivale ao roubo no direito penal; Posse viciada; Moral: ameaça moral também considerada penal 
• Clandestina Obtida as escondidas, furtivamente. Ex. Situação em que as pessoas sabem que a coisa esta vazia e invade. 
• Precária Quando o agente tinha o dever de devolver o bem e não o faz. Vício – Apropriação indébita -> direito penal 4) POSSE DE BOA FÉ E DE MÁ-FÉ (ART. 1.201 C.C) - Boa fé: aquela em que o possuidor ignora o vício, o obstáculo que impede a aquisição da coisa. Consciência de ter adquirido a posse, por meios legítimos; Critérios subjetivos. 
• Pessoa que adquiriu bem sem saber que o vendedor adquiriu sob violência. - Má – fé: Consciência da existência de vício na aquisição da posse. A pessoa sabe que a outra pegou de forma viciada. 5) POSSE NOVA E POSSE VELHA Se refere ao tempo da posse: 
- POSSE NOVA: menos de ano e dia (12 meses e 24 horas) (pode questionar se é justa ou injusta) - POSSE VELHA: ano e dia ou mais. O decurso do aludido prazo tem o poder de consolidar a situação de fato, permitindo que a posse seja considerada justa, istoé, sem os defeitos da violência e clandestinidade) Obs: passando este prazo, se for adquirido clandestinamente, é como se a pessoa tivesse adquirido de forma legal, o vicio se convalescem no tempo. 6) POSSE NATURAL E POSSE CIVIL (OU JURÍDICA) - Posse natural: constitue o exercício de poderes de fato sobre a coisa. Detenção natural e efetiva da coisa. - Posse civil: é a que se adquire por força da lei, sem necessidade de atos físicos ou da apresentação material da coisa. Ex: escritura pública 
• A lei assim determinada. É a posse mais você não tem a coisa em mãos. Ex. escritura de imóvel é posse jurídica do documento . São meios que o direito encontra para ter garantias. 7) POSSE “AD INTERDICTA” E “AD USUCAPIONEM” - Posse “ad interdicta”: é aquela que pode ser deferida pelas interditos possessórios (ações possessórias). Não conduzem à usucapião. A pessoa que tem a posse justa (legitima) pode defender-se por essas ações - Posse “ad usucapionem”: é a posse que se prolonga pelo lapso de tempo estabelecido em lei, deferindo à seu titular a aquisição de domínio. Gera o direito de propriedade. Ex. quando passado dez anos, a pessoa que esta na posse pode pedir a propriedade, o titulo, judicialmente. 8) POSSE “PRO DIVISO” E “PRO INDIVISO” - Posse “pro diviso”: cada com possuidor se localiza em partes determinadas do bem, estabelecendo uma divisão de fato. Cabe ação possessórias de uns contra outros. - Posse “por indiviso”: os com possuidores tem posse somente de partes ideais da coisa. Ex. Se você tem uma posse dividida, por exemplo, um imóvel, não tem como dividir o imóvel, apenas se tem partes ideais. AQUISIÇÃO DA POSSE Art. 1.204 do CC: “Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade”. Desde o momento em que se torna possível o exercício (fato). Ex. negócio jurídico � locação, apreensão do bem, etc. MODOS DE AQUISIÇÃO 1) Originário: não há relação entre a posse atual e anterior. Não há consentimento do possuidor anterior. Mas de alguma forma você adquire. Ex. Usucapião. a) Apreensão da coisa (ato unilateral, sem anuência do antigo possuidor) - apropriação - coisa “sem dono” (abandonada/”res millus”) - retirada de alguém com vício b) Exercício de direito - servidão – passagem de aqueduto (agua) - Se o dono do imóvel não se opuser, ocorre a aquisição do imóvel; - Direitos reais sobre a coisa alheia (não é dele) * perde e tem ônus gravado na matrícula 
