Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS Karen Caçador Rodolfo dos Santos Capivari – SP 2008 CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI – FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAS Projeto de Pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Curso de Graduação em Administração da FACECAP/ CNEC Capivari. Orientador: Profº Marcelo Mader de Mello Karen Caçador Rodolfo dos Santos Capivari – SP 2008 Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças para enfrentar esse desafio até o fim. A toda minha família, amigos e algumas pessoas que passaram em minha que me incentivaram para que eu não desistisse. Agradeço especialmente a minha mãe Magali A. Gonçalves, pelo incentivo e apoio para enfrentar essa jornada tão difícil que foi o curso de Administração. Finalmente, quero agradecer aos meus professores e meus amigos que me deram a alegria da convivência, que nossa amizade continue mesmo depois do curso. Cada uma dessas pessoas tem um lugarzinho especial em meu coração. Obrigada a todos que participaram dessa etapa da minha vida! Karen Caçador Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus que é o nosso ser maior e que me deu forças para enfrentar esse desafio até o fim. Aos meus pais que são maravilhosos Maria Antonia e Oswaldo e meu irmão Ricardo que me incentivaram e me deram à maior força para que eu não desistisse. Minha noiva Roberta que me apoiou na busca de um futuro melhor. A minha amiga Juliana e o meu amigo Mauro que além deles me ajudarem e me apoiarem foram e serão para sempre meus amigos que vou levar para o resto de minha vida. Finalmente, quero agradecer ao professor Marcelo que me orientou e me ajudou muito para a realização desse ultimo trabalho e também ao Jorge Elias que foi um excelente professor e amigo. Rodolfo dos Santos CAÇADOR, Karen. SANTOS, Rodolfo dos, “Recrutamento e Seleção de Pessoas”. Monografia de Conclusão de Curso, Curso de Graduação de Administração. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 72p., 2008. RESUMO Esta dissertação relata a importância do Recrutamento e Seleção de Pessoas nas empresas e organizações. Esse setor podemos dizer que é a base e a estrutura das organizações, pois o administrador tem o compromisso e a responsabilidade de analisar o cargo, recrutar através de curriculum e entrevistas, absorver o máximo de informação possível do candidato, avaliar junto aos líderes e encarregados, e, assim por fim, a contratação do selecionado. Uma contratação ineficiente causa muitos prejuízos as organizações; é de extrema importância prestar atenção nos candidatos e ter muita paciência, pois a pressão em relação ao Recrutamento e Seleção é muito grande, mas ter calma nesse processo pode gerar uma contratação eficiente e produtiva a organização. Diante de tanta dificuldade em encontrar candidatos certos para cargos certos, realizamos uma pesquisa bibliográfica, onde contamos com vários autores. Palavras Chave: 1. Recrutamento, 2. Seleção, 3. Mercado, 4. Trabalho, 5. Candidato. SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I – APRESENTAÇÃO 1.1 – Caracterização do Problema 1.2 – Apresentação e Justificativa 1.3 – Relevância do Trabalho 1.4 – Objetivos 1.5 – Estrutura 1.6 – Classificação CAPÍTULO II – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL 2.1 – A Importância do Recrutamento e Seleção de Pessoal nas Organizações 2.2 – A Ética Profissional e o Recrutamento e Seleção de Pessoal 2.3 – Recrutamento e Seleção de Pessoal por uma Visão Legal 2.4 – Etapas de Recrutamento de Pessoal 2.5 – Modelos de Planejamento de RH 2.6 – Estudo do Mercado de Trabalho 2.6.1 – Formas de Mercado de Trabalho 2.7 – Execução do Recrutamento 2.7.1 – Avaliação dos Resultados do Recrutamento 2.8 – Fontes de Recrutamento 2.8.1 – Recrutamento Interno 2.8.2 – Vantagens do Recrutamento Interno 2.8.3 – Desvantagens do Recrutamento Interno 2.8.4 – Meios de Recrutamento Interno 2.8.5 – Limitações ao Recrutamento Interno 2.8.6 - Recrutamento Externo 2.9 – Escolhendo uma Ocupação 2.10 – Escolhendo as Qualificações dos Candidatos 2.11 – Utilizando a Mão-de-Obra mais velha 11 13 13 13 13 13 14 14 15 15 16 16 17 18 20 21 21 22 23 23 24 26 27 27 28 28 30 31 2.12 – Criando oportunidades para os deficientes 2.13 – Escolhendo as fontes de recrutamento e os canais de comunicação 2.14 – Recrutamento virtual: emprego através da Internet 2.15 – Recrutamento Interno ou Externo 2.16 – Recrutamento em Outras Localidades CAPÍTULO III – METODOLOGIA CAPÍTULO IV – SELEÇÃO DE PESSOAL 4.1 - O Que é Seleção de PESSOAL? 4.2 - O papel do Selecionador 4.3 - Seleção como um processo de decisão 4.4 - Bases para a seleção de pessoas 4.5 - Análise de Currículo 4.5.1 - Etapas na Análise de Currículo 4.5.2 - Avaliação da Experiência Profissional do Candidato 4.5.3 - Avaliação da Formação Acadêmica 4.5.4 - Carreira Profissional e suas Realizações 4.6 - Ordenando os Currículos 4.7 - Análise do Cargo e a Ficha Profissional 4.7.1 - Análise do Cargo 4.7.2 - Análise de Superiores Hierárquicos 4.7.3 - Análise da Requisição de Emprego 4.8 - Entrevista de Seleção 4.8.1 - Quantidade de Entrevistas 4.8.2 - Aquecimento para Integração entre Entrevistador e Candidato 4.8.3 - Explicações sobre o cargo, Empresa, Remuneração e Negociação 4.8.4 - Verifique se o Candidato tem Alguma pergunta a Fazer 4.8.5 - Condução da Entrevista 4.8.6 - Principais áreas a avaliar na entrevista 31 32 35 36 36 37 38 38 40 41 42 43 43 44 44 44 45 45 45 45 46 46 48 48 48 49 49 49 4.8.7 – Encerramento da Entrevista 4.9 – Avaliação da Entrevista 4.9.1 – Aspectos que a Entrevista Avalia 4.9.2 – Descrição do Entrevistador 4.9.3 – Propensões do Entrevistador 4.9.4 – Imprevistos na Entrevista 4.10 – Como Preparar uma Entrevista 4.11 – Exemplo de Perguntas 4.12 – Tipos de Entrevistas de Seleção 4.13 – Funções da Entrevista de Seleção 4.14 – Dinâmica de Grupo 4.15 – A ficha profissiográfica 4.16 – Técnicas de Seleção 4.17 – Testes de Seleção 4.17.1 – Origem do Teste de Seleção 4.17.2 – Validade dos Testes de Seleção 4.17.3 – Principais Testes Aplicados em Seleção de Pessoal 4.17.4 – Provas ou testes de conhecimento ou de capacidade 4.17.5 - Testes Orais 4.17.6 - Testes Práticos 4.17.7 - Testes Psicológicos 4.17.8 - Testes Psicométricos 4.17.9 - Testes de Aptidões 4.18 - A grafologia na Seleção de Recursos Humanos 4.19 - Seleção por Competência4.20 - Avaliação Presencial por meio de Simulações da Realidade 4.20.1 - Considerações sobre a Estratégia Presencial em Seleção CAPÍTULO V - ESTRUTURA DOS RECURSOS HUMANOS 5.1 - Recrutamento e Seleção de Pessoal 5.2- Administração de Pessoal 5.3 - Serviço Social e Benefícios 49 50 50 51 51 51 51 52 52 53 54 56 56 57 57 58 58 58 60 60 60 61 62 65 65 66 68 69 69 69 69 5.4 – Cargos e Salários 5.5 – Treinamento e Desenvolvimento 5.6 – Segurança do Trabalho 5.7 – Medicina do Trabalho 5.8 – Relações Trabalhistas e Sindicais CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 69 69 69 70 70 71 72 11 INTRODUÇÃO Podemos dizer que quando os homens das cavernas escolhiam os mais fortes para caçar os animais para sua alimentação, isto já era Recrutamento & Seleção de Pessoal. No Brasil, o pioneiro em Seleção Profissional foi o Engenheiro Roberto Mange, criando a primeira organização do gênero, o Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional. Hoje temos diversas empresas especializadas nesta atividade, as chamadas “agências de emprego”, consultorias. Além, é claro do departamento interno da organização, a área de recursos humanos dedicado exclusivamente a esta tarefa. A importância de Recrutamento e Seleção de Pessoal é vital para a criação e manutenção da empresa, na implantação de unidade, abertura de novas filiais, novos postos de trabalho. É o período de maior necessidade que envolve o departamento de Recrutamento e Seleção de Pessoal. Antes mesmo da existência física da empresa. Recrutamento e Seleção devem ficar atentos na busca e seleção dos candidatos que se identifiquem com a cultura da empresa, procurando perfil e quando necessário, manter este perfil e quando necessário às pessoas que nela trabalham. A forma como o funcionário é tratado dentro da empresa sempre será ligada à recepção de Recrutamento e Seleção, portanto deixar o candidato longas horas para ser atendido, tratá-lo de maneira impessoal como sendo “mais um”, desconsiderar suas necessidades físicas, podem demonstrar como na realidade a empresa é a “cara” do perfil definido por este departamento. Segundo Chiavenato (1999, p. 92), “Recrutamento é um conjunto de atividades desempenhadas para atrair um conjunto de candidatos qualificados para uma Organização”. O Processo de Recrutamento é divulgar aos candidatos a oportunidade de emprego a quem procura e mudança a quem já está empregado. Quanto mais candidatos recrutados, maior a possibilidade de contratar o funcionário ideal. O Recrutamento se inicia a partir do curriculum, onde o administrador pode analisar o candidato, funciona como uma “pré-seleção”. A próxima etapa é agendar uma entrevista para obter mais informações sobre o candidato. Em seguida selecionar os candidatos qualificados para determinado cargo; os quais não foram selecionados, arquivar o curriculum e aguardar a vaga que se adéqua as suas qualificações. 