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Quimioterapia do Câncer: Princípios e Fármacos

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FARMAOLOGIA
Quimioterapia do 
câncer
Prof. Rafael Mariano de Bitencourt
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Quimioterapia do câncer
• Patogenia do câncer;
• Princípios gerais de ação dos agentes antineoplásicos citotóxicos;
• Fármacos utilizados na quimeoterapia do câncer;
• Resistência aos agentes antineoplásicos;
• Esquemas de tratamento;
•Técnicas para controle da êmese e da mielosupressão;
• Estratégias futuras plausíveis para a quimeoterapia do câncer.
QUIMIOTERAPIA
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Paul Ehrlich
 O termo quimioterapia foi criado por Paul Ehrlich, para descrever o uso de
substâncias químicas sintéticas capazes de destruir agentes infecciosos;
 Os agentes quimioterápicos são substâncias químicas planejadas para serem tóxicos
para o microorganismo patogênico, porém inócuos para o hospedeiro;
 Descobrir agentes capazes de afetar o parasita, mas não o hospedeiro humano, exige
que seja encontradas diferenças bioquímicas qualitativas ou quantitativas entre eles;
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
O câncer é uma doença caracterizada pela multiplicação e propagação 
descontroladas no corpo de formas anormais das próprias células corporais
 Trata-se de uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos (1 em cada
5 habitantes da Europa e América do norte irá morrer de câncer);
 Os termos câncer, neoplasia maligna e tumor malígno são sinônimos e distinguem-
se dos tumores benignos pelas suas propriedades de desdiferenciação, poder de
invasão e capacidade de metastaziar (disseminar-se para outras partes do corpo);
 O aparecimento destas características
anormais reflete padrões alterados de
expressão gênica nas células cancerosas
em decorrência de mutações genéticas;
 Existem três abordagens principais para
o tratamento do câncer:
(i) Excisão cirúrgica; (ii) Irradiação; 
(iii) Quimioterapia.
Gênese de uma célula 
cancerosa
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
 Uma célula normal transforma-se em
célula cancerosa em decorrência de uma ou
mais mutações que podem ser herdadas* ou
adquiridas (*ex.: cópias defeituosas dos genes
supressores tumorais BRCA1 e BRCA2
aumentam chance de câncer de mama);
 Existem duas categorias principais de
alterações genéticas que levam ao
desenvolvimento do câncer:
A ativação de proto-oncogenes em
oncogenes;
A inativação dos genes supressores
tumorais.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Ativação dos proto-oncogenes em oncogenes:
Os proto-oncogenes são genes que normalmente controlam a divisão, a apoptose e a 
diferenciação celular, mas que podem ser convertidos em oncogenes por ação de 
determinados vírus (ex.: HPV) ou carcinógenos.
 Inativação dos genes supressores tumorais:
São genes que possuem a capacidade de suprimir alterações malignas. Há boas 
evidências de que a ocorrência de mutações nesses genes está envolvida em muitos 
cânceres diferentes. A perda de função dos genes supressores tumorais pode constituir o 
evento crítico na carcinôgenese.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
PATOGENIA DO CÂNCER
As células cancerosas manifestam , em graus variáveis, quatro 
características que as distinguem das células normais:
 Proliferação descontrolada;
 Desdiferenciação e perda da função;
 Poder de invasão;
 Metástases.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Proliferação descontrolada
A proliferação das células cancerosas
não é controlada pelos processos que
normalmente regulam a divisão celular e o
crescimento dos tecidos (é esse aspecto,
mais do que a velocidade de proliferação,
que as distingue das células normais);
 Quais os fatores que levam à proliferação descontrolada das células tumorais?
 A inativação dos genes supressores tumorais.
 A transformação de proto-oncogenes em oncogenes.
