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TRABALHO ERICA MAIO 2016

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A IMPORTÂNCIA DO MARKETING, DA PESQUISA DE MERCADO E DA NEGOCIAÇÃO PARA AS EMPRESAS 
BRASILEIRAS EM TEMPO DE CRISE
Erica Cristina Conationi FREITAS
RESUMO
Tendo como objetivo analisar uma empresa no ramo de agronegócio que não se utiliza da ferramenta estratégica de marketing na revenda de máquinas e insumos agrícolas, percebeu-se que, após a coleta de dados teóricos e a pesquisa participante, que a empresa foco deste estudo, não se ateve sobre essa ferramenta, talvez por falta de comunicação, ou ainda, por falta capacitação profissional de seus colaboradores. O que resultou negativamente às vendas e revendas de máquinas e insumos agrícolas devido à crise que assola o país, desde 2015 e que vem preocupando o agronegócio brasileiro.
Palavras-chave: Marketing, Pesquisa de Mercado, Negociação.
1 INTRODUÇÃO
As empresas acreditam que estão agindo de forma correta, até quando suas vendas diminuem. Após essa inversão de comportamento nas vendas, a gestão da empresa inicia sua maratona para saber onde está o problema que acarretou a queda das vendas, e como resolver num curto espaço de tempo.
A resposta nem sempre é imediata e muito menos a reversão do problema. Por isso as empresas se preocupam em mudar o comportamento no setor de vendas ou revendas, para melhorar os resultados. O que se torna ainda mais preocupante é o fator crise, ou seja, com a crise financeira abalada as vendas ou revendas tendem a cair vertiginosamente, daí a importância do marketing estratégico, além da negociação e como esses fatores podem driblar a crise, se é que podem na atual conjuntura. 
Para Camaroto (2009) a globalização e suas consequências, as novas tecnologias, o acirramento da concorrência e a valorização do cliente exigem novas e criativas práticas organizacionais.
São essas práticas organizacionais que deveriam ser analisadas e aplicadas na revenda de máquinas e insumos agrícolas, mas nem sempre a empresa acredita que essas práticas podem melhorar o ambiente de revendas, falta de informação, falta gestão capacitada, enfim, o problema persistindo pode elevar os patamares negativos de revendas.
Kotler e Keller (2006, p. 399) afirmam,
Os profissionais de marketing de serviços precisam ser capazes de transformar serviços intangíveis em benefícios tangíveis concretos. As empresas devem desenvolver primeiro uma imagem clara de como querem que seja a percepção do cliente quanto a determinada experiência, depois devem planejar um conjunto consistente de sinais de contexto e desempenho para sustentar essa experiência.
Quando a empresa, no caso em questão, está inserida no ramo de agronegócio, ela revende marcas importantes para os consumidores, pelo menos deveria ser seu ponto forte. 
Porém, conforme ressalta Serralvo (2009) as marcas estão presentes em todos os momentos da vida dos consumidores. O papel das marcas é de criar a referência para a decisão dos consumidores e determinar a preferência pelo produto.
É possível inserir a ferramenta estratégica de marketing na revenda das empresas que já se sentem consolidadas no ramo de agronegócios?
O aluno que elaborou esta pesquisa tem suas funções profissionais numa empresa que atua na área de agronegócio. Acontece que a rotina diária lhe mostrou que revender máquina e insumos agrícolas sem uma estratégia de marketing não condiz com a realidade da empresa, a qual deixa “escapar” alguns clientes por falta de fidelização.
Dessa forma, pensando numa estratégia que resulte em boas vendas, veio a tona a preocupação com a ferramenta de marketing conhecida como estratégica de marketing para fidelizar o cliente. Mesmo com a intenção de colocar em prática tal projeto, a realidade da empresa de agronegócio não dá abertura para tal compromisso, pois como se trata de uma cooperativa, seus cooperados não se preocupam com a revenda das máquinas e insumos agrícolas.
É preciso mudar esse conceito e levar novas ideias para a empresa sobre a ferramenta estratégica de marketing na revenda.
Pelo ensinamento de Lovelock & Wright (2004), Marketing pode ser definido, como o conjunto de atividades que objetivam a análise, o planejamento, a implementação e o controle de programas destinados a obter e servir a demanda por produtos e serviços, de forma adequada, atendendo desejos e necessidades dos consumidores e/ou usuários com satisfação, qualidade e lucratividade. 
