Buscar

semana 3 para turma (empregado)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO DO TRABALHO I – AULA III – Sujeitos do contrato de trabalho: Empregado
CONCEITO DE EMPREGADO – Pessoa física que presta serviço a outrem, serviços estes caracterizados pela pessoa física, pessoalidade, habitualidade, onerosidade e subordinação. Obs: Ausente qualquer requisito não se configurará a relação de emprego. Deve ser extraído da interpretação conjugada entre os artigos 2º e 3º da CLT.
ISONOMIA DE EMPREGO – Esclarece o parágrafo único do art. 3.º que “Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual”. Esse dispositivo também encontra referência na CF/1988, em face do art. 7.º, XXXII, que proíbe a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. O tipo de trabalho realizado pelo empregado, seja manual, técnico ou intelectual, é irrelevante à configuração do vínculo empregatício. Configuração do pacto laboral não depende da qualificação profissional do obreiro ou mesmo da natureza da atividade exercida, mas sim da simples presença dos requisitos caracterizadores da relação de emprego, sendo proibido o estabelecimento de regimes jurídicos distintos para disciplinar a relação de emprego. Obs: Existem regulamentações específicas, que dispõem sobre determinadas profissões intelectuais (ex.: advogado – Lei 8.906/1994; psicólogo – Lei 4.119/1962; professores – CLT, arts. 317 a 324 etc.), não contrariando o princípio da isonomia, pois disciplinam situações de trabalho distintas, especiais. O que a lei veda é tratamento diferenciado para a mesma situação de trabalho.
EMPREGADO EM DOMICÍLIO – Local da prestação do serviço. Para a configuração do vínculo de emprego, não importa o local onde serão prestados os serviços, nova redação do art. 6º da CLT�. A mesma Lei acrescentou ao art. 6.º um parágrafo único, passando a dispor que os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Realizado na moradia do empregado. Entende-se como domicílio da pessoa natural o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo (CC, art. 70). Exemplo típico: Costureira que realiza seu ofício em casa, na sua residência, não havendo controle, pelo empregador, da jornada do obreiro (que labora na hora que bem entender, em geral conciliando as atividades domésticas com as profissionais), mas tão somente fiscalização sobre a produção efetuada. Existe vínculo de emprego com as empresas, pois não interessa para a caracterização do vínculo o requisito da exclusividade, salvo cláusula contratual prevendo.
EMPREGADOS DE CONFIANÇA: Exclui o trabalhador do capítulo da duração da jornada de trabalho e por consequência da obrigação de registrar em cartão essa mesma jornada. A simples diferença de padrão salarial decorrente da natureza dos cargos não poderiam caracterizar o cargo de confiança. O importante é o poder de autonomia nas decisões a serem tomadas, poder este em que o empregado se substitui ao empregador. Portanto, ainda que a confiança contratual relativa ao empregado seja maior do que aquela relativa aos demais empregados esta confiança depositada, longe está de se caracterizar o cargo de confiança exigido por lei. GRUPO 1 -Poder de gestão, mando, fiscalização, admissão, demissão, etc. -Seus atos podem provocar prejuízos, mas jamais põe em risco a atividade fim do empregador (Art. 499, 468 §Ú, 469 §1º e 224 §2º CLT); GRUPO 2 – Mesmas atribuições do grupo 1, mas com poderes mais amplos, sem fiscalização, confunde-se com o empregador. Põe em risco a existência da empresa (Art. 499, 468 §Ú, 469 §1º e 62, II CLT) e GRUPO 3 – Empregados eleitos ao cargo de diretor de S.A Inexiste subordinação. O contrato de trabalho fica suspenso conforme a Súmula 269, TST.
