Buscar

3º_bim

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – 3º BIMESTRE
Atos do Juiz
A fase postulatória e fase de instrução são fases, pois ambas aparecem em mais de um momento processual, no processo do trabalho tem a postulação na petição inicial, mas a contestação apresentada em audiência também tem atos de postulação, além dos requerimentos e resistência que o réu tem, ele pode fazer pedidos no sentido mais estrito possível (reconvenção).
A petição inicial trabalhista é mais simples, a regra principal das nulidades é o princípio do prejuízo, não tem nulidades se não houver prejuízo. Sempre que a petição inicial, embora simples, permitir o exercício da defesa sem prejuízo, o juiz irá dar andamento ao processo sem reconhecer preliminar de mérito. O juiz do trabalho só irá reconhecer uma preliminar quando o prejuízo for grande e impedir o processo de prosseguir dali para frente.
A questão principal diz respeito as alterações do CC de 2005. Há diferença de redação entre a atual e a antiga que dizia respeito a essa novidade de não separar mais o processo de conhecimento e de execução, mas dividir em fase. A consequência e efeitos disso no processo do trabalho, poderia dizer que a sentença é o ato que põe fim ao processo? Não.
Após o ato de citação, tem o início do processo de conhecimento. No processo de execução também necessitava de citação, o autor do processo civil precisava apresentar uma petição requerendo a execução do título, com a alteração de 2005, isso não foi mais necessário, entrou no lugar a intimação do réu, na figura do advogado, para cumprir a decisão judicial. 
No processo do trabalho, primeiro no art. 876 e seguintes da CLT, há um capítulo próprio do processo de execução, especificamente no art. 880 da CLT fala sobre a citação do réu. Terminada a fase de conhecimento, o juiz do trabalho pode dar andamento ao processo e promover a execução de ofício. A conclusão que se chega é que o ato de citação previsto na CLT é um ato formal, em tese, é efetivamente um processo novo, pois se há necessidade de citação do devedor, pode-se dizer que há processo de conhecimento e execução. No entanto, o processo de execução trabalhista é autônomo é relativa, o juiz do trabalho pode dar execução de ofício. Essa autonomia é “falsa”. Assim, a citação do processo trabalhista é uma formalidade, mas que deve ser cumprida porque há previsão específica.
Além disso, poderia dizer que, se existe lei dizendo que o reclamado deve ser citado para execução após a sentença, esse é o devido processo legal para que a pessoa possa defender e possivelmente ter uma redução do seu patrimônio por conta da sentença trabalhista.
A decisão interlocutória no processo do trabalho, embora tenha carga decisória, a regra do processo de trabalho é irrecorrível, de imediato, (não é que não cabe recurso). A possibilidade de recorrer de uma decisão interlocutória no processo do trabalho fica prorrogada para o momento do recurso ordinário.
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Red. Lei nº 11.232, de 2005)
§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.
§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
Sendo assim tem-se:
Despacho de mero expediente – ordinatório, podendo ser praticados por servidor, devendo ter revisão pelo juiz.
Despacho - Sem conteúdo decisório, demais atos no processo.
Decisão interlocutória - Carregada de carga decisória (incidente). É o ato pelo qual o juiz resolve questão incidente.
Sentença - é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 do CPC
Sentença
Conceitos de sentença
A sentença deixou de ser ato do juiz que põe termo ao processo, com ou sem julgamento do mérito, e passou a ser o é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 do CPC. A extinção do processo se dá com o esgotamento do prazo para eventual recurso destinado à sua reforma ou anulação. No novo sistema o importa é o conteúdo da sentença, sendo assim o conceito de sentença devera ser examinado não pelo seu efeito, e sim pelo seu conteúdo. É possível, pois, esboçar, com base no seu conteúdo, dois conceitos de sentença.
Sentença terminativa
A decisão terminativa é quando há resolução sem mérito. Ambas podem ser recorrida. O provimento judicial que sem apreciar o mérito, resolve o procedimento no primeiro grau de jurisdição. É o que se dá com todas as hipóteses previstas nos incisos no art. 267 do CPC. Esse tipo de sentença tem como escopo resolver a relação jurídica processual sem se pronunciar sobre a lide. Em regra, ao proferir a sentença terminativa o juiz acaba o seu oficio jurisdicional. Sentença SEM resolução do mérito. Questões processuais. Retardam ou impedem a solução da lide / mérito.
A consequência de uma sentença terminativa (art. 267 do CPC), se uma sentença foi emitida mas não resolveu o mérito, o juiz decidiu com base em questões processuais, algum assunto que retarda ou impede a solução da lide, por exemplo, litispendência, coisa julgada, ilegitimidade das partes.
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005)
I - quando o juiz indeferir a petição inicial;
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
Vll - pela convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 1996)
Vlll - quando o autor desistir da ação;
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;
XI - nos demais casos prescritos neste Código.
Sentença definitiva
A decisão definitiva é quando há resolução de mérito. O provimento judicial que, apreciando e resolvendo o mérito da demanda, pode implicar a extinção do procedimento em primeiro grau de jurisdição. É o que ocorre nas hipóteses do art. 269 do CPC. Com efeito pode implicar a extinção do procedimento em primeiro grau, tal como se dá coma sentença eminentemente declaratória de procedência, ou com qualquer sentença de improcedência.. sendo assim é o ato pelo qual o juiz resolve o mérito sem contudo extinguir o processo. Acolhe, rejeita, acordo, prescrição, decadência, renúncia.
A sentença com relação de mérito (art. 269 do CPC), acolhe, rejeita, acordo, prescrição, decadência, renúncia.
Art. 269. Haverá resolução de mérito:
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;
 II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;
 III - quando as partes transigirem;
 IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.
Classificação Quinária das Sentenças
ações sentença provimento
De acordo com o objeto do processo há uma sentença adequada para atender a esse objeto pedido, de acordo com essa sentença há um provimento adequado para atender o direito material. Com o passar da evolução do direito processual, os doutrinadores entendera que a classificação trinaria era diferente para as hipóteses. Assim formulou-se a classificação quinaria.Quando o reclamante postula o reconhecimento de vínculo de emprego, o juiz irá analisar se tinha, na época dos fatos, subordinação, pessoalidade, trabalho oneroso e se era realizado por pessoa física. Na sentença ele irá declarar que aquela relação de trabalho era uma relação de emprego, por tanto uma sentença declaratória. A parte pede ao juiz uma declaração.
As sentenças são classificadas segundo os efeitos que exercem no processo.
