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TrabalhoCorrigido 667986.pdfPPE VI Derli Medeiros Farias

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
DERLI MEDEIROS FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
O ABANDONO AFETIVO E SUA INTERFERÊNCIA NA 
APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
BARRA MANSA 
 
 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DERLI MEDEIROS FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
O ABANDONO AFETIVO E SUA INTERFERÊNCIA NA 
APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
Projeto de TCC , apresentado ao Curso de Pedagogia 
da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial 
para aprovação da disciplina Pesquisa e Prática em 
Educação VI. 
 
Orientadora: Maria Alejandra Iturrieta Leal. 
 
 
 
 
 
 
 
BARRA MANSA 
 
 
2017 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 03 
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................................. 04 
1.2. QUESTÕES NORTEADORAS ............................................................................. 05 
1.3. OBJETIVOS........................................................................................................... 06 
1.4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 07 
1.5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 09 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
A escolha do tema “ O abandono afetivo e sua interferência na aprendizagem” tem a 
finalidade de demonstrar que a falta de afetividade, impacta diretamente o sujeito no processo 
de aprendizagem, com base em estudos e teorias de Henri Wallon e Lev Vygotsky, 
considerando suas análises de aprendizagem, apresentando as teorias individualmente, 
relacionando-as, na tentativa de resolução de problemas de abandono afetivo. 
Demonstrar que o fracasso escolar não está necessariamente ligado a um problema de 
saúde mental, mas que em muitos casos, as interações sociais, podem afetar negativamente o 
indivíduo, tornando-o agressivo ou recluso. 
Demonstrar que o olhar atento e investigativo do professor, poderá levá-lo à novas 
descobertas, novas estratégias, assumindo uma postura de interação e resgate do aluno e 
consequentemente do aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1.1 Apresentação do Tema 
 
Em tempos de tantos transtornos, de tantas novas informações que surgem no 
cotidiano da educação, a escola ainda não consegue perceber uma das muitas causas de 
fracasso no processo de aprendizagem, que é o abandono afetivo. Temos em nossas escolas, 
em salas de aulas, em pátios de recreações, em quadras esportivas, em áreas públicas e 
reservadas, um número enorme de pessoas quase invisíveis, não fosse o fato de serem 
reconhecidas e lembradas por suas avaliações, realmente não seriam vistas,ouvidas, 
percebidas ou solicitadas por ninguém. O abandono afetivo traz consequências devastadoras 
para o processo de aprendizagem. Os alunos que sofrem com esse abandono tem sua 
autoestima reduzida em todo o seu processo histórico-social, afetando sua capacidade de 
desenvolvimento proximal, que de acordo com Vygotsky, é o que leva a aprendizagem no 
meio social, com ajuda do outro.(VYGOTSKY,1998,p.112). 
Trazem consigo as dores e inseguranças sofridas na família, não conseguem verbalizar 
seus sentimentos e são confundidos em muitos momentos com pessoas que necessitam de 
algum tipo de intervenção na área da saúde mental, neurológica e/ou comportamental. Por 
outro lado, nos deparamos com uma equipe de professores e profissionais da educação, sem 
capacitação para o reconhecimento de um abandono afetivo e por falta dessa capacidade, 
enxerga nesse aluno um problema, transferindo-o para uma área de saúde ao contrário de 
mudar a estratégia pedagógica e alcançá-lo, resgatando-o novamente no processo de ensino-
aprendizagem. 
 " A formação psicológica dos professores não pode ficar limitada aos livros. Deve ter 
uma referência perpétua nas experiências pedagógicas que eles próprios podem pessoalmente 
realizar." (WALLON, 1975, p.366). 
O abandono afetivo ainda é visto como um problema de saúde, seja de ordem 
psiquiátrica, neurobiológica e/ou psicológica, ainda não se tem profissionais especializados 
dentro das instituições de ensino para observação dos casos, muito menos para se fazer algum 
tipo de intervenção. A problemática se encontra no nível da aprendizagem, certamente não se 
resolverão os problemas de ordem familiar ou social do aluno, mas no que diz respeito ao 
aprendizado, o professor comprometido com o processo de ensino-aprendizagem, deverá 
rever a sua prática, buscar informações, fazer pesquisas, mudar suas estratégias pedagógicas, 
para alcançar esse aluno em situação de abandono afetivo. O que nos leva a questionar, “ O 
abandono afetivo interfere na aprendizagem ?” 
5 
 
