Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 1 ROTULAGEM DE ALIMENTOS Dra. Kelly Alencar Silva UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Composição Química dos Alimentos Decreto-lei Federal n° 986, de 21/10/69. Institui normas básicas de alimentos no Brasil, não pode deixar de ser observado quando o assunto é alimento. Artigo 2° - inciso XII RÓTULO: “Qualquer identificação impressa ou litografada, bem como os dizeres pintados ou grafados a fogo, por pressão ou declaração, aplicados sobre o recipiente, vasilhame, envoltório, cartucho ou qualquer outro tipo de embalagem do alimento ou sobre o que acompanha o continente”. Artigo 11° “Os rótulos deverão mencionar em caracteres perfeitamente legíveis”. Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 2 EMBALAGEM É o recipiente, o pacote ou a embalagem destinada a garantir a conservação e facilitar o transporte e manuseio dos alimentos. � Embalagem primária ou envoltório primário: É a embalagem que está em contato direto com os alimentos. � Embalagem secundária ou pacote: É a embalagem destinada a conter a(s) embalagem(ns) primária(s). � Embalagem terciária ou embalagem: É a embalagem destinada a conter uma ou várias embalagens secundárias. � Painel principal: É a parte da rotulagem onde se apresenta, de forma mais relevante, a denominação de venda e marca ou o logotipo, caso existam. Estrutura da embalagem Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 3 Destinada a informar ao consumidor sobre propriedades nutricionais de um alimento, através de uma apresentação padronizada do conteúdo de nutrientes presente. •Declaração de Nutrientes Fonte de informação junto com a lista de ingredientes • Informação Nutricional Complementar Informação que afirme ou sugira que o produto possui propriedade funcional RESOLUÇÃO - RDC Nº. 359, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003 REGULAMENTO TÉCNICO DE PORÇÕES DE ALIMENTOS EMBALADOS PARA FINS DE ROTULAGEM NUTRICIONAL RESOLUÇÃO - RDC Nº 259, DE 20 DE SETEMBRO DE 2002. REGULAMENTO TÉCNICO PARA ROTULAGEM DE ALIMENTOS EMBALADOS RESOLUÇÃO - RDC Nº 360, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2003 REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS EMBALADOS LEGISLAÇÃO Resolução da Diretoria Colegiada ANVISA Resolução – RDC nº 259 de 20 de setembro de 2002. Aplica-se à rotulagem de todo alimento que seja comercializado, qualquer que seja sua origem, embalado na ausência de clientes e pronto para ofertar ao consumidor, que representa a internalização no Brasil da norma de rotulagem acordada no MERCOSUL. Alimentos embalados não devem ser descritos ou apresentar rótulos que: Usem vocábulos, sinais, denominações, ilustrações ou outras representações que induzam o consumidor a erro ou confusão. Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 4 Denominação de venda do alimento Lista de ingredientes (ordem DECRESCENTE da proporção) Conteúdo líquidos Identificação da origem Nome ou razão social e endereço do importador (importados) Identificação do lote Prazo de validade Instruções sobre o preparo e uso do alimento (quando necessário) Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002 Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados (ANVISA) DENOMINAÇÃO DE VENDA DO ALIMENTO É o nome específico e não genérico que indica a verdadeira natureza e as características do alimento. Fixado pelo Padrão de identidade e qualidade. �Pode ser empregada denominação consagrada, de fantasia, de fábrica ou marca registrada. �Pode constar palavras ou frases adicionais necessárias p/ evitar que o consumidor seja induzido a erro. Ex: tipo de cobertura, forma de apresentação, condição ou tipo de armazenamento que tenha sido submetido LISTA DE INGREDIENTES �Em ordem decrescente de proporção dos ingredientes precedida das expressões: “Ingredientes:” ou “Ingr.:” �A água deve ser declarada, exceto quando fizer parte de salmoura, xaropes, caldas, molhos ou similares. �Os aditivos devem ser declarados no final dos demais ingredientes, devendo constar: a função principal do aditivo, seguida do nome completo ou seu n° INS ou ambos. Com exceção de alimentos com um único ingrediente (por exemplo: açúcar, farinha, erva-mate, vinho, etc.) deve constar no rótulo uma lista de ingredientes. Sistema Internacional de Numeração, Codex Alimentarius FAO/OMS Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 5 Aditivo Alimentar: É qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. � Quando um ingrediente for um alimento elaborado com dois ou mais ingredientes, este ingrediente composto deve apresentar (lista entre parênteses). � Exceto se representar menos que 25% do alimentos LISTA DE INGREDIENTES CONTEÚDOS LÍQUIDOS �Indicação quantitativa deve ser expressa no Sistema Internacional de Unidades de acordo com o produto: a) Forma sólida / granulada / gel – Unidade de massa; b) Forma líquida – unidade volume c) Forma semissólida ou semilíquida – unidade de massa ou de volume d) Unidades – n° de unidades que contem a embalagem Todas em conformidade com a legislação metrológica em vigor. � A indicação de expressão que precede a indicação quantitativa do rótulo não é obrigatória. Porém se o fizer deve ser escrito: - “PESO LÍQUIDO” ou CONTEÚDO LÍQUIDO” ou PESO LÍQ. Ou “Peso Líquido” ou peso líq. - Produtos em unidades de volume: “CONTEÚDO” ou Conteúdo” ou “Volume Líquido” - Produtos em n° de unidades – “CONTEM” ou CONTEÚDO” ou “Contém” - Produtos em duas fases – “PESO LÍQUIDO” e “PESO LÍQUIDO DRENADO” IDENTIFICAÇÃO DA ORIGEM �Nome� (razão social” ) e Endereço completo do fabricante ou produtor ou fracionador ou titular da marca. �País de origem e município deverá ser indicado � “ Fabricado em...”, “Produto...” ou “Industria....” �N° de registro ou código de identificação do estabelecimento � CNPJ ou equivalente. �Quando o alimento for importado: deverá conter também indicação do importador, razão social, endereço completo e CNPJ. Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 6 INDENTIFICAÇÃO DO LOTE Código chave precedido da letra "L". Este código deve estar à disposição da autoridade competente e constar da documentação comercial quando ocorrer o intercâmbio entre os países; ou a data de fabricação, embalagem ou de prazo de validade, sempre que a(s) mesma(s) indique(m), pelo menos, o dia e o mês ou o mês e o ano (nesta ordem), PRAZO DE VALIDADE � Não deve ser expresso em períodos, mas sim de acordo com: a) dia e mês – p/ produtos c/ duração não superior a 3 meses, b) mês e ano – p/ produtos c/ duração superior a 3 meses. � O prazo de validade deve ser declarado por expressões como: “ consumir antes de “, “ válido até”, “validade”, “val.”, “vencimento”, “vence”, “vto.”, “venc.”, “consumir preferencialmente antes de “. � Alimentos congelados devem indicar as seguintes expressões: “ validade a -18°C (freezer):...”, “ validade a -4°C (congelador)...”, “validade a 4°C (refrigerador)...”. INSTRUÇÕES SOBRE O PREPARO E USO DO ALIMENTO �Não deve ser ambíguas, nem dar margem a falsas interpretações, a fim de garantir a utilização correta do alimento. �O rótulo deve conter as instruções sobre modo apropriado de uso, incluídos a reconstituição, o descongelamento, ou o tratamento que deve ser dado ao produto. Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 7 � Declaração da Informação Nutricional NutrientesUnidade p/ expressão Valor energético Kcal e Kj Carboidratos Gramas (g) Proteínas Gramas (g) Gorduras totais Gramas (g) Gorduras saturadas Gramas (g) Gorduras trans Gramas (g) Fibra Alimentar Gramas (g) Sódio Miligramas (mg) Opcionalmente, podem ser declarados outros nutrientes, e as vitaminas e minerais devem ser declarados sempre e quando estiverem presentes em quantidade igual ou superior a % da Ingestão Diária Recomendada (IDR) por porção indicada no rótulo. MEDIDAS CASEIRAS: Resolução RDC nº 360, de 20 de dezembro de 2003 - ANVISA Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos embalados, padronizados e tornando obrigatória a rotulagem nutricional. Declaração da Informação Nutricional Obrigatoriamente deve ser expressa: � Porção de referência (Resolução RDC n° 359/2003, da ANVISA/MS), � Incluir medidas caseira, na forma numérica. � % dos valores Diários de Referência (dieta de 2000 calorias) P/ gorduras trans, fica excluída a declaração de %VD pois ainda não está definida sua recomendação. �Sempre que se declarar a quantidade de gorduras