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Trabalho civil

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Direito Civil II
 
Lucas Hyath Soares
Matricula: 201608196488
A desmaterialização da obrigação de dar
	
O tema de suma importância na atualidade diz respeito ao impacto de produtos no mercado em escalas globais envolvendo a relação entre consumidor e o fornecedor. No código do consumidor não há lugar para a aplicação do regime jurídico civilista das obrigações de dar e de todos os efeitos decorrentes da destruição ou deterioração do produto. Na lei nº 8.078/90, o art. 18diz que o fornecedor possui toda ou quase toda a responsabilidade da entrega do produto ao consumidor, visando se adequar ao art.5º da constituição federal que identifica o consumidor como sujeito diferente e titular de direitos especiais.
No principio do CDC a responsabilidade dos fornecedores abrange os vícios de quantidade, qualidade e da informação. Esses vícios possuem bastante abrangência se manifestando quando possui alguma coisa inadequada ou impropriedade do produto para o consumo esperado do consumidor, seja este produto, novo ou usado, móvel ou imóvel, fungível ou infungível, material ou imaterial. 
No Código Civil a garantia do credor e adquirente de obrigação de dar, se da à tutela contra riscos de perdas do bem e a garantia contra a evicção e vícios redibitórios, tratam-se em sua grande maioria de normais dispositivas, pois atendem a interesses particulares. Porém, em contra partida as normas do código de defesa do consumidor são de ordem publica, indisponíveis e incondicionadas por qualquer uma das partes em razão da necessidade constitucional de proteger um agente especial nas relações de mercado. A garantia de adequação contra vícios de produtos é de tamanha abrangência que torna desnecessária uma teoria dos riscos para o fornecimento de produtos, pois a responsabilidade imputada ao fornecedor no art.18 requer apenas a constatação do vicio, gerando imputação objetiva de responsabilidade solidaria aos fornecedores como sanção pela violação do dever de introduzir produtos inadequados ao mercado.
Enquanto o credor da obrigação de dar se contenta com a resolução legal ou com a pretensão de ressarcir em hipóteses de inviabilização ou depreciação da qualidade do objeto, o consumidor possui o direito potestativo de sanar vícios e, subsidiariamente, de alternativamente postular pela substituição do bem, ou pela rescisão cumulada com perdas e danos, ou, finalmente, pelo abatimento proporcional do preço, tudo em conformidade ao art.18, o art.6º, da Lei do Consumidor impõe a reparação integral de danos patrimoniais e morais, individuais e coletivos, sendo que a responsabilidade do fornecedor acompanha-o, de forma a proteger tanto o primeiro adquirente como terceiros.
A doutrina civilista trata das obrigações de dar no universo dos bens tangíveis e nas relações individuais, o mundo real caminha para as relações despersonalizadas, com o protagonismo dos bens imateriais no cenário econômico. Abrange os bens financeiros, patentes, direitos autorais e uma considerável parte da atividade econômica digital. 
Segundo Ricardo Lorenzetti, “os bens imateriais são uma ampla categoria, caracterizada negativamente pela ausência de matéria, e, positivamente, por constituírem uma criação humana”.
Segundo Claudia Lima Marques trata a desmaterialização do objeto do contrato e de sua prestação. A atividade negocial de oferta e de contratação à distância é hoje globalizada, tecnológica e virtual, tendo como ajuda dos meios de telecomunicação atuais. O comércio eletrônico atualiza a noção de obrigação, pois as prestações dos contratos informáticos são imateriais como o fornecimento de produtos, tais quais softwares, jogos, filmes e músicas. As prestações dos contratos eletrônicos são obrigações de dar, tais como a venda ou o leilão. Há no comércio eletrônico uma forte lembrança das obrigações de dar, cujo maior parte se caracteriza pela rapidez, como contratos de compra e venda envolvendo bens imaterializados, como programas antivírus e os e-books. Tudo isso implica a própria desmaterialização dos vícios quando o objeto imaterial se encontra em posição de conformidade ao que se espera pela confiança do consumidor.
No que se diz a respeito de comércio eletrônico surgem dois tipos de vícios desmaterializados de informação: o vício de informação stricto sensu, localizado no art. 18 do código de defesa do consumidor, que fala sobre a disparidade entre a informação pré-contratual da oferta e da publicidade e o produto efetivamente prestado.
E o vício do produto eletrônico, “um vício de qualidade ou de quantidade do produto ou serviço, que quebra a confiança do consumidor, e o segundo vício agora também desmaterializado, o que pode bem trazer muitos problemas de prova”.

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