Além do mais, o desenvolvimento de resistência à apoptose constitui uma
característica essencial do câncer, assim como a angiogênese produzida que ocorre em
resposta a fatores de crescimento produzidos pelo tumor em expansão.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Desdiferenciação e perda da função
A multiplicação das células normais
envolve a divisão das células-tronco em
determinado tecido, dando origem a
células-filhas, que sofrem diferenciação e
transformam-se em células maduras;
Assim, por exemplo, os fibroblastos
adquirem a capacidade de secretar e
organizar matriz extracelular, as células
musculares tornam-se capazes de sofrer
contração e assim por diante;
 Uma das principais características das células cancerosas consiste na sua
desdiferenciação – em grau variável nos diferentes tumores;
 Em geral, os cânceres pouco diferenciados multiplicam-se com mais rapidez e
apresentam prognóstico mais sombrio do que os cânceres bem diferenciados.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Poder de invasão
As células normais não são encontradas
fora do seu tecido de origem (ex.: células
hepáticas não são encontradas na bexiga e
células pancreáticas não aparecem nos
testículos);
 Qualquer célula que escape
acidentalmente sofre apoptose;
As células cancerosas não apenas perdem, através de mutação, os fatores de restrição
que atuam sobre as células normais, como também são particularmente competentes na
secreção de enzimas (ex.: metaloproteinases) que decompõem a matriz extracelular,
permitindo a introdução das células cancerosas.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Metástases
As metátastases são tumores
secundários formados por células que
foram liberadas pelo tumor inicial ou
primário e alcançaram outros locais
através dos vasos sanguíneos ou linfáticos;
As metástases constituem a principal
causa de mortalidade da maioria dos
cânceres e representam um importante
problema na terapia do câncer;
• As células cancerosas capazes de metastaziar sofrem uma série de alterações genéticas
e propiciam o estabelecimento “extraterritorial” (processo facilitado pela angiogênese);
• Os tumores secundários ocorrem mais frequentemente em alguns tecidos do que
outros (ex.: metástase do câncer de mama são frequentemente encontrados no pulmão,
no osso e no cérebro
FARMACOLOGIA
O que é angiogênese e qual a importância deste 
processo para o crescimento do tumor?
Pergunta Desafio!
3
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Metástases
As metátastases são tumores
secundários formados por células que
foram liberadas pelo tumor inicial ou
primário e alcançaram outros locais
através dos vasos sanguíneos ou linfáticos;
As metástases constituem a principal
causa de mortalidade da maioria dos
cânceres e representam um importante
problema na terapia do câncer;
• As células cancerosas capazes de metastaziar sofrem uma série de alterações genéticas
e propiciam o estabelecimento “extraterritorial” (processo facilitado pela angiogênese);
• Os tumores secundários ocorrem mais frequentemente em alguns tecidos do que
outros (ex.: metástase do câncer de mama são frequentemente encontrados no pulmão,
no osso e no cérebro
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
PRINCIPIOS GERAIS DE AÇÃO DOS AGENTES 
ANTINEOPLÁSICOS CITOTÓXICOS
 Uma das principais dificuldades no uso da quimioterapia do câncer é que o tumor 
geralmente se encontra muito avançado por ocasião do seu diagnóstico;
 O tempo de duplicação das células cancerosas variam conforme o tipo de tumor (de 
24 h a 3 meses) e são necessárias cerca de 30 duplicações (2 cm de diâmetro) para que 
possa ser diagnosticável (mesmo assim em muitos casos passa despercebido);
 Outras 10 duplicações formariam um tumor passível de ser letal (20 cm de diâmetro);
 Por conseguinte, a neoplasia seria silenciosa durante os primeiros três quartos ou 
mais de sua existência inicial.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
MAS...
 ... Esse tipo de crescimento exponencial contínuo geralmente não ocorre;
 No caso da maioria dos tumores sólidos, em contraste com as leucemias, a
velocidade de crescimento declina à medida que a neoplasiaaumenta de tamanho (o
tumor cresce mais do que sua capacidade de manter um suprimento sanguíneo);
As células de um tumor sólido podem ser divididas em três 
compartimentos:
 Compartimento A, que consiste em células em divisão que, possivelmente, 
estão continuamente no ciclo celular. Constitui apenas 5% de alguns tumores;
 Compartimento B, que consiste em células em repouso e, embora não 
estejam em divisão, são potencialmente capazes de fazê-lo;
 Compartimento C, constituído por células que não tem mais a capacidade 
de sofrer divisão, mas que contribuem para o volume do tumor. Estas células 
não representam um problema;
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
FARMACOLOGIA
Em qual dos compartimentos citados 
anteriormente atuam os medicamentos 
quimioterápicos?
Pergunta Desafio!