e/ou tipo de ácidos graxos e/ou colesterol, esta informação deve constar abaixo da quantidade de grorduras totais: Gorduras totais Gramas (g) Gorduras saturadas Gramas (g) Gorduras trans Gramas (g) Gorduras monoinsaturadas Gramas (g) Gorduras polinsaturadas Gramas (mg) Colesterol Miligrama (mg) Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 8 • Quantidades não-significativas por porção Valor energético / Nutriente Quantidades não significativas por porção Valor energético Inferior ou igual a 4 kcal ou 17 kJ Carboidrato Inferior ou igual a 0,5 g Proteínas Inferior ou igual a 0,5 g Gorduras totais Inferior ou igual a 0,5 g Gorduras saturadas Inferior ou igual a 0,2 g Gorduras trans Inferior ou igual a 0,2 g Fibra Alimentar Inferior ou igual a 0,5 g Sódio Inferior ou igual a 0,5 mg Será declarado como “Zero”, ou “ 0 “ ou “Não contém”, quando a quantidade de gorduras totais, saturadas ou trans atendam à condição de quantidade não-significativa. Declaração da Informação Nutricional � O Valor energético e o percentual de Valor Diário (% VD) devem ser declarados em números inteiros. � Os nutrientes serão declarados de acordo com o estabelecido na seguinte tabela: OBS: Será admitida uma tolerância de ± 20% com relação valores de nutrientes declarados no rótulo. Resolução – RDC nº 360 de 23 de dezembro de 2003 INFORMAÇÃO NUTRICIONAL OBRIGATÓRIA Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 9 Traz modelos de tabelas nutricionais horizontal, vertical e linear. Resolução – RDC nº 360 de 23 de dezembro de 2003 Resolução – RDC nº 359 de 23 de dezembro de 2003 Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Traz as definições e valores de porções, medidas caseiras, fração, fatia ou rodela e Prato preparado semi-pronto ou pronto. � Visa a proteção a saúde da população; � Alinha as questões de rotulagem nutricional as regras do Mercosul � Garante o direito da população de ter informações sobre características e composição nutricional; � Define o tamanho das porções de alimentos embalados; � Orienta e facilita os fabricantes dos alimentos para a declaração de rotulagem; Outras formas de declaração de medida caseira podem ser usadas, quando mais apropriadas ao produto, com indicação quantitativa da porção: fatia, rodela, fração ou unidade. Resolução – RDC nº 359 de 23 de dezembro de 2003 Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 10 RDC nº 359 de 23 de dezembro de 2003 Apresenta 8 tabelas, correspondentes aos alimentos integrantes de cada grupo, que deve ser consultada para estabelecer a porção, a medida caseira adequada e assim declarar a Informação Nutricional no rótulo. Pode ser usado para questões que não estejam bem esclarecidas nas demais regulamentações Artigo 6. São direitos básicos do consumidor - A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de: - quantidade, - características, - composição, - qualidade, - tributos incidentes - preço, - possíveis riscos - A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva; Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 11 INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Portaria INMETRO n º 157 de 19 de agosto de 2002 Regulamento Técnico Metrológico, estabelecendo a forma de expressar o conteúdo líquido na rotulagem a ser utilizado nos produtos pré-medidos determinando a altura mínima do algarismo em milímetro e expressões que precedem a indicação quantitativa. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA Portaria nº 9, 26/02/1986 Publicada pela Secretaria de Defesa Sanitária Animal do Ministério da Agricultura aprova as instruções para registro de rótulo e memorial descritivo de produtos de origem animal. Estabelecimentos que queiram comercializar produtos de origem animal deverão buscar registro no Dep. de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA). Após, receberão registro de Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou o titulo de Estabelecimento Relacionado (ER). Informe Técnico nº 26 de 14 de junho de 2007 - ANVISA Descreve como deve ser feita a indicação do aroma nos rótulos dos alimentos de acordo com a finalidade do aroma no alimento, com os dizeres: - Natural, Artificial, Sabor…, Sabor artificial de…, Idêntico