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DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMILIA

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DIREITO CIVIL – DIREITO DE FAMILIA
PROF. ROSEMARY CIPRIANO
Família, ramo do Direito Público ou Privado? É um ramo do direito privado, mas trata-se de um ramo do direito civil constitucionalizado, ou seja, o direito civil é um direito subordinado à Constituição Federal, e, portanto, aplica-se a ele princípios constitucionais.
É o Código Civil sendo interpretado a luz da constituição. 
O direito de família está no CC. Regula a relação entre as pessoas (filiação, casamento e seus bens). Todo D. Civil hoje é constitucionalizado.
- Direito civil constitucional
Antes de 88 a cultura era civilista. O CC era a regra, independentemente do que a CR falava.
- Aplicação direta dos princípios 
Tínhamos normas programáticas e não alto aplicáveis. Quando o judiciário aplica os princípios constitucionais no caso concreto, 
- Proeminência da pessoa 
O direito civil sempre foi mais patrimonialista. Hoje é o contrário, se prioriza a pessoa. Com isso o D. Civil deixa de ser patrimonialista, trazendo algumas mudanças:
Maior aceitação de uniões informais (união estável);
Maior condescendência na moral pública;
Possibilidade de extinção do casamento por motivos outros, além da morte ou adultério;
Igualdade entre o homem e a mulher na relação familiar;
Igualdade entre os filhos, independentemente da origem.
Nova personalização das relações familiares.
Crise na família?
Havia uma critica sobre a existência da família. A família não deixou de existir. O que existe são alterações na sociedade, que alterou a forma de se enxergar a família.
- Mutação dos conceitos básicos 
- Saída da mulher do lar para o mercado de trabalho 
Conceito de família 
Para a doutrina, família é o conjunto de duas ou mais pessoas genética ou afetivamente ligadas e que desejam um relacionamento harmônico. Este conceito começa a ficar um pouco ultrapassado.
Para a ONU: é a base da sociedade, é o núcleo fundamental da sociedade. 
Para a Constituição da República, família é a base da sociedade; art. 226.
- Paradigma constitucional: è a base fundamental da sociedade. Merece proteção direcionada a cada membro da família, enquanto formadores de uma família. 
Obs. Antes da CR/88, protegia-se somente a instituição familiar, ou seja, protegia-se somente a estrutura familiar, não importando quem fosse, pois se preocupava em proteger o patrimônio da família. Após a CR/88, o Estado passa a proteger as pessoas da família, independentemente de sua origem.
Concepção moderna de família passa pela quebra de paradigma (modelo)
	Antes da CR/88
	Depois CR/88
	Matrimonialista
Só se considerava família, as decorrentes do casamento.
Patriarcal
Tínhamos o pátrio poder – O pai tinha poder sobre os filhos, sobre a mulher e etc. 
Hierarquizada
Quem mandava era o pai e o restante obedecia.
Heteroparental
Só havia constituição de família entre homem e mulher.
Biológica
Unidade de produção e reprodução
Casava-se para ter filho. 
	Pluralista
Com as diversidades, hoje, família pode ser, mono parental, decorrente da união estável e etc..
Democrática
Agora temos o poder familiar e não pátrio poder. Os pais tem o dever poder sobre os filhos.
Igualitária
Hoje há uma paridade entre os pais. Os filhos estão no mesmo patamar dos pais
Hetero ou monoparental 
Hoje família independe se é entre homem e mulher ou do mesmo sexo.
Biológica ou socioafetiva 
Unidade socioafetiva
Filho não mais é a razão da constituição familiar. 
Tipos de família
- Família tradicional: Família desde sempre. Casal e filhos
- Família unipessoal: Um indivíduo que mora sozinha.
- Família monoparental: Está na constituição, um dos pais que mora com o filho.
- Família social: é o reconhecimento de entidade familiar às creches, asilo e etc.
- Família homoafetiva: formada por pessoas do mesmo sexo.
- Famílias simultâneas: De acordo com o principio da monogamia, ninguém pode constituir união estável com mais de uma pessoa. O Estado não pode reconhecer 2 famílias. Mesmo depois da CR/88 em razão do princípio da monogamia, não se podem reconhecer a 2º família como entidade familiar, mas na prática ocorre a família simultânea, que é aquela em que uma pessoa mantém relacionamento com duas pessoas, e com cada uma, constitui família.
- Família recomposta: Casais que já foram casados anteriormente e já possuem filhos e concebem novos filhos. Os filhos apesar de não ter parentesco sanguíneo têm parentesco afetivo.
Princípios norteadores do Direito de Família
- Isonomia 
Busca-se a igualdade material e não somente formal (somos iguais perante a lei). 
