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Constitucional II (3)

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Quinta-feira– 09/02 
Dirlly da Cunha– Direito Constitucional. 
Depositário infiel não poderão ser presos, tornando-se ilícita tal. Prisão civil somente por dívida com pensão alimentícia. 
Constitucional II é estudado a organização do Estado. 
Organização do Estado: Federação. 
	A federação representa um modelo de organização do Estado. A forma federativa é um princípio fundamental restruturante e de organização do Estado. O modelo federativo é capacidade de distribuição do poder político, administrativo e legislativo, entre os entes federativos autônomos regionais, (união, estados, DF e municípios)–A maioria dos estados Europeus adotam o modelo o unitário para concentração do poder político.
Locais = municípios 
regionais = Estados e DF
central = união
	A organização do Estado representa uma das principais funções da constituição. O princípio federativo é princípio fundamental estruturante ou de organização do Estado. No estado que adota o modelo federal/federativo o poder político decorrente da soberania é compartilhado entre a organização político governamental central e as organizações político governamentais regionais ou locais, todos autônomos. Já no estado unitário o poder político é concentrado em uma única organização político governamental. É evidente que por razões de eficiência há a desconcentração de atividades para os entes periféricos ou regionais, que não possuem autonomia. Logo, suas ações podem desconstituídas pelo ente central, geralmente por meio do poder legislativo. O modelo de Estado que prevalece na atualidade é o unitário, sobretudo nos países da Europa Ocidental (Portugal, Itália, França). 
O modelo americano formulou a confederação, traduz um conjunto de estados soberanos.
A origem histórica da federação americana é em 1787, até então, as 13 colonias independentes formavam uma confederação, no qual seus integrantes tem soberania e a prerrogativa do direito de secessão ou retirada. Naquela época chegou-se a conclusão de que a possibilidade de retirada e as pressões do império britânico provocavam sérios riscos a manutenção da confederação. Deste modoem nome de uma maior estabilidade e segurança jurídica, as 13 colônias decidiram abrir mão da soberania e criar um estado federativo, no qual não é admitida a secessão. 
1) Funções da constituição.
2) Estado federativo = Estado unitário
3) Origem histórica
A origem histórica da federação americana é em 1787, até então, as 13 colonias independentes formavam uma confederação, no qual seus integrantes tem soberania e a prerrogativa do direito de secessão ou retirada. Naquela época chegou-se a conclusão de que a possibilidade de retirada e as pressões do império britânico provocavam sérios riscos a manutenção da confederação. Deste modoem nome de uma maior estabilidade e segurança jurídica, as 13 colônias decidiram abrir mão da soberania e criar um estado federativo, no qual não é admitida a secessão. 
4) Características
a) descentralização
O poder político e repartido pela constituição entre os entes federativos autônomos. 
b) repartição de competência
Como consequência da descentralização política, a constituição promove a repartição de competências, entre os entes federativos
c) constituição rígida
O modelo de estado federativo pressupõe uma constituição rígida por razões de segurança jurídica. Inclusive, a forma federativa de estado constitui limite material ao poder de reforma da constituição, é cláusula pétrea. 
As constituições rígidas são aquelas que somente podem ser alteradas por meio de um processo mais difícil ou rigoroso de modificação do que o processo de alteração das leis infraconstitucionais. A CRFB/88 é rígida, visto que de acordo com o art. 60, §2º da CF, a emenda constitucional somente pode ser aprovada por votação em cada casa do congresso nacional (Câmara dos Deputados e Senado), em dois turnos com maioria de 3/5 dos votos dos respectivos membros, das duas casas). 
d) direito de secessão?
O Estado federativo não admite direito de secessão ou retirada.
e) soberania do estado federal
A república federativa do Brasil é soberana, mas as organizações políticas são autônomas. Entretanto os estados, o DF, a união e o município são autônomos. 
f) intervenção
Em regra, a União não pode intervir nos estados, suprimindo sua autonomia, entretanto, existe situações institucionais em que poderia haver uma intervenção excepcional. A regra no estado federativo é a não intervenção do ente político central nos entes políticos periféricos. Todavia, a constituição admite a intervenção, em algumas hipoteses excepcionais, previstas no art. 34 da CRFB. 
g) auto-organização dos estados-membros.