12 A Seleção não é feita somente interna, mas também externa, visando buscar profissionais de outras localidades. Esses pontos são decisivos no processo de Seleção. Já selecionei e agora? O importante é fazer uma integração e após, um treinamento; para que o novo funcionário conheça sua função e para interagir com outros funcionários. A finalidade de Recrutamento e Seleção de pessoal é recrutar potenciais candidatos, os quais serão selecionados para as vagas em aberto dentro da empresa, no menor tempo e melhor qualidade possível, com o menor custo. Portanto, só o Recrutamento e Seleção de Pessoal é indicado para saber onde encontrar, como e quem selecionar, da melhor forma possível e de acordo com o perfil da vaga da empresa e principalmente do candidato. 13 CAPÍTULO I – APRESENTAÇÃO 1.1 – CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA Tendo visto o desperdício de investimentos das organizações em recrutamento e seleção de pessoas, esta dissertação vem para nortear os responsáveis por esta atividade dentro das organizações, de forma a torná-las mais eficientes, eficazes e certeiras. 1.2 – APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA A dissertação relata a importância do recrutamento e seleção nos dias atuais nas organizações. Justifica-se por ser um tema de grande relevância por impactar diretamente no desempenho das organizações, além dos custos desprendidos para recrutamento, seleção, admissão e demissão de pessoal. 1.3 – RELEVÂNCIA DO TRABALHO Esta dissertação teve como base a relevância do tema e de sua importância nos dias atuais, bem como o interesse acadêmico - cientifico. 1.4 – OBJETIVOS • Verificar as diferentes formas de recrutamento e seleção de pessoas nas organizações. • Pesquisar sobre diferentes testes, entrevistas e dinâmicas de grupo. • Analisar currículos considerando suas diversidades 14 • Nortear organizações para recrutar e selecionar pessoas com eficiência. 1.5 – ESTRUTURA DO TRABALHO Este trabalho está organizado em seis capítulos. O primeiro capítulo apresenta o trabalho como um todo, como seus objetivos, relevância e justificativa. No segundo capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica com o propósito de fornecer o referencial teórico necessário para as análises decorrentes deste estudo. No terceiro capítulo é detalhada a metodologia empregada na pesquisa, definindo os modelos utilizados, procedimentos adequados para o levantamento bibliográfico, para sua posterior discussão. No quarto e quinto capítulo são apresentados os resultados obtidos e discutidos sobre as diversas opiniões dos autores pesquisados no que se refere o tema pesquisado. No sexto capítulo apresentamos a conclusão do estudo realizado sobre o tema em questão. 1.6 – CLASSIFICAÇÃO Classifica-se essa dissertação como uma pesquisa bibliográfica onde utilizamos vários autores para embasamento teórico. 15 CAPÍTULO II – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL 2.1 – A IMPORTÂNCIA DO RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL NAS ORGANIZAÇÕES Toda empresa possui o setor de Recrutamento e Seleção de Pessoal, seja ela micro ou macro, privada, governamental ou prestadora de serviços, tendo como missão Recrutar profissionais no Mercado de RH, usando técnicas específicas internamente e externamente. Segundo Chiavenato (1999), mercado é o espaço de transações, onde existem trocas e intercâmbios entre aqueles que oferecem e procuram produtos e serviços. O mercado de trabalho (MT) é composto pelas ofertas de oportunidades de trabalho oferecidas pelas diversas organizações. O MT é dinâmico e sofre contínuas mudanças. As características estruturais e culturais do MT influenciam as práticas de RH das empresas (CHIAVENTATO, 1999.p. 82). O “MRH (Mercado de Recursos Humanos), segundo o autor, refere-se ao conjunto de candidatos a emprego. O MRH, ou mercado de candidatos se refere então, ao contingente de pessoas que estão dispostas a trabalhar ou queestão trabalhando, mas dispostas a buscar um novo emprego” (p. 89). O processo de recrutamento e seleção deixa de ser somente baseado na experiência e na capacidade técnica dos candidatos. As organizações estão cada vez valorizando o ser humano, ou seja, estão avaliando também seu potencial emocional e intelectual. É imprescindível que cada candidato saiba trabalhar em grupo, tenha espírito de liderança, carisma, comunicabilidade e equilíbrio emocional para um bom desempenho profissional, associado ao conhecimento administrativo e técnico. Dentro da organização estes aspectos são primordiais, e é através destas habilidades, que o funcionário saberá lidar com diferentes situações que possam vir a acontecer na empresa. 16 2.2 - A ÉTICA PROFISSIONAL E O RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL Todo profissional deve ter ética, isto é, cuidar com zelo e sigilo das informações do seu setor, pois o profissional deve: - Planejar as entrevistas, evitando que os candidatos fiquem horas esperando; - Atender com o devido respeito e educação aos candidatos; - Fazer com que os candidatos fiquem a vontade na entrevista; - Nunca adotar postura arrogante; - Não querer se beneficiar do conhecimento de vagas, futuras ou atuais; - Atender bem os clientes internos e externos; - Não divulgar de maneira nenhuma informações confidenciais; - Garantir que todos os trabalhos sejam feitos em tempo hábil e com qualidade; - Trabalhar de acordo com a legislação trabalhista; - Dar retorno aos que responderem ao seu chamado. 2.3 - RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL POR UMA VISÃO LEGAL O objetivo não é injetar no profissional de Recrutamento e Seleção de Pessoal os fundamentos jurídicos em detalhes, nem torná-lo um eximo conhecedor das leis trabalhistas é alertar bem como orientar o profissional de Recrutamento & Seleção de Pessoal quanto aos critérios adotados tanto na fase de recrutamento e/ou seleção. Por exemplo, a discriminação ao sexo, à cor da pele, à origem, à idade, à questão de ser sindicalizado, entre outras. Todos possuem direitos na Constituição Federal Dos Deveres Individuais e Coletivos (Artigo 5º da Constituição Federal), dos Direitos Sociais. 17 2.4 - ETAPAS DO RECRUTAMENTO DE PESSOAL O Processo de Recrutamento O recrutamento envolve um processo que varia conforme a organização. Como o recrutamento é uma função de staff, suas providências dependem de uma decisão de linha, que é oficializada através de uma espécie de ordem de serviço, geralmente denominada requisição de empregado ou requisição de pessoal. Segundo (Chiavenato 1997) trata-se de um documento que deve ser preenchido e assinado pelo responsável que pretende preencher alguma vaga em seu departamento ou seção. A emissão de uma requisição de empregado apresenta certas semelhanças com a de uma requisição de material. Neste caso, quando o almoxarifado a recebe, verifica se existe o material solicitado, caso contrário, emite uma ordem de compra para que o material seja adquirido de algum fornecedor. No caso de requisição de empregado, quando o órgão de recrutamento a recebe, verifica se existe algum candidato adequado disponível nos arquivos; caso contrário, deve recrutá-los através das técnicas de recrutamento, visando a atrair candidatos para atender ás suas necessidades. Planejamento Requisição de Pessoal O início do processo de recrutamento depende da necessidade que um setor da organização tenha de substituir ou aumentar seu quadro de empregados. O sucesso da seleção depende das informações que forem prestadas pelo requisitante, caso a empresa não tenha o manual de descrição e especificação de cargos, é necessário incluir campos destinados a esse fim. - Requisitos Pessoais: Idade, sexo, estado civil (apesar de a legislação estabelecer que não pode haver discriminação de raça, cor credo, sexo). - Requisitos Profissionais - Conhecimentos e experiências anteriores - Nível de Escolaridade - Informações sobre o cargo O planejamento de pessoal é o processo de decisão a respeito dos recursos humanos necessários para atingir os objetivos organizacionais, em determinado período 18 de tempo. Na maioria das empresas industriais, o planejamento da chamada “mão-de-obra direta” (pessoal horista diretamente ligado à produção industrial e localizado no nível operacional) em curto prazo é feito pelo órgão responsável pelo controle da produção (PCP). Na vertical, o planejamento da chamada “mão-de-obra indireta” (pessoal de supervisão, do escritório, de vendas etc.) fica a critério dos diversos órgãos da organização ou é atribuído ao órgão de Organização e Métodos (O&M). 2.5 – MODELOS DE PLANEJAMENTO DE RH “O planejamento estratégico de RH pode ser formulado e desenhado após, isoladamente ou integradamente com o planejamento estratégico da empresa. Para alcançar todo seu potencial de realizações, as organizações precisam ter as pessoas adequadas disponíveis para o trabalho a ser realizado. Existem vários modelos de planejamento de RH. Alguns são genéricos e abrangem toda a organização, enquanto outros são específicos para determinados níveis ou unidades organizacionais”. (CHIAVENATO, 1999.p.62/63). Vejamos a seguir alguns modelos citados por Chiavenato: 1. Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço: as necessidades de pessoal são uma variável dependente da procura estimada do produto (quando industrial) ou de serviço (quando organização não industrial). A relação entre as duas variáveis é influenciada por variações na produtividade, tecnologia, disponibilidade interna e externa dos recursos financeiros e disponibilidade de pessoas na organização. 2. Modelo baseado em segmentos de cargos: é uma técnica de planejamento de pessoal utilizada por empresas de grande porte, e consiste em: a) escolha de um fator organizacional cujas variações afetam proporcionalmente as necessidades de pessoal; b) estabelecer os níveis históricos (passado e futuro) para cada fator estratégico; 19 c) determinar os níveis históricos da mão-de-obra para cada área funcional; d) projetar os níveis futuros de mão-de-obra para cada área funcional; 3. Modelo de substituição de postos-chave: constituem uma representação visual de quem substitui quem na eventualidade de alguma possível vaga futura dentro da organização. 4. Modelo baseado no fluxo de pessoal: é um modelo que procura caracterizar o fluxo das pessoas para dentro, através e fora da organização. Trata-se de um modelo capaz de predizer as conseqüências de contingências, como a política de promoções da organização, aumento da rotatividade, ou dificuldades de recrutamento etc. 5. Modelo de planejamento integrado: é o modelo mais amplo e abrangente atuando sob quatro fatores: a) Volume de produção planejado; b) Mudanças tecnológicas na organização que alterem a produtividade do pessoal; c) Condições de oferta e procura no mercado e comportamento da clientela; d) Planejamento de carreiras dentro da organização. 20 2.6 – ESTUDO DO MERCADO DE TRABALHO O mercado de trabalho é um dos fatores externos fundamentais para a dinâmica e a eficiência do sistema de recrutamento e seleção. Melhor dizendo, é a fonte da qual afluem os candidatos aos procedimentos de vagas oferecidas pela empresa. Pode-se afirmar que, para fins de recrutamento, cada profissão tem o seu mercado de trabalho autônomo, não tendo maior significado a soma dos diferentes mercados de trabalho. O mercado de trabalho, ou área da qual os candidatos devem ser recrutados,irá variar com o tipo de posição a ser preenchida e com a remuneração a ser paga. O recrutamento de executivos e de pessoal técnico pode abranger âmbito nacional e mesmo internacional. A maioria das faculdades e universidades, por exemplo, realiza buscas de nível nacional para preencher altas posições administrativas. O recrutamento para cargos que exijam relativamente pouca habilidade pode abranger apenas uma pequena área geográfica. A relutância das pessoas em mudar-se pode fazê-las recusar ofertas de emprego, levando os empregados a desconsiderar a possibilidade de empregá- las fora do mercado de trabalho local. Entretanto, ao oferecer um nível atraente de remuneração e ajudar a arcar com os custos de mudança, os empregados podem induzir à mudança alguns candidatos. Essas tendências no mercado de trabalho significam que o recrutamento externo hoje é diferente do que foi no passado. Os métodos tradicionais, tais como anúncios em jornais ou recomendações dos próprios empregados, funcionavam bem com uma oferta abundante de homens brancos; nas condições atuais, são menos eficazes. A Internet criou novas fontes de candidatos a emprego, mas também mais competição. Do ponto de vista das demissões ou manutenção de funcionários, uma queda na demanda dos produtos de uma empresa pode motivar incentivos para aposentadorias antecipadas ou até mesmo cortes para reduzir o quadro de pessoal. Os funcionários com o pior desempenho geralmente são os últimos a candidatar-se a deixar o cargo em época de desemprego; por isso, algumas organizações precisam tomar medidas especiais para induzi-los a sair. As fontes externas de recrutamento irão variar com o tipo de posição a ser preenchida. Um programa de computador, por exemplo, provavelmente não será recrutado da mesma fonte que um operador de máquinas. As escolas de comércio podem fornecer candidatos para posições iniciais, embora essas fontes de recrutamento não sejam úteis quando funcionários altamente qualificados são necessários. 21 A condição do mercado de trabalho pode, ainda, ajudar a determinar quais as fontes de recrutamento que uma empresa usará. Durante períodos de alto desemprego, as organizações podem manter oferta adequada de candidatos qualificados apenas de currículos não solicitados recebidos. Um mercado de trabalho escasso, com baixo desemprego, pode forçar os empregados a anunciar amplamente e/ou buscar auxílio de agências locais. 2.6.1 - FORMAS DE MERCADO DE TRABALHO Na fase de recrutamento, o mercado de trabalho apresenta-se sob as seguintes formas: - Ocupado: os candidatos em potencial já se encontram empregados. - Disponível: os candidatos em potencial estão à disposição da empresa recrutadora. - Fixo: há possibilidade mais ou menos constante de candidatos em potencial. - Cíclico: a mão-de-obra só está disponível em certas ocasiões. Ex: alunos que concluem seus cursos. - Limitado/Ilimitado: depende da localização da empresa em relação ao mercado de trabalho. Se estiver perto, as condições de atração de candidatos serão diferentes da organização que estiver longe do mercado. - Abundante: existe excesso de mão-de-obra no preenchimento de determinados cargos oferecidos pela empresa. - Suficiente: há equilíbrio entre a oferta e a procura de mão-de-obra. - Exíguo: oferta limitada de candidatos para as vagas. 2.7 – EXECUÇÃO DO RECRUTAMENTO Depois de programar o recrutamento, o setor de recrutamento deve colocar em prática as medidas propostas na fase inicial do processo. Definem-se os responsáveis pelo recrutamento e as fontes que serão utilizadas. 22 2.7.1 – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO RECRUTAMENTO “O recrutamento não é uma atividade que possa ser isolada da estratégia da empresa. Como os negócios mudam e surgem novas funções a cada dia, torna-se imprescindível contar com pessoas flexíveis, capazes de adaptar-se a essas mudanças constantes”. ( CHIAVENATO, 1999; p.99). O desafio principal do recrutamento é agregar valor à organização e às pessoas. Como toda e qualquer atividade importante, o recrutamento deve proporcionar resultado para ambas as partes. A avaliação dos resultados é importante para aferir se o recrutamento está realmente cumprindo a sua função e a que custo. No enfoque quantitativo, quando mais candidatos influenciar, tanto melhor será o recrutamento. Contudo, no enfoque qualitativo, o mais importante é trazer candidatos que sejam triados, entrevistados e encaminhados ao processo seletivo. Os esforços de recrutamento são mais bem-sucedidos quando os recrutadores são escolhidos e treinados. Embora a eficácia do recrutamento seja importante, é necessário considerar que a qualidade do processo de recrutamento produz forte impacto sobre os candidatos. Os recrutadores provocam fortes impressões nos candidatos - que podem ser positivas ou negativas. Além do mais, a cooperação entre linha e staff no recrutamento é essencial. O consultor de RH e o pessoal de linha que recruta precisa saber exatamente o que o cargo exige o que se procura nos candidatos. Praticamente, todo processo de recrutamento inclui um encontro com um ou mais membros da organização. Esse grupo geralmente conta com um represente do departamento de recursos humanos e pode também incluir supervisores, colegas e até subordinados. À medida que poucas coisas sobre a empresa e o emprego podem ser conhecidas antecipadamente, os candidatos parecem usar características dos recrutadores como sinais dos atributos do trabalho que não podem observar diretamente e sobre a probabilidade de receberem uma oferta. Não é apenas o primeiro recrutador que influencia as percepções dos candidatos. Estudos demonstram que os recrutadores percebidos como bem apessoados e comunicativos parecem sinalizar características de trabalho e ambiente organizacional atraente. Os recrutadores percebidos como competentes e esclarecedores foram associados a uma melhor impressão da empresa, enquanto aqueles agressivos tiveram um efeito negativo sobre os candidatos. Quanto mais bem apessoados os recrutadores, maior a expectativa dos candidatos em receber uma proposta e maiores suas intenções 23 em aceitá-la. Nesta fase, o recrutamento é avaliado em função dos resultados obtidos quando à atração de candidatos em potencial para o preenchimento de vagas oferecidas pela empresa ao mercado de trabalho. Baseia-se, principalmente: a) Na rapidez de atendimento à requisição de pessoal; b) No número de candidatos potencialmente capacitados para cada vaga anunciada; c) No custo operacional relativamente baixo do recrutamento diante da qualidade e da quantidade dos candidatos encaminhados; d) Na maior permanência dos candidatos no emprego ao serem efetivados. Vale lembrar que para ser eficaz, o recrutamento deve atrair um contingente de candidatos suficiente para abastecer adequadamente o processo de seleção. 