3
As células de um tumor sólido podem ser divididas em três 
compartimentos:
 Compartimento A, que consiste em células em divisão que, possivelmente, 
estão continuamente no ciclo celular. Constitui apenas 5% de alguns tumores;
São suscetíveis aos principais agentes citotóxicos
 Compartimento B, que consiste em células em repouso e, embora não 
estejam em divisão, são potencialmente capazes de fazê-lo;
Estas células tornam a quimioterapia do câncer difícil, visto que não são 
muito sensíveis aos agentes citotóxicos e tendem a retornar ao Comp. A
 Compartimento C, constituído por células que não tem mais a capacidade 
de sofrer divisão, mas que contribuem para o volume do tumor. Estas células 
não representam um problema;
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Resumo simplificado 
da gênese do câncer
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Agentes antineoplásicos
 Os agentes antineoplásicos atualmente utilizados afetam, em sua
maioria, apenas o processo de divisão celular (antiproliferativos)
 Não exercem nenhum efeito inibitório específico sobre o poder
de invasão, a perda da diferenciação ou a tendência a sofrer
metástases;
 Como consequência, afeta também a divisão celular de todos os tecidos normais que
se dividem rapidamente e, consequentemente, tendem a produzir, em maior ou menor
grau, os seguintes efeitos tóxicos gerais:
 Redução na produção de leucócitos e, 
portanto, resistência diminuída à infecção;
 Cicatrização 
deficiente de feridas Queda dos cabelos
 Lesão do epitélio GI
 Depressão do crescimento 
em crianças
 Esterelidade  Teratogenicidade Náusea e vômitos*
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
FÁRMACOS UTILIZADOS NA TERAPIA 
DO CÂNCER
 Agentes citotóxicos
• Agentes alquilantes e compostos correlatos, que atuam através da formação de 
ligações covalentes com o DNA, impedindo, assim, a sua replicação;
• Antimetabólitos, que bloqueiam ou subvertem uma ou mais vias metabólicas 
envolvidas na síntese do DNA;
• Antibióticos citotóxicos, isto é, substância de origem microbiana que impedem a 
divisão das células nos mamíferos;
• Derivados vegetais (alcalóides, etc), que, geralmente, afetam especificamente a 
função dos microtúbulos e, consequentemente, a formação do fuso mitótico.
Hormônios
Os mais importantes são os esteróides (ex.: glicocorticóides) e fármacos que suprimem 
a secreção ou antagonizam a sua ação;
 Agentes diversos
Não se enquadram nas categorias anteriores.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
FÁRMACOS UTILIZADOS NA TERAPIA 
DO CÂNCER
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Agentes alquilantes e compostos correlatos 
(agentes citotóxicos)
 Os agentes alquilantes e compostos correlatos
contém grupos químicos capaz de formar ligações
covalentes com substâncias nucleofilícas
particulares na célula;
 Todos os agentes alquilantes deprimem a função
da medula óssea e causam distúrbios GI (podem
causar também depressão da gametogênese,
resultando em esterilidade, e aumento no risco de
leucemia não-linfócita aguda e outras neoplasias
malignas);
Agentes alquilantes: Mostardas nitrogenadas
(ex.: ciclofosfamida); Nitrosouréias (atravessam a
BHE); Bussulfano; Dacarbazina (pró-fármaco).
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Antimetabólitos (agentes citotóxicos)
Os antimetabólitos bloqueiam ou subvertem 
as vias na síntese de DNA.
• Antagonistas do folato
 O principal antagonista do folato é o metrotexato, um dos antimetabólitos mais
utilizados na quimioterapia do câncer;
 Os folatos são essenciais para a síntese de purinas e do timidilato, que, por sua vez,
são indispensáveis para a síntese de DNA e a divisão celular. Os antagonistas do
folato interferem na síntese do timidilato.
FARMACOLOGIA
Qual antibacteriano, visto anteriormente, 
atua da mesma forma sobre a bactéria?
Pergunta Reforço!
3
• Análogos da pirimidina
 O fluorouracil é convertida num nucleotídeo falso que inibe a síntese de timidilato;
A citarabina inibe a DNA polimerase;
 Tratam-se de potentes agentes mielosupressores
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Antimetabólitos (agentes citotóxicos)
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Antimetabólitos (agentes citotóxicos)
Os antimetabólitos bloqueiam ou subvertem 
as vias na síntese de DNA.