Os estados-membros podem se organizar de acordo (art. 25, 29 e 32), os estados, o DF e os municípios podem se organizar por meio de suas constituições ou leis orgânicas, trata-se de uma das capacidades oriundas da autonomia dos entes federativos. 
h) órgão representativo dos estados-membros (art. 46) 
Todo estado federativo possui um órgão que representa os interesses dos estados-membros. Este órgão é o senado federal 
i) órgão guardião da constituição
Todo modelo de estado federativo pressupõe um órgão guardião da constituição, que no nosso caso é o STF. Os objetivos são resolver questões que envolvam problemas de competências entre os entes federativos e a própria preservação do pacto federativo. 
j) repartição de receitas
Trata-se de pressuposto do estado federativo na repartição de receitas entre as organizações político governamentais autônomas, não faria sentido prever a autonomia e a repartição de competências se os entes autônomos não possuem recursos financeiros para desempenhá-las.(art. 157 e 159), normas de repartição de receitas. 
5) Base normativa
Art. 1º caput, C/C art. 18, caput, CRFB.
6) a) Forma de governo
b) sistema de governo
c) forma de estado.
7) Entes federativos
São organismo políticos-governamentais, dotados de autonomia, que compõem o Estado organizado sob o modelo federal/federativo. Não existe hierarquia entre a União (ente central) e os Estados-membros (entes periféricos–estados DF, e municípios). Todos são autônomos, e possuem o mesmo status jurídicos. O que pode acontecer em algumas situações práticas, de conflito de competências, é a utilização do critério da preponderância de interesses, para solucionar, tal conflito. A união tutela os interesses nacionais, os Estados e o DF, os interesses regionais, e os municípios, os interesses locais. 
A regra→Não intervenção, exceto nos casos previstos no art. 34. 
O STF já decidiu, em questão envolvendo a União e o Estado-membro, que, segundo o princípio da preponderância do interesse, o interesse da União, deveria prevalecer sobre o interesse do Estado-membro. A questão dizia respeito a uma discussão sobre desapropriação de um imóvel Estadual pela união para a Instituição de uma reserva extrativista sustentável. Nesse caso, o STF entendeu que o interesse da união voltado a proteção do meio ambiente, deveria prevalecer, sobre o interesse meramente patrimonial do Estado. 
A) União
B) Estados-membros
C) Municípios
8) Autonomia
Autonomia é modelo intrínseco ao Estado Federativo. (muita autonomia– descentralização do poder)
Autonomia:– atos locais - (difere) soberania (atos praticados por Estado – ex.: autorizar forças de outro pais cruzar seu território, assinar tratados, declarar guerra, estabelece impostos alfandegários). O país divide-se em frações para que melhor seja administrada.
Soberania:
1.0 Conceito: Exercício do poder é delegado(quem exerce o poder, exerce algo que não é dele)
O poder emana do povo. O povo é representado por pessoas que estão ocupando temporariamente uma função típica do Estado.
Roussean = Inalievável (Não existe possibilidade da soberania ser entregue, emprestada– soberania
A soberania interna é o relacionamento do Estado e a sociedade civil (ocorrendo dentro do território–aspecto interno: o poder da jurisdição): freios contra-freios
Sieyes– Soberania Nacional (O titular, o dono do poder:é a nação o povo, o único representante da nação. E para o exercício do poder: o estado (governo). Para exercer a soberania deve possuir personalidade jurídica: direito-deveres.
1.1 Limites: Algo imposto pelo estado liberal burgues (o exercício de poder sem limites era inviável) oEstado de Direito. 2ºgrande limite é a democracia(consenso da delegação do poder).3º Limite teoria do freios e contra-freios(art. 2 da CF–as funções típicas e harmônicas de governo se fiscalizam mutuamente– e os três são fiscalizados pelo povo).
1.3 Características:
A) Una– Elaé incontrastável– só possui uma dentro do Estado (não pode haver outra soberania concorrendo com ela)
B) Indivisível– Ela não se fragmenta– Possui a mesma forma e intensidade
C) Inalienável– se o estado aliena, ele fica sem o poder. 
1.3 Características:
A) Una– Elaé incontrastável– só possui uma dentro do Estado (não pode haver outra soberania concorrendo com ela)
B) Indivisível– Ela não se fragmenta– Possui a mesma forma e intensidade
C) Inalienável– se o estado aliena, ele fica sem o poder. 
D)Imprescritível– ser eterna (nasce e morre como Estado) 
A) Auto-organização (art. 25)
Capacidade de editar sua própria constituição. A autonomia é conceito intrínseco à forma federativa de Estado. Para exercer suas finalidades constitucionais, os entes federativos precisam de meios para tanto, como por exemplo, competências, recursos financeiros, estrutura-administrativa, leis próprias, pessoal etc. Isso só é possível por meio do exercício da autonomia, que consiste no somatório de quatro capacidade. São elas: auto-organização, autogoverno, autolegislação e autoadministração. Auto-organização, significa a prerrogativa dos entes federativos de editarem suas leis máximas de regência, que vão organizar o funcionamento dos seus poderes, órgão, entidades e instituições político-governamentais. Os estados-membros podem editar suas próprias constituições, que são subordinadas diretamente à constituição da república. Art. 25, caput, CRFB. Do mesmo modo, o DF, pode editar sua lei organica, e também, é subordinada diretamente à Constituição da república. A doutrina afirma que, embora a constituição da repúblicadenomine a norma máxima de regência do DF de lei orgânica, esta teria a essência de uma constituição Estadual, tendo em vista sua subordinação direta a CRFB, ver art. 32 da CRFB. A capacidade de autoorgnização do município se expressa na possibilidade da edição de leis orgânicas, que possuem dupla subordinação, primeiro a constituição do respectivo estado, depois à CRFB. 