EMPREGADO DOMÉSTICO – Entende-se por empregado doméstico aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, conforme dispõe o art. 1º da LC 150/2015.� 
Destacamos os seguintes elementos: Prestação de serviço de natureza não lucrativa (sem fim comercial ou industrial, para uso da família); pessoa física ou à família, no âmbito residencial das mesmas (somente pessoa física podem empregar doméstico, pessoa jurídica jamais lugar que a família está); Continuadamente (exige-se aqui a continuidade dos serviços, mais de 3 dias/semanais e mais de 4h diárias); O doméstico faz jus: a) Registro em CTPS; b) Ao salário-mínimo ou ao piso salarial estadual, fixado em lei; c) Jornada de trabalho não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais; d) Seguro contra acidentes de trabalho; e) Irredutibilidade do salário; f) Horas Extras – com no mínimo 50% de acréscimo sobre o valor da hora normal; g) Adicional noturno – equivalente 20% do valor da hora normal; h) Décimo terceiro salário; i) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; j) Férias, acrescidas de 1/3 constitucional; k) Férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional; l) Férias em dobro, quando concedidas ou pagas fora do prazo; m) Salário-família; n) Vale transporte, nos termos da lei; o) FGTS equivalente a 8% da remuneração do empregado. OBS: EC 72 de 2013. Referida emenda alterou o § Ú do art. 7 da CF, ampliando os direitos dos domésticos. PECULIARIDADES DOS DOMÉSTICOS: FGTS ERA facultativo para o empregador doméstico. Seguro-desemprego, por sua vez, somente ERA devido nos casos em que o empregador não houvesse optado pela inclusão do empregado no regime do FGTS. Ambos os direitos, foram estendidos aos domésticos.
EMPREGADO RURAL�: Empregado que presta serviços na atividade da agricultura e pecuária, a empregador rural, em propriedade rural ou prédio rústico. Prédio rústico é o situado geograficamente em zona urbana, mas dedicado à atividade agropastoril. Após a promulgação da CF/1988, passou a ter os mesmos direitos dos trabalhadores urbanos, conforme acentua o caput do art. 7.º da Carta Maior. A EC l 28/2000 alterou o art. 7.º, XXIX, igualando o mesmo prazo prescricional para o crédito dos trabalhadores rurais e urbanos em cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. Vale destacar a OJ 38 e a OJ 417 da SDI-I/TST.� A caracterização do trabalhador rural dá-se em função da atividade exercida por seu empregador. Exercendo o empregador uma atividade rural, empregado rural será o obreiro. Propriedade rural é aquela localizada fora do perímetro urbano. E prédio rústico está localizado no perímetro urbano, mas exerce atividade agroeconômica. EMPREGADOR RURAL = EXERCE ATIVIDADE AGROECONÔMICA. A lei 5.889/73 aplica-se a todos os trabalhadores rurais, inclusive àqueles que não tem relação de emprego, como os: boias frias (aquele que aparece no meio rural nas épocas de safra – trabalhador eventual que aceita qualquer serviço, a qualquer momento, em qualquer lugar, não tendo o vínculo com o empregador rural) os meeiros (estabelecida por meio de contrato de parceria, onde o proprietário tem direito a 50% do que o seu parceiro produzir)�, arrendatários (determinada pessoa obriga-se, por meio de contrato, a ceder para outra o uso e gozo de propriedade rural por tempo determinado, mediante pagamento de aluguel mensal e exercer atividade de exploração agrícola e pecuária. arts. 3º, 16, e 33 do Decreto lei. 59.566/66) e Parceiros (o indivíduo cede a outro determinado imóvel rural, com o objetivo de nele desenvolver atividade de exploração agropecuária, mediante participação nos lucros) – (art. 17 da lei) safrista (empregado rural contratado para trabalhar durante a safra a duração do seu contrato a termo –prazo determinado – dependerá das variações estacionais da atividade agrária (art. 14 da lei). Entende-se como safra o período compreendido entre o preparo do solo para o cultivo e a colheita (art. 19 da lei).
DISTINÇÕESENTRE O RURAL E O URBANO: INTERVALOS – INTERJORNADA. Conforme a lei no art. 5º o intervalo do rurícola é igual ao do urbano, de no mínimo 11 horas consecutivas de descanso entre uma jornada e outra. INTRA JORNADA. De acordo com o mesmo art. 5º, o intervalo dentro da jornada superior a 6 horas, será obrigatório de 1 hora para repouso e alimentação, observados os usos e costumes da região. Obs: art. 71 da CLT. TRABALHO NOTURNO: 
	EMPREGADO
	HORÁRIO NOTURNO
	HORA NOTURNA REDUZIDA
	ADICIONAL NOTURNO
	Urbano
	22h às 5h
	Sim = 52’ 30’’
	20%
	Rural (pecuarista)
	20h às 4h
	Não 
	25%
	Rural (lavoura)
	21h às 5h 
	Não 
	25%
Art. 7º A lei 5.889/73 - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária. Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.