2.8. FONTES DE RECRUTAMENTO Fontes de recrutamento são áreas do mercado de recursos humanos explorados pelos mecanismos de recrutamento. O mercado de recursos diversificadas que devem ser analisadas pelos recrutadores, escolhendo a que lhe trará resultados mais viáveis, garantindo a correta avaliação do programa de recrutamento. Temos dois meios de recrutamento: o recrutamento interno e o recrutamento externo. 2.8.1 – RECRUTAMENTO INTERNO O recrutamento interno compreende utilizar os recursos disponíveis na própria empresa. É comum nas empresas, após a divulgação da vaga, efetuar alguns testes em que o funcionário pode ser avaliado do ponto de vista técnico ou psicológico, ou seja, a empresa procura preencher a vaga porintermédio do remanejamento de seus próprios empregados internos. Segundo Bohlander (2003) o recrutamento interno é processo de localizar e incentivar candidatos potenciais a disputar vagas existentes ou previstas. Durante esse processo, tenta-se informar plenamente os candidatos sobre as qualificações exigidas para o desempenho do cargo e as oportunidades de carreira que a empresa pode oferecer 24 aos funcionários. O preenchimento de determinada vaga por alguém de dentro da empresa dependerá da disponibilidade do pessoal, das políticas de RH e dos requisitos do cargo a ser preenchido. Para Milcovich e Boudreau (2000) o recrutamento interno atua sobre os candidatos que estão dentro da organização, isto é, funcionários, para promovê-los ou transferi-los para outras atividades mais complexas ou mais motivadoras. O recrutamento interno funciona através de oferta de promoções (cargos mais elevados e, portanto, mais complexos, mas dentro da mesma área de atividade da pessoa) e de transferências (cargos do mesmo nível, mas que envolvam outras habilidades e conhecimento da pessoa e estejam situados em outra área de atividade na organização). 2.8.2 – VANTAGENS DO RECRUTAMENTO INTERNO A maioria das empresas tenta uma política de preenchimento de vagas acima da posição inicial por meio de promoções e transferências. Preenchendo vagas dessa maneira uma empresa pode capitalizar o investimento feito no recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento de seus atuais funcionários. As políticas de promoção de pessoal na Hard Rock/América (operadores dos Hard Rock Cafés) contribuíram para o crescimento geral e para o sucesso dessas empresas, declara Bohlander (2003). A promoção serve para recompensar os funcionários pelo desempenho mais recente e destina-se a incentivá-los a continuar seus esforços. Dá também aos outros funcionários razão para preverem que esforços semelhantes por eles levarão à promoção, melhorando assim o moral dentro da empresa. A promoção interna geralmente é reconhecida como o alicerce de uma boa prática de emprego e é política de nosso museu a promoção interna sempre que possível, quando surge uma vaga. A vaga será afixada durante cinco dias para dar a todos os funcionários qualificados, que trabalham em tempo integral ou parcial iguais oportunidades de se candidatarem (Bohlander, 2003, p.76). Embora uma transferência não tenha o valor motivacional de uma promoção, ás vezes ela pode servir para proteger os funcionários da demissão ou para ampliar suas experiências de trabalho. Além disso, a familiaridade dos funcionários transferidos com a empresa e sua maneira de funcionamento pode eliminar os custos de orientação e recrutamento exigidos para uma pessoa de fora. O mais importante é o registro de 25 informações sobre o desempenho de um funcionário transferido provavelmente forneça uma previsão mais exata do sucesso do candidato do que dados obtidos de candidatos de fora. O uso efetivo de fontes internas requer um sistema para localizar candidatos qualificados a um cargo e incentivar aqueles que se consideram qualificados a se candidatar a uma vaga. Candidatos qualificados a um cargo dentro da empresa podem ser localizados Poe sistemas de registros automatizados, fazendo-se a divulgação da vaga e solicitando propostas, assim como procurando-se entre aqueles que foram demitidos. Motivação e Valorização dos Empregados Realmente é uma fonte poderosa de motivação para os empregados desde que eles vislumbrem a possibilidade de crescimento dentro da organização. É o reconhecimento que a acompanha demonstra aos funcionários que estão aprimorando seus conhecimentos, aumentando suas capacitações e têm desempenhado bem suas tarefas. Quando as organizações optam pelo recrutamento interno, cometendo justiça no processo, ou seja, escolhendo profissionais capazes e com bons desempenhos, estimula na busca da excelência. Maior Índice de Segurança - Desempenho e Potencial de Conhecimentos O candidato já é conhecido, foi avaliado durante certo período de tempo e submetido à apreciação dos chefes; não necessita, na maior parte das vezes, de período experimental, de integração e indução à organização, ou de informações cadastrais a respeito. O recrutamento interno é um excelente incentivo à oportunidade de fazer carreira na empresa. Essa situação gera um maior interesse por parte dos empregados, os quais desejam ser treinados com maior intensidade no sentido de aproveitar as vagas disponíveis. 26 Funcionários Adaptados à Cultura Organizacional O tempo de ambientação do empregado é menor em relação ao do contratado externamente. O funcionário contrato externamente traz consigo uma série de valores profissionais, métodos de trabalho, estilos de liderança crenças que às vezes se chocam com aqueles preconizadas pela organização. Isso, com certeza, não acontece com os internos. Processo mais Rápido e Econômico Com o recrutamento interno, evitam-se as despesas com anúncios em jornais, honorários de empresas de recrutamento, custos de atendimento de candidatos, custos de admissão de integração do novo empregado, etc. Estimulo ao Auto-aperfeiçoamento Aperfeiçoamento e de auto-avaliação no sentido de aproveitar as oportunidades ou mesmo de criá-las. 2.8.3 – DESVANTAGENS DO RECRUTAMENTO INTERNO Certas dificuldades que podem prejudicar a apresentação de candidatos da própria companhia para o preenchimento de certos cargos disponíveis: - Insuficiência de recursos humanos; -Dificuldades em conseguir aprovação de gerentes para liberar seus colaboradores; - Eventual ausência de avaliação; - Os funcionários não escolhidos podem ficar frustrados; - Quando não é bem estruturada a promoção interna; - Exige que os novos empregados tenham condições de potencial de desenvolvimento para poderem ser promovidos; - Pode levar os empregados a uma progressiva limitação às políticas e diretrizes da organização; - Algumas vezes prevalecendo à prioridade pela adaptação rápida. 27 2.8.4 – MEIOS DE RECRUTAMENTO INTERNO Os principais meios utilizados no processo de recrutamento interno de recursos humanos. Quadro de avisos, comunicações internas dirigidas aos agentes, se existir, consulta as chamado “banco de recursos humanos”, encontros com pessoal de categoria funcional, tais como auxiliares de laboratório, operadores de computadores, etc, jornal interno da empresa, via intranet ou e-mail para todos os funcionários. 2.8.5 – LIMITAÇÕES AO RECRUTAMENTO INTERNO À vezes, certos cargos de nível médio e superior que requerem treinamento e experiência especiais, não podem ser preenchidos dentro da empresa e pedem o recrutamento de pessoas de fora. Para certas vagas, pode ser necessário contratar também indivíduos de fora, que tenham adquirido do outro empregador o conhecimento e a experiência, necessárias para a função. Embora a política de RH incentive o preenchimento de vagas com funcionários da empresa, os candidatos potenciais de fora, principalmente para certas posições técnicas e gerenciais, podem ser uma fonte de idéias e podem trazer consigo os conhecimentos mais recentes adquiridos de seus empregadores anteriores. De fato, a dependência excessiva de fontes internas pode criar o risco de “clonagem de funcionários”. Além disso, não é raro as empresas em campos concorrentes, como os de alta tecnologia, tentarem descobrir segredos dos competidores por meio da contratação de seus funcionários. 28 2.8.6 - RECRUTAMENTO EXTERNO Para Chiavenato (1999)o recrutamento não apenas diz respeito às qualificações dos empregados, mas também à diversidade do quadro de pessoal. Se não houver entre os candidatos número suficiente de mulheres e membros de minorias, não será possível atender às metas da ação afirmativa e de diversidade. O recrutamento não é importante apenas para a organização. Ele é um processo de comunicação bilateral. Os candidatos desejam informações precisas sobre como será trabalhar nessa empresa, por seu lado, a organização deseja saber que tipo de empregado será o candidato, caso seja contratado. Ambos os lados enviam sinais sobre as relações no trabalho. Os candidatos sinalizam que são bons concorrentes e devem receber a oferta de emprego; também tendem obter da organização as informações para que decidam ou não entrar para ela. As organizações sinalizam que são bons lugares para se trabalhar, pretendem obter dos candidatos sinais que mostrem o valor potencial deles como futuros empregados. Embora as empresas geralmente recrutem candidatos para funções específicas, aqueles que procuram um trabalho costumam escolher uma posição em determinada organização. As pessoas começam pela escolha de sua área ocupacional, o que vai determinar o tipo de função a ser procurado, tais como engenharia, administração, música, fotografia, e assim por diante. Em seguida, essas pessoas escolhem a organização que oferece trabalho dentro dessa área ocupacional. 