Sentença Declaratória
É a declaração de direito. Sentença que se limita a declarar a existência ou inexistência de uma relação jurídica ou autenticidade ou falsidade de um documento. Com efeito, dispõe o art. 4º do CPC, aplicável ao processo do trabalho por força do art. 769 da CLT, que o interesse do autor pode limitar-se a declaração: I- da existência de relação jurídica; II- da autenticidade ou falsidade do documento. São sentenças declaratórias não apenas as que julgam procedente o pedido inscrito na ação exclusivamente declaratória, como também as proferidas em quaisquer outras ações condenatórias ou constitutivas. Os efeitos são ex tunc.
Sentença Constitutiva
É aquela que julga procedente uma ação constitutiva. Diz-se que uam ação é constitutiva quando tem por objeto criar, modificar ou extinguir determinada relação jurídica. Produzem efeito ex nunc, mas a lei pode dispor diferentemente. No processo do trabalho, são exemplo de sentenças constitutivas as que julgam procedente pedido de rescisão indireta, autorizam a resolução do contrato de empregado portador de estabilidade ou garantia no emprego.
A sentença constitutiva, é o exemplo de um empregado estável (Dirigente Sindical), o sistema da CLT original dizia que o empregado, após 10 anos de emprego, adquiria a estabilidade, ele não poderia ser mandado embora se não fosse por justa causa. 
Em 1969 foi criado o FGTS, a pessoa optava por ser protegido pelo FGTS, ele acumulava uma quantia por mês e esse empregado não adquiria a estabilidade no emprego, se ele fosse dispensado receberia o valor do FGTS mais uma multa pela dispensa. A partir de 1988 o FTGS é obrigatório, por isso não há mais a estabilidade. Os Dirigentes Sindicais gozam daquela estabilidade anterior ao FGTS. 
Quando a empregada gestante não comete a falta grave pode ser dispensada, salvo se cometer falta grave. Se a empregada gestante que a dispensa por falta grave foi injusta, ela terá que entrar com ação trabalhista para poder modificar a sentença. 
No caso de Dirigente Sindical, a situação é inversa, a empresa que quer dispensá-lo não pode fazer diretamente, a lei exige que a empresa que tenha um Dirigente Sindical estável terá que ajuizar a ação, que o juiz reconheça que aquela falta é efetivamente grave, e a na sentença autorize a empresa a fazer a rescisão do contrato. Essa sentença constitui uma situação jurídica nova, porque antes o vínculo era vigente e depois não existe mais.
Sentença Condenatória
É a que julga procedente o pedido inscrito em uma ação condenatória. São sentenças condentorias as sentenças que impõem ao vencido uma obrigação de satisfazer o direito reconhecido judicialmente. As obrigações impostas ao vencido nas sentenças condenatórias pode ser de fazer, não fazer, entregar ou pagar quantia (CPC, art. 475-I). Esses tipos de sentenças são as mais usuais no processo do trabalho, e em regra produzem efeitos ex tunc. Se houver pedido de horas extras, o juiz irá condenar ao pagamento, logo é uma sentença condenatória.
Sentença Mandamental
O objeto imediato é a imposição de uma ordem de conduta determinando a imediata realização de um ato pela parte vencida ou sua abstenção quanto a certa pratica. Atua sobre a vontade do vencido e não sobre o seu patrimônio, utilizando medidas não propriamente executivas, mas meios para pressionar psicologicamente o obrigado a satisfazer a prestação devida e , com isso, cumprir o comando judicial emitido pelo juiz. São as previstas nas ações de mandado de segurança, habeas data e habeas corpus, bem como as previstas nos artigos 461, §4º e 461-A do CPC. Essas sentenças contem uma ordem, uma determinação, dirigida à autoridade impetrada ou ao reu para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Sentença Executiva latu sensu
Nas ações que tenham por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz poderá se procedente o pedido determinar providencias que assegurem o resultado pratico equivalente ao do adimplemento, independentemente da instauração de um processo de execução. É o que ocorre com as sentenças previstas no artigos 461, §5º e 461-A do CPC.
Na sentença executiva contém uma medida para que seja realizada na prática, ela pretende ser mais que a sentença condenatória. Quando o juiz condena a empresa ao pagamento de horas extras, o juiz irá encontrar meios para que aquela condenação seja possibilitada, quando ele estabelece uma multa é para forçar o sujeito a pagar espontaneamente as horas extras.
Requisitos essenciais da sentença
A sentença deve ser clara, completa e concisa. No processo do trabalho, o art. 832 da CLT dipoe expressamente sobre os elementos que devem constar da sentença:
 Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
Já o artigo 458 do CPC disciplina os requisitos essenciais da sentença nos seguintes termos:
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.
Relatório
No relatório deve constar o nome das partes. O relatório é o histórico da sentença tem por objetivo registar o objeto da lide, com resumo do pedido e da respostas, bem como as principais ocorrências processuais, como provas, propostas de conciliação, razões finais, etc. Também objetiva a comprovação de que o juiz examinou e estudou as questões discutidas nos autos, sendo essa, a função mais importante do relatório.
Fundamentação
Art. 832 da CLT - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
A fundamentação é uma exigência do próprio Estado de Direito, não temos um processo democrático sem ter fundamentação, como é que vamos recorrer sem fundamentação. 
Na sentença o juiz não pode se abster de julgar, ele tem que dar uma resposta que está enquadrada no art. 267 e 268 do CPC.
A fundamentação ou motivação constitui base intelectual da sentença ou as razões de decidir do magistrado. O juiz revela o raciocínio desenvolvido acerca da apreciação das questões processuais, das provas produzidas e das alegações das partes, que são os dados que formarão o alicerce de decisão. Devem ser objeto de exame na fundamentação: em primeiro lugar, os pressupostos processuais, em seguida as condições da ação, depois as questões prejudiciais ao mérito, e por ultimo o mérito propriamente dito.
Dispositivo
É a parte final da sentença que será coberta pelo manto da coisa julgada. A conclusão deve guardar rigorosa sintonia com as demais partes da sentença, ou seja, com as razões fáticas e jurídicas que conduziram o raciocínio do juiz e com os elementos noticiados no relatório. Na conclusão que o juiz cumpre a função no processo de cognição, acolhendo ou rejeitando as pretensões das partes ou declarando extinto o processo sem resolução do mérito. Sentença sem dispositivo é mais do que nula. É inexistente. O dispositivo quanto a sua forma pode ser direto (o juiz exprime diretamente a conclusão da sentença) ou pode ser indireto (o juiz reporta-se ao pedido descrito na petição inicial, declarando-o procedente ou improcedente).
