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P2 Anatomia (Cavidades)

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Anestesiologia e Técnicas Cirúrgicas – Prática – P2 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Medicina Veterinária
Aluno: Jeferson Bruno da Silva – Matrícula: 201406074-4
06 de Outubro 2016 – Anatomia 
Essa aula foi uma aula de revisão da anatomia onde ele falou das cavidades torácicas e abdominais. O áudio não estava muito bom, então foi difícil de ouvir.
A divisão entre a cavidade torácica e a abdominal é feita pelo musculo do diafragma. Mais caudalmente temos a cavidade pélvica. As cavidades são limitadas, obviamente.
A cavidade torácica é comprimida lateralmente em sua parte cranial e com uma base cortada obliquamente. Sua parede dorsal é constituída pelas vértebras torácicas, ligamentos e músculos. As paredes laterais são formadas pelas costelas e músculos intercostais. A parede ventral ou assoalho, é composta pelo esterno, cartilagens das costelas esternais e pelos músculos ligados a elas. Enquanto sua parede caudal é constituída pelo diafragma e tem estrutura oblíqua e fortemente convexa. O mediastino divide a cavidade em duas câmaras laterais, ele vai da parede dorsal até as paredes ventral e caudal.
A cavidade abdominal é a maior cavidade do corpo. Separa-se da cavidade torácica através do diafragma e continua caudalmente com a cavidade pélvica. A delimitação entre a cavidade abdominal e pélvica é demarcada pela linha terminal ou borda da pelve. A estrutura da parede abdominal tem formato ovóide, e também comprimida lateralmente. Tem uma parede dorsal, formada pelas vértebras lombares, músculos lombares e parte lombar do diafragma. Uma parede lateral, constituída pelos músculos abdominais oblíquos e transversos, pela fáscia abdominal, partes craniais dos íleos com músculos ilíacos, pelas cartilagens das costelas asternais e pelas partes das costelas caudais que estão abaixo da inserção do diafragma. A parede ventral, formada por dois músculos retos, aponeuroses dos músculos oblíquo e transverso, fáscia abdominal e cartilagem xifóide. A parede cranial consiste do diafragma com forma côncava provocando o aumento do abdome em relação ao tórax. Além das paredes musculares estarem forradas por fáscias como a fáscia diafragmática, transversa, ilíaca e a camada profunda da fáscia tóraco lombar. O tecido subseroso (tecido areolar) contém algumas quantidades de gorduras e une a fáscia e o peritônio. A cavidadade abdominal contém a grande parte dos órgãos digestivos e urinários, parte dos órgãos genitais internos, vários nervos, vasos sangúineos, vasos linfáticos e nodos linfáticos, o baço, as glândulas adrenais e certos vestígios fetais.
O abdome é formado por quatro músculos que formam a cavidade abdominal e que protegem os órgãos e estruturas abdominais. A primeira musculatura mais externa e superficial de todas é o músculo oblíquo abdominal externo que se originam da região do corpo da 4ª costela até aproximadamente a 13ª costela, além disso, as últimas fibras podem ter inserção numa estrutura chamada de fáscia toracolombar e ainda uma porção dessas fibras se inserem na bainha do músculo reto abdominal.
Abaixo do oblíquo externo encontra-se o músculo oblíquo abdominal interno essas musculaturas se originam da aponeurose ou da fáscia toracolombar na porção mais superior e se inserem na bainha do músculo reto abdominal.
O músculo reto é circulado por uma bainha, essa bainha é formada pela inserção das bainhas do músculo obliquo abdominal externo e interno e transverso abdominal. Nessa região de bainha passa a veia umbilical no caso de neonatos que posteriormente torna-se o ligamento umbilical, nessa região pode acontecer uma hérnia por conta de má formação ou fechamento desse local após o nascimento.
E cavidade pélvica é como se fosse uma continuidade da cavidade abdominal, mas por uma questão didática se separa. A cavidade pélvica faz comunicação cranialmente com a cavidade abdominal. Sua parede dorsal é constituída pelo sacro e pelas primeiras vértebras caudais. As paredes laterais são formadas pelas partes dos ílios e pelo ligamento sacrotuberal. A parede ventral é composta pelos ossos pube e ísquio. A cavidade abdominal contém o reto, partes dos órgãos genitais internos e urinários, alguns remanescentes fetais, nervos e vasos. É revestida pela fáscia pélvica e uma parte pelo peritônio. 
As escavações são denominadas sacos cegos e são nomeadas de acordo com o órgão no qual elas estão sendo constituídas. Podem ser classificadas em:
Escavação Sacroretal: Está localizada mais dorsalmente e fica entre o sacro e o reto.
Escavação Retogenital: No macho fica entre o reto e a prega genital, na fêmea entre o reto e o útero.
Escavação Genitovesical ou Vesicogenital: No macho está entre a prega genital e a vesícula urinária, e na fêmea fica entre o útero e a vesícula urinária.
Escavação Pubovesical: Encontra-se entre o púbis e a vesícula urinária.