ao natural, Aromatizante artificial, etc, �Se o produto tiver aroma REGULAMENTOS ADICIONAIS DEPENDENDO DO TIPO DE PRODUTO OU DE FORMULAÇÃO Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 12 �Se o produto contém corante tartrazina Resolução – RDC nº 340 de 13 de dezembro de 2002 A ANVISA estabelece que empresas fabricantes de alimentos que contenham na sua composição o corante tartrazina (INS 102) devem obrigatoriamente declarar na rotulagem, na lista de ingredientes, o nome deste corante por extenso. REGULAMENTOS ADICIONAIS DEPENDENDO DO TIPO DE PRODUTO OU DE FORMULAÇÃO �Se o produto contém ou é produzido a partir de OGM (Organismos Geneticamente Modificados) Instrução Normativa Interministerial nº 1 de 1º de abril de 2004 Define que alimentos e ingredientes alimentares , destinados ao consumo humano ou animal, com presença superior ao limite 1% do produto, deverão apresentar em destaque, no painel principal do rótulo o símbolo definido pela Portaria n º 2.658, de 22/12/2003, do Ministro de Estado da Justiça e expressões que digam que existe OGM no produto. �Se contiver glúten No entanto, a lei 10.674 de 2003 institui que deve constar na embalagem a expressão “contém glúten” ou a expressão “Não Contém Glúten”. Lei n° 8.543 de 23 de dezembro de 1992 e Lei nº 10.674 de 16 de maio de 2003 Obriga que o rótulo de produtos alimentícios comercializados contenha declaração sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca. Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 13 �Se alegar propriedades funcionais Resolução RDC nº 2 de 07 de janeiro de 2002 - ANVISA Traz as diretrizes a serem adotadas para a avaliação de segurança, registro e comercialização de substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde. Resolução nº 18 de 30 de abril de 1999 - ANVISA Regulamento Técnico que visa a análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde de alimentos e ingredientes veiculada em rotulagem de alimentos. �Se o produto contém aspartame Portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1998 A ANVISA fixa nesta a identidade e a característica de qualidade que os alimentos para fins especiaisdevem obedecer. Esses alimentos são formulados e processados de forma especial onde é introduzido ou modificado seu conteúdo de nutrientes, sendo adequado na utilização de dietas, para atender necessidades de pessoas com condições metabólicas e fisiológicas específicas. Obrigatoriedade de informar no rótulo a presença de aspartame. Portaria nº 27, de 13 de janeiro de 1998 Diferença relativa mínima de 25%, para mais ou para menos, no valor energético ou conteúdo de nutrientes dos alimentos comparados. Portaria nº 29, de 13 de janeiro de 1998 - Aprova o Regulamento Técnico referente a Alimentos para Fins Especiais (ANVISA). Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 14 Portaria n° 29, de 13/01/1998, da SVS / MS Alimentos para Fins Especiais São Alimentos especialmente formulados ou processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo do nutriente adequados à utilização de dietas referenciadas e / ou opcionais, atendendo a necessidade de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas especificas. Classificação, Alimentos para: Dietas com restrição de nutrientes Ingestão controlada de nutrientes Grupos populacionais específicos Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 15 Dietas com restrição de nutrientes a) Alimentos para dietas com restrição de carboidratos; b) Alimentos para dietas com restrição de gorduras; c) Alimentos para dietas com restrição de proteínas; d) Alimentos para dietas com restrição de sódio; e) Outros alimentos destinados a fins específicos que venham a ser desenvolvidos. Grupos populacionais específicos a) Alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância b) Alimentos para gestantes e nutrizes c) Alimentos à base de cereais para alimentação infantil d) Alimentos para idosos e) Outros alimentos destinados a fins específicos que venham a ser desenvolvidos. Ingestão controlada de nutrientes a) Alimentos para controle de peso b) Alimentos para praticantes de atividade física c) Alimentos para dietas para nutrição enteral d) Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares e) Outros alimentos destinados a fins específicos que venham a ser desenvolvidos Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 16 1. Trigo, centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas. 2. Crustáceos. 