DF– art. 32, CRFB
Município– Art. 29, CRFB.
B) autogoverno (art. 27; 28) 
Pressupõe estruturação do poder executivo. Autogoverno significa a capacidade dos entes federativos de instituírem seus próprios governos, bem como as estruturas administrativas necessárias para o desenvolvimento desses governos. Por exemplo: Os estado-membros elegem seus governadores e vice-governadores. Elegem, ainda, seus deputados Estaduais (art. 27 e 28), os municípios elegem seus prefeitos, vice-prefeitos e vereadores (art. 29) 
C) Autolegislação
É a capacidade de cada ente federativo de produzir suas próprias leis, observadas as competências legislativas definidas pela CRFB. 
D) Autoadministração
Capacidade de governança, capacidade de gestão. Consiste na prerrogativa dos entes de promover a gestão dos seus serviços públicos e atividades administrativas. OS estados tem competências para promover a gestão dos serviços de segurança pública, os minicípios tem competência para promover a gestão de serviços públicos de transporte urbano etc. 
Autonomia é o somatório das quatro modalidades.
A soberania constitui elemento do Estado que tem reflexo no plano interno e externo. O poder soberano é titularizado pelo povo e somente o povo pode autorizar o exercício legítimo da coerção estatal em nome da convivência social, o Estado tem o monopólio do poder coercitivo, que tem fundamento na soberania. Somente o Estado por meio de suas leis, pode restringir liberdades individuais, visando a convivência social pacífica. No plano internacional a soberania se expressa na independência da república federativa do Brasil. A soberania impede ingerência externa sobre as decisões fundamentais do Estado Brasileiro. 
9) União
A união tem dupla personalidade. Ela representa a república federativa do brasil, que é o Ente soberano. A soberania constitui um dos fundamentos da nossa república, conforme art. 1º, inciso I da CRFB. O presidente da república, também exerce um dupla função como representante da república federativa do brasil, ele atua como chefe de Estado. A união, também é ente federativo autônomo, aplicando neste caso os art. 1º, caput, e art. 18, caput. Aqui, o presidente da república, atua como chefe de governo, respondendo pelo poder executivo federal. 
A) Plano interno (art. 1ª, caput, C\C, art. 18, caput, CRFB) 
Compõe o estado federativo brasileiro. 
B) Plano externo (art. 1º, C\C art. 21, I a IV, da CRFB)
Representa a república federativa do brasil. 
Obs.: A diferença entre soberania e autonomia: 
A soberania representa um dos fundamentos da república federativa do Brasil (art. 1º, inciso I), por sua vez, a autonomia traduz elemento essencial para a formação de um estado que adote o modelo federativo, cuja base normativa está no art. 1º, caput, C/C, art. 18, caput, da CRFB. A soberania se apresentar no plano externo e no plano interno. Já a autonomia se apresenta somente no plano interno. 
9.1) Presidente
Se a União possui dupla personalidade à autoridade que a representa, exercerá uma dupla função. A primeira função é a de chefe de governo, que expressa a autoridade máxima do poder executivo da pessoa jurídica de direito público interno– União, isto é, da União enquanto organismo político governamental autônomo, integrante do Estado Federal brasileiro. Como chefe de governo o presidente da república será responsável, por exemplo, pela formação dos seus ministérios, nomeação para cargos estratégicos e implementação de políticas públicas de interesse nacional, como segurança pública, portos, aeroportos, educação, saúde etc. Já, como chefe de Estado, o Presidente da república, vai representar como autoridade maior a República Federativa do Brasil, nas suas relações internacionais, como por exemplo: na celebração de tratados, acordos, convenções, participar de deliberações da ONU (organização das nações unidas) etc. 
A) Chefe de Estado:
B) chefe de governo:
10) Estados-membros (organismo politico-governamentais dotados de autonomia)
Quantidade: 26.