Manifesta-se através do principio da equiparação dos filhos independentemente se são do casamento ou não.
Também se manifesta na igualdade entre homem e mulher, deixa-se de se ter a família patriarcal para termos a família democrática.
- Dignidade da pessoa humana 
É fundamento do nosso estado democrático de direito. Irradia-se por todo ordenamento jurídico. A principal proteção recai na pessoa. Protege-se a família através de cada componente da família. 
Um dos principais princípios que está presente no direito de família é o da solidariedade.
- Princípio da solidariedade decorre da dignidade da pessoa humana. 
No D. de família se percebe principalmente na assistência entre os membros da família (assistência material e moral). Proteção tanto dentro do seio família quanto do Estado. A proteção do Estado se dá quando elabora leis. Está assistência é positivada, é obrigatória. (Ex. obrigação de assistência é a prestação de alimentos). (Ex. de assistência moral é a obrigação legal de cuidado – guarda compartilhada – direito de visitas)
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
- Solidariedade assistência
- Solidariedade proteção.
- Princípio da Afetividade 
Não é principio constitucional
É um princípio implícito.
Hoje a falta do afeto é o bastante para justificar o término do casamento.
Recebe muitas críticas pelos profissionais que não militam na área de direito de família. 
A relação familiar é constituída com base na relação de afeto. Esse princípio orienta as relações familiares, pois, se falta afeto, não há mais porque permanecer em família. 
Hoje existe relacionamento familiar apenas baseado no afeto. Essa relação de afeto gera efeitos jurídicos. (ex. alimentos com base na afetividade)
- Princípio do melhor interesse da criança e do adolescente 
Não importa os interesses dos pais, o que se prioriza é o melhor interesse da criança. 
- Proteção do idoso 
Tem base no princípio da solidariedade. Visa-se realmente proteger o idoso.
- Planejamento familiar e responsabilidade parental
Tem previsão no art. 226, parágrafo 7º da CR/88. 
Não se usa paternidade e parentalidade.
Podemos ter a quantidade de filhos que podemos cuidar com dignidade. É um princípio orientador e não regulador
A parentalidade responsável quer dizer que tenho deveres em relação aos filhos, prestando ampla assistência a esse filho (material e moral).
- Facilitação da dissolução do casamento.
Com a EC 66 veio alteração na Constituição possibilitando a dissolução do casamento. Não é mais importante.
- Principio da monogamia
Apesar de ser proibida a constituição de 2 casamentos ao mesmo tempo, há decisões reconhecendo essa situação.
CASAMENTO
- art. 1511: Estabelece uma comunhão plena de vidas com base no princípio da afetividade, assistência mutua e etc.
Casamento é a união solene entre sujeitos, para a constituição de uma família e a satisfação dos seus interesses personalíssimos, bem como de sua eventual prole.
- Natureza jurídica: (casamento é o que?)
Corrente contratualista: Diz que o casamento é um contrato porque depende de uma manifestação de vontade que é íntima.
Corrente institucionalista: Diz que o casamento não é contrato, pois, as regras já estão pré-estabelecidana lei civil. 
Caio Mario diz que o casamento é um contrato porque depende de manifestação de vontade, é um contrato especial (sui generis), pois a sociedade tem o casamento como algo importantíssimo.
- Momento da consolidação do casamento 
Para a corrente contratualista, o casamento se consolidará, quando houver manifestação da vontade.
Quando houver declaração do juiz
Se for contrato declara-se casados com a manifestação da vontade, mas, se for institucionalista, considera-se quando houver declaração do juiz (paz).
Requisitos para que haja casamento
Solenidade do ato: Que o ato seja praticado conforme estabelecido na lei.
Diversidade de sexo? O CC diz que o casamento só é possível casamento entre homem e mulher. Hoje isso já não é mais importante.
Dissolubilidade (EC-9/77 – Lei 6515/77 – CR/88): Após a emenda previu a dissolubilidade do casamento. 
Monogamia;
- Finalidades do casamento: 
Concepção canônica: é imprescindível para legitimar a reprodução
Concepção civil: é constituir família porque a família é à base da sociedade. 
Concepção tradicional: Reprodução de filho e perpetuação de matrimonio
Concepção atual: Família eudemonista, aquela que é instituída para a busca pela felicidade
CASAMENTO CIVIL E RELIGIOSO
Até o ano de 1890 o casamento era somente religioso, a partir de 1890 passou a existir o casamento civil, mas não era obrigatório.
O casamento civil torna-se obrigatório na constituição federal de 1891 e depois pelo CC 1916. Na Constituição Federal de 1934, o casamento religioso passa a ter efeitos civis.