Porém, se a empresa não adequar uma estratégia de marketing para suas revendas, também não conseguirá atender os desejos e necessidades dos consumidores com satisfação, qualidade e lucratividade.
Para elaboração do artigo cientifico, foi usada a pesquisa bibliográfica e a pesquisa descritiva. 
Fonseca (2012) explica que a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras.
Fonseca (2012) também explica que a pesquisa descritiva descreve uma realidade tal como se apresenta, conhecendo-a e interpretando-a por meio da observação, do registro e da análise dos fatos.
O objetivo específico da pesquisa é analisar uma empresa no ramo de agronegócio que não se utiliza da ferramenta estratégica de marketing na revenda de máquinas e insumos agrícolas.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Marketing: uma visão geral
Elias (2000) afirma que o composto mercadológico (Mix de marketing) foi formulado primeiramente por Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960) e trata do conjunto de pontos de interesse para os quais as organizações devem estar atentas se desejam perseguir seus objetivos de marketing. Este modelo se baseia na ideia que a empresa produz um bem ou serviço (produto), o consumidor deve ser comunicado que este bem ou serviço existe (promoção), devendo este ser distribuído aos mais variados tipos e locais de venda (praça), e por fim a empresa deve cobrar um montante pelo fornecimento do produto (preço). 
A função de marketing, referente ao Mix de Marketing, engloba as decisões do produto, as quais incluem a identificação de oportunidades de lançamento de produtos e adequação do mesmo às necessidades dos clientes; as decisões de preço, o qual é selecionado visando gerar vantagem competitiva e retorno para a empresa; as decisões de promoção, relativas aos investimentos em estratégias de comunicação e promoção de vendas; e as decisões de praça ou distribuição, que envolvem a escolha de canais de vendas que satisfaça as necessidades dos clientes (GONÇALVES, et al, 2008).
PRODUTO/SERVIÇO 
Para Kotler e Armstrong (2007) produto é “algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma necessidade”. Para a elaboração de um produto, muitos fatores são levados em conta, os autores definem três níveis de produto para a sua elaboração, o produto núcleo que é o benefício central, caracteriza a essência funcional do produto; o produto básico que contém como diretriz os fatores embalagem, nome da marca, nível de qualidade, design e características específicas do produto e o terceiro nível que implica nos serviços que envolvem a aquisição do produto como, instalação, serviço de pós-compra, garantia de entrega e crédito.
PREÇO 
Las Casas (2006) descreve que “o preço ajuda a dar valor às coisas e representa uma troca pelo esforço feito pela empresa vendedora através da alocação de recursos, capital e mão-de-obra dos produtos comercializados”. Essa ferramenta também é conceituada por Kotler e Armstrong (2007) como sendo “a quantia em dinheiro que se cobra por um produto ou serviço, é a soma de todos os valores que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço”
PROMOÇÃO 
Segundo Kotler (1998), promoção é o conjunto de ações que estarão incidindo sobre certo produto e/ou serviço, de forma a estimular a sua comercialização ou divulgação. Las Casas (2006) definecomo outra variável controlável do composto de marketing que recebe o significado de comunicação. Para Kotler e Armstrong (2007) o marketing moderno exige mais do que apenas desenvolver um bom produto, colocar um preço competitivo e à disposição dos clientes. As empresas também precisam se comunicar com os clientes existentes e potenciais, e aquilo que comunicam não deve ser deixado ao acaso, todos os seus esforços de comunicação devem ser combinados em um programa de comunicação de marketing consistente. A composição dos instrumentos de comunicação pode ser definida como as principais ferramentas de promoção, tais como: propaganda, promoção de vendas, relações públicas e/ou publicidade, força de vendas e marketing direto. 
PRAÇA 
A ferramenta praça, definida também como canal de distribuição, diz respeito ao caminho que o produto percorre desde sua produção até o consumo. Kotler e Armstrong (2007) definem como “um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço para uso ou consumo de um consumidor final ou usuário empresarial”.
Xavier (2012) explica que os conceitos de marketing� ganharam muitas e variadas definições nas últimas décadas. O fenômeno se repete nos diversos segmentos onde suas ferramentas e seus procedimentos característicos são adotados, na prospecção, planejamento e execução de projetos, tanto nos setores corporativos, governamentais como não governamentais. O mesmo autor pergunta: afinal, o que é marketing?