2.9 – ESCOLHENDO UMA OCUPAÇÃO A escolha ocupacional é determinada tanto por características individuais quanto ambientais. Os psicólogos afirmam que as pessoas tentam encontrar trabalhos que sejam congruentes com seu perfil; estes são classificados como artístico, investigativo, convencional, realista, social ou empreendedor. Os sociólogos enfatizam como a família, o sistema educacional, os grupos de referência e as agências vocacionais podem influenciar e limitar as escolhas ocupacionais. A escolha ocupacional também recebe influência da realidade do mercado de trabalho e da capacitação dos recursos de cada indivíduo. Os economistas definem essa escolha em termos de como as pessoas procuram maximizar seus ganhos futuros e minimizar os esforços para obtê-los. 29 As organizações têm influência muito limitada sobre a maioria desses fatores, mas alguns podem ser influenciados diretamente. Muitas empresas encorajam seus funcionários a envolver-se com programas ligados a escolas de primeiro e segundo graus para incentivar o interesse dos estudantes em matérias como matemática e ciências. “Antes se optar por uma função/organização, devem-se levantar informações sobre as oportunidades existentes. Isso pode ser feito de diferentes formas” Chiavenato (1999, p.166). Tempos difíceis têm levado pessoas a deixar suas famílias e viajarem pelo país em busca de trabalho. As pessoas só sabem dos empregados que seus amigos e familiares têm, mesmo quando existe grande oferta de vagas em outras organizações onde não trabalha ninguém de seus relacionamentos. Eles também acreditam que a sorte e os bons contatos são mais importantes do que a educação na obtenção de um trabalho. Os candidatos a empregos administrativos ou de atendimento têm maior probabilidade de usar uma agência particular de colocação do que aqueles que procuram funções no setor de produção. Os homens que utilizam agências públicas de emprego ficam mais tempo desempregados do que os que lançam mão de outros métodos de busca. Aqueles que contam com a ajuda de amigos e parentes conseguem emprego mais rápido, mas ganham menos do que anteriormente. Os tipos de abordagem dos estudantes sobre esse assunto têm sido classificados como: 1) Maximizadores: fazem o máximo possível de entrevistas, obtêm o máximo possível de ofertas de trabalho e então escolhem racionalmente a melhor delas com base em seus próprios critérios. 2) Satisfeitos: pegam a primeira oferta que aparece, acreditando que todas as empresas no fundo são a mesma coisa. 3) Precavidos: aceitam uma oferta enquanto procuram outras, depois aceitam mais uma só para verificar se sua primeira escolha era boa, antes de tomar sua decisão final. Uma abordagem compensatória para a escolha de um trabalho envolve a coleta de informações completas sobre cada oferta recebida, a comparação de todas elas entre si, à luz de todos os critérios importantes, e a opção por aquela que obtenha a melhor avaliação geral. Um aspecto que vem tendo importância crescente na procura por emprego é a 30 carreira em dupla. Com mais mulheres entrando para o mercado de trabalho, os trabalhadores casados freqüentemente procuram emprego para o casal. As empresas devem tentar oferecer vagas para ambos os cônjuges ou proporcionar algum auxílio a fim de arrumar uma colocação para o marido ou esposa do candidato em outra organização. Segundo Chiavenato (1999) não existe um modelo único de busca por trabalho, nem sabemos qual o método funciona melhor sob diferentes circunstâncias. A maioria das pesquisas sobre o assunto tem sido realizada com estudantes universitários, que freqüentemente têm a oportunidade de receber várias ofertas antes de tomar suas decisões. Em muitas outras situações, como no caso dos desempregados ou daqueles que estão querendo mudar de emprego, pode haver muita pressão para que peguem a primeira oferta que surgir. Para as organizações, o atendimento do processo de procura de trabalho por parte do candidato pode proporcionar um guia para o desenho de suas atividades de recrutamento. Por exemplo, uma empresa que pagam salários iniciais porque está em uma localização pouco atraente pode exigir uma resposta bem rápida a uma oferta de emprego, para não dar tempo ao candidato de encontrar uma oferta melhor. Essa situação também pode levar o candidato a usar um processo não compensatório que concorde com uma localização minimamente aceitável e enfatize uma boa remuneração. 2.10 – ESCOLHENDO AS QUALIFICAÇÕES DOS CANDIDATOS Antes que o recrutamento possa começar, a organização precisa decidir a natureza das vagas para as funções e as qualificações necessárias para preenchê-las. O recrutamento age como um primeiro filtro na determinação de quem entra para a organização. As atividades de recrutamento podem afetar o processo de busca do candidato e, desta forma, definir quem se apresenta à vaga. O recrutamento também filtra os candidatos diretamente, estabelecendo suas qualificações requeridas. Uma organização pode tentar conquistar a elite dos profissionais, fixando exigências muito rígidas e gastando bastante tempo e dinheiro ao procurar pelos melhores. Por outro lado, em função das condições do mercado ou da vontade de reduzir custos, a organização pode optar por candidatos de mais baixa qualificação, gerando assim um grupo maior de postulantes. 31 2.11 - UTILIZANDO A MÃO-DE-OBRA MAIS VELHA O número de pessoas com mais de 50 anos deverá crescer significativamente; a saúde e a longevidade permitem a estas pessoas trabalharem por muito tempo depois de aposentados ou de terem deixado seus empregos. Antigos preconceitos sobre a disponibilidade e capacidade desses indivíduos impedem que as organizações façam uso dessa importante fonte de candidatos ao trabalho. As opiniões sobre os trabalhadores da terceira idade variam de acordo com a idade do entrevistado. Quanto mais velho o entrevistado, maior sua crença de que essas pessoas teriam menor probabilidade de sofrer acidentes, teriam menos doenças ocupacionais, seria trabalhadores melhores e mais qualificados e que ele próprio escolheria trabalhar em companhia delas. Quanto mais jovem o pesquisado,maior a crença de que os mais velhos fossem mais difíceis de treinar, faltavam com mais freqüência, eram mais ranzinzas, menos cooperativos, resistentes às mudanças e não que estavam interessados em ter maiores responsabilidades ou em aprender coisas novas. Aparentemente, os profissionais de recursos humanos terão um trabalho duro para desmistificar esses estereótipos, especialmente entre os trabalhadores mais jovens. 2.12 - CRIANDO OPORTUNIDADES PARA OS DEFICIENTES As qualificações mínimas para o trabalho devem incluir a capacidade física e mental dos indivíduos? O artigo 1 da lei norte-americana ADA1, de 1990, proíbe a discriminação trabalhista contra “indivíduos com alguma deficiência que, com ou sem acomodações especiais, possa desempenhar as tarefas essenciais da função ou cargo que esteja pretendendo exercer”. Uma pessoa pode ser considerada deficiente tem dificuldade física ou mental que limite substancialmente uma atividade vital fundamental. Ao contrário de outras leis sobre a matéria, a ADA exige que os empregados proporcionem “acomodações especiais” para atender às deficiências e evitem questões durante o recrutamento que possam trazer à tona a deficiência, inclusive perguntas sobre a necessidade ou não de tais acomodações. Em outubro de 1995, a Comissão de Igualdade na Oportunidade de Emprego divulgou novas diretrizes que dão aos empregadores um pouco mais de liberdade nesse aspecto, permitindo “questões limitadas” a respeito das acomodações especiais em caso de deficiências 32 obvias, ou no caso de o candidato voluntariamente pedir por elas ou ainda quando este revelar uma deficiência não visível, mas que requer acomodações especiais. Os avanços tecnológicos e os tratamentos médicos cada vez mais sofisticados têm aberto novas oportunidades para as pessoas com deficiência físicas ou mentais. 