O casamento religioso só terá efeitos civis após a habilitação feita em 90 dias e registrado em cartório, tem efeito ex tunc (art. 1515). 
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equiparase a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submetese aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
§ 1º O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.
§ 2º O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.
§ 3º Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.
CAPACIDADE PARA CASAMENTO 
Capacidade relativa: Homem e mulher, com 16 anos podem casar, desde que autorizados pelos pais, ou responsável legal; (idade núbil)
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindose autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Os pais ou representante legal, podem revogar a autorização até a celebração do casamento.
Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização.
SUPRIMENTO JUDICIAL
Quando um dos pais se recusar a consentir/autorizar o casamento do filho de 16 anos, injustamente, a autorização poderá ser suprida pelo juiz. 
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
Obs. O juiz nomeará curador especial para que o menor seja representado no processo de suprimento judicial. (art. 9º, I, CPC)
Art. 9º O juiz dará curador especial:
I – ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele;
Exceções – art. 1520
- Gravidez: Em caso de gravidez, o menor de 16, somente poderá se casar com suprimento judicial. 
- Evitar cumprimento de pena criminal (art. 107, inciso VII do CP – revogado pela lei 11.106/05): Antes o estuprador se casasse com a vítima se livrava da pena, hoje não mais. 
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1.517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.
Obs. Se um dos pais falecem, ou um deles for destituído do Poder Familiar, somente pai vivo ou que possui Poder Familiar poderá autorizar o casamento do menor de 18 anos e maior de 16 anos.
RELAÇÕES DE PARENTESCO
Parentesco resulta da consanguinidade, parentesco civil ou outra origem (por afinidade, relações socioafetiva e etc.)
1 – Natural/consanguíneo: é o parentesco que liga biologicamente as pessoas.
- Linha reta – art. 1591
Descendem ou ascendem uma das outras. Em linha reta, o parentesco é infinito. Graus são contados em gerações, cada geração é um grau, os impedimentos se aplicam em qualquer grau.
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.
- Linha colateral ou obliqua – art. 1592: São as pessoas de um tronco ancestral comum, sem descenderem uma das outras, até o quarto grau.
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
Irmãos são parentes de 2º grau na linha colateral. 
Tios são parentes de 3º grau na linha colateral
Primos são parentes de 4º grau na linha colateral
Tio avô são parentes de 4º grau na linha colateral
Obs. Na linha colateral, o 3º grau cessa o impedimento para casamento, ou seja, o impedimento para casamento vale para parentes até 3º grau.
PARENTESCO CIVIL 
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem.
É o parentesco decorrente de uma relação de adoção.
A adoção desliga a criança completamente da família biológica, ou seja, os pais biológicos são destituídos do Poder Familiar.
A destituição do Poder Familiar não cessa o impedimento do casamento (pois ainda serão parentes consanguíneos)
Fecundação artificial: 
- Fecundação artificial homológa é quando o material genético é dos pais.
- Fecundação artificial heteróloga é quando um dos materiais genéticos é do casal. (nesse caso trata-se de filho civil)
PARENTESCO POR AFINIDADE QUE É DIFERENTE DE AFETIVIDADE
É o parentesco que une o cônjuge ou companheiro à família do outro. (exemplo: sogra e nora)
O parentesco na linha rela se estendem aos ascendentes e descendentes do cônjuge.
O parentesco na linha colateral vai até o 2º grau, ou seja, se limita aos irmãos do cônjuge (cunhado).
Na linha reta, a afinidade não cessa com a dissolução do casamento, o parentesco por afinidade também não cessão com a morte ou divórcio.
Obs. Afinidade é diferente de afetividade.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§  1º O parentesco por afinidade limitase aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
Essas regras se aplicam tanto para união estável quanto casamento.
IMPEDIMENTOS PARA CASAMENTO 
A destituição do poder familiar não faz cessar o impedimento para o casamento. 
- Impedimento é diferente de pressupostos para atos da vida civil.
Impedimento é um obstáculo legal para matrimônio 
- Impedimento resultante de parentesco 
Art. 1.521. Não podem casar:
I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; (parentes em linha reta)
II – os afins em linha reta; (não cessa com a dissolução do casamento).
Obs. Os da linha colateral o impedimento cessa com o fim do casamento
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
Obs. O adotante é parente por afinidade da pessoa que foicasada com o adotado, por isso, mesmo que não tivesse esse inciso, ainda assim existiria o impedimento, de acordo com o art. 1521, II. 
IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
Obs. Irmãos unilaterais são aqueles que têm só o pai ou mãe em comum; bilaterais é quando os pais são comuns; tios são impedidos de casar com sobrinhos (só podem mediante autorização judicial)
V – o adotado com o filho do adotante; (parentesco civil – princípio da afetividade – princípio da equiparação dos filhos)
- Impedimento resultante de casamento anterior
Art. 1.521. Não podem casar:
VI – as pessoas casadas;
- Impedimento decorrente de crime.