3. Ovos. 4. Peixes. 5. Amendoim. 6. Soja. 7. Leites de todas as espécies de animais mamíferos. 8. Amêndoa (Prunus dulcis, sin.: Prunus amygdalus, Amygdalus communis L.). 9. Avelãs (Corylus spp.). 10.Castanha-de-caju (Anacardium occidentale). 11.Castanha-do-brasil ou castanha-do-pará (Bertholletia excelsa). 12.Macadâmias (Macadamia spp.). 13.Nozes (Juglans spp.). 14.Pecãs (Carya spp.). 15.Pistaches (Pistacia spp.). 16.Pinoli (Pinus spp.). 17.Castanhas (Castanea spp.). RESOLUÇÃO - RDC No - 26, DE 2 DE JULHO DE 2015 Dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares NOVIDADE As novas regras para rotulagem de produtos com lactose foram publicadas nesta quinta-feira (9/2). � São duas resoluções da Anvisa. 1ª) RDC 135/2017 � que inclui os alimentos para dietas com restrição de lactose no regulamento de alimentos para fins especiais. 2ª) RDC 136/2017 � que define como as informações de lactose devem ser colocadas no rótulo, independentemente do tipo de alimento. Como fica a nova rotulagem? Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 17 Quantidade de Lactose no Alimento Frase no rótulo Igual ou menor do que 100mg/ 100g ou ml Isento de lactose; zero lactose; 0% lactose; sem lactose; não contém lactose (próximo a denominação de Venda) Maior do que 100mg/ 100g ou ml e Igual ou menor do que 1g/100g ou ml Baixo teor de lactose ou baixo em lactose (próximo a denominação de venda) Maior do que 100mg/100g ou ml Contém lactose (após ou abaixo da lista e ingredientes) Como ficará o rótulo dos alimentos Apenas os estabelecimentos que preparam os alimentos, sejam eles sem embalagens ou embalados no próprio ponto de venda a pedido do consumidor, não estão obrigados a informarem sobre o conteúdo de lactose. Rótulo deve estar adequado até 2019 Uma quantidade menor ou igual a 0,2 g de gordura trans EM UMA PORÇÃO é considerada uma quantidade não significativa pela legislação* e pode ser declarada no rótulo como “zero”, “0 g” ou “não contém”. Produtos afirmam ter 0 g de gordura trans na embalagem, mas na verdade ele POSSUEM gordura trans! Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 18 Regulamento Técnico referente à Informação Nutricional Complementar � anexo da Portaria nº 27, de 1998. Era considerado: RICO EM FIBRAS o produto que continha, pelo menos 6 g de fibras em 100 g de alimento FONTE DE FIBRAS, deveria conter, no mínimo, 3 g de fibras em 100 g de alimento. Publicação da Resolução RDC 54/2012, o Brasil harmoniza os regulamentos técnicos relacionados à rotulagem nutricional no âmbito do Mercosul, com o objetivo de facilitar a livre circulação dos mesmos, atuar em benefício do consumidor e evitar barreiras técnicas ao comércio. Segundo ela, agora para um alimento ser: � RICO EM FIBRAS, deve conter, no mínimo, 5 g por porção ou 6 g de fibras por 100 g de prato preparado. � FONTE DE FIBRAS, ele deve conter, pelo menos, 2,5 g por porção ou 3 g de fibras por 100 g de prato preparado. No caso dos pães, o requisito é em relação a porção. Pratos preparados=lasanha, torta e pizza congelados, sopas, etc � 4 mantiveram a alegação como RICO ou FONTE. � 15 produtos deixaram de ser RICOS para serem classificados como FONTE � 4 produtos passaram de FONTE para não receberem nenhum atributo. � 4 produtos já não possuíam valor de fibras suficiente para receber nenhum dos dois atributos (rico ou fonte). Fechando o ziper, 2014. � http://fechandoziper.com/blog/desvendando-rotulos/rico- em-fibras-so-que-nao-saiba-o-que-muda-na-alegacao-de-fibras-dos-paes-segundo-a- nova-legislacao/ O QUE NÃO DEVE CONSTAR NO RÓTULO DO ALIMENTO I- Expressões superlativas: �O mais saboroso �Supervitaminado �O mais nutritivo �O melhor ingrediente �Da mais alta qualidade �Mais completo �O mais cremoso II- Inverdades sobre frutas e seus produtos: �100% Juice, caso seja declarado por suco reconstituído e água �Fresh orange Juice, seja declarado por suco reconstituído e contendo conservantes na lista de ingrediente �Geléia de framboesa: se na lista de ingredientes constar: maçã, açúcar, framboesa, pectina... �Biscoito morango: produto elaborado com aroma e no rótulo conter figura e fotos. Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 19 O QUE NÃO DEVE CONSTAR NO RÓTULO DO ALIMENTO III- Atributos não previstos �Não contem conservante – alimentos cuja tecnologia cuja tecnologia de produção dispensa o uso de conservante �100% natural – em alimentos processados �Naturalmente saudável – como se fosse característica exclusiva desse alimento IV- Rótulo com dizeres de vários idiomas, mas com com informações diferentes em cada um deles. V- Declarações de informação Nutricional complementar não previsto no regulamento específico: �Apenas 100 calorias: parece que este tem caloria menor do que os outros da mesma categoria. �95% Fat free: está previsto somente p/ produto com máximo de 0,5 g de gordura total/ 100g. �Apenas 1g de sódio: equivale a 42% do valor diário recomendado no Brasil e não representa pouco sódio p/ um único alimento. �Healthly product: induz o consumidor a usar o produto p/ tornar-se saudável. 1°) Deveriam ter colocado a palavra “adoçado com sucralose” no rótulo e não apenas na parte do “copo”.2°) A porção oferece 25% do mineral cálcio, não 31%. Segundo a Resolução RDC 360/2003, o valor diário de referência p/ cálcio é 1000 mg. Logo, o percentual de valor diário oferecido pelo iogurte é de 25%, pois contém 250 mg de Ca. 3°) Ordem dos ingredientes Maçã e canela antes de leite desnatado em um iogurte? Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 20 VD = 30,6 ao invés de 38% Exercício Elabore o rótulo para coco ralado, porção de 20g, medida caseira (1 colher de sopa). Dados de composição centesimal: Produto CHO PTN Gord. Totais Fibra Alimentar Gord. Saturada Gord. Trans Sódio Coco Ralado 15,2g 3,34g 33,5g 9,4g 29,7g 0g 20 mg Condições de arredondamento para os cálculos Procedimentos Exemplos Se o algarismo a ser eliminado for maior ou igual a 5, acrescentar uma unidade ao primeiro algarismo que está situado à sua esquerda. 42,875 passa a 42,88 25,047 passa a 25,05 53,999 passa a 54,0 Se o algarismo a ser eliminado for menor que 5, manter inalterado o algarismo da esquerda. 10,261 passa a 10,26 62, 744 passa a 62,74 Regras de arredondamento para os cálculos. * As respostas dos cálculos deverão ser dadas com duas casas decimais. Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 21 Exercício 1º passo: Calcular a quantidade de cada nutriente na porção desejada: Porção de 20g 100 g 15,2 g X20 g X = 3,04g Carboidrato 100 g 3,34g X20 g X = 0,668g ~0,67 Proteína 100 g 33,5g X20 g X = 6,70g Gord. Totais 100 g 9,4g X20 g X = 1,88g Fibra Alimentar Gord. Saturada 100 g 29,7g X20 g X = 5,94g Sódio 100 g 20mg X20 g X = 4mg Exercício 2º passo: Calcular o Valor Energético em kcal e Kj: Porção de 20g CHO: 3,04g x 4kcal = 12,16kcal PTN: 0,67g x 4 kcal = 2,68kcal Gord. Totais: 6,70g x 9kcal = 60,30kcal CHO: 3,04g x 17kJ = 51,68kJ PTN: 0,67g x 17 kJ = 11,39kJ Gord. Totais: 6,70g x 37kJ = 247,9kJ 75,14kcal 310,97kJ Exercício 3º passo: Calcular os Valores Diários por porção (20g) Porção de referência = 100% 300 g 100% X3,04 g X = 1,01% Carboidrato 75 g 100% X0,67g X = 0,89% Proteína 55 g 100% X6,70 g X = 12,18% Gord. Totais 25 g 100% X1,88 g X = 7,52% Fibra Alimentar Gord. Saturada 22 g 100% X5,94 g X = 27% Sódio 2400mg 100% X4mg X = 0,17% 2000 kcal 100% X75,14kcal X = 3,76% Valor Calórico Composição Química dos Alimentos 15/02/2017 Profa. Kelly Alencar 22 Regra de arredondamento estabelecida na legislação de rotulagem. Exercício 4º passo: Montando o rótulo Trabalho valendo 1,5 pontos na prova � Avalie o rótulo do alimento que você escolheu. � Utilize as legislações citadas na aula para guiar sua avaliação. � Confirme o valor calórico e a % de Valor Diário descrito no rótulo (faça os cálculos) � Dê o seu parecer quanto a conformidade ou não conformidade dos itens abordados na legislação. � Diga o que poderia ser melhorado na embalagem em relação aos itens obrigatórios descritos na legislação. Entregar relatório e a embalagem utilizada em um envelope A4 identificado com: - Nome da Universidade - Disciplina - Nome do Aluno - Turma e Turno
Compartilhar