É uma função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e seu público interessado (AMA – American Marketing Association, 2008, apud XAVIER, 2012).
É um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER, KELLER, 2006, apud XAVIER, 2012).
É o conjunto de estratégias e ações relativas a desenvolvimento, apressamento, distribuição e promoção de produtos e serviços, e que visa à adequação mercadológica destes (HOLANDA, 2000, apud XAVIER, 2012).
Marques (et al, 2014) entendem que marketing trata da atividade que engloba a empresa como um todo, contempla atividades, processos relacionados à criação de produtos, vendas, entrega e comunicação de produtos e serviços aos consumidores.
Baseando-se nos conceitos acima, e valorizando a estratégia de marketing conforme Holanda (2002) que cita a estratégia de marketing, o próximo tópico a conceitua.
2.2 A estratégica de marketing: conceitos
Real (2006) escreve: estratégia é futuro, estratégia é competitividade, estratégia é sobrevivência. E ainda acrescenta que praticamente todas as empresas possuem uma estratégia, uma ideia da arte de vencer no mercado empresarial, de ter sucesso na guerra empresarial. 
Richard Daft (2005, apud Real, 2006) entende que estratégia é um conjunto de decisões e ações usado para formular e implantar estratégias e ações que irão fornecer um ajuste competitivamente superior entre a organização e o seu ambiente para atingir as metas da organização.
Camarotto (2009) salienta que as decisões estratégicas de marketing devem descrever como a empresa irá satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes e, simultaneamente alcançar os resultados que se espera.
Fazer marketing significa satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes. O dever de qualquer negócio é fornecer valo ao cliente mediante lucro. Em uma economia extremamente competitiva, com compradores cada vez mais racionais diante de uma abundância de opções, uma empresa só pode vencer ajustando o processo de entrega de valor selecionado, proporcionando e comunicando um valor superior (KOTLER, KELLER, 2006, p. 24 apud XAVIER, 2012).
Para uma análise mais aprofundada sobre a estratégia de marketing, a negociação estratégica é a principal ferramenta para aprimorar a comunicação. Pois sem esta, não existem estratégias.
Melo (2010) explica que comunicação empresarial é produto de uma lenta construção de políticas e fazeres que nem sempre permite entrever o processo de refinamento de seus conceitos, a abrangência do seu escopo e o aumento do seu grau de complexidade.
Na visão de Melo (2010, p. 21),
A questão do relacionamento estratégico com os diferentes públicos, que tão bem define a ação das Relações Públicas, não pode ser vista apenas como uma contribuição pontual dessa área à Comunicação Empresarial. Mais do que uma mera atribuição das Relações Públicas, a gramática que elas construíram, no diálogo com os diferentes interlocutores, alçava-se à condição de uma verdadeira pedagogia para os novos comunicadores do universo organizacional, em cujo centro iriam se operar radicais mudanças a partir dos meados dos anos de 1950.
A comunicação empresarial é um conjunto de atividades, ações, estratégias, produtos e processos distribuídos pelas áreas mercadológicas, institucional e interna, que integra o planejamento estratégico da empresa, Geraldo valor pela diferenciação, via comunicação de marketing, dos produtos e serviços.
Explica Melo (2010) que o planejamento estratégico é um processo gerencial dinâmico e sistemático, centrado no estabelecimento de objetivos e na sua necessária e indispensável contextualização com fatores internos e externos. Uma das ferramentas para análise de ambiente, utilizada no meio empresarial é a SWOT, que conceitua os pontos fortes e fracos.
S: Quais são os pontos fortes do seu negócio?
W: Quais são os pontos fracos do seu negócio?
O: Quais são as oportunidades para o seu negócio?
T: Quais são as ameaças para o seu negócio?
Melo (2010) também alega que o planejamento estratégico tem início com o delineamento da visão da empresa, que são as intenções e a direção que ela pretende seguir.
Conforme Camaratto (2009) a formulação de estratégias inicia-se pelas definições da missão e dos valores onde caberá aos estrategistas descrever o propósito da organização, sua real razão de ser (missão) e em quais crenças a atuação da empresa será alicerçada (valores). Tais aspectos são importantes, pois oferecem aos colaboradores uma direção quanto ao atendimento aos clientes, as prioridades do trabalho, entre outros, como ilustra a figura 1.
