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DOENÇAS CÍSTICAS DO FÍGADO: Comuns, descoberta acidental Cistos assintomáticos cisto simples, doença policística, cistos traumáticos sem necessidade de intervenção Cistos neoplásicos tto cirúrgico definitivo Cistos hidáticos tto percutâneo ou cirúrgico US: cisto hepático TC/RNM + sorologia para Hidatidose + marcadores tumorais Neoplásico incerto Policístico sintomático Hidático Simples Tipos I e II = percutâneo Tipos III, IIII e complicados = cistopericistectomia Ressecção Cistos dominantes = fenestração aberta/laparoscópica Múltiplos pequenos cistos = transplante Assintomático = observação Sintomático = fenestração laparoscópica CISTOS HIDÁTICOS: Hidatidose: zoonose endêmica na América do Sul Echinococcus granulosus intestino de carnívoros homem: HI acidental ao ingerir ovos ao contato com cães, água ou alimentos contaminados Duodeno sangue 80% se aloja no fígado; 10% no pulmão larva cistos de crescimento lento Desenvolvimento do cisto hidático: 3 camadas de parede: Interna/endocisto: membrana germinativa, produz liquido e hidátides filhas, areia hidática Externa/ectocisto: membrana laminada, impede acesso de bactérias, trocas proteicas Pericisto: células hepáticas atróficas, espaço de penetração de vasos e ductos, dificultam remoção Sintomas: Sintomas variados, achado acidental, assintomáticos Dor/desconforto em QSD, dispepsia Urgência: dor em QSD, N/V, febre, icterícia, 65%: massa abdominal Diagnóstico: Certeza: imagem + imunológico (+ H de contato com animais) Imagem: US Tipo I: simples, com areia hidática, coleção liquida pura 45% Tipo II: descolamento de membrana germinativa + coleção liquida pura 18% Tipo III: hidátides filhas, septos múltiplos 25% Tipo IIII: hiperecoico, ecos internos, involução do cisto, aparência sólida 10% Necessidade de DD com doenças malignas RNM (detecta 2 camadas do cisto), TC (microcalcificações) Tipo V: calcificação completa da parede, espessa 2% Imunológico: resultado + não confirmam, - não excluem Hemaglutinação indireta/aglutinação rastreamento ELISA confirmação TTO: Farmacológico: Mebendazol/Albendazol Ideal associar drenagem Monitorar toxicidade hepática e hematológica 2/2 sem Tto em ciclos: 1-6 m, com intervalo de 10-14d Redução em 25%, separação de membrana germinativa, calcificação melhora radiológica Cura completa: 50% Tto farmacológico isolado: se CI de cirurgia, cistos recorrentes, múltiplos em peritônio, assintomáticos Percutâneo: punção, aspiração, injeção, reaspiração Ideal para tipos I e II, III sem material sólido Tipo IV: controverso, apenas se bastante líquido N°, tamanho e localização não são CI Escolha inicial em pacientes que negam cirurgia, grávidas, sem condição clínica para cirurgia, cistos disseminados Recorrência de 4% Febre em 50% dos casos no 3° dia de tto 10%: fístula biliar tto: deixar cateter por mais tempo < 6 cm: 7 dias antes e 28 dias depois = Albendazol profilático Uso de US. Após aspiração, se injeta líquido escolicida confirmação com US aspiração de todo o líquido Reduzido risco de disseminação > 6 cm: lavar cavidade do cisto com solução hipertônica avaliar comunicação com via biliar, acompanhamento com US lavar cavidade Cirúrgico: para casos difíceis e complicados Indicações: cistos tipo III e IIII, ruptura, compressão da via biliar, disseminação peritoneal, falha no tto percutâneo Ressecções hepáticas apenas se não haver outras alternativas CPRE no pré-operatório se colangite, obstrução, suspeita de ruptura do cisto para a via biliar Cirurgia conservadora: Compressão com solução salina hipertônica, perfuração com agulha calibrosa Aspiração de pequena quantidade de liquido reduz pressão solução