Publicação da Sentença
Em audiência as partessão intimadas da data de publicação, após última proposta acordo. Publicada, estão cientes, inicia prazo. No caso do prazo 48 horas quando proferida em audiência a decisão o juiz deve juntar a sentença em 48 horas. Caso não o faça, deve determinar intimação das partes.
A súmula 197 do TST, com relação a intimação da sentença trabalhista tem duas questões, a primeira é, quando a parte é revel, ainda assim, tem o direito de ser intimada da sentença.
É normal que a audiência trabalhista é uma, a rigor, a parte comparece na audiência e o juiz profere a sentença em audiência. Na prática isso não funciona, mesmo quando o juiz designa audiência una. O juiz designa data para publicar a sentença e o prazo para recurso vai começar no dia após a data de publicação, mesmo que parte não vá tomar ciência.
Art. 852 da CLT - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.
Aqui ele parte da idéia de audiência uma. O juiz pode, em audiência, publicar apenas a parte dispositiva, que é o resultado da audiência. Por isso, um dos motivos, quando o juiz não junta a decisão na data marcada, as partes não podem reclamar, o juiz só faz uma nova intimação quando ele deixa de publicar a parte dispositiva em 48h. 
Se as partes não estão satisfeitas com a decisão, a parte pode recorrer. O recurso tem por objetivo proporcionar nova análise da decisão proferida em primeiro grau. A análise do segundo grau pode ser de fato e de direito. O recurso de natureza ordinária permite que sejam analisados o fato e o direito. Num segundo momento os recursos analisam somente a parte de direito.
Coisa julgada
A coisa julgada passa ser concebidade como qualidade especial da sentença, que por força da Lei a torna imutável e indiscutível as questões decididas dentro ou fora do processo. O fundamento está no fato de não mais permitir que retornem à discussão questões já soberanamente decididas pelo Poder Judiciario. Assim preceitua o artigo 467 do CPC:
Art. 467. Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Coisa Julgada Formal
Representa a estabilidade que a sentença adquire no processo em que foi proferida, quer tenha havido analise do mérito, quer não tenha ocorrido tal investigação. Com efeito tanto as sentenças terminativas, quanto as definitivas atingem o estado de coisa julgada formal, uma vez que esta surge tão somente como consequência da preclusão recursal, no mesmo processo já não será mais possível impugnar, seja por meio de recurso ou qualquer outro meio, a sentença que transitou em julgado. A coisa julgada formal, não impede a propositura de nova demanda, pois torna a decisão imodificável apenas no processo em que foi prolatada.
Coisa Julgada Material
A sentença que julgar total ou parcialmente a lide, ou seja, o pedido, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas. É exatamente a sentença, que resolve o processo com apreciação do pedido, acolhendo-o total ou parcialmente, que transita em julgado produz a coisa julgada material. Projeta a sua eficácia para fora do processo no qual foi prolatada a sentença, tornando-a imutável, não apenas no processo originário, mas em qualquer outro que porventura venha a ser iniciado.o principal objetivo é estabilizar definitivamente a relação jurídica que foi submetida a prestação jurisdicional do juiz.
Recursos: teoria geral
Com relação ao recurso, a característica principal é que ele é na mesma relação processual e é um desdobramento do direito de ação. Quando se recorre, está se manifestando que não ficou satisfeito com a primeira prestação jurisdicional. O objetivo é que evita ou retarda a formação da coisa julgada.
É um meio de impugnação autônoma, após a formação da coisa julgada, ainda assim o Estado permite discutir aquilo que fez coisa julgada. Parte-se da idéia de que o processo é uma marcha para frente, busca um resultado para o conflito, quando falo de coisa julgada se em segurança jurídica, se existe a coisa julgada eu tenho a certeza que aquela decisão judicial não será alterada. 
Ele também é medida autônoma, partindo-se dos objetivos originais dos embargados de declaração, não havia a possibilidade de corrigir falhas, ele quer aperfeiçoar o julgado de acordo com algumas circunstâncias. Eu particularmente estou me convencendo de que os embargos de declaração tem natureza de recurso, porque após a admissão expressa da lei que existe a possibilidade de alteração do julgado, fica mais próximo de recurso.
Conceito de Recurso
Recursos constituem um instrumento assegurado aos interessados para que, sempre que vencidos, possam pedir aos órgãos jurisdicionais um novo pronunciamento. É um direito assegurado por lei para que a(s) parte(s), o terceiro juridicamente interessado ou o Ministério Público possam provocar o reexame da decisão proferida na mesma relação jurídica processual retardando, assim, a formação da coisa julgada.
Conceitua-se como o direito que a parte vencida ou o terceiro possui de, na mesma relação processual, e atendidos os pressupostos de admissibilidade, submeter a matéria contida na decisão recorrida a reexame, pelo mesmo órgão prolator, ou por órgão distinto e hierarquicamente superior, com o objetivo de anulá-la, ou de reformá-la, total ou parcialmente.
Duplo Grau de Jurisdição
O duplo grau de jurisdição, será que todos os processos tem o direito ao duplo grau de jurisdição? Quando é que se caracteriza o duplo grau de jurisdição? Um recurso atende ao duplo grau de jurisdição quando é reavaliada a matéria de fato e de direito, por exemplo, os embargos de declaração não caracteriza o duplo grau de jurisdição. 
É melhor ter um processo que caiba recurso e demore mais ou é melhor um processo sem recurso e demore menos? Existe uma proposta no sentido de, a decisão do juiz de primeiro grau transita em julgada e será executada imediatamente, mesmo que haja recurso para qualquer tribunal superior.
O objetivo é permitir um aperfeiçoamento da prestação jurisdicional. O problema que enfrentamos é o preço que se paga, ou seja, o tempo do processo. Este tempo corre a favor do devedor, porque se o réu não tem razão e o processo demora, ele vai ter mais espaço de tempo para efetuar o pagamento.
O grande problema de estudar o duplo grau de jurisdição é saber se ele é uma garantia constitucional absoluta ou admite exceções. Tem-se uma legislação que trata especificamente sobre isso.
Ele surgiu com um Decreto Frances de 1º de maio de 1790, decorrente da revolução de 1789 e embasou os demais ordenamentos jurídicos dos Estados. 
O duplo grau de jurisdição significa que as partes poderão interpor um recurso a um órgão hierarquicamente superior cumprindo os pressupostos legais. 
A doutrina não é unânime em relação a essa matéria e entende que o duplo grau de jurisdição faz parte da legislação infraconstitucional, tendo em vista que não há previsão expressa na Constituição Federal. Há equívoco afirmar que é um direito constitucional. 