Art. 1.521. Não podem casar:
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Obs. Homicídio culposo não obsta o casamento.
- Casamento entre tios e subrinhos: Em regra geral é vedado o casamento entre tios e sobrinhos.
Exceção: o decreto 3200/1941, permite o casamento entre tio e sobrinho somente com autorização judicial.
- Momento da oposição: 
Poderão ser opostos impedimento até o momento da celebração do casamento.
Poderá ser oposto por qualquer pessoa.
- Forma da oposição
Será oposto em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado.
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto às causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
Obs. Na celebração, ainda que haja oposição de impedimento, não invalida o casamento, mas, se provado o impedimento, caberá ação de nulidade de casamento. 
CAUSAS SUSPENSÍVAS 
São determinadas circunstâncias que fazem o casamento ser considerado irregular, tornando, porém, obrigatório o regime da separação de bens (art. 1641, I) como sanção imposta.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
Mesmo com causa suspensiva, as pessoas poderão se casar, mas o regime obrigatório será o de separação de bens (não suspende nada)
Visa proteger interesse de terceiros.
O nome é impróprio. Não suspende nada. Mesmo com causas suspensiva se permite o casamento.
a) – Confusão de patrimônio – art. 1523, I.
Art.1.523. Não devem casar:
I – o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
b) – Confusão sanguínea – art. 1523, II.
Art.1.523. Não devem casar:
II – a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
Obs. Trata-se de causa suspensiva imposta apenas à mulher, tem o objetivo de evitar dúvida sobre a paternidade. 
c) – Divórcio sem partilha de bens – art. 1523, III. (súmula 197 STF)
Art.1.523. Não devem casar:
III – o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
Súmula 197. O divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha dos bens.
Obs. O casal poderá se divorciar sem a partilha dos bens, mas o divorciado so poderá se casar novamente se houver a partilha de bens do antigo casamento.
d) - Pendência de prestação de contas de tutela/curatela - art. 1523, IV
Art.1.523. Não devem casar:
IV – o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
CESSA AS CAUSAS SUSPENSIVAS
Art.1.523. Não devem casar:
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provandose a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o excônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
Obs. Mesmo que desapareçam as causas suspensivas, o regime de bens continuará o de separação de bens, salvo se o casal solicitar ao juiz que não aplique as causas suspensivas provando-se a inexistência de prejuízo a terceiros, provado o nascimento de filho, ou inexistência de gravidez.
OPOSIÇÃO DAS CAUSAS SUSPENSIVAS
- legitimidade para oposição
Parentes de linha reta; e
Parentes de linha colateral até 2º grau
- Momento – 15 dias após publicação das proclamas.
- Forma de oposição –
Declaração escrita e assinada, instruída com provas do fato alegado.
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
- Defesa dos nubentes –
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu. 
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de máfé.
DO PROCESSO DE hABILItAÇãO PARA O CASAmENtO
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos:
I – certidão de nascimento ou documento equivalente;
II – autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra;
III – declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecêlos e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV – declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V – certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Art. 1.526. A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público.
Parágrafo único. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.
CELEBRAÇÃO
- publicidade ostensiva 
Para que se tenha conhecimento da celebração possibilitando inclusive a oposição ao casamento até o momento de celebração do casamento.
Art. 1.533. Celebrarseá o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizarseá na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
- Testemunhas
2 em regra: Testemunham que conhecem o casal e que não sabem da ocorrência de impedimento.
4 em alguns casos: Se o casamento ocorre fora do cartório ou casamento de pessoas que não sabem escrever (mesmo no cartório).
- Recusa em responder ou silencio equivale à negativa
Em regra o casamento realizar-se-á no cartório e a exigência é que os nubentes apresentem 2 testemunhas que os conheçam.
A exceção é que, se o casamento ocorrer fora do cartório, ou as testemunhas não saibam escrever, os nubentes terão que apresentar 4 testemunhas.
- acordo de vontades
A autoridade competente (juiz de paz) tem que perguntar em voz alta para os nubentes sobre a concordância com o casamento. Por sua vez, os nubentes terão que responder em voz alta e clara sua vontade de contrair matrimônio. 
Obs. A recusa em responder, equivaler-se-á a negativa.
O casamento logo após ser celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro 
Art. 1.536.Do casamento, logo depois de celebrado, lavrarseá o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I – os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges;
II – os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais;
III – o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior;
IV – a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V – a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI – o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas;
VII – o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
- retratação:
O Nubente que der causa a não celebração do casamento, não pode se retratar no mesmo dia.