 c) Disposição da coisa ou do direito - quem dispõe é titular da posse/domínio - ato da disposição: alienação/venda do bem; - demonstra a situação de fato 2) Derivado: quando há anuência do possuidor anterior. A posse derivada guarda vícios da posse anterior - Tradição: a pessoa te entrega o bem. - transmissão da posse * Recebe a posse com todos os vícios que ela já tinha (ex: posse adquirida com violência) a) Tradição: acordo de vontades, alienação, doação. - entrega efetiva do bem - Tradição real: efetiva/material - entrega da coisa - intenção das partes - justa causa (contrato, negócios) - Tradição simbólica: ato que traduz a alienação. Ex: chaves - Tradição ficta: constituo possessória (clausula constituinte) A simbólica existe no mundo físico, mas a ficta não. Ex. compra de imóvel na planta ou alugo meu apto por 30 meses , mas neste intervalo eu vendo. O comprador adquire a posse indireta, sem entrega material da coisa. b) Sucessão na posse A sucessão ocorre quando alguém morre (depende) - “inter vivos” – negócio jurídico entre pessoas vivas. - “Causa mortis” PERDA DA POSSE Art. 1.223 do CC: “Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196”. Art. 1.224 do CC: “Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido”. As vezes a pessoa não tem a intenção de perder o bem. A perda é DIFERENTE do abandono: quando outra pessoa acha ocorre a apreensão, modo originário; a pessoa renúncia e o direito não protege aquele que se arrepende. - Cessa o poder sobre o bem; a) Pelo abandono – renuncia a posse Há intenção de largar a coisa b) Pela tradição – normalmente pela alienação Uma pessoa vai transferir algo para outra pessoa, perdendo a posse. c) Perda propriamente dita – não há intenção do possuidor Precisa provar que não houve a intenção d) Pela destruição da coisa – perecimento - acontecimento natural Ex. morte do cão - fato do próprio possuidor Ex. pessoa beber e dirigr e acabou com o carro - ato de terceiro e) Pela colocação da coisa fora do comércio – inalienável Ex. interdição de local para segurança pública Ex. Casa em barraco, pois existe risco de deslizamento. f) Pela posse de outrem Se o possuidor/proprietário não reclamar a posse (turbação/esbulho) 
EFEITOS DA POSSE a) Proteção possessória; (ações judiciais) b) Percepção dos frutos (exploração do bem p/ adquirir frutos) c) Responsabilidade pela perda ou deterioração Quem tem a coisa será sempre responsabilizado, inclusive se prejudicar terceiros. d) Indenização pela benfeitoria e direitos de retenção Pode retirar suas benfeitorias sem causar dano. Há direito de retenção, se você deve algo, mas a pessoa, locador também deve, pode reter o valor do aluguel. e) Usucapião (é uma forma de perder) PROTEÇÃO POSSESÓRIA - Principal efeito da posse - duas formas: 1- legitima defesa (autotutela) � existe limites do seu direito, extrajudicialmente 2- ações possessórias (heterotutela) � você precisa de alguém para interferir - Interditos possessórios: ações possessórias A pessoa que tem a posse e foi ameaçada - Manutenção/reintegração/interdito proibitório São espécies de interditos possessórios (ações) - Legitimidade: pessoa que esta na condição de possuidor - Detentor: não pode � posse precária É aquela pessoa que esta na posse sob custódia/ordem do proprietário. - Proprietário = ação petitória - Possuidor direto e indireto: tem direito de ação uns contra os outros. Direto = locatário Indireto= proprietário Art. 1.197 do CC: A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. - Legitimidade passiva (réu): autor da ameaça, turbação ou esbulho; - Terceiro de má-fé = é aquele que sabia dos vícios. É aquele que recebe a posse sabendo dos vícios, da violência. A lei nunca vai proteger o terceiro de má – fé. - Herdeiro = titular universal – legitimidade ativa Continua a posse do “de cujus” – art. 1.207 do CC: O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. FUNGIBILIDADE DOS INTERDITOS NÃO é a regra geral. Uma ação por outra. - O juiz recebe e concede a proteção adequada. É um erro do advogado ao trocar o nome da ação e o direito protege a posse. Obs: TURBAÇÃO: lesão parcial (alguém pegou metade da coisa) Pedido: manutenção da posse. ESBULHO: perda total do bem Pedido: reintegração AMEAÇA: iminência de lesão Pedido: interdito proibitório 
 Ex. a pessoa fez uma barraca na frente da sua casa e esta aguardando você sair para invadir. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS É permitida a acumulação nas ações possessórias. - perdas e danos (indenização) - Cominação de pena/multa A multa tem função de coagir o réu. - Tutela provisória (liminar) ** Com a cumulação de pedidos ocorre uma celeridade na justiça. 