Temos um revestimento interno dentro das duas primeiras cavidades, é uma lâmina serosa que se insere por dentro da cavidade – a pélvica não tem esse revestimento. As vísceras também são revestidas por essa membrana. A membrana reveste por todos os órgãos. Na cavidade torácica se chama pleura e na cavidade abdominal se chama peritônio. 
No caso da cavidade torácica existem duas membranas serosas pleurais, uma a direita e uma a esquerda e cada uma limita um espaço. E elas delimitam a cavidade torácica, já o peritônio é uma membrana só. Com isso temos uma parede mediana de natureza pleural que nós chamamos de mediastino e nesse espaço nós teremos o desenvolvimento das vísceras torácicas. O pulmão, por exemplo, vai se desenvolver e vão se expandir cada um para um lado e as membranas vão acompanhar esse desenvolvimento revestindo pelo exterior. A camada serosa das vísceras torácicas nada mais é do que a própria pleura.
Mediastino é um septo longitudinal que se estende da parede dorsal até as paredes ventral e caudal dividindo em duas câmaras laterais. Cada uma dessas câmaras é forrada por uma túnica serosa chamada de pleura. A pleura parietal é dividida em costal, diafragmática e mediastínica. A pleura visceral recobre diretamente o pulmão. Entre os folhetos da pleura mediastínica direita e esquerda forma-se um espaço chamado mediastino. O  mediastino é dividido em três porções: Cranial, que vai desde a abertura torácica cranial até o coração. Médio, contém traquéia, esôfago, arco aórtico, vasos pulmonares, linfonodos, coração e pericárdio. Caudal, está posicionado entre o coração e o diafragma.
Temos dois folhetos pleurais: um na parede, parietal e um na víscera, visceral. A mesma coisa tem para o peritônio. 
Peritônio/Meso: É uma fina camada serosa que cobre a cavidade abdominal e uma parte da cavidade pélvica. As paredes da cavidade peritonial são opostas e separadas por uma delgada película de fluido seroso que foi secretado pela víscera. O peritônio possui diversas funções da mesma forma que os órgãos. Entre elas estão as funções de diminuição do atrito das vísceras durante o movimento; Capacidade de minimizar infecções por meio dos macrófagos que estão no líquido peritonial; O líquido peritonial absorve as toxinas bacterianas quando afetam o peritônio, e a eliminação das mesmas através da circulação;  
A membrana serosa é uma lâmina conjuntiva e aderida a ela uma lâmina de tecido mesotelial, é como se fosse um epitélio. A parte conjuntiva é uma parte base para que a célula possa se inserir e a partir dessa parte conjuntiva ela irá se aderir à superfície. Não importa que seja parietal e nem visceral.
Nota da professora: é necessário ter muito cuidado na manipulação de vísceras, sempre isolar o órgão para trabalhar porque a manipulação da serosa promove algumas alterações que levam à aderência. Umas formas de se evitar: usar compressa úmida, usar uma pinça sem “dentes” etc.
As vísceras possuem movimento próprio, a peristalse, então existe uma secreção na serosa, que dá esse aspecto viscoso. Assim permite a mobilidade visceral e isso se faz tanto no lado pleural (líquido pleural) quanto do lado peritoneal (líquido peritoneal).A víscera que se desenvolve no abdome se desenvolve revestida pelo peritônio visceral e conforme ele se “afasta” da parede, há um acompanhamento da camada serosa se estendendo. Essa camada serosa não é nem parietal e nem visceral, é uma camada média que nós chamamos de “meso” porque é o meio de ligação entre parede e víscera. Os mesos vão receber nomes específicos de acordo estão inseridos nas variadas porções do tubo digestivo como mesentério, mesocólon, mesoduodeno. Os mesos possuem estruturas nervosas. Ligamentos são as pregas que passam entre as vísceras que não fazem parte do tubo digestivo e se ligam à parede abdominal. 
Esses ligamentos são responsáveis por manter as vísceras em seus locais adequados, caso contrário elas ficariam se movimentando pela cavidade.
Nota da professora: No momento de uma castração da fêmea, podemos remover o ligamento suspensório do ovário para poder tracionar o ovário para a região ventral, já que ele fica na região dorsal. Mas em alguns casos pode ser que venhamos a mexer em ligamentos que não convém, então pode ser vantajoso ou não realizar esse rompimento. O que devemos fazer é tentar sempre manter o ligamento intacto para evitar que as vísceras não venham ficar se movimentando inadequadamente. 
Nota da professora: Precisamos lembrar de cirurgias que venham a ter alguma fenestração ou perfuração no meso, se deixarmos a fenestração ali e não refazer esse mesentério, você pode ter a inserção de uma outra alça intestinal e acontecer o que chamamos de hérnia interna e esse animal tem uma complicação pós-operatória e começa a ter uma necrose ali porque começa a ter compactação de conteúdo intestinal e o animal morre. E isso tudo acontece simplesmente porque você esqueceu de suturar o mesentério.
