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Aula 12 Bouba Aviária

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SANIDADE AVÍCOLA
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
Bouba Aviária
É uma doença viral das aves domésticas de disseminação lenta e caracterizada pela formação de:
FORMA CUTÂNEA – lesões proliferativas da pele, discretas e nodulares, nas regiões desprovidas de pena no corpo da ave, lesões papulomatosas e crostosas e cristã, barbela, papa, cvaidade oal e lig
Ngua.
FORMA DIFTÉRICA – lesões fibrinonecróticas e proliferativas na membrana mucosa do trato respiratório superior, boca e esôfago.
Mortalidade baixa, mas pode elevar-se quando na forma diftérica ou quando há complicação por infecções secundárias.a aves pode diminuir a ingestão alimentar e morrer em consequência da forma diftérica da doença.
DISTRIBUIÇÃO
Os poxvírus avícolas infectam aves de todas as idades, sexo e raças. Infecta aproximadamente sessenta espécies de aves silvestres. A doença está distribuída mundialmente.
ETIOLOGIA
Os poxvírus avícolas (galinhas, perus, pombos, codorna, canário e papagaio) são membros do gênero Avipoxvírus da Família Poxviridae.
Replicação: 
Epitélio da derme ou folicular das galinhas.
Células ectodérmicas da membrana cório-alantóide.
Células da pele do embrião
Biossíntese do poxvírus no epitélio da derme apresenta duas fases:
Resposta do hospedeiro – Hiperplasia folicular em 72 horas
Síntese viral em 96 horas.
EPIDEMIOLOGIA
Hospedeiros naturais e experimentais – economicamente mais importantes em galinhas e perus. Tem sido reportada infecção em 60 espécies de aves silvestres (20 famílias). A infecção ocorre em aves de qualquer idade.
Transmissão – ocorre via mecânica.
Insetos – moscas podem carrear o vírus por feridas ou injúrias da pele, ou depositá-los nos olhos de onde alcança a laringe, via ducto lacrimal, causando a infecção do trato respiratório superior.
Outros artrópodes – o piolho Dermanyssus gallinae
Aerossóis com partículas contendo o vírus – descamações da pele ou folículos das penas podem gerar tanto a forma cutânea quanto a diftérica. 
Período de incubação – Varia de 4 a 10 dias.
Sintomas – A doença pode ocorrer na forma cutânea e diftérica.
Forma cutânea – Mais comum. Redução do ganho de peso, queda na produção de ovos e depressão.
Forma diftérica – As lesões estão na parte superior do trato respiratório ou digestivo e podem produzir dispneia, inapetência, descargas nasais e oculares.
A gravidade dos sintomas em ambos os casos vai variar de acordo com a susceptibilidade do hospedeiro, virulência do vírus, distribuição das lesões e complicações secundárias.
Morbidade 
De poucas aves até todo o lote, quando da presença de um vírus agressivo e nenhuma adoção de medidas de controle.
Aves com a forma cutânea podem recuperar-se mais facilmente do que aquelas afetadas pela forma diftérica com lesões no trato respiratório.
Cegueira e lesões cutâneas na pálpebra – Maioria das perdas.
Curso da Doença – 2 a 3 semanas até 6 a 8 semanas para os casos complicados.
Mortalidade
Geralmente é baixa, atingindo 50% nos casos complicados.
	
LESÕES MACROSCÓPICAS
Forma cutânea – As lesões variam em aparência: pápulas, vesículas, pústulas e crostas.
As lesões geralmente ocorrem em áreas desprovidas de penas na cabeça e pescoço, mas também pode ocorrer ao redor da cloaca, nas patas e nas pernas.
Uma forma incomum da doença foi verificada em frangos de corte na região sul do Brasil, onde as lesões se manifestaram em áreas emplumadas do corpo das aves. Este problema levou a perdas econômicas devido a condenação no abatedouro por processo de dermatite. 
Forma diftérica – As lesões são nas mucosas com placas sobressalente de cor amarelada.
A maioria são encontradas: boca, seios nasais, cavidade nasal, conjuntiva, faringe, laringe, traqueia e esôfago.
LESÕES MICROSCÓPICAS
Através de exames histopatológicos o principal quadro evidenciado é a hiperplasia do epitélio e alargamento das células associados a mudança inflamatórias.
Os característicos corpos de inclusão (Bollinger).
Os achados na mucosa da traqueia incluem uma hipertrofia inicial e hiperplasia das células produtoras de muco com subsequente alargamento das células epiteliais. 
DIAGNÓSTICO
Clínico – Através de lesões cutâneas ou diftérica com confirmação por exames histopatológicos (presença de inclusões citoplasmáticas) ou isolamento viral. 
Microscópico – Exames de cortes histopatológicos para verificação de alteração nas células do epitélio e presença dos corpos de Bollinger. No microscópio eletrônico pode-se pesquisar a presença do vírus nas lesões. 
DIAGNÓSTICO VIRAL
Isolamento e identificação do Vírus
Inoculação em aves – Através de uma suspensão preparada com lesões de aves infectadas, inoculam-se as aves susceptíveis por escarificação da crista ou punção na membrana da asa. 
Inoculação em ovos embrionados – Membrana cório-alantóide de embriões de galinha de 9 a 12 dias de idade, provenientes de ovos SPF.
Inoculação em cultura de células – Não é utilizada para o isolamento inicial, pois é necessária a adaptação do vírus a esse sistema. Nem todas as cepas produzem efeitos citopáticos na inoculação inicial.
Sorologia - Vírus neutralização e ELISA
TRATAMENTO
Não há tratamento específico para as aves infectadas. Uma maneira de evitar problemas é adotar condições adequadas de manejo para evitar estresse ambiental.
PREVENÇÃO E CONTROLE
Biosseguridade
Existem dois tipos de vacina de vírus vivo utilizada na avicultura comercial. As vacinas de vírus de pombo e as de galinha.
Problemas de refugagem por reações vacinais.
As vacinas podem ser preparadas em ovos embrionados ou culturas de células.
O sucesso de um programa de vacinação depende da qualidade da vacina utilizada e da administração correta.
A vacinação não deve realizada em lotes já infectados por outras doenças ou em más condições de saúde. 
Todas as aves do lote devem ser vacinadas. 
O frasco da vacina deve ser aberto e preparado na hora do uso e deverá ser usado num prazo máximo de 2 horas após a diluição.
A vacina deverá entrar em contato com o organismo da ave apenas no local de aplicação. 
A vacina produzida em embriões é aplicada via membrana da asa em aves de no mínimo 4 semanas de idade e no máximo 4 semanas antes do início da postura.
A vacina produzida em cultura celular poderá ser usada em combinação com a vacina de Marek no incubatório, no 1º dia de idade, via subcutânea no pescoço.
Após o processo de vacinação, ao redor de uma semana, o lote deve ser examinado para a “confirmação da vacinação”, a chamada “pega” da vacina. 
Vacinações em embriões – Atualmente usada para Marek e Marek + Gumboro, já vem sendo utilizada também para Bouba Aviária.

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