Figura 1 – Processo do planejamento estratégico
Fonte – Camarotto, 2009
Missão
Refere-se a um conjunto de proposições importantes e valorizadas pela empresa.
Análise da situação
Acredita-se que esse é um importante passo para formulação da estratégia, pois nesse momento são estudados os pontos fracos e fortes da empresa e as oportunidades e ameaças ambientais.
Além, do produto, preço, praça e promoção, que tem dimensões internas como design, ponto de equilíbrio distância e modalidade de comunicação, e dimensões externas, como mercado, ambiente, organização, objetivos e aspectos ligados ao macroambiente. E para cada um desses elementos, há uma ação e decisão imprescindível para sucesso da estratégia empresarial (XAVIER, 2012).
Real (2006) salienta que toda estratégia possui um objetivo, antecede a adoção de medidas, as quais se aplica e demonstra um entendimento comum da intenção e da missão da empresa. Seu objetivo atende as necessidades de um ou mais segmentos de mercado escolhidos como sendo o segmento alvo ou mercado alvo da empresa. Todos os esforços se concentrarão nesse segmento de clientes potenciais.
3 METODOLOGIA
A presente pesquisa intitulada “A importância do marketing, da pesquisa de mercado e da negociação para as empresas brasileiras em tempo de crise” pode ser classificada como pesquisa bibliográfica. Esta classificação pode ser entendida como a etapa fundamental de todo trabalho cientifico. Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa.
SegundoAmaral (2007) a pesquisa bibliográfica tem os seguintes objetivos: fazer um histórico sobre o tema; atualizar-se sobre o tema escolhido; encontrar respostas aos problemas formulados; levantar contradições sobre o tema e evitar repetição de trabalhos já realizados.
Para Gil (1999) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base no material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos.
A pesquisa qualitativa é entendida segundo Trivinos (1987) como a abordagem de cunho qualitativo que trabalha os dados buscando seu significado, tendo como base a percepção do fenômeno dentro do seu contexto. O uso da descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenômeno como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as consequências. 
4 RESULTADOS
Para elaborar a pesquisa descritiva, que apresenta a análise dos fatos, foi realizada uma pesquisa participante na empresa de agronegócios.
A pesquisa participante se desenvolveu a partir da interação entre o pesquisador e aluno que elaborou este estudo, e os membros das situações que foram investigadas na empresa. Essa pesquisa é um processo no qual os colaboradores participaram da análise da sua própria realidade, mostrando como ocorre a revenda das máquinas e insumos agrícolas.
Além das vendas de tratores, a empresa garante também toda assistência técnica de pós-venda, com manutenção e consertos de tratores e implementos.
A empresa possui também uma área de Staff, Infraestrutura e Logística, Contabilidade, Centro de Informática, Recursos Humanos, Financeiro, Jurídico, Recursos Humanos, entre outros, que prestam apoio e suporte as unidades de negócio, além dos instrumentos de governança corporativa implantada na gestão atual, como diretoria executiva, conselho de administração, conselho fiscal e auditoria interna.
Mesmo com essa visão de empreendedora e antiga, sua revenda de máquinas e insumo agrícola não corresponde com a natureza das concorrentes, pois não elaborou um plano estratégico de marketing nesse setor, de revendas.
O marketing 3.0 trata os clientes não como meros clientes, mas como os seres complexos e multifacetados. Estes, por sua vez, estão escolhendo produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades de participação, criatividade, comunidade e idealismo. O futuro do marketing está em criar produtos, serviços e empresas que inspirem, incluam e reflitam os valores de seus consumidores-alvos (KOTLER, 2010).
Segundo Camarotto (2009) as organizações duradouras trabalham com propósitos, ou seja, há algo em que elas acreditam e todos os colaboradores devem adotar essas diretrizes como uma missão, isto é, deve-se compreender a razão de existir da empresa.
Analisando a empresa alvo deste estudo, para ela, a empresa, não existe a visão de Camarotto, pois, embora esteja no mercado a muito tempo, suas revendas não são acompanhadas pelos colaboradores adotando diretrizes.