Orgão representativo: Senado (art. 46, CRFB)
Auto-organização - Art. 25, CRFB (editar sua própria constituição)
- Autogoverno→Art. 27, 28 e 125, CRFB. (capacidade de eleger seus governadores)
- Auto-adminstração (prerrogativa de fazer a gestão de serviços públicos)
- Autolegislação (art. 18 e 25 a 28 (competências legislativas e materiais– podem editar leis próprias)
10.1) Natureza jurídica: Pessoa jurídica de direito público interno.
No modelo federativo de estado, os estados-membros, constituem organismo político-governamentais, autônomos, que integram as pessoas políticas da federação. O modelo brasileiro contem 26 estados-membros, cujo o órgão de representação é o SENADO FEDERAL, na forma do art. 46, caput, da CRFB. Portanto, os estados-membros devem participar da formação de suas vontades, através da atuação de seus senadores. Como ente autonomo, o Estado-membro exerce a capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação. A auto-organização permite a produção de suas próprias constituições, estão subordinadas diretamente à constituição da república, na forma do art. 25, caput. O autogoverno permite que os estados-membros tenham governos próprios. A população do estado, por exemplo, vai eleger seu governador, vice-governadore deputados estaduais. A autoadministração confere a prerrogativa aos estados membros de cuidar dos seus serviços públicos, como por exemplo, a segurança pública. A autolegislação permite aos estados membros produzirem suas próprias leis, observadas as competências constitucionais. A natureza jurídica dos estados-membros é de pessoa jurídica de direito público interno. 
Distrito Federal
CAPACIDADES:
Doutrina: ente anômalo. Auto-organização: LEI ORGÂNICA (FORMAL, EQUIPARADA SUBSTANCIALMENTE MATERIAL) (art. 32, caput)
Autogoverno (art. 32, §§ 2 e 3º)
AutoAdministração ( Art. 32, caput. Não pode ser dividido em municípios)
Autolegislação (leis distritais)
Indivisibilidade: em municípios. 
Autonomia parcialmente tutelada (art. 32, §4º, C/C art. 144, §6º, C/C art. 21): as polícias civis, militar, corpo de bombeiro são da União. 
Súmula 647, STF
SV 39
Art. 21, XIII e art. 22, XVII, CRFB. 
Competências legislativas (art. 32, §1º–ao DF pode legislar sobre questões regionais e locais– o DF pode editar lei municipal e editar lei, cuja competência dos Estados). 
Anômalo: indivisibilidade, autonomia parcialmente tutelada, possibilidade de competências legislativas estaduais e municipais). 
O Distrito Federal (DF) é organismo político governamental autônomo, integrante do Estado Federativo Brasileiro. É dotado portanto das capacidades oriundas da autonomia. Todavia, a doutrina afirma que o DF constitui ente federativo anômalo, já que possui algumas singularidades, que o distinguem dos outros entes. O DF se organiza por lei orgânica, subordinada diretamente à Constituição da República. Sendo assim, embora a constituição trate essa norma de regência formalmente como lei orgânica, substancialmente, corresponde a uma CE (constituição Estadual). A segunda singularidade está na impossibilidade de divisão em municípios, na forma do art. 32, caput. Outra singularidade, consiste na autonomia parcialmente tutelada pela União. Significa que as polícias civil e militar, e o corpo de bombeiro militar do DF pertencem à União. Estes órgãos devem hierarquia ao governador do DF, entretanto são organizados e mantidos pela União. A SV (Súmula vinculante) n.º 39, dispõe nesse sentido, dizendo que compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros da polícias civil e militar e do corpo de bombeiro militar do DF. Além disso, o poder judiciário, ministério público e a defensoria pública do DF são organizados e mantidos pela União, por fim, o DF pode exercer competências legislativas próprias dos Estados membros e dos municípios, cuidando ao mesmo tempo de interesses regionais e locais. Por exemplo: o DF pode editar uma lei disciplinando o horário de funcionamento do comércio local, no exercício e competência legislativa municipal. Do mesmo modo, o DF pode instituir por lei tributo de competência estadual. 
O Distrito Federal é regido por lei orgânica, subordinada diretamente à Constituição da república, na forma do art. 32, embora tenha forma de lei orgânica, esta, substancialmente, se equipara a uma constituição Estadual, pois, subordina-se diretamente à Constituição da República, isto é, o Poder Constituinte Derivado Decorrente subordinado ao Poder Constituinte Originário. Já os municípios, embora, também sejam regidos por lei orgânica, não exercem Poder Constituinte Derivado Decorrente, pois tal documento jurídico tem dupla subordinação, pois Está submetido à Constituição do respectivo Estado (Poder Constituinte Derivado Decorrente) e a Constituição da República (Poder Constituinte Originário), deste modo, se uma lei é incompatível com a lei orgânica municipal, ela é ilegal e não inconstitucional. (art. 29, caput, CRFB). 
