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ACIDENTE SEMIOLOGIA / PROPEDÊUTICA

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ACIDENTE E VIOLÊNCIA 
NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
CC: Semiologia/Propedêutica em Saúde na Infância e Adolescência
Docente: José Antônio de Oliveira Lima
Discentes: Geffton Rocha, Luana Altoé , Raysa Garcia e Rosa Bonella 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA
ACIDENTE
Palavra, tradicionalmente, usada para definir a ocorrência de eventos que resultem em uma lesão. Carrega uma conotação de imprevisibilidade ou casualidade.
Categorias:
Interpessoal
Intencional - 
					Autoprovocada
Não intencional
O Ministério da Saúde assume que tais eventos são, em maior ou menor grau, previsíveis e preveníveis (BRASIL, 2001).
Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (Portaria nº 737/2001).
O grupo de crianças, adolescentes e jovens, que engloba os indivíduos na faixa etária de zero a 24 anos de idade, tem sido vítima de diferentes tipos de acidentes e de violências. Enquanto na infância o ambiente doméstico é o principal local onde são gerados esses agravos, na adolescência, o espaço extra-domiciliar tem prioridade no perfil epidemiológico. Por essa razão, estabelece-se a seguinte classificação estratégica:
Acidentes domésticos (quedas, queimaduras, intoxicações, afogamentos e outras lesões); 
Acidentes extradomiciliares (acidentes de trânsito e de trabalho, afogamentos, intoxicações e outras lesões)
Violências domésticas (maus-tratos físicos, abuso sexual e psicológico, negligência e abandono);
Violências extra-domiciliares (exploração do trabalho infanto-juvenil e exploração sexual, além de outras originadas na escola, na comunidade, nos conflitos com a polícia, especialmente caracterizados pelas agressões físicas e homicídios), bem como as violências auto-infligidas (como a tentativa de suicídio).
Fonte: Delas - iG @ 
Fontes: Metalrevista
Fonte: Projetomeninamae
É importante que os profissionais de saúde reflitam sobre essas categorias e suas repercussões ao abordar os casos de “acidentes” e a prevenção de situações que coloquem em risco a integridade física e mental da criança que sofreu algum tipo de “acidente”.
A Constituição de 1988, em seu Artigo 227, estabeleceu os direitos fundamentais desse grupo, os quais alicerçaram a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA -, criado pela Lei N.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Esse Estatuto, no tocante aos casos de violência doméstica, de acordo com os artigos que regulam a conduta dos profissionais de saúde - Artigos 13, 47 e 245 -, define a obrigatoriedade da comunicação dos casos suspeitos ou confirmados às autoridades competentes, em especial ao Conselho Tutelar, cabendo aos setores de saúde e de educação a notificação e a prevenção destes casos; à saúde cabe, especificamente, o atendimento psicossocial e médico.
ACIDENTE
Para efeitos de registro nas bases de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), os acidentes e as violências são incluídos na categoria denominada causas externas, definição atribuída no CID-10, que abarca tanto os eventos acidentais quanto às causas violentas.
 No ano de 2007, segundo dados do SIM, as causas externas representaram a primeira causa de óbitos de crianças na faixa etária entre 1 a 10 anos no País, sendo que as principais causas de óbitos em crianças de 0 a 10 anos foram os acidentes de transporte (29,3%), seguidas pelos afogamentos (21,0%) e outros riscos à respiração, como engasgamento com o próprio vômito e por corpo estranho (15,4%). No mesmo ano, as agressões (violências) foram responsáveis por 6,9% dos óbitos em crianças na referida faixa de idade.
(MAGALHÃES; FRANCO NETTO, 2009; BRASIL, 2009a).
ACIDENTE
Para conhecer a dimensão e o perfil dos acidentes que não acarretam o óbito e que nem sempre ocasionam a internação, o Ministério da Saúde estruturou o módulo de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), em dois componentes: 1)Viva contínuo, vigilância contínua de violência doméstica, sexual, e/ou outras violências interpessoais e autoprovocadas ; e 2)Viva sentinela, vigilância de violências e acidentes em emergências hospitalares.
Os resultados do Viva-Sentinela no ano de 2007 mostram que as principais causas de atendimento de crianças na rede de serviços de saúde foram as quedas (67%), seguidas dos acidentes de transporte (15%), do choque por objetos/pessoas (8%) e dos ferimentos por objetos cortantes (7%) (BRASIL, 2009a). 
Todas as referidas causas são preveníveis e evitáveis. 
Os diferentes momentos de se fazer prevenção
Fatores de risco e de vulnerabilidade para acidentes
Os fatores de risco e de vulnerabilidade para a ocorrência de acidentes (lesões acidentais não intencionais), segundo estudos, são divididos em: 
Intrapessoais - são relacionados à idade, ao sexo e ao comportamento de risco, este último atribuído a adolescentes; 
Interpessoais - são relacionados aos cuidados exercidos pela família e ao ambiente doméstico; 
Institucionais - são relacionados à comunidade, ao bairro, à escola e à urbanização; 
Fatores culturais - são aqueles relacionados à sociedade.
Atitudes promotoras de segurança em determinados
contextos e espaços sociais
 O uso de fogos de artifício para comemorações é mais intensas nas regiões Norte e Nordeste no período das festas de São João, que acontecem nos meses de junho e julho, no fim do ano em grande parte do País e na passagem do ano, mas pode haver uma grande incidência de lesões (acidentes) após a partida final de um campeonato esportivo em qualquer época do ano.
A partir da reflexão do profissional sobre os atendimentos realizados nos serviços de saúde relacionados a eventos como os citados, tais ocorrências servem como sinais de alerta para a adoção de medidas preventivas, o que requer a intensificação do trabalho educativo com as famílias e as comunidades que apresentam maior risco para os referidos tipos de eventos.
Orientações aos familiares e às crianças para evitar e
prevenir acidentes
Os profissionais da Atenção Básica, por manterem um contato mais próximo com as comunidades nas quais trabalham, especialmente com as crianças e suas famílias, têm oportunidades únicas durante as visitas domiciliares para realizar ações educativas de como evitar e prevenir acidentes. É recomendado que cada profissional aproveite os momentos das visitas para avaliar aspectos relevantes de segurança no ambiente doméstico e de todos os membros da família.
Entretanto, ressalta-se que a situação de cada criança deve ser analisada conforme seu contexto socioeconômico e cultural, além do estágio de desenvolvimento próprio de cada uma.
Como evitar e prevenir acidentes?
Fonte: DAB/SAS/MS, 2012
Fonte: DAB/SAS/MS, 2012
Fonte: DAB/SAS/MS, 2012
Fonte: DAB/SAS/MS, 2012
Fonte: DAB/SAS/MS, 2012
Fonte: DAB/SAS/MS, 2012
OBRIGADA!
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n. 737, de 16 de junho de 2001. Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências. 2a ed. Brasília; 2005.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : crescimento e desenvolvimento / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 272 p. (Cadernos de Atenção Básica, nº 33)
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=q88JyF8Mehg 
https://www.youtube.com/watch?v=XqbXXhLkNcs

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