SUSPENSÃO DA CERIMÔNIA
- Oposição de impedimentos: Deve ser uma oposição por escrito com provas e idoneidade do opositor. 
- falta de declaração da vontade: Não impede que ocorra em outra data (no mínimo 24 horas).
- revogação da anuência dos pais: Se houve a revogação suspende-se a cerimônia. 
CASAMENTO NUNCUPATIVO – art. 1540/1541
É o casamento celebrado onde um dos nubentes se encontra em iminente risco de vida, e não for possível obter a presença do juiz de paz. Neste caso os nubentes poderão celebrar o casamento da presença de 6 testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na linha coletaral até 2º grau.
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.|
É possível a celebração sem juiz de paz, sem prévia habilitação, em fim, não é necessário o atendimento de nenhum dos requisitos legais.
 
Requisitos 
- Eminente risco de vida
- 6 testemunhas
- Após o casamento, deve-se ocorrer processo especial para formalização. (tem que haver uma sentença que declare o casamento)
As testemunhas irão a sede do juízo mais próximo do local do casamento, Informam que houve o casamento com os nomes dos noivos, o juiz tomando a termo abrirá vista para o MP que em 15 dias averiguará impedimentos.
Retornando ao juiz sem impedimento, o juiz declarará o casamento. Por sentença o juiz declarará o casamento. Retroagindo os efeitos à data da celebração. (ex tunc).
O juiz oficiará o cartório de oficio para registrar o casamento.
- ratificação (no caso de convalescimento do enfermo): Deve o convalescido ratificar junto ao cartório declarando o casamento sem a necessidade do juiz. Não há a necessidade de nova celebração. 
As testemunhas não podem ser parentes em linha reta ou colateral até 2º grau.
Ainda que seja celebrado por juiz de paz, a caracterização do casamento nuncupativo é a dispensa de formalidades.
Efeitos do casamento nuncupativo
A sentença judicial é declaratória e produz efeitos ex tunc, ou seja, a sentença declara o casamento, mas é a celebração que constitui o casamento, pois os efeitos da sentença retroagirão até a data da celebração. 
CASAMENTO POR PROCURAÇÃO
Art. 1.542. O casamento pode celebrarse mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazerse representar no casamento nuncupativo.
§ 3º A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
É possível casamento por procuração inclusive o nuncupativo. 
- Deve ser por Instrumento público com poderes especiais (Cartório de Notas)
- Pode ocorrer revogação, o mandato deve ser por instrumento público.
Caso ocorra o casamento antes da ciência da revogação, pode ser o casamento anulável. 
- Perdas e danos
O mandante pode incorrer em perdas e danos, caso o nubente se sinta prejudicado pela falta de ciência da revogação.
- É possível no casamento nuncupativos os casos de casamento por procuração caso o mandante não seja o enfermo.
PROVAS DO CASAMENTO – art. 1543
Em regra, o casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão de registro.
Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil provase pela certidão do registro.
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova.
a) certidão do registro 
É um atestado do registro que há um assento de casamento. 
b) outros meios de prova do casamento (prova indireta)
Essas provas são perante o juiz que por sentença declarará o casamento.
- CPC – art. 332 
- Título de eleitor 
- Registro em repartição pública
- Testemunhas
- Fotografias 
- Procedimentos de justificação judicial de casamento que é um procedimento de jurisdição voluntária. O Juiz por sentença reconhecerá o casamento. Essa sentença tem natureza declaratória e que os efeitos retroagiram à data do casamento (que o juiz pelas provas considerar). 
O juiz oficiará o cartório do 1º ofício da residência do cartório. 
c) Posse do estado de casados (um dos meios de provas mais frágil) - Excepcional 
Quando não se consegue provar por outros meios o casamento.
Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.
Obs. Na dúvida, entre as provas favoráveis e contrárias, o juiz deve julgar pelo casamento, se os cônjuges viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.
Elementos fáticos
Quando um dos nubentes já morreram ou não podem declarar.
- Uso do nome (conhecido como sobrenome)
- Tratamento público e notório (as pessoas reconhecem)
- essa modalidade deve ser usada para benefício da prole (condição de descendente).
- Em caso de morte/ausência ou impossibilidade de manifestação 
- Motivo: afastar contestação da condição de descendente 
- Registro 
- Sentença (efeitos retroagem a data que o juiz entender pelas provas apresentadas)
Registro de casamento celebrado no exterior – art. 1544
Quando ocorre o casamento no exterior. Estando no Brasil, devem registrar no prazo de 180 dias a partir da data que os nubentes estabelecerem residência no brasil. O registro no Brasil é para dar efeito erga onmenis. O registro é feito no 1º cartorio de registro do estado onde se estabeleceu a residência. 
Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1º Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
INVALIDADE DO CASAMENTO
Nulidade (art. 1548/1549)
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I – pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
II – por infringência de impedimento.
Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público.
Modus operandi: Ação declaratória de nulidade.
- Quando houver impedimento de norma cogente de caráter público (casamento de irmãos como, por exemplo)
- legitimados – Qualquer pessoa pode propor a ação e em qualquer tempo.
-Não comporta ratificação, mesmo com a intenção dos nubentes.
- Efeitos 
A anulação é ex tunc, ou seja, retroage a data do casamento. (os nubentes serão solteiros) – A lei deve controlar os efeitos em relação à terceiros.
Anulabilidade (art. 1550) 
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I – de quem não completou a idade mínima para casar;
Obs. Neste caso os legitimados serão os menores, quando atingirem a idade núbil, e os pais ou representantes legais.
O prazo é de 180 dias, contados a partir da data em que o menor completou 16 anos ou data em que os pais tiveram ciência.
Exceção: Menor de 16 anos não pode casar, exceto com suprimento judicial em caso de gravidez.
II – do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III – por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV – do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V – realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI – por incompetência da autoridade celebrante.
Parágrafo único. Equiparase à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.
Não há infrigencia de norma cogente de caráter público.
- Ocorre por interesse particular 
Nesse caso os nubentes poderão ratificar o casamento. 
- Legitimados – Somente o interessado
- Prazos decadenciais: Não pode ser ajuizada ação declaratória após o transcurso do prazo.
- Não pronunciável ex ofício 
- MP = Quase sempre atua como custos legis.
	 Hipóteses
	Legitimados para propor ação 
	Prazo
	Exceções 
(poderá manter o casamento)
	Art. 1550, I – Menor de 16 anos (não possuem idade núbil) – Somente com suprimento judicial e em caso de gravidez. – É um caso de anulabilidade.
	Menor (16 assistido pelos pais)
Pais / responsável
	Art. 1560, § 1º
180 dias a contar da data em que o menor completar 16 anos.
Os pais conta-se 180 dias a partir do conhecimento.
	Gravidez/ratificação do nubente.
	Art. 1550, II – Maior que 16 anos > 18 sem consentimento.
	- Menor quando atingir maioridade (18 anos).
- Representante legal quando do conhecimento do casamento.
- Herdeiros do menor falecido antes de completar maioridade.
	Art. 1555, § 1º
180 dias
	Art. 1555, § 2º se representante legal compareceu ao ato do casamento não poderá pedir a anulabilidade do casamento.
	Art. 1550, III – Vício de vontade. 
Art. 1556/7 – Erro essencial/coação. (erro capaz de evitar o casamento caso houvesse o conhecimento – coação pode ser moral).
	Art. 1559 – Cônjuge enganado ou coagido 
	Art. 1560 
- Erro: 3 anos
- Coação: 4 anos 
	Não há exceção para permanência do casamento.
	Art. 1550, IV – Relativamente incapaz
	Representante legal / herdeiros
	Art. 1560, I
180 dias do conhecimento do casamento.
	Não há
	Art. 1550, V – Mandatário
	Nubentes
	Art. 1560, § 2º
180 dias da celebração
	Se tiver ocorrido coabitação é possível a permanência do casamento se tiver ocorrido o ato sexual.
	Art. 1550, VI – Incompetência do celebrante (juiz que não é juiz)
	- MP pode propor a ação porque a pessoa se passou por agente do Estado sem ser.
- Nubentes
	Art. 1560, II
2 anos da data da celebração
	Art. 1554
Se houver registro subsistirá o casamento.
CASAMENTO PUTATIVO
É o casamento que, embora anulável ou mesmo nulo, foi contraído de boa-fé por ambos os cônjuges ou por pelo menos um deles.
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boafé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boafé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de máfé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
Putare = Significa crer/pensar 
A lei procura proteger as pessoas de boa-fé dos terceiros, dos filhos e cônjuges. 
- Se os 2 cônjuges estavam de boa fé: O Casamento é nulo e aproveitaram os efeitos da putatividade.
Se houve comunhão de bens, então serão os bens divididos como se o casamento tivesse ocorrido.
Se houver adotado o nome, o nome será preservado.
È possível a instituição de alimentos 
- Se 1 cônjuge tiver de boa fé, somente ele aproveitará os efeitos da putatividade.
- Se os 2 cônjuges estiverem de má-fé nenhum deles aproveitam os efeitos da putatividade.
