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Aula 09: Articulação entre currículo, gestão do currículo, aprendizagem, projeto pedagógico e avaliação - Conteúdo Programático desta aula
Relações entre Projeto Político Pedagógico, currículo e avaliação
Dimensões da avaliação e os atos de currículo
Avaliação como perspectiva na aprendizagem dos alunos e no projeto institucional
OBJETIVOS
Compreender os espaços de interseção entre currículo, projeto pedagógico e avaliação.
 Analisar o papel da avaliação da aprendizagem escolar e da avaliação institucional do currículo para redimensionar e ressignificar os atos de currículo. 
Projeto Político Pedagógico ou Projeto 
Educativo da escola:
Planejamento institucional coletivo na quais diversas decisões importantes sobre a prática pedagógica são tomadas e concretizadas.
 Ação política: expressa a intenção educativa e o posicionamento em relação às pessoas que pretende formar, a concepção de sociedade, de cultura e de conhecimento.
Ação pedagógica: estabelece a ponte entre o ideal político e as ações educativas e os atos de currículo. 
PENSANDO INTERDISCIPLINARMENTE...
 O que é um Projeto Político Pedagógico (PPP) e o que compõe este documento institucional? 
 Quem participa e quais as etapas sugeridas?
 De que forma as políticas públicas se relacionam e interferem na produção e concretização do Projeto Político Pedagógico de cada instituição escolar?
 Quais as articulações entre ensino, aprendizagem, avaliação interna, avaliação externa e decisões acerca do currículo escolar, expressas no PPP? 
FORMAS DE ENTENDER O PPP:
Plano global da instituição; 
Plano curricular mais global da escola que expressa:
intenção pedagógica da escola (as bases filosóficas); 
conhecimentos (princípios epistemológicos/conteúdos); 
metodologia e seus pressupostos pedagógico;
procedimentos previstos para avaliar os alunos e a própria instituição.
AFINAL, O QUE É UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO?
Há várias formas de entender o PPP:
 Um instrumento político através do qual podem ser feitas escolhas que repercutirão na vida e nos rumos dos diferentes agentes da instituição escolar: alunos, suas famílias, diversos profissionais da escola (professores, supervisores pedagógicos, diretores e demais funcionários) e comunidade na qual a escola se insere).
PPP? POR QUÊ? COMO ? 
Para atender à orientação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96?
 Para expressar as intenções coletivas em um projeto voltado para melhoria educacional?
Para explicitar a identidade pedagógica como construção coletiva e participativa .
“ A identidade de uma escola não é outorgada de fora e nem se faz no abstrato, mas construída pela ação das pessoas que ali vivem.” (PENIN 2011, P.40) 
ELABORAÇÃO DO PPP: CAMINHOS E LABIRINTOS
 MODELOS PARTICIPATIVOS SENSIBILIZAÇÃO: 
esclarecer o que é o PPP;
divulgar a intenção de elaborá-lo coletivamente;
encontrar formas de envolver a comunidade escolar;
 definir critérios para garantir representatividade dos diferentes grupos.
CONSTRUÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO
 SUPERANDO DIFICULDADES :
Estimular a participação dos possíveis autores;
Encontrar alternativas de horários para a realização de encontros sistemáticos;
Mediar de conflitos inerentes ao processo de construção coletiva e democrática ;
Enfrentar o risco de não o concluir ou se concluído apenas um documento burocrático. 
ELABORAÇÃO DO PPP:DECISÕES NO CAMPO D0 CURRÍCULO
Qual a concepção? Reprodutivista? Crítica?
Modelo sociocrítico adere ao planejamento participativo.
Modelo participativo requer gestão democrática.
COMO APLICAR O MODELO DE PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA? - Danilo Gandin (1994) sugere três momentos:
1 - indicação de um horizonte ou referencial;
2 - construção de um diagnóstico que julgue a prática à luz do referencial; 
3 - programação de ações concretas.
VAMOS REFLETIR SOBRE ESSES MOMENTOS OU ETAPAS?
MARCO REFERENCIAL: Posicionamento sobre a intenção educativa: quem somos, onde estamos e para onde queremos ir? 
Segundo Vasconcellos (1989)Marco Referencial se subdivide em três partes:
Marco situacional: visão geral da realidade, os rumos da educação e o papel da escola na sociedade contemporânea.