No entanto há o argumento de que há insegurança se não houver o duplo grau de jurisdição, pois muitas das vezes quem faz a sentença é o estagiário, assessor etc. 
O duplo grau de jurisdição surgiu do receio que as pessoas tinham quanto a uma segunda opinião. Hoje o que se enfrenta é a banalização do recurso e a demora para decidir.
Não tem-se uma resposta objetiva para a pergunta se o duplo grau de jurisdição é ou não uma garantia?
O que poderia ter como orientação é prestigiar um pouco mais as decisões de primeiro grau. O Estado brasileiro, as sociedades de economia mistas e empresas públicas são os grandes frequentadores dos tribunais. Deveria privilegiar mais a decisão de primeiro grau.
Como a estrutura do poder judiciário é precária há um acúmulo de processos e não é possível atender a todos, por isso eleutiliza o estagiário, assessor.
Princípios Recursais
Unirrecorribilidade
A unirrecorribilidade é o princípio que determina que só há um recurso adequado para cada hipótese. A situação jurídica processual me diz qual o recurso que devo usar naquele momento, não é opção da parte escolher um recurso ou outro. Só há 1 recurso adequado para cada hipótese.
Não permite a interposição simultânea de mais de um recurso contra a mesma decisão. Os recurso não podem ser utilizados simultaneamente, mas sim sucessivamente, obedecendo a hierarquia dos órgãos jurisdicionais.
Variabilidade
A variabilidade é o princípio que admite variar (mudar) de recurso dentro do prazo, com desistência do primeiro. Por exemplo, você ajuíza embargos e dentro do prazo muda para agravo. Admite variar (mudar) de recurso dentro do prazo, com desistência do primeiro.
Fungibilidade
A fungibilidade admite um recurso por outro, recebe o errado pelo certo. Se o juiz entender que você usou o recurso inadequado, pode receber um como se fosse outro. Mas o erro não pode ser grosseiro, e desde que seja no prazo correto. Admite um recurso por outro, recebe o errado pelo certo. 
Interpôs recurso trabalhista em lugar de outro, dentro do parazo alusivo ao recurso próprio, não se perde aquele, salvo no caso de evidente má-fé de recorrente. No processo laboral essa regra sempre foi adotada, principalmente, pelo fato de os recursos trabalhistas terem em geral o mesmo prozo para interposição, prevalecendo a ressalva de má-fé.
Formalidades
Diz a CLT no art. 899 que os recursos serão interpostos por simples petição, seria utilizar apenas um pedido de revisão do juiz. Apesar de ser um processo simples, existem inúmeras outras questões relativas aos recursos que precisa cumprir. Tem que apresentar a petição bem fundamentada.
POR PETIÇÃO e COM RAZÕES DE IMPUGNAÇÃO: A maioria da doutrina e jurisprudência.
POR SIMPLES PETIÇÃO: ART. 899-CLT. NADA ALÉM DISSO. Simplicidade, jus postulandi.
Efeitos
Efeito Devolutivo
Em regra, os recursos no DPT só têm o efeito devolutivo (ART. 899-CLT). O efeito devolutivo é a possibilidade de o Tribunal reavaliar a matéria objeto do recurso. O efeito devolutivo do processo é receber do Poder Judiciário a prestação jurisdicional e devolver ao Poder Judiciário para novo julgamento. O efeito devolutivo pode ser examinado em relação a sua extensão ou a sua profundidade.
Efeito Suspensivo
Não possui = cabe execução provisória. Cabe ação cautelar para obter efeito suspensivo. (S. 414 e OJ-51-SDI -2-TST). O efeito suspensivo não possui no processo trabalhista, isso significa que a sentença pode ser executava na pendência de recurso. No processo do trabalho via de regra os recursos não possuem efeito suspensivo.
Efeito Substitutivo
A nova decisão substitui a anterior, no objeto do recurso, art. 512 do CPC. O efeito substitutivo, a decisão nova proferida, substitui a decisão anterior, aqui tem que enxergar que a substituição existe naquilo que foi objeto de novo julgamento, tem que dividir a sentença em capítulos, cada um é assunto, devolve e substitui aquilo que foi objeto de nova decisão. A idéia de efeito substitutivo, a nova decisão substitui a decisão recorrida. Os processos trabalhistas possuem vários assuntos. Se recorre de um assunto e não dos outros, é evidente que a decisão do Tribunal substitui a sentença naquilo que foi objeto do recurso.
Efeito Translativo
Questões de ordem pública. Análise de ofício pelo Tribunal. O efeito translativo, questões por serem de ordem pública pode o juiz manifestar de ofício.
Princípios Recursais Genéricos
Os pressupostos de recursos têm alguns que são genéricos e outros específicos. Quando se diz pressupostos genéricos se fala de pressupostos que vale para a generalidade dos recursos. Os pressupostos específicos são os utilizados nos recursos específicos.
Subjetivos
Dizem respeito aos atributos do recorrente, o que pode ser traduzido em quem pode recorrer.
Legitimidade – A legitimidade e o interesse são dois pressupostos diretamente relacionados, para ter legitimidade também precisa ter interesse, que tem interesse geralmente é parte legítima para recorrer. É a habilitação outorgada por lei a pessoa natural ou jurídica que tenha participado como parte do processo em 1º grau de jurisdição, ainda que revel.
Interesse – se o recurso é um prolongamento do exercício do direito de ação ou do direito de defesa, então, o interesse recursal repousa no binômio utilidade-necessidade. O recurso deve ser necessário ao recorrente, além de ser útil.
Capacidade – Também a capacidade processual é pressuposto genérico. Digamos que o sujeito estava postulando em juízo e foi interditado. Não basta a legitiminade, é preciso tamvbem que o recorrente no moento da interposição do recurso esteja plenamente capaz. É a capacidade recursal.
Representação por advogado – Existem alguns momentos no processo em que a parte não pode postular em nome próprio no processo (mandado de segurança etc.) é necessário a representação por advogado. Se o advogado é indispensável para a administração da justiça, ele é necessário para o processo trabalhista.
Objetivos
Recorribilidade – a decisão deve ser recorrível, mas nem todo ato do juiz é recorrível. Somente poderá ser admitido o recurso, se inexistir, no ordemamento jurídico, óbice ao exercício do direito de recorrer.
Adequação – significa no recurso adequado ao processo. É impresindivel que o recurso utilizado esteja em conformidade com a lei que estabelece determinados regramentos para possibilitar a impugnação da decisão judicial. Existe um recurso adqueado e próprio para atacar o ato judicial passível de impugnação recirsal.