2.13 - ESCOLHENDO AS FONTES DE RECRUTAMENTO E OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO Qualquer que sejam suas qualificações, os candidatos precisam ficar sabendo das oportunidades de emprego. Escolha dos tipos de candidatos a serem informados e do canal de comunicação a ser utilizado vai determinar quem ficará sabendo das oportunidades de emprego. As fontes/canais de recrutamento devem gerar um número suficiente de candidatos qualificados a um custo razoável. Geralmente, eles são escolhidos com base na tradição da empresa. Muitas empresas usam diferentes fontes de recrutamento para as seguintes atividades: escritório/serviços (como operadores de máquinas ou balconistas de lojas), profissionais/técnicos (como cientistas, programadores de informática ou advogados), vendedores comissionados e executivos /supervisores. O atendimento na empresa significa simplesmente abrir as portas da organização para aqueles que procuram um emprego, freqüentemente respondendo a anúncios ou outra divulgação feita no mercado. Essa é uma fonte bem barata de recrutamento, especialmente para vagas que podem ser preenchidas pelo mercado local de mão-de-obra. É usada com freqüência, menos para as posições de profissionais/técnicos e executivos/supervisores. Tem boa probabilidade de atrair a maior parte dos candidatos quando o desemprego local é grande, ainda que a qualidade possa ser desigual entre eles. Talvez a versão cibernética do atendimento na empresa seja um “correio eletrônico na empresa”. Cada vez com maior freqüência, os candidatos podem contatar as organizações enviar seus currículos pelo e-mail via Internet. O recrutamento nas faculdades compreende grande investimento. Realizando visitas regulares às escolas, mesmo quando não existem vagas disponíveis, as organizações conseguem manter contatos valiosos a serem usados em uma futura necessidade. Planejar um programa de recrutamento na universidade envolve a escolha das 33 faculdades e a forma de atrair os estudantes para as entrevistas no campus. As organizações baseiam suas escolhas em suas disponibilidades de recursos e no tipo de cargo a ser preenchido. Os recrutadores estão ficando cada vez exigentes, especialmente em relação aos títulos de mestrado. Empresas como a GE possuem programas internos de treinamento que são considerados por elas como mais relevantes do que um título de mestre em Administração. Em resposta a isso, os programas de mestrado em Administração têm tido seus conteúdos remodelados. Faculdades que até pouco tempo atrás desencorajavam os estudantes com poucas chances, agora estimulam o máximo possível de candidatos. Quanto maior seu número, mais a escolha parecerá seletiva. De fato, alguns estudantes se queixam de que as escolas onde fazem seus mestrados estão tão preocupados em oferecer seus alunos no mercado de trabalho que eles mal têm tempo de assistir às aulas. Evidentemente, os dias de entrevistas face a face podem estar contados, à medida que cada vez mais os estudantes contactam as empresas por meio de seus e-mails, sem precisar sair de casa. Muitas organizações, como a IBM, designam um pequeno número de faculdades como escolas-chaves e atribuem a altos executivos a responsabilidade de manter uma ligação com elas. Cada executivo tem a tarefa de conhecer os profissionais das faculdades e ajudá-los a compreender o tipo de posição e as qualificações dos alunos que melhor atendem à empresa. As feiras de profissões são encontros patrocinados pelas empresas onde os estudantes têm a chance de conversar com representantes de uma ou várias organizações sobre as oportunidades de carreira. A educação cooperativa ou os programas de internamento trazem os estudantes para dentro da empresa em seus períodos de férias para que sintam a vida organizacional e dêem a ela a possibilidade de avaliar seu potencial. Essa prática perde seu apelo motivacional quando a empresa exige que os estudantes trabalhem de graça ou que dêem consultoria como parte do processo de recrutamento. As empresas que operam internacionalmente enfrentam desafios próprios. O Ministério do Trabalho do Japão proíbe oficialmente que os estudantes universitários sejam recrutados antes do penúltimo semestre do curso. Na verdade, os alunos começam a receber milhares de correspondências e telefonemas de recrutamento desde o primeiro semestre do curso. A Motorola diferencia-se enviando uma lata fechada (do tipo daqueles em que vêm as bolas de tênis) e pedindo que o estudante guarde nela a 34 correspondência da empresa, para que fique separada das demais. Dentro da lata vem um lenço estampado com uma história que descreve a empresa. Esse tal lenço é uma sensação dentro do campus. Os estudantes visitam os possíveis empregadores por volta do último semestre da faculdade; antes de seu final, eles começam a receber doces, cartões de telefone, livros, CDs e fitas de vídeo. No final do semestre, a maioria dos estudantes já decidiu informalmente para quem vai trabalhar. Oficialmente, as entrevistas no campus começam logo após o encerramento do curso, mas a empresa que esperar até essa data para se apresentar vai descobrir que restou pouco para escolher. O desaparecimento da economia no Japão acalmou um pouco essa atividade efervescente, criando oportunidades para as empresas americanas que tenham ofertas competitivas para disputar os melhores estudantes japoneses. As organizações utilizam mais freqüentemente as escolas de curso médio, profissionalizantes e técnico-vocacionais para preencher vagas de escriturários/balconistas ou de produção/serviços. O crescimento da demanda por vendedores, garçons/garçonetes, auxiliares de enfermagem, técnicos e balconistas aponta para uma situação em que os empregadores vão defender cada vez mais de funcionários sem nível universitário.O antigo presidente da Xerox, David Kearns, falou e escreveu bastante sobre a necessidade de reformulação do ensino secundário nos Estados Unidos. O Ministério do Trabalho dos Estados Unidos propõe que as escolas mudem fundamentalmente sua filosofia de ensino, deixando de dar aulas expositivas para alunos passivos e passem para um método de “aprendizado aplicado”, no qual os estudantes usem suas habilidades básicas para solucionar problemas de seu cotidiano. A comunidade empresarial teve grande influência na identificação das capacitações necessárias e dos métodos de ensino, além de ter participado diretamente algumas vezes do processo educacional, quando metodológica, podemos pensar que, em vez de estudar biologia memorizando as partes do corpo de um animal qualquer, os alunos poderiam construir modelos ecológicos que previssem o nascimento e a morte de populações, bem como a disponibilidade de alimentos. Os especialistas sugerem que a melhor forma de estimular a melhoria do padrão das escolas secundárias é os empregadores contratarem com base nas conquistas realizadas na escola (não apenas a obtenção do diploma), dando incentivo real às atividades extracurriculares dos estudantes. No Japão, as escolas de nível médio competem pelo ingresso de estudantes tão agressivamente quanto as universidade americanas. O mundo empresarial japonês cultiva relacionamentos de longo prazo com as escolas de nível médio, que 35 recomendam formados com base em testes extensivos que consideram não apenas a graduação, mas também outros indicadores de talentos e habilidades. Os empresários geralmente entrevistam apenas o número de candidatos compatível com seu número de vagas, e melhores relacionamentos empresariais selecionam os alunos mais talentosos e então os colocam em contato com as empresas. 2.14 - RECRUTAMENTO VIRTUAL: EMPREGO ATRAVÉS DA INTERNET A Internet faz parte do sistema de gerenciamento profissional de informação de recursos humanos na área de recrutamento, através de sites. As empresas podem anunciar suas vagas por meio desses serviços, que permitem que os candidatos façam suas inscrições eletronicamente e as encaminhem para seu destino. Toda a transação pode ser feita eletronicamente com a Internet servindo de apoio. Muitas empresas têm suas próprias home pages na rede, nas quais freqüentemente existem seções que informam sobre suas oportunidades de emprego. Evidentemente, nem todo mundo está ligado na Internet; portando os velhos anúncios são amplamente utilizados às vezes de forma bastante incomum. Os anúncios em jornais são o método de comunicação mais freqüentemente usado para todos os tipos de função. Veiculam-se anúncios também por meio de publicações específicas do segmento de negócios, rádio e televisão e até mala direta para as pessoas que possuem o perfil de candidatos potenciais. Esses anúncios são vistos não apenas por aqueles que estão procurando trabalho, mas também por potenciais candidatos, clientes e toda comunidade. A mensagem veiculada tem que ser muito bem escolhida, pois reflete uma imagem da organização e não apenas seu método de recrutamento. As empresas maiores fazem campanhas nacionais e gastam bem mais em propaganda do que as pesquisas mostram que eles freqüentemente atraem candidatos com pior desempenho e com maior índice de abandono do emprego. Os anúncios podem ser elaborados com técnicas de marketing. A NEC INFORMATION SYSTEMS (NECIS) de New England utilizou trabalho de grupo com foco específico, painéis de candidatos das áreas de marketing e técnica para descobrir o que as pessoas queriam encontrar em uma empresa e em um anúncio de emprego. 