Somente a prole e os terceiros aproveitam os efeitos da putatividade independentemente de fé.
REGIME DE BENS
Conceito: é o conjunto de regras que disciplinam as relações econômicas e patrimoniais dos cônjuges, quer ente si, quer no tocante a terceiros, durante o casamento.
- Variedade de regimes 
Os regimes de casamento são cinco: Comunhão universal, comunhão parcial, separação de bens, separação obrigatória de bens e participação final nos aquestos.
No Código de 1916 a regra (caso não haja pacto antinupcial) é de que o casamento será de comunhão universal de bens. Com a lei 6515/77 o regime passou a ser de comunhão parcial de bens.
Caso os nubentes queiram se casar em regime diferente do supletivo legal, é necessária a escritura pública de pacto antenupcial. 
- Possibilidade de alteração do regime na constância do casamento 
Mesmo depois do casamento, poderá haver alteração do regime de bens.
REGRAS
- Pedido formulado por ambos os cônjuges ao juiz de família (procedimento de jurisdição voluntária)
- Motivo relevante 
- Provar a inexistência de prejuízo para os terceiros ou cônjuges.
- Casamento celebrado na lei anterior (art. 2035 e 2039 C.C.)
O casamento (regime de bens) realizado sob as regras do CC de 1916 podem ser alterados. 
- Regime de separação obrigatória de bens – Art. 1641
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;
III – de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Nenhuns dos bens dos cônjuges adquiridos anteriormente ou posteriormente se comunicarão.
HIPOTESES DE REGIME DE SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
- Menor que 18 anos que se casaram com suprimento judicial das assinaturas dos pais.
- Maior de 70 anos 
- Infrigência de causas suspensiva 
DAS CAUSAS SUSPENSIVAS
Art. 1.523. Não devem casar:
I – o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II – a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III – o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV – o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provandose a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o excônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
Sumula 377 STF
377. No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento.
Não se aplica a súmula 377 do STF no regime de separação convencional de bens.
Aquestos
Conceito: É o patrimônio adquirido, onerosamente na constância do casamento. 
Obs. O regime de separação obrigatória de bens é diferente do regime de separação de bens, pois aquele é obrigatório e este, é convencional.
 
- Regime de comunhão parcial de bens - Art. 1658/1666 (SUPLETIVO LEGAL)
Trata-se do regime supletivo legal de 1977
Na comunhão parcial,a comunicação acontece basicamente com os bens adquiridos na constância do casamento.
EXCLUEM-SE DA COMUNHÃO – ART. 1659
- Bens particulares: São bens que pertencem exclusivamente a um dos cônjuges. O que o cônjuge possuir antes do casamento.
Anteriores ao casamento 
Doados / herdados
- Bens subrrogados: Bem que é alienado e com o dinheiro se compra outro bem na constância do casamento. Não se comunica.
- Bens adquiridos com valores particulares 
- Obrigações 
Anteriores ao casamento: Não atinge ao cônjuge exceto se a divida foi constituída em proveito dos cônjuges. 
Atos ilícitos: Dividas decorrente de ato ilícito não atinge o cônjuge. Não atinge patrimônio do outro cônjuge.
- Bens pessoais: Bolsas, sapatos etc. 
- Bens de uso profissional: Computadores, livros, ferramentas etc.
- Salários, montepios, pensões: O dinheiro não é aquesto. O patrimônio comprado com o dinheiro é. 
ENTRAM NA COMUNHÃO – ART. 1660
- Bens adquiridos onerosamente na constância do casamento.
- Bens adquiridos por fatos eventuais: Coisas que não se prevê (loteria – bigbrother e etc)
- Doação / herança a favor dos cônjuges (2)
- Frutos de bens particulares 
- Benfeitorias em bens particulares 
Obs. A administração do patrimônio comum, compete a qualquer dos cônjuges.
Os nubentes podem estabelecer ou alterar o regime de bens de acordo com suas necessidades, desde que não contrariem normas cogentes.
REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS - 1667 – 1671
É o regime em que ocorre a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, exceto aqueles excluídos por lei. 
Cláusula de incomunicabilidade: é aquela que torna o bem incomunicável, independentemente do regime de bens.
- REGRA BASICA: Comunicam-se todos os bens, presentes e futuros.
Doação sem cláusula de comunicabilidade: Comunica
Se tiver cláusula de incomunicabilidade não comunica.
Os bens recebidos em doação ou herança: Comunica
Dividas durante o casamento, ou antes dos casamento se for em aproveito do casal: Comunica
Em regra só se exclui da comunhão os bens doados ou herdados com cláusula de incomunicabilidade e os subrrogados no lugar deles.
Exclui-se da comunhão qualquer divida decorrente de ato ilícito.