As pregas de ligação de um órgão a outro são denominadas omentos, mesentério, ligamentos e etc. Exemplo: prega íleocecal (entre o íleo e o ceco), prega duodenocólica (em cães entre o duodeno e o cólon), prega intercólica (em equinos, devido a grande extensão do cólon, muitas partes são unidas pelas pregas). 
Ao abrir o abdômen pela linha reta ou linha Alba e seccionar as paredes e ter acesso às vísceras, observa-se uma estrutura amarelada esbranquiçada recobrindo todas as vísceras com exceção do fígado e baço, essa estrutura é chamada de omento, essa estrutura não recobre esses órgãos por ser originadas da curvatura maior do estômago se reverter e inserir na porção ventral desses órgãos lateralmente a veia cava. O omento são as terminações do peritônio e poderá ser dividido em maior ou menor dependendo de onde está inserido. O omento menor fica entre o fígado e a curvatura menor do estômago e a primeira porção do duodeno, e o omento maior que se estende da curvatura maior do estômago ao cólon transverso do intestino.
O omento irá formar o ligamento gastroesplênico ele se dobra do estômago sobre o baço e em sentido caudal. Existem várias estruturas de sustentação do intestino, a primeira e mais comum delas é o mesoduodeno no teto da cavidade abdominal, mesorreto e mesocólon e fixando no estômago parcialmente ao teto o ligamento gastroesplênico, ou seja, o omento é um reflexo desse ligamento (gastroesplênico) em sentido caudal. O omento serve como via de transporte de vasos até as alças intestinais.
Nota da professora: O omento é rico em células curipotenciais(?), que são as células tronco e podem se diferenciar em várias outras células no organismo. E sabe-se que os fatores de crescimento que estimulam e modulam a cicatrização, a maioria deles tem em quantidade maior e as células produzem maior no omento. Então o omento é uma indústria de células essenciais. Ele é usado em diversas cirurgias até mesmo em outras partes do corpo porque ele tem grande potencial para ajudar na cicatrização.
Nota da professora: Para evitar a hemorragia nós podemos separar as fibras do músculo, mas dá mais trabalho. Então é mais fácil trabalhar pelas bordas e afastando, abrindo uma cavidade para trabalhar e depois fazemos a sutura. Num acesso pelo flanco é muito vantajoso em grandes animais porque podemos um músculo longitudinal, depois um transverso internamente, o oblíquo interno e o oblíquo externo. E assim não vamos precisar seccionar músculo nenhum. Incisamos a pele, divulsiona o subcutâneo e depois divulsionamos os músculos, separando as fibras de cada músculo e finalizo com uma sutura de aproximação. 
Se você afasta o oblíquo interno e o externo e o transverso, a tendência é a pressão fazer com que eles voltem para o lugar. Se você faz uma secção a tendência é abrir e se afastarem.
Nota da professora: É preciso conhecer a anatomia pra saber como o corpo funciona porque nós não podemos sair cortando tudo e acabou, precisamos evitar o máximo de trauma possível pois a cirurgia já é traumática, então se nós conhecermos bem anatomia, encontraremos formas mais fáceis e menos traumáticas para poder proceder adequadamente.
Agora é o jogo de slides do professor...
Cavidade Pleural: a lâmina pleural na área mediastínica, são as duas lâminas mediastínicas pleurais. O coração é envolto pelo saco pericárdico que é o folheto pleural mediastínico.
Cavidade Abdominal: o fígado formou-se e projetou-se e foi tracionando o folheto peritoneal, o fígado é mais a direita e o estômago é mais a esquerda e mais caudal que o fígado. O hilo hepático é de onde se projeta o omento mentor até o estômago. O ligamento entre o fígado e o estômago se chama ligamento hepato-gástrico. O omento maior vai cobrir todas as vísceras após o estômago, ele é como se fosse uma rede e fica no assoalho. 
A projeção peritoneal que é mesentério está centrada no meio – temos o mesoduodeno, o mesojejuno, então vejam que a tendência do duodeno é contornar esse eixo caudalmente e esse eixo, o ponto de fixação, nós chamamos de raiz do mesentério. O duodeno contorna a raiz caudalmente. 
Todos os órgãos são fixados pelo peritônio mantendo o mesentério;
A prega que liga o íleo ao ceco se chama prega ileocecal, é mais um comportamento que o omento apresenta. 
Audio 2 – Momento 13:01 – Julie de saco cheio exclama: SENHOR!
O peritônio também está na parede. Na peça não dava pra ver a cavidade pélvica.
Nota da professora: Se você for pela parede, o que está mais dorsal? Íleo ou colon? Depende de onde você quer trabalhar, a forma de acesso diferencia muito.
O pâncreas está mais relacionado com o duodeno, a sua alça descendente; O fígado, o duodeno e pâncreas estarão todos juntos – qual a razão disso? Por causa dos ductos que passam por ali, afinal teremos secreções pancreáticas e a bile que entrarão pelo duodeno, então quanto mais próximos estiverem, mas fácil o acesso.
Nota da professora: em questão cirúrgica o acesso é bastante difícil.

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