� Caráter dúplice das ações possessórias - formulação de pedidos para réu na sua contestação - não é reconvenção - pedidos determinados - É como se fosse reconvenção mas não é. 
� Juízo possessório X Juízo petitório Todas as ações que requer uma tutela do Estado X Ações que discute quem é o proprietário,discute domínio. 
� Ação possessória: meio de tutela da posse (ameaça, turbação e esbulho) 
� “ ius possessionis” 
� Ação petitória: meio de tutela dos direitos reais de propriedade (“ius possidendi”) 
� Ação de força nova e ação de força velha - tempo da posse - tempo da propositura da ação - dentro de ano e dia: RITO ESPECIAL � mais favorável para o autor (ação de força nova) � vantagem = concessão de liminar possível (ação de força velha) � não há liminar pois houve demora no interesse. Pode até pedir mas não é certo. - Após prazo de ano e dia = ação de força velha - Procedimento comum DIREITO DE PROPRIEDADE (ART. 1225, I CC) Art. 1.22 do CC: “São direitos reais: I - a propriedade” - O mais completo - Poderes plenos ao titular: usar, gozar, dispor da coisa e reavê-la. - Limitação destes poderes � desmembramento da posse. Ex. usufruto/locação, transfere a posse direta e não pode usar a coisa. Elementos constitutivos da propriedade (art. 1228 do CC) - Poderes plenos; - Poderes que o proprietário vai exercer “erga omnes” 1) Direito de USAR: “jus utendi” Função social da propriedade – previsão constitucional, limites do uso adequado. É usado como bem lhe convier. Ex. Quero usar de forma comercial. 2) Direito de GOZAR ou USUFRUIR: “jus fruendi” - poder de perceber os frutos ; Posso usufruir alugando pera ter renda de forma que tenha frutos civis 
• Caráter econômico ou para o próprio sustento. 3) Direito de DISPOR: “jus abutendi” – transferir/alienar Destruir a coisa: vedado se for Uso antissocial – não serve para ser objeto de incêndio. Se você não quer mais aquele bem, pode transferir, dispuser do bem. 4) Direito de REAVER “rei vindicatio” 
- ações reivindicatórias - direito de sequela É o direito que o proprietário tem de ir através do seu bem, onde quer que esteja e não interessa com que esteja, a qualquer tempo. Art. 1.228 do CC: O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. § 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. § 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. § 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. § 4º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. § 5º No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. Função social da Propriedade (art. 5 da CF, XXII) - Finalidade social para moradia ou comércio; - Toda propriedade tem que ter uma finalidade social - CF/88 – art. 5º, XXII - Bem estar coletivo - Teoria da Função social: Todo indivíduo tem o dever social de desempenhar determinada atividade de desenvolver da melhor forma possível sua individualidade física, moral, intelectual, para com isso cumprir sua função social da melhor maneira. - Direito propriedade, direito civil, propriedade industrial (PI), contratos,, etc. - A função social combate o uso egoístico do uso da propriedade Direitos reais de gozo ou fruição (Art. 1.225, II a VII do CC) - a propriedade traz mais poderes, usar, gozar, usufruir, etc; - Superfície - Servidões - Usufruto - Uso; - Habitação - Direito do promitente comprador Direitos reais de garantia (Art. 1225 do CC, VIII a X) - Penhor - Hipoteca - Anticrese Servem como base de segurança jurídica e iremos estudar cada um. Aquisição da propriedade PARTES GERAIS - Registro em cartório: ato solene. 
