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TRAUMA, FRATURAS E MECANISMOS ASSOCIADOS Leonardo M. Azevedo ADULTO 1 - ORTOPEDIAUNIME Trauma “Conjunto das perturbações causadas subitamente por um agente físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas, podendo estar situadas nos diferentes segmentos corpóreos.” Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado) O trauma de alta energia é a causa mais freqüente de morte em pacientes abaixo de 44 anos e representa importante impacto econômico . (Souza e Iglesias, 2002; Smith et al, 1990) Mecanismos de trauma Aberto ou penetrante: qdo há cavidade por onde passam um corpo estranho no corpo Ex.: PAF, FAB. Fechado ou contuso: não há abertura com o meio externo. Ex.: Colisões, quedas, etc. Fraturas Fratura é a quebra estrutural da continuidade de um osso, placa epifisária ou articulação. Forças que atuam no osso(deformação) Tipos de força aplicada: Compressiva; Tração; Cisalhamento; Torção; Flexão. (Nayduch, 2011) Classificação das fraturas Qto à localização: Diafisária; Metafisária; Epifisária; Intra-articular; Fratura-luxação; Qto à extensão: Completa; Incompleta; Classificação das fraturas Qto à configuração Transversa; Oblíqua; Espiral; Cominutiva. Classificação das fraturas Qto à relação fratura com o meio externo: Fechada; Aberta (exposta). Classificação das fraturas Classificação das fraturas Classificação das fraturas Diástase púbica (perda da continuidade da sínfise) Classificação das fraturas Classificação das fraturas Classificação das fraturas expostas (Gustilo et al, 1976) Classificação Características Tempo de recuperação Grau I Ferimento aberto menor que 1cm, ferimento limpo 20 a 28 semanas Grau II Ferimento aberto maior que 1cm; cominução moderada 28 semanas Grau IIIa Cobertura tecidual preservada 30 a 35 semanasGrau IIIb Perda extensiva do tecido, exposição óssea e contaminação maciça Grau IIIc Com lesão vascular associada Tempo de consolidação óssea Ossos curtos (metacarpos e a clavícula): 3-4 semanas; Diáfise umeral: 6-8 semanas; Diáfise tibial: 10-12 semanas; Diáfise femoral: 12-14 semanas; Nas crianças jovens: cerca de 4 semanas. Etapas da consolidação Formação de hematoma e coágulo; 1 a 2 semanas: formação de fibroblastos e tec de granulação removem o hematoma; Osteoclastos removem o osso morto; Condroblastos e osteoblastos com produção das matrizes óssea e cartilaginosa; O processo inicia na periferia formando uma “ponte”. Calo ósseo provisório interno e externo (osso primitivo + cartilagem): envolve o local formando “cola biológica”; Endurecimento : remoção e deposição de material ósseo endocondral; Consolidação clínica: qdo o calo está firme e sem mov no local de fratura Etapas da consolidação Com o tempo, o excesso de calo é reabsorvido; Consolidação radiográfica: substituição do osso imaturo e cartilagem por osso lamelar maduro Etapas da consolidação radiológica Consolidação clínica consolidação radiográfica Consolidação de fratura em osso metafisário (esponjoso) Calo interno ou endóstico: Há pouca necrose óssea devido ao rico número de vasos; Rapidamente consolidadas em fraturas pouco desviadas e nas bem reduzidas; Reparo através de tecido fibroso (QUANDO CICATRIZA); Sem redução devida: tecido fibroso não resiste ao desgaste maior degeneração. Consolidação de fratura intra-articular Fatores relacionados ao tempo de consolidação Idade: mais novo, mais rápida; Local e tipo de fratura: Cercadas por músculos: mais rápida; Osso esponjoso: mais rápida; Desvio inicial da fratura: não desviadas: mais rápida; Suprimento sanguíneo: Mais fragmentos vascularizados: mais rápida. Problemas na consolidação óssea Consolidação viciosa: união defeituosa entre os fragmentos ósseos / associada a importantes deformidades angulares ou rotatórias; Problemas na consolidação óssea Não –união óssea: Hipertrófica: esclerose nos fragmentos ósseos; Atrófica: mínima esclerose; Pseudo-artrose (não-união hipertrófia) da tíbia: tecido fibroso + saculação com liquido , semelhante a uma articulação; Problemas na consolidação óssea Pseudo-artrose Calo ósseo (consolidação concluída) A inatividade facilita a cura dos segmentos corporais afetados após uma lesão; ! Mas nem sempre é favorável às partes sadias do corpo; Degeneração da cartilagem articular deformidades e limitações na ADM; Tecido conectivo: redução na distância existente entre fibras e na concentração de água adesões fibrosas; 7 como por 14 dias de imobilização: espessura da cartilagem articular e osso subcondral; espessura da cartilagem epifisária. Efeitos da imobilização nas articulações Bertolini et al (2009) Efeitos da imobilização no músculo esquelético Adaptação na posição que lhe foi imposta: alongado ou encurtado; Grau de hipotrofia depende da posição da imobilização (MAIOR NO GRUPO ENCURTADO) Efeitos da remobilização no músculo esquelético Início da recuperação muscular: após 3 a 5 dias de exercícios; Diversos estudos divergem qto a relação tipo de exercício x tempo de recuperação Efeitos da imobilização no osso Início da imobilização: ausência de forças mecânicas formação óssea; Perda significativa de osso esponjoso ( número de trabéculas); Gould (1993): exercícios crescimento do subperiósteo; Judex(1997): atividade física massa óssea em adultos; Yeh (1993): exercício prolongado formação óssea e reabsorção. Efeitos da remobilização no osso Referências Nayduch D. Cuidados no Trauma em Enfermagem. Editora McGraw Hill Brasil; 2011. Frateschi MEBJM. Efeitos da imobilização e remobilização em algumas propriedades mecânicas do osso. Dissertação. Ribeirão Preto/SP. 2002. Carvalho CMM. Efeitos da imobilização e exercício físico em algumas propriedades mecânicas do músculo esquelético. Dissertação. Ribeirão Preto/SP. 2001. Bertolini SMMG, Oliveira PD, Cararo DC, Tamyoso MF. Resposta das estruturas articulares do joelho de ratos pós- imobilização. Revista Ciência & Saúde , Porto Alegre, v. 2, n. 1, p. 8-15, jan./jun. 2009. Rodrigues MB. Diagnóstico por imagem no trauma músculo- esquelético – princípios gerais. Rev Med (São Paulo), out.- dez.;90(4):185-94. 2011.
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