Camarotto (2009) explica que dentre as metodologias de análise ambiental destaca-se pela sua comum utilização e bons resultados a análise SWOT, que separa o ambiente empresarial em interno e externo, no interno são estudados e classificados os pontos fortes e fracos da empresa e no ambiente externo, são investigados os fatores do ambiente de ameaças e oportunidades.
Porém, a empresa pesquisada, não se atentou para esse tipo de metodologia, a SWOT, com tanta precisão, ou melhor, continuamente, essa análise deve ser verificado de tempos em tempos para classificar a atuação da empresa nas revendas, fator que não é realizado.
Camarotto (2009) salienta que após a conclusão da análise de SWOT o estrategista de marketing passa a ter ideias da direção a ser seguida, uma vez que oportunidades que podem ser aproveitadas já foram identificadas.
Na empresa de agronegócio não existe um estrategista de marketing para elaborar ideias nas revendas de máquinas e insumos agrícolas, a empresa não capacita seus colaboradores para tal seguimento.
Ou melhor, Real (2006), explica que uma empresa que não tem estratégia ou não existe ou não vai existir mais, porque há uma evidente guerra pelo mercado, pelo consumidor, pelo cliente, pelo lucro, seja ele financeiro, político ou social, na empresa privada, então ser competitivo é entrar nessa guerra para ganhar, é condição essencial para permanecer no mercado.
O mesmo autor, Real (2006), menciona realidades e verdades sobre estratégia e planejamento estratégico de marketing:
	Realidades
	Verdades
	A maioria das empresas não faz planejamento estratégico, nem sequer tem as estratégias para atingir objetivos. Quando o faz, apenas a cúpula participa, não se permeia toda a empresa. E para constar, pura ficção.
	O planejamento dito estratégico é um amplo conjunto de decisões e de ações usadas para formular e para poder implantar ações que irão fornecer um ajuste ou uma posição, competitivamente superior, entre a organização e o seu ambiente e atingir os objetivos.
Tabela 1 – Estratégia e planejamento estratégico
Fonte: Real, 2006.
Rampazzo (2011, p. 7) analisa a área de marketing citando que “marketing possui sua devida função dentro da organização, e de maneira geral, é responsável pela venda de produtos ao consumidor, obtendo retorno financeiro através dessa venda”. Completa “que não é algo tão simples assim, não basta apenas que a empresa venda, é preciso que se tenha sucesso em suas vendas”.
Ou seja, é necessário que haja uma série de esforços e ações relacionados ao marketing para que a empresa tenha sucesso em suas vendas. Por isso a importância dada à pesquisa de marketing, pois estas trazem muitos benefícios para as empresas.
Segundo Las Casas e Guevara (2010, p. 3, apud RAMPAZZO, 2011), pesquisa de marketing, “é uma forma sistemática de coleta, registro e análise de dados relativos a problemas ou oportunidades de marketing e pode ser realizada de forma constante (painéis) ou para resolver um problema especifico (ad hoc)”.
E para Kotler e Keller (2006, p. 98, apud RAMPAZZO, 2011), pesquisa de marketing, “é definida como a elaboração, a coleta, a análise e edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre uma situação especifica de marketing enfrentada por uma empresa”.
Fica uma questão a ser esclarecida: a empresa de agronegócios, pesquisada para elaborar este estudo, se encaixa melhor no quesito realidade. Provavelmente somente a cúpula tem acesso ao planejamento estratégico de marketing, o que dificulta as revendas de máquinas e insumos agrícolas. Se realmente a empresa age dessa maneira, é preciso rever seus conceitos sobre estratégica de marketing, para melhorar as ações de revenda.
Dentro desses conceitos, Real (2006) explica que não existe uma metodologia única, cada empresa é diferente e deve entender sua realidade, assim cada empresa fará as modificações que considerar necessárias.
Mesmo assim, o autor, Real (2006) dá uma dica, conforme a tabela 2:
	Etapa
	Caracterização 
	Primeira etapa
	Visão estratégica e formulação da missão
	Segunda etapa
	Explicitação dos princípios e valores essenciais
	Terceira etapa
	Análise interna e externa – SWOT, cenários, matrizes
	Quarta etapa
	Definição de desafios, objetivos e metas
	Quinta etapa
	Definição e formulação de estratégias
	Sexta etapa
	Definição de projetos e estabelecimentos de plano de ação
	Sétima etapa
	Implantação e acompanhamento (controle)
	Oitava etapa
	Avaliação e feedback
Real (2006) complementa as etapas explicando que para ser real e para transformar as aspirações em realidade, de como a empresa é hoje para como ela quer ser amanhã, é fundamental que o planejamento estratégico seja um projeto de todos, vivenciado por todos, construído por todos, com o envolvimento, o comprometimento e a responsabilidade de todos.