• Análogos da purina
A mercaptopurina é convertida num nucleotídeo falso;
A fludarabina na sua forma de trifosfato inibe a DNA polimerase (possui ação
mielosupressora);
A pentostatina inibe a adenosina desaminase – uma via de importância crítica no
metabolismo das purinas – exercendo efeitos significativos sobre a proliferação
celular.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Antibióticos citotóxicos (agentes citotóxicos)
Os antibióticos antitumorais produzem seus 
efeitos principalmente através de uma ação 
direta sobre o DNA
• Antraciclinas
 O principal antibiótico antineoplásico da antraciclina é a doxorrubicina. Outros
incluem a idarrubicina, a epirrubicina, a aclarrubicina e a mitozantrona;
A doxorrubicina se liga ao DNA e inibe tanto a síntese do DNA quanto a do RNA,
contudo, sua principal ação citotóxica se da através de um efeito sobre a
topoisomerase II (uma DNA girase);
Além dos efeitos indesejáveis gerais, pode ser cardiotóxica e causar arritmias e
insuficiência cardíaca (a epirrubicina é menos cardiotóxica do que a doxorrubicina).
• Dactinomicina
 Intercala-se no sulco menor do DNA, entre pares
adjacentes de ganosina-citosina, interferindo no movimento
da RNA polimerase ao longo do gene e impedindo, assim, a
transcrição.
• Bleomicinas
A bleomicina provoca fragmentação das cadeias de DNA
e pode atuar sobre células que não estão se dividindo;
 Diferentemente da maioria dos agentes antineoplásicos, a
bleomicina provoca pouca mielossupressão.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Antibióticos citotóxicos (agentes citotóxicos)
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Antibióticos citotóxicos (agentes citotóxicos)
• Mitomicina
A mitomicina, após ativação enzimática nas células, atua
como agente alquilante bifuncional (formam ligações
covalentes com substâncias nucleofílicas).
• Procarbazina
 Inibe a síntese de DNA e RNA e interfere na mitose.
• Hidroxicarbamida
 É um análogo da uréia que inibe a ribonucleotídeo redutase, interferindo, assim, na
conversão de ribonucleotídeos em desoxirribonucleotídeos.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Derivados vegetais (agentes citotóxicos)
• Alcalóides da vinca
 Os principais alcalóides da vinca são vincristina, a
vimblastina e a vindesina.
A vincristina inibe a mitose na metástase através de sua
ligação à tubulina.
• Taxanos
 Os taxanos paclitaxel e docelatel atuam sobre os microtubulos, estabilizando-os e
causando ações semelhantes ao alcalóides da vinca.
• Etoposida
A etoposida inibe a síntese de DNA através da sua ação
sobre a topoisomerase II e inibe a função mitocondrial.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Derivados vegetais (agentes citotóxicos)
• Campotecinas
As campotecinas irinotecano e topotecano ligam-se à topoisomerase I, inibindo-a;
 Em geral,apresentam menos efeitos adversos que a maioria dos outros
antineoplásicos.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Hormônios
 Tumores de tecidos sensíveis ao hormônio podem ser hormônio dependentes;
Assim, seu crescimento pode ser inibido por hormônios com ações opostas, por
antagonistas de hormônios ou por agentes que inibem a síntese de hormônios;
 Podem ser utilizados hormônios ou análogos de hormônios que apresentam ações
inibitórias sobre determinados tecidos no tratamento de tumores desses tecidos;
• Glicorticóides para leucemias e linfomas;
• Tamoxifeno (um antiestrogênio) para tumores de mama;
• Análogos do hormônio de liberação das gonadotropinas para tumores de próstata
e de mama;
• Antiandrogênios para câncer de próstata;
• Inibidores da síntese de hormônios sexuais para o câncer de mama pós
menopáusico.
• Anticorpos monoclonais
 São imunoglobulinas produzidas a partir de
culturas celulares selecionadas para reagir contra
um antígeno especificamente expresso na células
cancerosas;
Ao se ligarem em um antígeno específico
ativam os mecanismos imunes do hospedeiro e
a célula cancerosa é destruída por lise mediada
pelo complemente ou ataque por células killer.
 Rituximab (linfomas de células B) e
Trastuzumab (câncer de mama).
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
 Radioterapia
A radioterapia é um método capaz de
destruir células tumorais, empregando
feixe de radiações ionizantes;
Ao interagirem com os tecidos, as
radiações ionizantes dão origem a elétrons
rápidos que ionizam o meio e criam
efeitos químicos como a hidrólise da
água e a ruptura das cadeias de DNA;
A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de
sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução;
A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a
sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a
qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.