hipertônica incisão da parede aspiração Retirar hidátides filhas Curetagem para identificação de via biliar Omentoplastia + drenos para eventuais fístulas cistobiliares Cistopericistectomia total fechada: Remoção de todo cisto entre adventícia e parênquima hepático Ligar todos elementos vasculares e biliares que entram no cisto Evitar se compromete veias hepáticas US intra-operatória Baixo risco de fístula biliar, não usa escolicida, reduzido risco de contaminação peritoneal Recorrência: 3-25% Complicações: 25% fístulas, infecção Cistopericistectomia total aberta: impossibilidade da fechada Estruturas vasculares, visibilidade precária, cisto aberto Cirurgia laparoscópica: Risco de contaminação Usa pressão externa do pneumoperitônio para auxiliar na aspiração Excisão do remanescente + Omentoplastia Cistos I – IV, disseminados Complicações: 50%: ruptura intra-biliar pelo crescimento 80-90%: comunicação cisto-biliar subclínica Ruptura oculta liquido cístico para via biliar Ruptura maciça hidátides filhas para via biliar contaminação, icterícia, colangite Conduta: diagnóstico pré-operatório da ruptura CPRE + papiloesfincterotomia cirurgia adiada CPRE: sempre que dilatação de vias biliares, material ecogênico sem sombra acústica Diagnóstico transoperatório = bile intracística, aumento de calibre do colédoco exploração da via biliar, evacuação de debris, irrigação com solução hipertônica, dreno de Kehr + dilatação grande do colédoco/estenose + coledocoduodenostomia/hepaticojejunostomia em Y de Roux Ruptura ocular risco de fístula externa tto conservador ou papiloesfincterotomia/endoprótese biliar CISTO SIMPLES: Malformações congênitas dos ductos biliares Liquido seroso Não se comunicam com via biliar 9-14% tem septações Solitários (61%), múltiplos, difusos Sintomáticos: mulheres grandes: > 50 anos Sintomas e diagnóstico: Maior é assintomática 5-10%: doe abdominal crônica, obstrução gastroduodenal, icterícia Achados casual, sintomas surgem pelo tamanho ou complicações Prova terapêutica: aspiração do cisto Diagnóstico: US bordas delimitadas, lisa, esfera, conteúdo anecóico TC: confirmação, DD Principal complicação = sangramento intracístico dor súbita Outras: ruptura, infecção, fistula, torção, colestase, hipertensão portal DD: cisto hidático Cisto simples Cisto hidático Septação Infrequente Comum Comunicação com via biliar Não Possível Calcificações Não Comum Descolamento de parede Não Possível Sorologia - + TTO: se sintomas Prova terapêutica se incerteza de origem de sintomas Sintomáticos: aspiração, injeção de álcool, substâncias esclerosantes Tto cirúrgico: excisão, fenestração laparoscópica Comunicação entre cisto e cavidade peritoneal Ampla comunicação com cavidade peritoneal, omento evita recorrência Colangiografia + colecistectomia possíveis comunicações clipes, suturas Drenos de aspiração Laparoscopia é difícil em segmentos VI e VII do fígado realizar técnica aberta Múltiplos cistos sintomas pelo volume fenestração provável ascite pós-operatória DOENÇA POLICÍSTICA DO FÍGADO Semelhantes aos cistos simples, mas múltiplos e dispersos pelo parênquima hepático Função hepática normal 50% + doença renal policística Complicações: sangramento, infecção Ascite de difícil manejo no PO Alívio temporário dos sintomas Laparoscopia: n° limitado de grandes cistos. Do contrário, cirurgia aberta Pode ter necessidade de transplante hepático CISTOADENOMA E CISTOADENOCARCINOMA 10-20 cm, raro US: único, margem irregular, anecoica, oval, septações Lóculos: projeções papilares com origem na parede do cisto Crescimento lento, que pode evoluir para cistoadenocarcinoma invasão, metástase Tto: excisão
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