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CONTEÚDO REVISÃO CONTEÚDO DESIGN 3 Gabriela Rocha Nutricionista Ana Paula Pujol Nutricionista Jessica Rossignol Jornalista Camila Mocelin Nutricionista REVISÃO CONTEÚDO Michely Mandelli Nutricionista ELABORAÇÃO SUMÁRIO Esteatose hepática não alcoólica (DGHNA) 4 Quais são as principais causas da DGHNA? 5 Quais os principais sintomas? 6 Quais exames de sangue avaliar? 7 Tratamento 8 Estratégias nutricionais na DGHNA 9 Inscreva-se 12 Referências 13 ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), conhecida como Esteatose Hepática ou “Fígado Gordo” é caracterizada pela presença de mais de 5% de gordura no fígado e afeta cerca de 20% a 40% dos indivíduos obesos, e, em torno de 20% da população geral. É responsável por mais de 75% das doenças hepáticas crônicas estando associada à obesidade, diabetes tipo 2 e outras doenças caracterizadas por resistência à insulina. 4 A DHGNA é uma doença benigna e reversível na grande maioria dos casos. Entretanto, o excesso de gordura no fígado promove alterações em nível hepático e metabólico. A DGHNA é causada pelo desequilíbrio entre a captação e produção hepática de ácidos graxos e sua utilização ou transporte. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DA DGHNA? Obesidade, resistência à insulina, excesso de gordura abdominal, consumo excessivo de carboidratos refinados e bebidas açucaradas (sucos artificiais, refrigerantes), consumo excessivo de álcool, disbiose (desequilíbrio da microbiota intestinal). 5 A relação obesidade-DHGNA, no entanto, não é regra. Há obesos mórbidos, por exemplo, sem excesso de gordura no fígado e com histologia hepática normal. Fatores como a distribuição regional de gordura e a inflamação do tecido adiposo destacam-se na etiologia. A inflamação no intestino também pode estar associada na gênese da DHGNA. De fato, na população de maior risco, os obesos mórbidos, o supercrescimento bacteriano é prevalente. A ação de inflamassomas e dos receptores TLR4 na gênese da doença tem sido demonstrada, o que abre caminho para intervenção terapêutica futura. 6 QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS? É assintomática (em mais de 75% dos doentes) e por isso, é considerada uma doença silenciosa. Em algumas pessoas pode ocorrer: Queixas de fadiga ou dor abdominal Intolerância ao exercício Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico deve ser realizado por um médico e por meio de um dos seguintes exames de imagem na região abdominal: • Ultrassonografia (valor preditivo positivo de 96%) • Tomografia computadorizada • Ressonância magnética • Elastograma Hepática A biopsia hepática é ainda o critério ouro para estabelecer o diagnóstico de DHGNA e avaliar a extensão da fibrose. QUAIS EXAMES DE SANGUE AVALIAR? 1. Colesterol total e frações 2. TGL 3. Insulina em jejum 4. Glicose em jejum 5. Ácido úrico 6. ALT 7. AST 8. PCR US 9. Ferritina 7 1. Perfil lipídico • Elevação de triglicerídeos; • Redução de HDL; • Elevação de apolipoproteína B. Perfil glicídico • Elevação de glicose em jejum; • Elevação de insulina em jejum; 2. Ácido úrico • Aumento 3. Perfil hepático • AST (aspartato aminotransferase) maior que ALT (alanina Aminotransferase) 4. Proteína C reativa-ultrassensível • Aumento 5. Ferritina • Aumento QUAIS AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ENCONTRADAS NOS EXAMES? TRATAMENTO OBJETIVO: reversão da doença. 8 • A mudança do estilo de vida, redução de peso, alimentação e exercício físico são essenciais para o tratamento efetivo. • Suplementos, fitoterápicos podem ser utilizados como coadjuvantes no tratamento. • Medicamentos também podem ser prescritos dependendo da evolução da doença e das alterações metabólicas. ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS PARA O TRATAMENTO DA DGHNA Pode parecer que a forma mais lógica de tratar a DGHNA seria reduzir a gordura na dieta. Porém, apenas uma média de 16% de gordura no fígado em pessoas com DHGNA é proveniente da gordura dietética. Em vez disso, a maioria de gordura no fígado é proveniente dos ácidos graxos (gordura) circulante e estima-se que 26% de gordura no fígado é formada a partir de um processo denominada Lipogênese De Novo (DNL). A DNL é causada principalmente por excesso de carboidratos. A taxa da DNL ocorre com o consumo elevado de alimentos e bebidas ricos em frutose industrial (e não a frutose da fruta). 9 Por isso, vários estudos têm demonstrado que o consumo de dietas pobres em carboidratos refinados pode ajudar a reverter DHGNA. Estas dietas incluem low-carb, dieta do Mediterrâneo e de baixo índice glicêmico, sendo que a combinação low carb + mediterrânea demonstra melhores resultados. A disbiose intestinal tem sido associada ao acúmulo de gordura hepática e aos estágios da DHGNA em animais e humanos. A justificativa para a relação microbiota intestinal e esteatose hepática envolve o supercrescimento bacteriano “SIBO”, aumento da absorção da absorção de lipopolissacarídeos, endotoxemia metabólica e inflamação. O aumento endotoxemia e inflamação em humanos e em animais sugere ainda a ocorrência de resistência à insulina, chave para o desenvolvimento da DHGNA. 10 ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS 1. Ajuste nutricional para a redução de peso corporal; 2. Redução moderada do teor de carboidratos (30 a 40% do VET) 3. Aumento de gorduras monoinsaturadas; 4. Redução de gorduras saturadas; 5. Aumento do consumo de fontes de polifenois: chás, frutas e verduras; 6. Aumento do consumo de fibras; 7. Redução do consumo de alimentos refinados e ultraprocessados; 8. Redução do consumo de açúcar e doces em geral; 9. Suplementos e Fitoterápicos. 11 Independente do tipo de dieta, o mais importante na reversão da DGHNA é a REDUÇÃO de peso! Por isto, a melhor estratégia é aquela em que o paciente conseguirá manter o peso reduzido. Várias cepas de lactobacilos (principalmente Lactobacillus johnsonii) Colina, ômega-3, berberina, resveratrol, cretatina, chá verde, Silybum marianun, Cynara cardunculus, polifenois INSCREVA-SE NO CURSO ONLINE ESTEATOSE HEPÁTICA NÃO ALCOÓLICA Você irá aprender : • Características de pacientes com DHGNA; • Fatores de risco; Estágios da doença; • Etiologia, Fisiopatologia e Diagnóstico; • Composição da dieta; • Individualidade genética e resposta à dieta na DHGNA; • Dietas Low Carb na DHGNA; • Estratégias nutricionais no tratamento da DHGNA • Suplementos e fitoterápicos coadjuvantes no tratamento. 12 Além disso, você pode fazer download de materiais para prática clínica como: • Apostila do curso; • Exemplos de Planos Alimentares; • Exemplos de formulações coadjuvantes no tratamento • Vários Artigos científicos com informações relevantes sobre o tema. O Curso é ministrado pela Dra. Ana Paula Pujol, nutricionista com mais de 16 anos de experiência em consultório! REFERÊNCIAS BELL, Kirstine J. et al. "Algorithms to Improve the Prediction of Postprandial Insulinaemia in Response to Common Foods." Nutrients 8.4 (2016): 210. CANI, P.D. When specific gut microbes reveal a possible link between hepatic steatosis and adipose tissue. J. Hepatol. v. 61, p. 5-6, 2014. CANI, P.D.; NEYRINCK, A.M.; FAVA, F.; KNAUF, C.; BURCELIN, R.G.; TUOHY, K.,M.; GIBSON, G.R.; DELZENNE, N.M. Selective increases of bificobacteria in gut microflora improve high-fat-induced diabetes in mice through a mechanism associated with endotaxaemia. Diabetologia. v. 50, p. 2374-2383, 2007.CANI, P.D.; OSTO, M.; GEURTS, L.; EVERARD, A. Involvement of gut microbiota in the development of low-grade inflammation and type 2 diabetes associated with obesity. Gut Microbes. v. 3, p. 279-288, 2012. DOMÍNGUEZ-AVILA, J.; ABRAHAM, et al. "Modulation of PPAR Expression and Activity in Response to Polyphenolic. 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