FARMACOLOGIA
Pode haver o desenvolvimento de 
resistência aos agentes antineoplásicos?
Pergunta Desafio!
3
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
RESISTÊNCIA AOS AGENTES 
ANTINEOPLÁSICOS
A resistência manifestada pelas células neoplásicas aos agentes citotóxicos pode ser:
 Primária, quando o fármaco é administrado pela primeira vez;
Adquirida, que se desenvolve durante o tratamento com o fármaco.
• Adaptação das células tumorais
aparecimento de células que são menos afetadas ou
que não são de modo algum afetadas pelo fármaco• Mutação
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Exemplos de mecanismos de resistência:
 Acúmulo diminuído de agentes citotóxicos nas células, em decorrência da
expressão aumentada de proteínas de transporte de fármacos de superfície celular;
 Diminuição na quantidade do fármaco captada pela célula (metotrexato);
 Ativação insuficiente do fármaco (ex.: redução do metabolismo de pró-fármacos);
 Aumento da inativação (citarabina);
 Concentração aumentada da enzima-alvo (metotrexato);
 Diminuição da necessidade de substrato (crisantaspase);
 Maior utilização de vias metabólitas alternativas (antimetabólitos);
 Reparo rápido de lesões induzidas por fármacos (agentes alquilantes)
 Alteração na atividade do alvo, como, por exemplo, topoisomerase II modificada;
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
ESQUEMAS DE TRATAMENTO
 O tratamento com combinações de vários agentes antineoplásicos aumenta a
citotoxicidade contra as células cancerosas, sem aumentar a toxicidade geral;
 O tratamento com combinações de fármacos também diminui a possibilidade de
desenvolvimento de resistência a agentes individuais;
 Com frequência, os fármacos são administrados em altas doses de modo intermitente,
em vários cursos, com intervalo de 2-3 semanas entre eles, em vez da administração
contínua de pequenas doses, visto que isso permite a regeneração da medula óssea
durante os intervalos;
 Também foi constatado que a mesma dose total de um agente é mais eficaz quando
administrado em uma ou duas grandes doses do que em múltiplas doses pequenas.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
TÉCNICAS PARA CONTROLE DA 
ÊMESE E DA MIELOSUPRESSÃO
A náusea e os vômitos induzidos por
muitos agentes quimioterápicos constituem
um “obstáculo intrínseco à aderência do
paciente ao tratamento;
 Os antagonistas dos receptores 5-HT3
(ondasetron ou o granisetron), mostram-
se eficazes contra os vômitos induzidos
por agentes citotóxicos;
A metoclopramida em altas doses (por
via i.v.) também tem se mostrado útil;
 Dronabinol utilizado em enjôos
induzidos pela quimioterapia e anorexia
associada a SIDA.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
TÉCNICAS PARA CONTROLE DA 
ÊMESE E DA MIELOSUPRESSÃO
A mielosupressão limita o uso de muitos agentes antineoplásicos. 
O quê tem sido feito?
 Retira-se certa quantidade de medula óssea do paciente antes da administração dos 
agentes citotóxicos, retira-se as células cancerosas presentes (anticorpos monoclonais) 
e, posteriormente, faz-se a reposição;
 Utiliza-se também fatores de crescimento hematopoéticos;
 Outra possibilidade consiste na introdução, na medula óssea extraída, do gene que 
sofreu mutação, que confere resistência a múltiplos fármacos, de modo que, após sua 
reposição, as células medulares (mas não as células cancerosas) serão resistentes à ação 
citotóxicas dos agentes antineoplásicos.
FARMACOLOGIA
Qual a principal desvantagem da abordagem 
atual da quimioterapia para o tratamento do 
câncer?
Pergunta Reforço!
3
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
ESTRATÉGIAS FUTURAS PLAUSÍVEIS PARA A 
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Principais desvantagens da atual quimioterapia do câncer:
 Praticamente todos os agentes antineoplásicos estão dirigidos contra a proliferação 
celular, mais do que as propriedades letais de poder de invasão de metástases;
 Os agentes antineoplásicos atuais consistem, essencialmente, em células killers
inespecíficas, mais do que em alterações particulares que tornam uma célula maligna;
 O desenvolvimento de resistência (particularmente a resistência a múltiplos 
fármacos) aos agentes antineoplásicos;
A eliminação total das células malignas em muitos tumores não é possível com o uso 
de doses terapêuticas, e a resposta imunológica do hospedeiro frequentemente não é 
adequada para lidar com as células remanescentes.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
 Desenvolvimento de novas abordagens baseada nos avanços 
adquiridos no conhecimento da patologia da célula cancerosas e através 
do uso de alvos seletivos para compostos antineoplásicos;
 Desenvolvimento de agentes capazes de reverter a resistência a 
múltiplos fármacos;
 Impulsionar ou potencializar as respostas imunológicas do hospedeiro 
contra o tumor.