MUNICÍPIOS (pessoas político-administrativo com autonomia)
Os municípios compõe a federação como entes federativos autônomos. José Afonso da Silva e Roque Antonio Carrazza, embora sejam componentes territoriais que integram a federação, eles não seriam entes federativos, os municípios não tem órgão de representa-la a nível nacional. Art. 1º C/C art. 18. 
Prevalece na doutrina o entendimento de que os municípios são integrantes do estado federativo brasileiro, como entes federativos autônomos, isto é, pessoas político-administrativos dotadas das capacidades de auto-organização, autoadministração, autogoverno e auto-legislação. Este entendimento é baseado no que estabelece os art. 1º, caput, e 18, caput, da CRFB. Por sua vez, existe na doutrina posicionamento minoritário, no sentido de que os municípios, embora dotados de autonomia não compõe a federação brasileira, na condição de entes federativos, pois não há um órgão nacional que expresse a vontade dos municípios. Papel que é exercido pelo senado federal em relação aos estados-membros. Logo, Para essa parcela da doutrina, a federação é composta somente pelos estados-membros. Os professores Jose afonso da silva e Roque Antonio Carraza, partilham desse entendimento. 
Ente federativo: 
Autonomia. Art. 29 e 30, CRFB
Art. 29→L. Orgânica
Art. 30→Comp. materiais e legislativas.
Lei orgânica– PCDD (Poder Constituinte derivado decorrente):
A autonomia dos municípios se expressa na possibilidade de edição de leis orgânicas, que organizam o funcionamento dos municípios, bem como na prerrogativa de os municípios exerceremcompetências materiais/administrativas e legislativas. Contudo, a expressão mais relevante da autonomia municipal está na capacidade de auto-organização dos municípios, que ocorre por meio da edição de leis orgânicas. A doutrina majoritária entende que as leis orgânicas municipais não correspondem à Constituições Municipais, uma vez que as leis orgânicas municipais se subordinam as Constituições dos respectivos estados e À Constituição da Republica. Se uma lei municipal é incompatível com a lei orgânica ela será ilegal e não inconstitucional. Logo, para a maioria doutrinária, as leis orgânicas municipais não seria produto do exercício do poder constituinte derivado decorrente (PCDD), diferentemente da lei orgânica do DF. Toda via há entendimento minoritário na doutrina, no sentido de que as leis orgânicas municipais representam constituições municipais, tendo em vista o procedimento mais complexo de aprovação do seu texto e diversos limites materiais definidos pela constituição da república (ver art. 29, e seus incisos). 
Poder Constituinte derivado decorrente é aquele que autoriza a organização dos Estados membros, por meio de edição de constituições próprias. Este poder é secundário, limitado e condicionado pelo PCO (poder constituinte originário)
Prefeitos: responsabilidade criminal: art. 29, X, da CRFB.
Crimes dolosos contra a vida (art. 5º, XXXVIII, “D”, CRFB) e SV (súmula vinculante) 45
Prefeitos tem foro por prerrogativa de função.Art. 29, X julgamento:do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
Os prefeitos possuem foro por prerrogativa de função caso comentam crimes comuns, desde que os crimes tenham relação com o exercício da função. De acordo com o art. 29, X, da CRFB, os prefeitos serão julgados pelo tribunal de justiça do respectivo estado pela prática de crimes. O decreto-lei 201/67, que foi em sua maior parte recepcionado pela constituição prevê, no seu art. 1º, os crimes que podem ser praticados por prefeito, bem como a definição das penas, respectivas. Questão interessante diz respeito à prática de crime doloso contra a vida, pelos prefeitos. Neste caso, surge aparente conflito entre a competência do tribunal do júri (art. 5º, inciso 38, alínea “D”) e foro por prerrogativa de função previsto no art. 29, inciso X. Segundo o STF, este conflito aparente de normas (antinomia) é resolvido pela aplicação do princípio da especialidade, segundo o qual a norma especial prevalece sobre a norma geral. Logo, a norma que estabelece o foro por prerrogativa de função para o prefeito é especial em relação a norma que define a competência do tribunal do júri. Deste modo, caso o prefeito no exercício do mandato cometa crime doloso contra a vida, será julgado pelo tribunalde justiça. 
SV 45–Caso uma autoridade pública, que tenha foro por prerrogativa de função previsto, exclusivamente,em CE (Constituição Estadual), cometa crime doloso contra a vida, será processado e julgado tribunal do júri, pois, neste caso, a competência estabelecida pela Constituição da república, prevalece sobre o foro por prerrogativa de função, fixado em constituição estadual. Aqui, a questão se resolve pela supremacia da constituição da república em relação as CE. Trata-se de uma questão de hierarquia de normas. 