	EMPREGADO
	DESCONTO MORADIA
	DESCONTO ALIMENTAÇÃO
	AUTORIZAÇÃO PARA DESCONTO
	Urbano 
	25% do salário contratual
	20 % do salário contratual
	Não é obrigatória
	Rural 
	20% do salário contratual
	25% do salário mínimo 
	É obrigatória
Art. 9º Salvo as hipóteses de autorização legal ou decisão judiciária, só poderão ser descontadas do empregado rural as seguintes parcelas, calculadas sobre o salário mínimo: a) até o limite de 20% (vinte por cento) pela ocupação da morada; b) até o limite de 25% (vinte por cento) pelo fornecimento de alimentação sadia e farta, atendidos os preços vigentes na região; c) adiantamentos em dinheiro. Aviso Prévio, nos termos do Art.15 da lei ele difere do urbano, porque aqui, durante o prazo do aviso-prévio, se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, o empregado terá direito a um dia por semana, sem prejuízo do salário, para procurar outro emprego.
IDÊNTICO AO URBANO: FGTS e PIS; Salário-Família; Adicional de Insalubridade e periculosidade; Prescrição (de 5 anos, limitada a 2 anos após a extinção do contrato de trabalho)
CLT não se aplica aos trabalhadores rurais, conforme dispõe o art. 7.º consolidado, sendo os mesmos regidos pela Lei 5.889/1973 e pelo Decreto 73.626/1974. Todavia, embora não contemplados pelo diploma consolidado, para a configuração do vínculo empregatício do rural, também será necessária a presença dos requisitos caracterizadores do liame empregatício (trabalho prestado por pessoa física, pessoalidade, subordinação, não eventualidade, onerosidade e alteridade). Exemplos de trabalhadores rurais: o boiadeiro, o peão, o ordenhador de gado, o tratorista, o trabalhador que labora na lavoura etc.
APRENDIZ – é empregado, mas por disposição legal, seu contrato de trabalho tem natureza especial (presta serviço + aprendizado). Fundamento legal: Art. 428� a 433 da CLT. 
PECULIARIDADE DO CONTRATO – O contrato exige forma solene, deve ser necessariamente escrito. Contrato por prazo determinado, duração máxima de 2 anos. Portadores de necessidades especiais não  tem limite de duração. Art. 428, §3º, CLT. Idade é limitada, mínimo 14 e máximo 24. Portadores de necessidades especiais não tem limite máximo de idade. COTA PARA CONTRATAÇÃO�. JORNADA DE TRABALHO; Art. 432, CLT� E EXTINÇÃO DO CONTRATO DE APRENDIZAGEM�.
� Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único.  Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. “Art. 83. É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta do empregador que o remunere.”
� Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
� Art. 2º da lei: “empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviço de natureza não eventual a empregador rural, sob dependência deste e mediante salário.”
� 38. EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA. (LEI Nº 5.889, DE 08.06.1973, ART. 10, E DECRETO Nº 73.626, DE 12.02.19/74, ART. 2º, § 4º) (inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade está diretamente ligada ao manuseio da terra e de matéria-prima, é rurícola e não industriário, nos termos do Decreto n.º 73.626, de 12.02.1974, art. 2º, § 4º, pouco importando que o fruto de seu trabalho seja destinado à indústria. Assim, aplica-se a prescrição própria dos rurícolas aos direitos desses empregados. 417. PRESCRIÇÃO. RURÍCOLA. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 28, DE 26.05.2000. CONTRATO DE TRABALHO EM CURSO. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) Não há prescrição total ou parcial da pretensão do trabalhador rural que reclama direitos relativos a contrato de trabalho que se encontrava em curso à época da promulgação da Emenda Constitucional nº 28, de 26.05.2000, desde que ajuizada a demanda no prazo de cinco anos de sua publicação, observada a prescrição bienal.
� Art. 195, §8º CF O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei
� Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
�  Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.
� Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.  § 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
� Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; II – falta disciplinar grave III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo IV – a pedido do aprendiz.

Continue navegando