Tempestividade – cada recurso tem o seu prazo. O direito de recorrer deve ser exercitado no prazo legalmente fixado razão peo qual os prazos para interposição de recursoo são peremptórios, não podem as partes por convenção altera-los.
Regularidade formal – a inclusão de duas coisas, primeiro a regularidade formal da própria peça, em segundo é a própria representação de quem assina o recurso nos próprios autos.
Preparo e depósito rec – O preparo e depósito, recurso no processo trabalhista pela reclamada sempre vai exigir depósito recursal (de acordo com o valor da condenação conforme uma tabela emitida pelo TST anualmente) e pagamento de custas (art. 789 da CLT, 2% sobre o valor arbitrado na condenação).
Inexistência de fato incompatível – A inexistência de fato incompatível, é o exemplo de um juiz que condenou a empresa a anotar a carteira de trabalho no prazo de 5 dias, aí a empresa vai e anota, será que após isso sem fazer qualquer ressalva, será que a empresa pode recorrer dessa decisão? Quando ela anota a carteira, já está cumprindo a decisão judicial, por tanto esse ato é incompatível com o recurso depois.
Recursos em espécie e outros meios de impugnação
 Recurso Ordinário
Denominação
O recurso ordinário no processo de trabalho é o equivalente no recurso de apelação do processo civil (art. 895 da CLT). Não se confunde com o denominado pela CF. O recurso previsto na CLT corresponde ao recurso de apelação.
Cabimento
O recurso ordinário não se presta apenas a atacar decisões de primeiro grau, sendo também manejado para hostilizar acórdãos proferidos pelos Tribunais Regionais do Trabalho nos efeitos de sua competência originaria, tanto nas ações individuais como nos dissídios coletivos e nas ações anulatórias de clausulas de acordos e convenções coletivas. Com efeito, assim dispõe o art. 895 da CLT:
Art. 895 da CLT - Cabe recurso ordinário para a instância superior:
a) das decisões definitivas das Juntas e Juízos no prazo de 8 (oito) dias;
b) das decisões definitivas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
§ 1º Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário:
I - (VETADO)
II - será imediatamente distribuído, umavez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor;
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão;
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo.
Efeitos
Não há mais o efeito suspensivo. Proferida a decisão do juiz de 1º grau, quando não tem efeito suspensivo, a parte pode pedir a execução imediata da sentença. Essa execução permite a parte adiantar o procedimento, ele pode fazer liquidação, penhora de bens e discute os cálculos, ele ainda não pode colocar a mão no dinheiro ainda. 
Outro detalhe, na pendência de recurso, o reclamante não tem direito líquido e certo de fazer penhora em dinheiro. Em execução provisória, a reclamada tem o direito de ser executada pelo meio menos gravoso. Logo a garantia da execução poderá ser feito por outros bens.
Quando se fala em efeito devolutivo, vai ser devolvido para a análise do Tribunal a matéria que foi objeto de recurso. Por exemplo, o processo tem horas extras e diferenças salariais, recorre tão somente das horas extras, o Tribunal não poderá se manifestar quanto as horas extras, pois não é matéria objeto do recurso. Impõe a aplicação subsidiaria das regras alusivas à apleçaõ cível no CPC, cujo art. 515 e seus parágrafos dispõe:
Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 2001)
§ 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. (Incluído pela Lei nº 11.276, de 2006)
O Recurso ordinário devolve ao juízo ad quem o reexame da matéria efetivamente impugnada pelo recorrente.
Outra questão importante, tem pedido de duas horas extras por dia, o juiz de primeiro grau deferiu uma hora extra por dia. Reclamante recorre e a parte reclamada não recorre, e o juiz do Tribunal responde que não tem direito nem aquela hora que foi deferida. Isso ele não poderá fazer, pois é uma reforma para pior. Se foi recorrido para fazer mais de uma horas, é óbvio que o Juiz não poderá diminuir a hora.
O efeito devolutivo de profundidade, significa o que dentro do assunto o Tribunal poderia analisar. Quando se fala em efeito devolutivo em profundidade está se falando que dentro da matéria que foi recurso, o juiz pode analisar todo o processo, por exemplo, o reclamante entrou com pedido de horas extras e a reclamada juntou o cartão-ponto. O reclamante ainda falou que além das horas extras do cartão-ponto, havia também outras horas extras comprovadas pelas testemunhas. O Tribunal poderá analisar esse fato, ainda que o juiz de primeiro grau não tenha se manifestado.
Súmula 393 do TST. O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 515 do CPC, transfere automaticamente ao Tribunal a apreciação de fundamento da defesa não examinado pela sentença, ainda que não renovado em contra-razões. Não se aplica, todavia, ao caso de pedido não apreciado na sentença. (ex-OJ nº 340 - DJ 22.06.2004). 
Súmula 422 do TST. Não se conhece de recurso para o TST, pela ausência do requisito de admissibilidade inscrito no art. 514, II, do CPC, quando as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que fora proposta. (ex-OJ nº 90 - inserida em 27.05.02)
Quando a parte não se volta contra os fundamentos da sentença, ela deixa de atingir um dos requisitos do recurso.
Ocorre que esse entendimento não se aplica mais, pois se houve omissão quanto a pedido, o recurso cabível é embargos. Logo, para ser possível o recurso ordinário é necessário ter por objeto um fundamento.
Art. 515 do CPC. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
Aqui é o efeito devolutivo no efeito extensivo. 
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
Discutidas e debatidas no processo, ainda que a sentença não as tenha apreciado. Quando recorre ao tribunal, a questão que não foi abordada no processo vai para o Tribunal que poderá apreciar todas as provas levantas no processo.
Existe na doutrina uma certa confusão entre efeito devolutivo na profundidade e efeito translativo, em ambos os juiz pode analisar matéria que não foi apreciada no processo. A diferença é que o efeito devolutivo o juiz pode analisar matéria de forma extensiva e profundidade (princípio dispositivo). Em relação ao efeito translativo o juiz poderá analisar a matéria ainda que não seja alegada pela parte (princípio inquisitório).
O recurso ordinário tem como características o efeito devolutivo em profundidade, porque é isso o que diz que o recurso ordinário pode analisar toda a matéria que foi discutida nos autos, desde que tenha sido objeto de impugnação.
Processamento
Perante quem interpõe o recurso é perante o juiz que proferiu a decisão. Deve ser interposto no prazo de 8 dias, por petição dirigida ao juiz que proferiu a sentença. Este poderá admiti-lo ou não. Mantida a decisão de admissibilidade, da qual nenhum recurso caberá, o juiz remeterá os autos ao tribunal superior.