Responsabilidade política. Art. 29-A, §2º, CRFB e Decreto-lei 201/67. 
Art. 4º, do decreto 201/67– infrações político-administrativo (crimes de responsabilidade).
A responsabilidade política dos prefeitos tem previsão no art. 29-A, §2º. Esta norma cuida dos chamados crimes de responsabilidade. Embora a CF utilize a expressão “crimes” de responsabilidade, tais condutas não possui natureza jurídica penal. Elas caracterizam infrações político-administrativas, que serão julgados pela respectiva camara municipal, e sujeitam o infrator à cassação do mandato, bem como a inabilitação para o exercício de funções públicas. O art. 4º, do decreto lei 201/67, relaciona, também, condutas do prefeito que podem caracterizar infrações político-administrativos, cuja pena a pena pode sujeitar ao infração a cassação do mandato.
Imunidade material dos vereadores (art. 29, VIII, da CRFB)
Os vereados possuem imunidade material conforme previsto no art. 29, inc. 8, da CRFB, significa que eles são invioláveis por suas opiniões, palavras e voto. O objetivo da norma constitucional é permitir que o vereador exerça o mandato com independência, toda via, a imunidade não é absoluta,pois a manifestação do vereador deve ter relação direta com o exercício do mandato. Além disso, a imunidade material dos vereados está limitada a circunscrição do respectivo município. Para qualquer outro crime, vereador não estará protegido pela imunidade, podendo responder pelo ato independentemente de autorização da câmara municipal, como qualquer cidadão comum. 
13) Formação dos estado-membros (art. 18, §3º C/C art. 48, VI, XV, da CRFB)
*Lei 9709/98– lei procedimental
13.1) Modalidades
- Incorporação (Fusão)
- Subdivisão (cisão)
- Desmembramento
* Por formação
* Por anexação
13.2) Requisitos
- DECRETO LEGISLATIVO
- PLEBISCITO (condição de procedibilidade)
-PLC (CN)
- OITIVAS DAS ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS (Manifestação opinativa)
13.3) QUAIS OS POSSÍVEIS RESULTADOS A PARTIR DO PLEBISCITO?
1)– (negativo)→Arquivamento
2) + (positivo)→CN→PLC→Arquivado
CN→PLC→Aprovada (Câmara e Senado)→Sancionada→Presidente da república→Sanção (passa a existir) ou veto (o congresso nacional pode rejeitar o veto– art. 66,§4º, CRFB, se rejeitado a lei será promulgada). 
– Curiosidade: Decreto legislativo 136/11 e 137/11 (subdivisão ou cisão)
A constituição admite a formação de novos Estados-Membros, por meio de incorporação ou fusão, subdivisão ou cisão e desmembramento, que pode ser por formação ou por anexação. A incorporação consiste na formação de um novo estado a partir de dois ou mais estados existentes. Neste caso, a fusão vai resultar na extinção dos estados originários e na criação de um novo estado, a partir da junção dos territórios dos estados originários. A subdivisão ou cisão consiste na formação de dois ou mais estados, a partir de um único estado originário. 
Exemplo de fusão: a incorporação dos antigos estados da Guanabara e do Estado do Rio de Janeiro, resultou na formação do Estado do Rio de Janeiro.
Exemplo de cisão (subdivisão): houve uma tentativa para promover a subdivisão do estado do Pará, em razão da qual seriam criados, dois novos Estados. Carajás e Tapajós. Desmembramento por formação, consiste na criação de um novo estado a partir da utilização de parcela territorial de um estado já existente. Por exemplo: O Estado de Goiás, deu origem ao Estado de Tocantins. O Estado do MT (mato grosso), deu origem origem ao Estado do MS (Mato grosso do Sul), desmembramento por anexação, consiste na anexação de parcela do território de um estado ao território de outro estado. Não há exemplos na prática constitucional. 
Procedimento e requisitos para a formação de um novo Estado, o congresso nacional, por iniciativa de um terço de deputados ou senadores, edita decreto legislativo, convocando plebiscito para a população diretamente interessada na formação de um novo estado, se manifeste. 