	EXCLUEM-SE DA COMUNHÃO NA COMUNHÃO UNIVERSAL OS BENS 
	Doados / herdados com cláusula de incomunicabilidade
Fideicomisso 
Dívidas anteriores ao casamento: em regra não se comunica exceto se as dividas se reverterem em proveito do casal ou patrimônio do casal.
Doações antenupciais (ao futuro cônjuge) com cláusula de incomunicabilidade
Bens referidos nos arts. 1659, inciso V a VII.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I – os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os subrogados em seu lugar;
II – os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva:
III – as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV – as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V – os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
Art. 1.659. Excluemse da comunhão:
V – os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI – os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII – as pensões, meiossoldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Obs. A incomunicabilidade não se estende ao frutos.
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.
PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS
É o regime de bens em que cada cônjuge possui o seu patrimônio próprio, submetendo-se os bens adquiridos na constância do casamento a partilha de bens.
Cada cônjuge é proprietário exclusivo dos bens que já tinha adquirido antes do casamento, bem como daqueles que vier adquirir exclusivamente após o casamento, a qualquer título.
No regime de participação final nos aquestos, só se comunica os aquestos.
Para achar os aquestos, devemos excluir os particulares.
- Patrimônio próprio: são todos os bens, são os bens particulares + os bens adquiridos na constância do casamento a qualquer título.
Atenção: Patrimônio próprio é diferente de patrimônio particular.
	BENS PARTICULARES
	Anteriores ao casamento e os subrrogados 
Sucessão / liberalidade
Dívidas relativas aos bens particulares 
Aqui, os bens são:
- De livre administração 
- Livre disposição sem anuência do outro cônjuge NOS CASOS DE BENS MÓVEIS – art. 1673
Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento.
Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem móveis.
Direito de propriedade. Significar colocar o bem ao acatamento da minha vontade. Podem aliena-los se forem móveis. Os bens imóveis, para serem dispostos devem ter a anuência do outro cônjuge. No pacto antenupcial poderá ser disposto de forma diferente, ou seja, se houver previsão anterior, poder-se-á exercer o direito de livre disposição dos bens particulares. 
SEPARAÇÃO DE BENS (CONVENCIONAL)
Este é o único regime que não há comunhão alguma, os bens permanecem sob a livre administração e disposição exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
É o único regime que os cônjuges possuem plenamente a livre disposição do bem, não precisando da anuência do outro para alienar qualquer bem.
 
Aqui há participação dos cônjuges na despesa do casal. 
Este regime é a exceção do art. 1647.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
PACTO ANTENUPCIAL – art. 1653/7
Conceito: é um contrato feito por escritura pública, por meio do qual os nubentes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre ambos, após o casamento.
Se não for feito por escritura pública, será considerado nulo.
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
Enquanto não houver casamento, o pacto é ineficaz.
È necessário realizar o pacto antenupcial todas as vezes que o regime de casamento não for o de comunhão parcial.
No pacto antenupcial poder-se-á convencionar qualquer coisa. Desde que não contraria norma cogente.
As clausulas que contrariam norma cogente (de ordem pública) será considerada nula e não será eficácia se não houver o casamento.
Não esquecer que se não houver o casamento não eficaz e não nulo.
- Registro no assento dos imóveis 
Deve-se registrar o pacto no cartório de registro de imóveis. Proporcionando efeito erga omnes. 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:
I – praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, com as limitações estabelecidas no inciso I do art. 1.647;
II – administrar os bens próprios;
III – desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial;
IV – demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647;
V – reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridospelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos; É INCONSTITUCIONAL 
VI – praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente.
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro:
I – comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica;
II – obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir.
Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam solidariamente ambos os cônjuges.
Art. 1.645. As ações fundadas nos incisos III, IV e V do art. 1.642 competem ao cônjuge prejudicado e a seus herdeiros.
Art. 1.646. No caso dos incisos III e IV do art. 1.642, o terceiro, prejudicado com a sentença favorável ao autor, terá direito regressivo contra o cônjuge, que realizou o negócio jurídico, ou seus herdeiros.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II – pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III – prestar fiança ou aval;
IV – fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedêla.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitearlhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou particular, autenticado.
Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo cônjuge a quem cabia concedêla, ou por seus herdeiros.
Art. 1.651. Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caberá ao outro:
I – gerir os bens comuns e os do consorte;
II – alienar os bens móveis comuns;
III – alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte, mediante autorização judicial.
Art. 1.652. O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro, será para com este e seus herdeiros responsável:
SÓ NÃO VAI CAIR AS QUESTÕES E ANULAÇÃO E NULIDADE DO CASAMENTO.

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