- A aquisição por usucapião Cada espécie tem requisitos e prazos próprios - Prescrição aquisitiva: A prescrição aquisitiva se dá no decorrer de um tempo se o legitimo proprietário se manter inerte diante do imóvel. - elemento TEMPO � aquisição de direitos, inércia do proprietário - elemento POSSE � ter a coisa como dono “animus domini”, a pessoa que pedir precisa estar na posse, explorando, cuidando, e tendo o animus. 
� Se os requisitos estiverem presentes pode pedir a propriedade. - Quanto mais tempo vai ficando, menor é chance do proprietário reaver o imóvel. O possuidor é protegido por lei e o mesmo é que dá a função social que a propriedade precisa. - Instituto antigo – Direito Romano - Motivos: utilidade pública/ função social - Não ocorre prescrição da usucapião na constância do casamento/poder familiar Assim, depois da maioridade se os pais sumirem, pode o filho pedir usucapião. - Inação no tempo (inércia) O proprietário, de forma tácita, renúncia do direito de suas Terras (Propriedade). - Objeto: bens móveis e imóveis (mais comum) ESPÉCIES 1) Usucapião extraordinária 2) Usucapião ordinária 3) Usucapião especial (Constitucional) 4) Usucapião familiar/doméstico EXTRAORDINÁRIO (art. 238 do CC) Miais longa e mais comum. 
Em 25-09 DIREITOS REAIS REVISÃO Questão: 01- Quais são os princípios fundamentais dos direitos reais? Explique. a) Principio da Aderência: esse princípio trata da relação do sujeito com a coisa. Aqui o sujeito é o titular de um crédito. b) Principio do Absolutismo: trata do poder absoluto dos direitos reais. Com efeitos “erga omnes”, ou seja, tem efeitos contra todos. c) Principio da Publicidade / Visibilidade: trata da forma de aquisição de bens imóveis, que se comprova com o registro feito em cartório de títulos. d) Principio da Taxatividade: os direitos reais são taxativos e estão presentes em lei, conforme p art. 1225 e 1361 do CC. e) Principio da Tipicidade: este princípio decorre do princípio da taxatividade, uma vez que existe de acordo com os tipos legais. f) Principio da Perpetuidade: é aquele que caracteriza os direitos reais, é para sempre, não morre e não tem prazo. g) Principio da Exclusividade: diz que não pode existir dois direitos reais sobre o mesmo bem. h) Principio do Desmembramento: diz que a posse mesmo sendo desmembrada, um dia voltara para o seu dono de forma consolidada. 02- O que são figuras hibridas? Cite dois exemplos? São as obrigações que recaem sobre a pessoa, quando está possui a posse ou a propriedade da coisa (bem), ou seja, por força de determinado direito real. Como por exemplo o pagamento do IPTU. T 03- Explique as teorias subjetiva e objetiva da posse? A teoria subjetiva foi criada por Savigny, que diz ser posse é a soma de dois elementos: um chamado de “corpus” (que significa a material, o poder fisico), e o outro chamado de “animus” (que significa a vontade de ser dono, de ter a coisa como sua). Tais elementos precisam estarem juntos para que ocorra a posse. Já a teoria objetiva, criada por Ihering, e adotada no Brasil. Diz que para ter a posse basta apenas o “corpus” e que dentro dele já se encontra embutido o animus de forma subjetiva, pois, traz uma relação de fato entre a pessoa e a coisa, para fim de sua utilização econômica. Seja para si ou ara outrem. Aqui 
desconsidera a condição psicológica, o que caracteriza é que a pessoa demonstre que é a dona. 04- Qual a diferença entre posse e detenção? Na posse existe a presunção de que a pessoa seja o possuidor, pois existe um estado de fato que corresponde a um direito. Na detenção, existe a posse precária, conseguida pela confiança do verdadeiro possuidor. Aqui o detento não terá o direito sobrea coisa, pois usou de abuso de confiança. 05- Explique posse nova e posse velha. A posse nova acontece quando a pessoa adquiri a coisa dentro de ano e dia, diferente da posse velha, que é quando a pessoa adquiri a coisa com mais de ano e dia. A grade diferença de uma para a outra está na perda da concessão de liminar, quando se tratar de posse velha. 