 Marco filosófico ou doutrinal: representa a definição do ideal geral da instituição, que tipo de sociedade deseja construir, que tipo de pessoa estamos contribuindo para formação? 
Marco operativo: posição quanto às ações concretas a serem realizadas no o cotidiano escolar. 
DIMENSÕES DO MARCO OPERATIVO (Posicionamento quanto à organização das ações concretas)
Pedagógica. Administrativa, comunitária.
IDENTIDADE DA INSTITUIÇÃO
DADOS GERAIS (localização, nome, níveis de ensino, número de professores, alunos, funcionários por nível); dados históricos. 
HISTÓRIA percursos institucionais já trilhados
RADIOGRAFIA DO CENÁRIO ATUAL : limites e possibilidades: modelo de gestão, avaliação da aprendizagem dos alunos; avaliação institucional, avaliação externa etc.
COMUNIDADE NA QUAL SE INSERE A ESCOLA
A COMUNIDADE NA QUAL SE INSERE A ESCOLA
 Qual a história desta comunidade? Quais são seus agentes sociais – a pessoas que lá vivem e trabalham? Quais as manifestações de culturas e conhecimentos nela são produzidos?
 Quem são os alunos concretos, reais, situados nesta comunidade? Como vivem? Com quem vivem, o que fazem e o que sabem? Em que contexto cultural estão imersos? Quais configurações familiares existentes? Quais suas características e seus modos de vida?
QUE DE SOCIEDADE TEMOS E O QUE QUEREMOS?
Que pessoas temos formado e que pessoas queremos formar? 
 Queremos manter a sociedade como está e formar pessoas para atender às demandas sociais existentes ou buscamos formar pessoas capazes de atuar mais criticamente na sociedade e de lutar por sua transformação?
As práticas escolares existentes estão de acordo com nossas intenções?
DIAGNÓSTICO: Busca e identificação das necessidades: o que precisamos para chegar onde queremos? 
Movimentos fundamentais: 
1) refletir sobre o que se traçou como intenções educativas na etapa do marco referencial.
2) buscar fundamentação teórico-filosófica para compreender melhor as razões dos problemas enfrentados na escola e o que é necessário para que a distância entre as intenções (o ideal) e o que se tem seja menor.
 3) traçar com clareza as necessidades institucionais para se chegar ao ideal almejado. 
PROGRAMAÇÃO: EXPRESSAR INTENÇÕES DECIDAS COLETIVAMENTE:
Concepção de educação norteadora do eixo conceitual do PPP; 
Modelo de gestão pautada em princípios democráticos; 
Níveis de ensino a serem atendidos pela escola;
Proposta e organização curricular; 
Formas de participação da comunidade escolar e extraescolar 
Estratégia de Avaliação: dimensões /instrumentos / periodicidade / funções da avaliação
Formação continuada dos profissionais da escola.
IMPLICAÇÕES IMPORTANTES NO CURRÍCULO
O diagnóstico da realidade cultural dos alunos e da comunidade será considerado na seleção dos conhecimentos? Como? A abordagem intercultural será considerada na prática educativa?
Como lidar com as tensões entre a particularidade (a especificidade do contexto sociocultural dos alunos) e a universalidade (os conteúdos que são exigidos na sociedade, os conhecimentos valorizados socialmente)?
Qual a forma de organização curricular que melhor atende às intenções educativas expressas no PPP (por séries, ciclos, por objetivos de aprendizagem, por projetos de trabalho, por temas geradores, por problemas, etc.)? 
AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO EM PROCESSO 
Qual a concepção: medir ou avaliar? 
As notas e conceitos, quando utilizados, são apenas indicadores do estado atual da aprendizagem dos alunos? 
Aavaliação é um aspecto fundamental do PPP? 
A função da avaliação tem sido predominantemente classificatória, seletiva e disciplinadora? 
O foco está na atribuição de valor ao desempenho do aluno? 
O foco está no processo de ensino-aprendizagem? 
CONVITE À REFLEXÃO...
 AVALIAÇÃO INTERNA E AVALIAÇÃO EXTERNA: 
 Será que as avaliações externas interferem na elaboração do PPP, nos atos de currículo, nas práticas de sala de aula, na seleção de conteúdos e nas avaliações internas? Será que as avaliações externas (SAEB, PROVA BRASIL, PROVINHA BRASIL, ENEM, ENADE ETC) interferem na autonomia e autogestão das escolas?
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