O plebiscito tem caráter vinculante, isto é, representa condição de procedibilidade para o processo de formação de um novo estado. Caso a população, diretamente interessada, concorde com a formação do novo estado, ou novo estados, o congresso nacional apresentará projeto de lei complementar. Além disso, as assembleias legislativas envolvidas devem ser consultadas em caráter não-vinculativo. Se a população diretamente interessada, se manifestar negativamente, não haverá nem projeto de lei complementar, pois o procedimento será arquivado. Caso a população se manifeste positivamente no plebiscito, surgem algumas possibilidades: o congresso nacional pode não dar procedimento ao projeto de lei complementar, decidindo pelo seu arquivamento. Trata-se de juízo de conveniência política. Todavia, o congresso nacional pode aprovar o PLC que irá à apreciação do presidente da república para sanção ou veto. Se o presidente sancionar o PLC, com a entrada em vigor da lei complementar, o novo estado passa a existir juridicamente. Caso o presidente da república, vete o PLC, este será encaminhado ao CN para apreciação, quanto à manutenção ou rejeição do veto. Se o veto for mantido, o PLC será arquivado, não sendo criado o novo estado. Se o veto seja rejeitado, o presidente deverá promulgar a lei complementar e o novo estado ou novos estados, serão criados. 
O novo estado é criado pela lei complementar. 
Unidade 01– Situação: 
Art. 23– Federalismo de cooperação. 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
Hipótese de competência administrativa comum, permite-se a edição de lei complementar para dividir essa competência administrativa, se não haverá conflito de competência. 
Art. 7º, XIV, LC 140/2011– Editada com base no parág. único do art. 23.→Casos de competência legislativa comum, será expressa pela união. 
A Constituição estabelece em matéria de proteção ao meio ambiente competência administrativa comum para a união os Estados, o DF e os municípios. Esta previsão está no art. 23, inciso VI da CF. O parág. único do art. 23, da CRFB, dispõe que poderão ser editados, leis complementares de cooperação entre os entes federativos nas hipóteses de competência administrativas comum (art. 23 e seus incisos). Esta norma tem por objetivo promover o federalismo de cooperação e evitar conflito de competências. Por exemplo: em matéria de proteção ao meio ambiente, a LC 140, de 2011, vai definir as competências administrativas de cada ente em matéria ambiental. Por exemplo o art. 7º, inciso XIV, alínea “e”, da lei complementar 140/2011, estabelece que compete a união promover o licenciamento ambiental de atividade localizados ou desenvolvidos em dois ou mais estados. 
→federalismo de cooperação (competência comum).
ADI 2544 (17.11.06)
Lei estadual não pode afastar competência distribuída da CRFB.
1) FORMAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
1.1) Art. 18, §4º, CRFB (EC 15/96)
	O art. 18, §4º, da CRFB, com redação atribuída pela Emenda Constitucional n.º15, de 1996, exige como requisitos indispensáveis e cumulativos para a formação de municípios LC (lei complementar federal), determinando o período de criaçãodos municípios, apresentação, divulgação e publicação de estudo positivo de viabilidade municipal, consulta prévia mediante plebiscito às populações diretamente interessadas e LE (lei estadual) que irá criar o município. O plebiscito é convocado pelaassembleia legislativa na foram do art. 5º da lei 9709/98. A resposta positiva da população ao plebiscito, segundo a doutrina, constitui condição de procedibilidade do processo legislativo da lei estadual de criação. No regime constitucional anterior à emenda complementar 15/96, os requisitos de criação de municípios eram mais frágeis. Exigia-se LC estadual, consulta prévia às populações interessadas e lei estadual de criação. Logo, não havia necessidade de lei complementar federal, nem de estudo de viabilidade municipal. A emenda 15/96, foi editada com o objetivo de evitar abusos na criação de novos municípios, que eram criados sem levar em conta critérios técnicos e segundo interesses políticos, independentemente da capacidade de sustentação e desenvolvimento econômico e social. 
	O STF fixou entendimento de que o parág. 4º, art. 18, da CRFB, com a redação atribuída pela a emenda constitucional 15/96, traduz norma constitucional de eficácia limitada, cuja a aplicação prática depende da edição de lei complementar federal, definindo os períodos em que poderão ser formados municípios. A aprovação de leis estaduais criando municípios sem a lei complementar federal, caracteriza inconstitucionalidade por vício formal, já que os pressupostos objetivos da norma constitucional não são atendidos. Ocorre que vários municípios foram criados após a emenda 15/96, seguindo as regras do regime anterior. Deve ser ressaltado que a lei complementar exigida pelo parág. 4º, do art. 18, até hoje não foi editada. Cuida-se de situação que revela evidente omissão legislativa inconstitucional, isto é a Constituição institui dever objetivo de legislar para que sua norma possa ser aplicada e o legislador se omite, de maneira ilegítima. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADIO 3682), o STF reconheceu a mora do legislador e fez um apelo para que este, editasse a lei complementar no prazo de 18 meses. O legislador federal continuou omisso. Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2240, o STF reconheceu o Estado de omissão inconstitucional do legislador da União, PORÉM NÃO DECLAROU A NULIDADE das leis que criaram os municípios, conforme o regime anterior à emenda 15/96, fazendo novo apelo ao legislador da união para que editasse a LC no prazo de 24 meses. Novamente, a lei complementar não foi editada. Contudo, a emenda constitucional 57/08, que acrescentou o art. 96 ao ADCT (Atos das disposições constitucionais transitórias), convalidou as formações de municípios como leis publicadas até o dia 31/12/2006, desde que atendida a legislação do respectivo Estado à época de criação do município. Em outras palavras, é possível dizer que a partir de 1º de janeiro de 2007 (01/01/2007), somente pode ser formado novos municípios se observados todos os requisitos do art. 18, §4º, com redação atribuída pela EC 15/96). Cabe, portanto, ao legislador federal editar a LC que definirá o período de criação de novos municípios.