Para o Tribunal apresenta as razões de recurso. A primeira admissibilidade é perante o Juiz de origem. No Tribunal, a primeira coisa que ele irá fazer é analisar, de novo, o requisitos de admissibilidade. Admitir o recurso significa “vou julgar o recurso”, dar andamento ao recurso é prosseguir para um possível julgamento. 
Art. 518 do CPC. Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para responder. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994)
§ 1o O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. 
§ 2o Apresentada a resposta, é facultado ao juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso.
O juiz pode reconsiderar a decisão. No Tribunal, o processo é distribuído, se houve interesse que peça a Manifestação do Ministério Público. Se não houve necessidade, vai para o Relator e para a pauta de julgamento. O Relator apresenta a sua versão, abrem-se os prazos para as sustentações dos Advogados, há o julgamento e a publicação. Só após este ato é que abrir-se-ão os prazos.
Recurso de Revista
Cabimento
Caberá como exercício ao duplo grau de jurisdição uma hipótese de devolução ao Supremo Tribunal Federal, das decisões proferidas pelo TST, quando evidenciada a ofensa literalda constituição, caberá o recurso extraordinário. 
A revista somente será cabível em hipóteses muito restritas, legalmente previstas nas alíneas a, b e c do art. 896 da CLT:
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou a Súmula de Jurisprudência Uniforme dessa Corte; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998)
As hipóteses que art. 896 da CLT vai estabelecer como cabíveis ao recurso de revista. A sua admissibilidade seria limitada não na questão relativa ao preparo e tempestividade, teria a limitação de hipóteses sem as quais não se adequaria a hipótese do recurso de revista.
A primeira hipótese é quando o acórdão recorrido der interpretação diversa da lei federal ou quando o Tribunal der interpretação diferente do TST ou Súmula do próprio Tribunal. Toda vez que demonstrar que houve interpretação de lei federal feita por um Tribunal Regional for diferente dos Tribunais Superiores, tem a possibilidade de utilizar o recurso de revista.
O recurso de revista tem como objetivo processual promover a uniformização de jurisprudência em todo o país. É por isso que ele autoriza a devolução recursal quando demonstrar a interpretação diversa. 
A outra hipótese seria quando o tribunal, ao proferir o acórdão, promover interpretação diversa de lei estadual, convenção coletiva, acórdão coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial. Aqui a hipótese é de decisão de colegiado. 
E por fim, quando o Tribunal interpreta e viola um preceito legal federal e afronta preceitos constitucionais.
As hipóteses de cabimento do recurso de revista. A primeira é divergência de interpretação de lei federal. A segunda é divergência de interpretação de lei estadual.
No procedimento sumaríssimo, as hipóteses de cabimento do recurso de revista não são os mesmos, tem que ser afronta direta a CF ou contrariedade a súmula do TST (art. 896, § 6º da CLT). 
O recurso de revista em fase de execução. Só por afronta direta e litera da CF (art. 896, § 2º da CLT e súmula 266 do TST).
Finalidade
O recurso de revista seria a revisão da matéria decidida pelos Tribunais Regionais. Uniformizar jurisprudência, aplicação do direito no território nacional.
Efeitos
Não é permitido o efeito suspensivo. Efeito devolutivo, aplicável para todos os recursos, matéria de fato e de direito.
O recurso de revista tem devolutividade restrita, só vai devolver ao juiz do TST ele fica restrito a aquilo que está sendo pedido. O recurso ordinário tem devolutividade em extensão, a matéria que foi objeto de recurso será analisada, e tem o efeito devolutivo em profundidade, mesmo que a decisão não tenha sido objeto.
O prequestionamento está diretamente ligado com a devolutividade. O prequestionamento significa que, neste caso, é necessário que o TRT tenha se manifestado a respeito de uma tese jurídica que preciso que seja analisada pelo TST. Se não for analisada, o TST não poderá analisar também. No recurso ordinário não há prequestionamento. No recurso de revista há necessidade de prequestionamento.
No recurso de revista há uma fundamentação vinculada, a parte que recorre tem que apontar objetivamente os dispositivos legais e constitucionais que devem ser revistos. O objetivo desse recurso é uniformizar a jurisprudência nacional. Por isso as turmas do TST vão julgar o recurso de revista no sentido de uniformizar o direito.
Processamento
Interposto o recurso de revista no prazo de 8 dias, em petição fundamentada, é ele desde logo submetido a exame de admissibilidade ao presidente do TST correspondente, em decisão que deve ser fundamentada sob pena de nulidade.
É de se registrar que a petição do recurso é dirigida ao presidente do TRT e as razões recursais à turma do TST.
O empregador deve estar atento em se tratando de decisão condenatória, será indispensável o recolhimento prévio do deposito recursal ou o seu complemento. Além disso a parte recorrente deve verificar se há condenação no pagamento de custas.
O presidente do TRT pode admitir parcialmente o recurso de revista, conforme a sumula 285:
Nº 285 Recurso de revista – Admissibilidade parcial pelo Juiz Presidente do Tribunal Regional do Trabalho – Efeito.
O fato de o juízo primeiro de admissibilidade do recurso de revista entendê-lo cabível apenas quanto à parte das matérias veiculadas não impede a apreciação integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprópria a interposição de agravo de instrumento.
Admitindo o recurso de revista, será intimida o recorrido para tomar ciência da decisão. Decorrido o prazo de contrarrazões o presidente do TRT encaminhará os autos ao TST.
Reexame Necessário
O reexame necessário, por muito foi chamado de recurso de ofício, pois o próprio juiz que emite a sentença, em algumas situações, encaminha os autos para um Tribunal. 
O objetivo do reexame necessário é fazer com que, em algumas situações, o processo tenha um novo exame de toda a matéria decidida. As causas que envolvem entes públicos. É possível que exista num mesmo processo recurso voluntário, o ente público manifesta vontade de recorrer, e recurso de reexame necessário. Não tem Recurso Adesivo ou contrarrazões. Não cabe RR quando não houve RO voluntário, salvo nova condenação.
SÚM 303 – NÃO HÁ SE VLR ≤ 60 SM ou cfe. STF (pleno) ou cfe SUM/OJ do – TST
SUM-303 FAZENDA PÚBLICA. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
I - Em dissídio individual, está sujeita ao duplo grau de jurisdição, mesmo na vigência da CF/1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo:
a) quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a 60 (sessenta) salários mínimos; 
b) quando a decisão estiver em consonância com decisão plenária do Supremo Tribunal Federal ou com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. 
II - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo juízo de primeiro grau está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses das alíneas "a" e "b" do inciso anterior. 
III - Em mandado de segurança, somente cabe remessa "ex officio" se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. 
Embargos à SDI (no TST)
Está previsto no art. 894 da CLT, era cabível no prazo de 8 dias.
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime de julgamento que:
 a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e
b) (VETADO) 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do TribunalSuperior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal. 
Há no âmbito do processo do trabalho três tipos de embargos: os infringentes, os de divergência e os de nulidade. Em suma, pode-se dizer que no âmbito do processo do trabalho, só existem dois recursos de embargos no âmbito do TST: os infringentes e os de divergência.
Embargos Infringentes
Recurso de natureza ordinária, são de competência do SDC. Trata-se de recurso cabível para impugnar decisão não unanime proferida em dissidio coletivo de competência do TST.
Com efeito, tal recurso está previsto na nova redação do art. 894 da CLT:
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime de julgamento que:
conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei;
São admissíveis tais embargos de decisão não unanime do SDC, salvo se esta estiver em consonância com precedentes ou sumula do TST. Os embargos infringentes serão restritos à cláusula em que há divergência, e se for parcial ao objeto de divergência, conforme Regimento interno do TST (art. 232 do Regimento Interno do TST). 
A competência funcional para julgar os embrgos e a própria SDC. Os embragos por serem de natureza ordinária, comportam devolutibilidade ampla, abrangendo matéria fática e jurídica, desde que restritas a clausula em que não tenha havido julgamento unanime. Possui efeito meramente devolutivo.
O procedimento está previsto nos artigos 233 e 234 do RITST:
art. 233. Registrado o protocolo na petição a ser encaminhada à Secretaria do órgão julgador competente, esta juntará o recurso aos autos respectivos e abrirá vista à parte contrária, para impugnação, no prazo legal. Transcorrido o prazo, o processo será remetido à unidade competente, para ser imediatamente distribuído.
art. 234. Não atendidas as exigências legais relativas ao cabimento dos embargos infringentes, o Relator denegará seguimento ao recurso, facultada à parte a interposição de agravo regimental.
Embargos de Divergência
Tal recurso está previsto no art. 894 também, em sua segunda parte:
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, salvo se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal.
O Regimento Interno do TST também prevê os embargos de divergência:
art. 71. À Seção Especializada em Dissídios Individuais, em composição plena ou dividida em duas Subseções, compete:
I - em composição plena, julgar, em caráter de urgência e com preferência na pauta, os processos nos quais tenha sido estabelecida, na votação, divergência entre as Subseções I e II da Seção Especializada em Dissídios Individuais, quanto à aplicação de dispositivo de lei federal ou da Constituição da República.
II - à Subseção I:
julgar os embargos interpostos contra decisões divergentes das Turmas, ou destas que divirjam de decisão da Seção de Dissídios Individuais, de Orientação Jurisprudencial ou de Súmula
Também estão previstos no art. 231 do RITST:
art. 231. Cabem embargos, por divergência jurisprudencial, das decisões das Turmas do Tribunal, no prazo de oito dias, contados de sua publicação, na forma da lei
Tem natureza extraordinária, sendo muito similar ao recurso de revista, mas o escopo do embargos reside na uniformização jurisprudencial interna do âmbito do TST.
O procedimento dos embargos de divergência está previsto no paragrafo único do art. 231 do RITST:
Parágrafo único. Registrado o protocolo na petição a ser encaminhada à Coordenadoria da Turma prolatora da decisão embargada, esta juntará o recurso aos autos respectivos e abrirá vista à parte contrária para impugnação no prazo legal. Transcorrido o prazo, o processo será remetido à unidade competente para ser imediatamente distribuído.
Recurso Extraordinário
É um recurso extraordinário em sua natureza já que sua finalidade é submeter ao STF o reexame das decisões proferidas pelos órgãos jurisdicionais hierarquicamente inferiores, com o objetivo de reformá-las total ou parcialmente. Tem em sua natureza um interesse publico e não um interesse de litigio.
Cabimento
A CLT admite a existência do recurso extraordinário, como infere seu art. 893, §2º:
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos:
 § 2º - A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução do julgado.
Sabe-se que o recurso extraordinário em matéria também trabalhista tem fundamento no art. 102, III da CF:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Efeitos
Possui efeito meramente devolutivo. Admite-se o efeito suspensivo em sede de tutela cautelar. A devolutibilidade é restrita a matéria de natureza exclusivamente constitucional devidamente prequestionada e que tenha repercussão geral. Isso significa que no extraordinário não se examina a justiça ou injustiça da decisão recorrida, nem questões de fato ou matéria de prova.
Prazo e processamento
O procedimento segue as regras ditadas pela lei processual comum. No âmbito do TST, observa-se os artigos 266 a 268 do RITST:
art. 266. Cabe recurso extraordinário das decisões do Tribunal proferidas em única ou última instância, nos termos da Constituição da República.
§ 1º. O recurso será interposto em petição fundamentada, no prazo de quinze dias da publicação do acórdão ou de suas conclusões no órgão oficial.
§ 2º. A petição do recurso extraordinário será juntada aos autos após transcorrido o prazo legal sem a interposição de recurso de competência do Tribunal Superior do Trabalho, abrindo-se, de imediato, vista dos autos à parte contrária para apresentação das contra-razões no prazo de quinze dias.
art. 267. Findo o prazo das contra-razões, os autos serão conclusos ao Vice-Presidente do Tribunal para exame da admissibilidade do recurso.
art. 268. Os processos julgados pelo Tribunal Superior do Trabalho só serão restituídos à instância originária quando findo o prazo de interposição do recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.
O prazo é de 15 dias, contados da data de publicação ou ciência da decisão pelo recorrente. A petição recursal há de ser assinada por advogado, não se admitindo a aplicação do art. 797 da CLT. O recurso é interposto perante o presidente do TST, em petição que conterá, conforme o art. 541 do CPC:
Art. 541. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas, que conterão:
I - a exposição do fato e do direito; 
Il - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida.
É de 10 dias o prazo para que o Presidente do tribunal recorrido admita ou não o recurso, em decisão fundamentada. São dispensadas do preparo o MP e as pessoas jurídicas de Direito Público.
Embargos de Declaração
A prestação jurisdicional deve ser clara e completa. Daí a existência de embargos de declaração, que tem por objeto esclarecer, complementar e aperfeiçoar as decisões judiciais. Em regra a finalidade principal dos embargos de declaração, repousanão na modificação da decisão por eles hostilizadas, mas tão somente no seu esclarecimento ou na sua complementação, salvo quando puder ocasionar efeito modificativo no julgado.