 
1.2 Questões Norteadoras 
 
 
1 . Como identificar o aluno que não aprende por consequência do abandono afetivo? 
2 . Até que ponto o abandono afetivo pode interferir na aprendizagem? 
3 . Qual é a postura do professor diante dessa interferência: abandono afetivo x 
aprendizagem? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
 
 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
Compreender através das teorias de Henri Wallon e Lev Vygotsky sobre a afetividade 
e interação social no processo de aprendizagem da criança, utilizando esse aprendizado para 
uma reflexão crítica e mudança de postura em relação a identificação dos casos e posterior 
mudança de metodologia do ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
Propor um resgate do aluno em processo de abandono afetivo, permitindo sua inclusão 
social. 
Propor uma mudança na metodologia do ensino, para que alcance esse aluno com 
afetividade. 
Propor uma reflexão ao professor, para que mantenha um olhar crítico e indissociável 
de afetividade e aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
Na busca da descoberta da causa e do grau de interferência do abandono afetivo na 
aprendizagem, esse estudo tem como objetivo a compreensão das dificuldades de 
aprendizagem a partir das relações familiares, das influências sociais, das práticas 
pedagógicas e das relações intelecto- afetiva da crianças. 
As relações familiares afetuosas são cativantes, proporcionam segurança e maturidade 
aos filhos, contribuindo para o seu desenvolvimento pleno, quando essas relações não são 
afetuosas, ou acontecem de forma turbulenta, tendem a provocar uma desordem emocional 
nas crianças, que não tem nenhuma habilidade para lidar com as causas e consequências 
adultas. 
Segundo Wallon, sobre a afetividade e aprendizagem: 
O afeto é essencial para todo o funcionamento do nosso corpo nos dando 
coragem, motivação, interesse, e contribuindo para nosso desenvolvimento. E é 
pelas sensações que o afeto nos proporciona que sabemos quando algo é verdadeiro 
ou não. Principalmente para a criança o afeto é importantíssimo, pois ela precisa 
sentir-se segura para poder desenvolver seu aprendizado, e é necessário que o 
professor tenha consciência de como seus atos são extremamente significativos 
nesse processo, porque essa relação aluno-professor é permeada de afeto, e as 
emoções são estruturantesda inteligência do indivíduo (WALLON, 1995). 
 
Do mesmo modo, as influências sociais externas, como o preconceito, o bullying, 
entre outros, proporcionam constrangimento a criança, que por muitas vezes não consegue 
dialogar sobre esses temas na família, tornado-se ainda mais reclusa. 
Quando seguem para a escola, o seu ambiente de aprendizado e descoberta, já se 
encontram tão inseguras, tão incapazes de lidar com suas emoções, que já não conseguem 
estar abertas para o ensino-aprendizagem, não conseguem conviver e nem aprender nesse 
espaço de interação social. 
A afetividade é uma ação familiar, porém também é uma ação social, e a 
aprendizagem está ligada a ação social. 
Segundo Rego, ao descrever a Teoria Vygotskyana: 
Em síntese, nessa abordagem, o sujeito produtor de conhecimento não é um 
mero receptáculo que absorve e contempla o real nem o portador de verdades 
oriundas de um plano ideal; pelo contrário, é um sujeito ativo que em sua relação 
com o mundo, com seu objeto de estudo, reconstrói (no seu pensamento) este 
mundo. O conhecimento envolve sempre um fazer, um atuar do homem. ( REGO, 
2002, p. 98). 
 