Além da negociação, que segundo Falkowiski (2013) é o ato ou a ação de negociar, confeccionar ou fechar contratos, realização de ajustes, agenciamentoou intermediação entre partes.
Portanto, os objetivos da negociação são satisfazer ambos os envolvidos no processo e proporcionar suas necessidades básicas, construindo um acordo aceitável, o que provavelmente a empresa alvo deste estudo não se ateve em negociar as vendas e revendas com seus cooperados e outros consumidores, o que caracteriza fracas vendas na crise atual. 
Fica, portanto, a dica para a empresa pesquisa, que haja comprometimento de todos os envolvidos nas revendas de máquinas e insumos agrícolas, e não apenas na cúpula da empresa. 
5 CONCLUSÃO
Todos os dados coletados para elucidar a questão “é possível inserir a ferramenta estratégica de marketing na revenda das empresas que já se sentem consolidadas no ramo de agronegócios?”, mostraram que não é possível, embora, o que falta para inserir essa ferramenta seja uma capacitação profissional adequada na área de revendas.
O material coletado de autores consagrados e focados em marketing, em livros e artigos, demonstram que essa ferramenta estratégica de marketing se não for bem elaborada não leva a resultados positivos para a empresa.
Além disso, a crise financeira é fator preponderante negativo para que a empresa tenha baixa em vendas ou revendas, porém, ainda assim, se a empresa investir em pesquisa de marketing, vai coletar e analisar dados e informações sobre determinado ambiente que serão utilizados na tomada de decisões estratégicas, portanto, se faz necessário que a empresa dê a devida importância do marketing, a pesquisa de mercado e a negociação na expectativa que quando a crise passar, ou minimizar, a empresa terá um bom suporte, o qual foi realizado com a pesquisa de marketing, para entender seu consumidor e identificar novos consumidores.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CAMAROTTO, MR. Estratégica de marketing. Curitiba: IESDE, 2009.
COELHO JUNIOR, CP. Negociação estratégica. Curitiba: IESDE Brasil, 2012.
ELIAS, JJ. Marketing: o modelo dos 4ps. In: do Curso de Administração da FACECAP, 2000. 
FALKOWISKI, LS. Negociação. São Paulo: Pearson, Education do Brasil, 2013.
FONSECA, CRV. Metodologia do Trabalho Cientifico. Curitiba: IESDE Brasil, 2012.
GONÇALVES, FPS. et. al. O Impacto das Certificações de RSE sobre o Comportamento de Compra do Consumidor. Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro: ANPAD, 2008.
KOTLER, F. Marketing 3.0. São Paulo: Elsevier, 2010. 
KOTLER, P. ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007
KOTLER, P. KELLER, KL. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006
LAS CASAS, AL. Administração de vendas. São Paulo: Atlas, 2006.
LOVELOCK, C. & WRIGHT, L. Serviços, Marketing, Gestão. São Paulo: Saraiva, 2004.
MARQUES, MR, et al. Fundamentos de marketing. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.
MELO, LRD. Comunicação empresarial. Curitiba: IESDE Brasil, 2010.
RAMPAZO, AV. NONAKA, HT. Pesquisa em negócios. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2011
REAL, MC. Gestão empresarial. Curitiba: IESDE Brasil, 2006.
SERRALVO, FA. Gerenciamento de marcas e produtos. Curitiba: IESDE Brasil, 2009.
XAVIER, JTP. Marketing: fundamentos e processos. Curitiba: IESDE Brasil, 2012.
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� Marketing é um termo formulado utilizando o prefixo Market (mercado) mais o sufixo ing para indicar a frequência das práticas mercadológicas. A palavra marketing passou a ser aplicada, pela academia, para identificar o estudo do mercado que desde a sua criação, na década de 1950 nos EUA, dedica-se a abrangência das disciplinas da especialidade antes conhecida como Mercadologia (XAVIER, 2012).

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