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
Parágrafo único. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
Cabimento
No processo do trabalho os embargos de declaração são cabíveis para impugnar sentença ou acordão quando nesses atos processuais, for verificada a ocorrência de: omissão, obscuridade ou contradição.
Cabem embargos declaratórios quando houver omissão de ponto, questão ou matéria sobre os quais devia o juiz ou tribunal ter se pronunciado.
A obscuridade há de ser entendida como a falta de clareza que impede ou dificulta a correta compreensão do julgado, o que implica não raro o retardamento do desfecho da prestação jurisdicional.
A contradição para fins de embargos de declaração, deve se encontrar no corpo da própria sentença ou acordão. Ainda vem admitindo embargos declaratórios quando há erros matérias na decisão embargada.
Efeitos
A par do efeito devolutivo inerente a todos os processos. Pode ter efeito translativo desde que a omissão contida na decisão embraga diga respeito a questão de ordem publica. Além do mais possuim efeitos interruptivos, pois interrompe os prazos recursais.
Procedimento
Pode ser interposto no prazo de 5 dias, contados da intimação da sentença, em petição dirigida ao juis, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso, não estando sujeitos a preparo. Há um único juízo de admissibilidade, exercido pelo próprio órgão prolator da decisão embragada, na qual examina os pressupostos recursais.
Agravo de Instrumento
Teve inicialmente esse nome por consistir num instrumento confeccionado com peças trasladadas dos autos por indicação das partes ou do juiz. Há a necessidade de formação de autos em apartado, permitindo o fluxo normal do processo, razão pelo qual deste são extraídas copias de algumas peças e colocadas nos novos autos, formando um novo instrumento, que é remetido ao juiz ad quem.
Cabimento
É utilizado no processo do trabalho de forma diversa do processo civil. Neste, é o recurso aviado contra as decisões interlocutórias em geral (art. 522, CPC), naquele somente é cabível, no prazo de oito dias, dos despachos que denegarem a interposição de recurso (art. 897 da CLT).
Cabe agravo de instrumento contra decisões que denegarem seguimento a recursos ordinários, de revista, extraordinário, adesivo, de petição e contra decisões que denegarem seguimento ao próprio agravo de instrumento. Não cabe agravo de instrumento das decisões que denegarem seguimento ao recurso de embargos do TST, pois nesse caso o recurso adequado é o agravo regimental.
Efeitos
Possui apenas efeito devolutivo, isto é, a matéria que será analisada pelo juízo ad quem limita-se a validade ou não da decisão denegatória de recurso. Somente no caso de provimento do agravo de instrumento poderá o tribunal examinar o recurso que teve ser processamento trancado pelo juízo a quo.
O agravo de instrumento, não suspende a execução trabalhista. Tratando-se de execução definitiva, o agravo de instrumento poderá excepcionalmente ter efeito suspensivo, se o executado-agravante ajuizar ação cautelar perante órgão competente para julgar o recurso e demostrar os requisitos que justifiquem a suspensão da execução.
Processamento
Tradicionalmente no processo do trabalho sempre se processou fora dos autos do processo em que se instaura a lide, razão pela qual o agravante era obrigado a indicar na petição dos recurso as peças essenciais para propiciar o exame da controvérsia acerca da validade ou não da decisão que denegara a subida de qualquer recurso.
A CLT estabelece que a petição de interposição de agravo devera ser instruída com peças obrigatórias e com peças facultativas. Assim se faltarem qualquer das peças obrigatórias (a decisão agravada, a certidão de respectiva intimação, as procurações dos advogados de agravante e agravado, a PI, a contestação, a decisão originaria, o comprovante do deposito recursal e do recolhimento das custas), a consequência será o não conhecimento do agravo.
O agravo é interposto perante o órgão judiciário prolator da decisão agravada, o qual poderá revoga-la ou não. E isso ocorre porque o agravo de instrumento está sujeito ao juízo de retratação decorrente de efeito regressivo inerente a tal modalidade recursal.
Interposto o agravo de instrumento, o juiz poderá reconsiderar a decisão agravada e determinar a subidade do recurso trancado. Se a decisão agravada for mantida, o agravado será intimado para, no parzo de 8 dias, oferecer resposta a agravo e ao recurso principal, instruindo-as com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.
Correição parcial
A CLT prevê a correição em dois dispositivos, no art. 709:
Art. 709 - Compete ao Corregedor, eleito dentre os Ministros togados do Tribunal Superior do Trabalho:
I - Exercer funções de inspeção e correição permanente com relação aos Tribunais Regionais e seus presidentes;
II - Decidir reclamações contra os atos atentatórios da boa ordem processual praticados pelos Tribunais Regionais e seus presidentes, quando inexistir recurso específico;
Já no texto do art. 652, XI, confere poderes ao presidente do TST ou ao corregedor parcial, onde houver, para exercer correição pelo menos uma vez por ano sobre as Varas, ou parcialmente, sempre que se fizer necessário, e solicita-la quando julgar conveniente, ao presidente do Tribunal de Justiça, relativamente aos jutizes de direito investidos na administração da Justiça do Trabalho.
A correição parcial não é recurso, nem ação, pois não se submete ao contraditório. Trata de medida judicial sui generes não comtemplada na legislação processual civil codificada, cuja finalidade é coibir a inversão tumultuaria da boa marcha processual surgida no curso do processo em virtude de erro, abuso ou omissão do juiz.
Cabe correição parcial quando houver atos que tumultuam o processo, o juiz condutor do processo pratica atos que tumultuam o processo. A correição parcial é administrativa, a parte pede um provimento para que o procedimento seja provido. Para o cabimento de correição parcial, impõe o preenchimento cumulativo dos seguintes requisitos:
Existência de uma decisão ou despacho, que contenha erro ou abuso, capaz de tumultuar a marcha normal do processo;
O dano ou a possibilidade de dano para a parte;
Inexistência de recurso específico para sanar o erro in procedendo.
Relatório
	Identificação do caso: 
	- autos, partes, Juízo
	- pedido, defesa
	-ocorrências
Fundamentação
Motivos do convencimento do juiz
Análise: fatos, provas, direito.
Livre convencimento motivado (nos autos)
Dispositivo
Conclusão
Pede / manda
“comando condenatório”
Prazo, condições
Coisa julgada
(formal / material)
�PAGE \* MERGEFORMAT�23�

Continue navegando