06- Explique posse “ad interdicta” e posse “ad usucapione” A posse “ad interdicta” pode ser defendida pela ação de interditos possessórios. Quem tem a posse juta da coisa pode defende-la, porém, não gera a usucapião. A posse “ad usucapione”, prolonga-se pelo lapso de tempo, que pode ser de 10, 20, 30 anos. Tal lapso pode gerar o direito a posse e a propriedade. 07- Explique o modo originário de aquisição da posse. É aquele que se adquiri sem a violência, clandestinidade ou precariedade. Ou seja, é a posse que existe sem o vínculo do antigo possuidor. 08- Como pode ocorrer a perda da posse? Explique. Pode ocorrer de diversas formas: 1- Pelo abandono: quando a pessoa renuncia o seu direito sobre a ocisa e a abandona Ex.: deixa o cachorro no parque. 2- Pela tradição: entrega da coisa a outrem. Com o ânimo de se desfazer, de forma gratuita ou onerosa. 3- Pela perda da coisa: cabe ação possessória, quando a pessoa não encontra a coisa perdida e quem a encontra não devolve (art. 1233). 4- Pela destruição da coisa: quando a coisa perece, por força da natureza, ou do próprio possuidor ou de terceiros. Ex. perda total em batida de carro... 
5- Pela colocação da coisa fora do comercio: serve para tutelar um bem maior, em uma situação grave. Exemplo: casa com suspeita de desabamento... 6- Pela posse de outrem: aqui a pessoa adquiri o bem de forma furtiva ou violenta. Sabendo que a coisa tem dono. 09- Como é feita a proteção possessória, quem tem legitimidade? Será feita de suas formas: Pela legitima defesa: a pessoa vai defender a posse pessoalmente, esta atual e seguinte. Até o dia seguinte. Aqui a justiça entende como legitima defesa o dia seguinte e não após. Podendo afastar a lesão quando não se extrapola o limite da razoabilidade. Pelas ações possessórias: acontece pela heterocomposição, o juiz vai dizer quem tem a razão e o direito. Pode ser: pelo interditos possessórios, pela reintegração de posse ou pela ação de manutenção da posse. A legitimidade é uma condição de possuidor. Ou seja de forma direta ou indireta. 10- O que é ação de força nova e ação de força velha? Ação de força nova, acontece dentro de dias até ano, tem o rito especial, é mais favorável ao autor, por ter uma maior possibilidade de garantir o direito deste que briga pela posse, através da liminar. Ação de força velha, acontece dentro de mais de ano e dias, quando da demora do dono da coisa em reclamar sua posse, tem o rito comum ordinário, será um processo mais longo que será resolvido na sentença que colocara fim a questão, que poderá demorar anos. Aqui o direito não defende quem dormi. 11- Explique os direitos advindos da propriedade. São: Direitos de usar: diz respeito a função social da propriedade, de moradia, comercio etc.; Direito de goza ou usufruir: diz respeito ao poder de perceber os frutos; Direito de dispor: é o direito de transferir, alienar, doar a coisa, para faze-lo precisa de fato ser o proprietário, e o Direito de reaver: o proprietário pode reivindicar o bem, podendo segui-lo onde quer que esteja a coisa (bem). 
 12- Discorra sobre função social da propriedade. Está relacionada ao social e a coletividade, no que diz respeito a moradia, a plantação, ao comercio, etc. Significa dizer que está cumprindo a função social, garantia fundamentada no art. 5 inciso XXIV da Carta Magna. 13- Explique o que é usucapião, discorrendo sobre sua principal fundamentação. A usucapião é a forma originaria de aquisição da propriedade As fundamentações são: Pela utilidade pública/função social: diz que as pessoas precisam ter onde morar, ter terra para se sustentar. Assim estará cumprindo a função social. Pelo tempo: quando o dono age com inercia, não faz nada para tirar a pessoa. Pela Prescrição: se adquiri a coisa ao decorrer de um prazo, tempo Pela posse: ter a coisa como dono “animus domini”.

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