36 2.15 - RECRUTAMENTO INTERNO OU EXTERNO Entre as duas fontes, devemos dar prioridade ao recrutamento interno, a não ser que se trate de preenchimento de cargos iniciais de carreira. No caso de não haver internamente nenhum candidato com potencial é que se deve recorrer à fonte externa. Na realidade, uma empresa nunca faz apenas recrutamento interno ou apenas recrutamento externo. Um sempre deve complementar outro, pois ao fazer um recrutamento interno, o indivíduo deslocado para a posição vaga precisa ser substituído em sua posição atual. Se for substituído por outro empregado, o deslocamento produz uma vaga que precisa ser preenchida. Quando se faz o recrutamento interno, em algum ponto da organização surge sempre uma posição a ser preenchido por meio do recrutamento externo, algum horizonte devem ser oferecidos ao novo empregado, sob pena de procurar desafios e oportunidades em outra organização que lhe pareça melhor. Podemos acompanhar os seguintes passos a) Inicialmente, recrutamento externo, seguido de recrutamento interno, caso aquele não apresente resultados desejáveis. b) Inicialmente, recrutamento externo, caso não apresente resultados desejáveis. c) Recrutamento externo e recrutamento interno concomitantemente. 2.16 - RECRUTAMENTO EM OUTRAS LOCALIDADES Muitas vezes, quando o mercado de recursos humanos local já está bastante explorado, a empresa pode lançar mão do recrutamento em outras cidades ou localidades. Para tanto, o pessoal do órgão de recrutamento efetua viagens, instalando- se em algum hotel, fazendo promoções pelo rádio e pela imprensa local. 37 CAPÍTULO III – METODOLOGIA A metodologia é o processo de pesquisa adotada para elaboração de um determinado assunto, que deve ser seguida para podermos responder os problemas do tema em questão, conseguindo alcançar os objetivos do trabalho de forma clara e objetiva. Segundo DEMO (2000, p. 16) – “Pesquisa é o processo que deve aparecer em todo trajeto educativo, como principio educativo que é, na base de qualquer proposta emancipatória”. Segundo TRALDI (1999), citado por Franciele Aparecida Anacleto Brugnherotto e Mariana Carravero (2006, p.31) à Pesquisa Bibliográfica busca explicar um problema com base em contribuições teóricas publicadas em documentos (livros, revistas, jornais etc.) e não por intermédio de relatos de pessoas ou experimentos. Pode ser realizada de forma independente ou estar inserida (levantamento bibliográfico) nos demais tipos de pesquisas. Mediante esses esclarecimentos, podemos definir este trabalho como sendo uma pesquisa bibliográfica, pois faz um levantamento bibliográfico sobre o tema em questão, retratando o que diversos autores trazem a respeito do assunto. A partir do material elaborado, constituído principalmente de livros de diferentes autores, foi realizada a pesquisa bibliográfica. 38 CAPÍTULO IV – SELEÇÃO DE PESSOAL O ponto de partida de todo processo seletivo fundamenta-se em dados e informações da análise e especificações do cargo a der preenchido. Os critérios de seleção baseiam-se nas próprias exigências das especificações do cargo, uma vez que a finalidade destas é proporcionar maior objetividade e precisão à seleção das pessoas para aquele cargo. A seleção é um processo de comparação entre duas variáveis: de um lado, os requisitos do cargo a ser preenchido e, do outro lado, o perfil das características dos candidatos que se apresentam. Se a primeira variável é fornecida pela descrição e análise do cargo, enquanto a segunda é obtida por meio de aplicação das técnicas de seleção. A comparação corresponde aproximadamente a um esquema de inspeção de controle de qualidade utilizada na recepção de produtos, materiais em determinadas indústrias. O padrão de comparação é sempre um modelo que contém as especificações e medidas solicitadas ao fornecedor. Se os produtosou matérias-primas fornecidas estão de acordo como padrão ou próximos dele dentro de certo nível de tolerância, serão aceitos e encaminhados ao órgão requisitante, se, porém, as medidas e as especificações estiverem além do nível de tolerância exigido, os produtos e as matérias-primas serão rejeitados e, portanto, devolvidos ao fornecedor. Essa comparação é função de órgão de staff especializado em controlar a qualidade. 4.1 - O QUE É SELEÇÃO DE PESSOAL? “A seleção de recursos humanos pode ser definida singelamente como a escolha do homem certo para o cargo certo, ou, mais amplamente, entre os candidatos recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na empresa, visando a manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal”. Todo critério de seleção fundamenta-se em dados e informações a respeito do cargo a ser preenchido. As exigências de seleção baseiam-se nas especificações do cargo, cuja finalidade é dar maior objetividade e precisão à seleção do pessoal para aquele cargo. Se todos os indivíduos fossem iguais e reunissem as mesmas condições para apreender a trabalhar, a seleção poderia ser desprezada. As pessoas diferem tanto na capacidade para apreender uma tarefa como no nível de realização dela após a 39 aprendizagem. O fato de o “melhor” candidato não ser selecionado está relacionado a dois problemas básicos que o processo de seleção visa solucionar:- a adequação do homem ao cargo e a eficiência dele no cargo. Muitas vezes o “melhor” candidato está relacionado à eficiência no cargo, desprezando sua adequação. Ou pode-se torná-lo o “melhor” devido à adequação realizada, resultando em uma ótima eficiência. A seleção passa a ser configurada como um processo basicamente de comparação e de decisão. E o perfil das características dos candidatos que se apresentam para o processo (é obtida por meio de aplicação de avaliações técnicas de seleção). Para compreender melhor definiremos a primeira variável (requisitos do cargo) como “cargo” e a segunda variável (perfil das características dos candidatos) como “candidato”. Quando os requisitos do cargo exigem mais do que o perfil das características do candidato oferece, dizemos que o candidato não tem condições para ocupar o cargo pretendido. Quando os requisitos do cargo forem menos que o perfil do candidato, dizemos que o candidato tem mais condições de que as características exigidas pelo cargo. Por intermédio da comparação, o departamento de seleção recomenda ao setor requisitante (exemplo: ferramenta, contabilidade, vendas, ou seja, qualquer departamento da empresa que solicite um funcionário ao departamento de seleção) um ou mais candidatos que forem aprovados na seleção. A decisão de escolha, aceitação ou rejeição caberá ao departamento requisitante ou a seu imediato. Portanto, a decisão final de aceitar ou rejeitar os candidatos é sempre de responsabilidade do departamento requisitante. Toda decisão na área de seleção de recursos humanos envolve a tentativa de determinar o que deve ser feito com um ou mais indivíduos. Daí a necessidade de aplicar a teoria das decisões em assuntos relacionados à destinação a ser dada aos candidatos a empregos na empresa. 40 4.2 - O PAPEL DO SELECIONADOR Independente do tamanho da organização. O vendaval da reestruturação passou arrasando todos os departamentos das empresas. Não se podia esperar que com a área de recrutamento e seleção de pessoal fosse diferente. Se a ordem é cortar custos, assumir e acumular novas tarefas de olho ma competitividade do mercado, hoje se encontra todo o tipo de situação nesse setor. Enquanto uns partem para a terceirização da atividade, parcial ou total, outros se viram obrigados a entrar no jogo da multifuncionalidade. Mas o profissional que atua nessa área (recrutamento e seleção de pessoal), que habilidades e que perfil são exigidos dele atualmente? Sensibilidade em relação ao que o mercado quer; conhecer bem a cultura da organização; possuir uma visão macro do negócio, para buscar o profissional certo; possui uma vida associativa ativa, ou contato com outras organizações por meio de associações; maior contato com os gestores, supervisores, coordenação e gerência; poder de decisão; atuar como consultor; conhecer as competências que estão sendo exigidas para o perfil do candidato são alguns pontos que fazem parte do perfil do novo profissional de seleção, além de agilidade e planejamento juntamente com o nível de preparo que essa pessoa tem para mudanças. O recrutador e selecionador participam das atividades da área solicitante (a que requisitou o preenchimento de vaga), buscando melhores resultados, não o simples preenchimento da vaga disponível. É necessário o contato bem próximo, ou seja, sair a campo verificar o que determinado departamento está exigindo de um profissional e o que a área realmente necessita no seu quadro funcional. Podemos concluir que o papel do selecionador, além de amplo, com relação ao contato e convívio com os colaboradores da empresa, é fundamental na estrutura de recursos humanos. Seja na definição da pessoa certa para o lugar certo, motivar a pessoa certa no momento certo, acompanhar esta motivação, de maneira que cresça no seu dia- dia, ligando cada vez mais profissionais e as empresa por meio e objetivos comuns. 41 4.3 - SELEÇÃO COMO UM PROCESSO DE DECISÃO Uma vez feita à comparação entre as características exigidas pelo cargo e as oferecidas pelos candidatos, a decisão final de aceitar ou rejeitar os candidatos é sempre de responsabilidade do órgão requisitante. Como um processo de decisão, a seleção de pessoal comporta três modelos de comportamento: Modelo de Colocação No modelo de colocação o processo e suas medidas (o tratamento) não incluem a categoria de rejeição, ou seja, não há reprovação. Neste modelo há um só candidato e há uma só vaga, que deve ser preenchida por aquele candidato. Modelo de Seleção Modelo de seleção quando existe um tratamento por pessoa e várias pessoas por tratamento. Quando existem vários candidatos e apenas uma vaga a preencher. Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se pretenda preencher, ocorrendo duas alternativas: aprovação ou rejeição. Se rejeitado, é simplesmente dispensado do processo, porque, para o cargo vago, há vários candidatos, e apenas um poderá ocupá-lo. Modelo de Classificação É a abordagem mais ampla e situacional. Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se pretende preencher. Ocorrem duas alternativas para o candidato: se rejeitado passa a ser comparado com os requisitos exigidos por outros cargos que se pretende preencher, até se esgotarem os cargos vacantes, advindo daí a denominação de classificação. Para cada cargo a ser preenchido ocorrem vários candidatos que o disputam, sendo que apenas um deles poderá ocupá-lo, se vier a ser aprovado. O modelo de classificação se fundamente no conceito ampliado de candidato voltado especificamente para determinado e único cargo. Apresenta grandes vantagens sobre o modelo de seleção, principalmente no que se refere à proporção de candidatos aproveitados no processo. Mantendo as demais condições constantes, a eficiência da seleção aumenta com a utilização de critérios seletivos mais severos. 42 4.4 - BASES PARA A SELEÇÃO DE PESSOAS Como a seleção de recursos humanos é um sistema de comparação e de escolha, tomada de decisão, ela deve necessariamente apoiar-se nas informações a respeito do cargo que se quer preencher e podem ser obtidas através de cinco maneiras:1. Descrição e análise do cargo: é o levantamento dos aspectos intrínsecos (conteúdo do cargo) e extrínsecos (requisitos que o cargo exige de seu ocupante - fatores de especificações) do cargo. Qualquer que seja o método de análise aplicado, o processo de seleção poderá concentrar-se na pesquisa e avaliação desses requisitos e nas características dos candidatos que se apresentem. 2. Aplicação da técnica dos incidentes críticos: consiste na anotação sistemática e criteriosa que os chefes diretos devem fazer a respeito de todos os fatos e comportamentos dos ocupantes do cargo considerado, que produziram um melhor ou pior desempenho no trabalho. 3. Requisição de empregado: consiste na verificação dos dados na requisição do empregado, preenchidos pelo chefe direto, especificando os requisitos e as características que o candidato ao cargo deverá possuir. 4. Análise do cargo no mercado: quando se tratar de algum cargo novo, sobre o qual a empresa ainda não tem nenhuma definição a priori, nem mesmo o chefe direto, existe a alternativa de verificar, em empresas similares, cargos comparáveis, seu conteúdo, os requisitos e as características dos seus ocupantes. 5. Hipótese de trabalho: caso nenhuma das alternativas citadas, possa ser utilizada, resta o emprego de uma hipótese de trabalho, ou seja, uma previsão aproximada do conteúdo do cargo e sua exigibilidade em relação ao ocupante (requisitos e características necessárias), como simulação inicial. 43 Com as informações a respeito do cargo a ser preenchido, o processo seletivo tem sua base de referência estabelecida. A partir dessas informações, o processo de seleção tem condições de convertê-las para a sua linguagem de trabalho. Isso significa que as informações a respeito do cargo e do perfil de seu ocupante são transformados em uma ficha de especificações do cargo ou ficha profissiográfica. Ela deve conter os atributos psicológicos e físicos necessários ao desempenho do ocupante no cargo considerado. Com a ficha de especificações, pode-se estabelecer quais as técnicas de seleção mais adequadas para pesquisar para pesquisar tais atributos psicológicos e físicos que o cargo impõe a seu futuro ocupante. A ficha de especificações constitui uma codificação das características que o ocupante do cargo deverá possuir. Através dela, o selecionador poderá saber o que pesquisar nos candidatos no decorrer do processo seletivo. 4.5 - ANÁLISE DE CURRÍCULO O currículo é um instrumento inicial para a seleção de pessoal, que contém o resumo da experiência de trabalho do candidato com datas, nomes das empresas, titulo das funções e detalhes envolvidas com cada posição. Ele também pode indicar os objetivos, as qualificações, a trajetória profissional, a escolaridade e os cursos de especialização e dados pessoais do candidato. É importante, ao analisar o currículo, ter muito claro o perfil desejado do candidato, porque nas entrelinhas um currículo pode revelar instabilidade ou estagnação nos empregos anteriores, alto ou baixo grau de atualização profissional, redação boa ou ruim, desorganização, etc. 4.5.1 - ETAPAS NA ANÁLISE DE CURRÍCULO Nome, endereço, número de telefone, educação, treinamento relativo ao trabalho, experiência profissional, envolvimento profissional, etc. 44 4.5.2 - AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DO CANDIDATO - Identifique se o candidato tem uma experiência profissional adequada para fazer o trabalho ao qual está sendo considerado. - Veja os segmentos da empresa para os quais trabalhou quais projetos em que esteve trabalhando. - Procure os resultados. Saiba que o candidato conseguiu e a importância desta conquista. - Procure evidências de que o candidato já desempenhou com sucesso o tipo de trabalho para o qual está sendo selecionado. 4.5.3 - AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO ACADÊMICA - O ideal é que possua evidências de educação após o nível secundário. É importante que a formação acadêmica tenha correspondência com o perfil exigido. - Ser cauteloso com um candidato que tenha muita educação ou exemplos de áreas de estudos avançados que não sejam relacionados a qualquer coisa que o candidato tenha feito no passado ou sejam planos para utilizar no futuro. - Verificar também os assuntos aos quais ele se dedicou. Veja se os cursos foram em disciplinas mais tangíveis, difíceis ou em áreas mais teóricas e abstratas. 4.5.4 - CARREIRA PROFISSIONAL E SUAS REALIZAÇÕES - É possível determinar muito sobre a compatibilidade do candidato com o trabalho olhando para seu comportamento no passado. - A pessoa que está progredindo rapidamente, provavelmente espera continuar da mesma maneira. - Verificar os programas de carreira. - Se o candidato teve vários empregos sem nenhum progresso significante, isso pode ser interpretado como falta de dedicação e ambição, e que evitou responsabilidade ou algum tipo de pressão. 45 - Igualmente, deve-se verificar se o candidato passou mais que cinco anos em um mesmo emprego, não significa que haja, necessariamente, um problema, mas vale a pena explorar isto na entrevista, etc. 4.6 - ORDENANDO OS CURRÍCULOS Pode-se usar o currículo como o primeiro passo no processo de recrutamento para separar aqueles candidatos que não estão dentro do perfil que a empresa procura desta vez e focar mais nos que você esta interessado. Separar o currículo de alguém é uma decisão muito importante e deve ser feita com base em alguma coisa óbvia e tangível. 4.7 - ANÁLISE DO CARGO E A FICHA PROFISSIONAL Para abordamos o perfil do candidato, é muito importante analisar o cargo. Afinal. O objetivo é a ocupação do cargo pelo candidato. 4.7.1 - ANÁLISE DO CARGO Levantamento do conteúdo do cargo e dos requisitos que o cargo exige se seu ocupante. Qualquer que seja o método de análise aplicado, o importante para a seleção são as informações a respeito dos requisitos e das características que o ocupante de cargo deve possuir. Assim, o processo de seleção concentra-se na pesquisa e avaliação desses requisitos e nas características dos candidatos que se apresentam. 4.7.2 - ANÁLISE DE SUPERIORES HIERÁRQUICOS Consiste na anotação sistemática e criteriosa que os chefes diretos devem fazer a respeito de todos e comportamentos dos ocupantes do cargo considerado, que produziram um melhor desempenho no trabalho. 46 4.7.3 - ANÁLISE DA REQUISIÇÃO DE EMPREGO Consiste na verificação dos dados contidos na requisição de pessoal, preenchidos pelo chefe direto, especificando os requisitos e as características que o candidato ao cargo deve possuir. 4.8 - ENTREVISTA DE SELEÇÃO A entrevista é uma etapa importante no ciclo do trabalho a ser desenvolvido. É o instrumento de seleção muito útil. É a técnica de seleção mais amplamente utilizada nas grandes, médias e pequenas empresas. Embora careça de base científica e se situe como a técnica mais subjetiva e imprecisa de seleção, a entrevista pessoal é aquela que mais influencia a decisão final a respeito dos candidatos. Na realidade, a entrevista é processo de comunicação entre duas ou mais pessoas que se interagem. De um lado, o entrevistador e, de outro lado, o entrevistado. O entrevistado ou candidato se assemelha a uma caixa preta a ser desvendada: aplica-se a ela determinados estímulos (entrada) para verificar suas reações (saídas) e, com isto, estabelecer as possíveis relações de causa e efeito ou verificar seu comportamento diante de determinadas situações. Os candidatos recrutados passam
Compartilhar