8 
 
Pessoas emocionalmente bem resolvidas, felizes, reflexixas, são capazes de aprender 
sobre qualquer tema, enquanto pessoas infelizes, que não sabem do próprio valor e espaço que 
ocupam na sociedade, vivem emocionalmente como incapazes. 
A aprendizagem e o desempenho escolar dependem, primeiramente, da inter-relação 
familiar e, posteriormente, da relação professor-aluno. 
Segundo Alves (2004) : 
 
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do 
voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode 
levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de 
ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não 
amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para 
dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, 
porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode 
ser encorajado. 
 
Esse estudo irá demonstrar o valor transformador que a educação reflexiva pode 
proporcionar aos seus educandos. 
Demonstrar que a maneira como administramos nossas emoções pode definir a nossa 
qualidade de vida, pessoas emocionalmente bem resolvidas têm autocontrole, empatia, 
compaixão, automotivação, autoconhecimento, resiliência psicológica, habilidades nos 
relacionamentos interpessoais, assertividade. 
Demonstrar que podemos reverter esse processo de abandono afetivo e sua 
interferência na aprendizagem, conscientizando esses alunos de que a vida humana apresenta 
revezes, mas que eles precisam ser capazes de transformar as adversidades em oportunidades 
e aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 
 
Para investigação do tema proposto, foram realizadas pesquisas exploratórias 
utilizando referências bibliográficas de autores como: Henri Wallon (1879-1962), Lev 
Vygotsky ( 1896-1934), Rubem Alves (1933-2014), Referencial Curricular Nacional da 
Educação Infantil (BRASIL, 1998), LDB (1996), com o objetivo de conhecer o 
posicionamento e argumentos sobre o tema afetividade, interação social e aprendizagem. 
Para nortear essa pesquisa, será necessário contextualizar o processo de ensino 
aprendizagem de uma turma do 2º ano das séries iniciais do ensino fundamental, da Escola 
Municipal Argemiro de Paula Coutinho, a partir da importância da observação e reflexão 
do comportamento das crianças em relação as interações sociais no processo de 
aprendizagem, através de uma pesquisa qualitativa. 
Sendo assim, questionar-se sobre: O abandono afetivo e sua interferência na 
aprendizagem. 
Após observação realizada com crianças na faixa etária das séries iniciais do 
ensino fundamental, percebeu-se que muitas crianças, apresentam dificuldades de 
relacionamentos que afetam e influenciam no processo de aprendizagem e que o trabalho de 
orientação pedagógica e escolar associados a metodologia inclusiva do professor, tendem a 
resgatar o aluno, proporcionando segurança, inclusão social e aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ALMEIDA, A. R. S. A emoção na sala de aula. 6ª edição. Campinas,SP: Papirus, 2007. 
 
______. A vida afetiva da criança. Maceió: Edufal ,2008. 
 
ALMEIDA, L. R.; MAHONEY A.(Orgs.) Afetividade e aprendizagem - Contribuições de 
Henri Wallon.São Paulo:Edições Loyola, 2007. 
 
ALVES, R. Gaiolas ou Asas: A arte do voo ou a busca da alegria de prender.Porto: Edições 
Asa, 2004. 
 
BASSANI, E.; BLEIDÃO, M.S. A Medicalização do “ Fracasso Escolar” em Escolas 
Públicas Municipais de Ensino Fundamental de Vitória – ES. Pôster GT 20 Anped. Rio de 
Janeiro, 2015. Disponível em : > http://www.anped.org.br/biblioteca/item/medicalizacao-do-
fracasso-escolar-em-escolas-publicas-municipais-de-ensino > Acesso em 12 Out 2017. 
 
 
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Ministério da Educação, 1996. 
 
BRASIL. Referencial Curricular Para a Educação Infantil. v. 1, Brasília: MEC/SEF, 
1998. 
 
REGO, T. C. 2002. Vygotsky: uma perspectiva Histórico-Cultural da Educação. Rio de 
Janeiro, Vozes, 2002. 
 
TAILLE, Y. L.; OLIVEIRA, M . K.; DANTAS, H. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias 
psicogenéticas em discussão.São Paulo: Summus Editorial, 1992. 
 
 
VYGOTSKY, L. S. O desenvolvimento psicológico na infância. São Paulo: Martins Fontes, 
1998. 
 
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70,1995.

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