ESTRATÉGIAS FUTURAS PLAUSÍVEIS PARA A 
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Abordagens baseadas na patologia da 
célula cancerosa
 Anticorpos monoclonais marcados: podem ser conjugados com
radioisótopos e serem dirigidos contra os domínios extracelulares de
receptores presentes nas células cancerosas (já é uma realidade);
A proteína Ras: regulam vias de sinalização ao atuarem como interruptores de liga-
desliga e podem ser alvos promissores em células cancerosas;
 Tirosina quinase das células tumorais: pequenos inibidores moleculares (ex.:
imatinib, iressa e tarceva) dos domínios enzimáticos internos de receptores tirosina
quinases estão sendo eficazes;
 Inibidores da telomerase: agentes capazes de inibir a telomerase podem constituir
agentes antineoplásicos de amplo espectro, visto que muitos tumores expressam esta
enzima;
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Abordagens baseadas na patologia da 
célula cancerosa
 Angiogênese e inibidores das metaloproteinases: as células tumoraisproduzem
metaloproteínases e fatores angiogênicos que facilitam o crescimento do tumor, a
invasão dos tecidos normais e a ocorrência de metástases. O ataque dos mecanismos
envolvidos pode ser potencialmente bem-sucedido;
 Inibidores da ciclooxigenase: Há evidências de que o uso contínuo de AINES
protege contra o desenvolvimento de câncer do TGI. Além disso, existem boas
evidências quanto á hiperexpressão da COX-2 e cerca de 85% dos cânceres. O
celecoxibe, por exemplo, reduz a incidência de tumores mamários em modelos de
animais e provoca regressão dos tumores já desenvolvidos;
 p53 como alvo antineoplásico: mais de 50 % dos tumores humanos apresentam
mutação no gene p53 e foram efetuadas muitas tentativas no sentido de explorar esse
aspecto. Terapias futuras voltadas a este gene podem ser promissoras
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
Intensificação da resposta do hospedeiro ao 
câncer
 Os agentes que intensificam a resposta do hospedeiro ao câncer são
classificados como modificadores da resposta biológica;
Alguns modificadores da resposta biológica já estão sendo utilizados
(ex.: interferon α no tratamento de alguns linfomas e interleucina-2-
recombinante é empregada em tumores renais selecionados);
A combinação dessas várias abordagens novas para o tratamento do câncer 
pode assumir um valor potencial ainda maior do que o seu uso isoladamente. 
De qualquer modo, é provável que sejam efetuados avanços significativos no 
tratamento do câncer num futuro não muito distante.
QUIMIOTERAPIA DO CÂNCER
QUESTIONÁRIO #1
1) O que é o câncer e quais as principais abordagens para o tratamento desta
patologia?
2) As células cancerosas manifestam , em graus variáveis, quatro características
que as distinguem das células normais. Quais características são estas?
3) Em que processo particular consiste a ação da maioria dos agentes
antineoplásicos?
4) Em quais categorias podem se dividir os agentes antineoplásicos citotóxicos?
5) Quais as vantagens de um esquema de tratamento com a combinação de
vários agentes antineoplásicos e por quê são utilizadas altas doses com intervalo
de semanas?
FARMACOLOGIA
REFERÊNCIAS
 RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia. 7ª Ed. Rio de Janeiro: 
Editora Guanabara Koogan, 2011.
 GILMAN, A. G.; HARDMAN, J. G.; LIMBIRD, L. E. As bases farmacológicas da 
terapêutica. 10ª Ed. Rio de janeiro: Editora McGRAW-Hill, 2003.
 GUYTON, Arthur C.,; HALL, John E.; ESBÉRARD, Charles Alfred. Tratado de 
fisiologia médica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
SITES:
 Google Imagens - http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-PT
 Wikipedia.org – http://www.wikipedia.org

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