1.2) Etapas
A) Lei complementar federal
B) Estudo sobre a viabilidade municipal
C) Consulta prévia às populações (art. 5º, lei 9709/98)→Condição de procedibilidade
D) Lei Estadual
1.3) Regime Const. Anterior
A) LC Estadual
B) Consulta prévia 
C) Lei Estadual
1.4) Art. 18, §4º, CRFB (EC 15/96)→Norma de eficácia Ltda (STF)
1.5) ADIO 3682 (prazo de 18 meses)
1.6) ADI 2240 (declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade– prazo de 24 meses)
1.7) EC 57/08→Art. 96, ADCT.
(leis publicadas até 31/12/06) 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS:
(O Estado brasileiro possui forma federativa, na qual há uma distribuição de poder político entre organismo político-administrativo é autônomo, esses entes terão autonomia (4), essas autonomias só podem ser executadas por meio de competências, que são definidas pela CRFB– processo chamado de partilha de competências. Essas competências serão distribuídas aos entes de acordo com o critério de conveniência política. A repartição de competência é um elemento intrínsico ao modelo federativo, sem ele o estado federativo não funciona, pois sem ela, como os estados irão cuidar da saúde, os municípios do transporte público ? A repartição de competências é ponto nuclear. Não é possível cláusula pétrea que venha extinguir a repartição de competência, pois esta se traduz no modelo federativo, art. 60, §4º, ela evita a concentração excessiva de poder na mão de um único ente (da união). 
1) Consideração iniciais:
	No modelo federativo de Estado, a Constituição promove a repartição de competências entre os entes federativos, para que estes, nos limites da delegação constitucional, possam exercer sua autonomia, a doutrina chama, esta metodologia de processo constitucional de partilha de competências, para que os entes possam realizar suas finalidades constitucionais, isto é, a consecução do interesse público, eles necessitam de poderes para atuar, traduzidos pelas competências, afinal se a constituição lhes atribui os fins, deve também atribuir, os meios. As competências constitucionais são estabelecidas no campo de conveniência política do constituinte. Trata-se de ponto nuclear da noção de Estado federativo, ou seja, a repartição de competências é intrínseca ao próprio conceito de estado federativo. Deste modo, é possível afirmar que não há estado federativo, se não houver partilha de competências entre os organismos políticos-autonomos que compõe a federação. A Divisão de competências pela constituição representa compartilhamento de poder político, entre os entes federativos. A nossa constituição, busca estabelecer o federalismo de equilíbrio, evitando a concentração de poderes nas mãos da união. Na repartição de competências deve haver um critério equilibrado de distribuição entre a uniao, os estados membros, o DF e os municípios.
	Repartição de competência representa um processo constitucional de divisão de poder político entre os membros do estado federativo. 
	1.1) Campo de conveniência política
	1.2) Ponto nuclear da nação de Estação Federal
	1.3) Partilha de poder político
	1.4) Federalismo de equilíbrio.
2) Conceita
3) Princípios básicos para a distribuição de competências→Predominância do interesse.
4) Competências administrativa ou material:
	A competência administrativa é aquela que não é administrativa, ou material, revelando atividades políticas e/ou administrativas. Elas fazem dicotomia às competências legislativas. É aquela que dispõe sobre assuntos de natureza política, ou administrativa, por exclusão também é possível dizer, que a competência administrativa ou material, é aquela que não é legislativa, pois o seu exercício resultará em providências concretas, materiais. Por exemplo, é competência administrativa da união, manter relações com estados estrangeiros, emitir moeda, manter serviço postal e o correio aéreo nacional, organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.
4.1) Competência administrativa da união:
	
	A competência pode ser exclusiva ou comum. Competência exclusiva é aquela que somente a União pode desempenhar. Elas estão dispostas no art. 21, da CRFB. Por exemplo: são competências exclusivas da União, emitir moeda e executar o exercício de polícia marítima, aéro portuária e de fronteiras (inciso VII e XXII, do art. 21). 
	A competência comum, por sua vez, traduz atividades que podem ser executadas pela união, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios. Elas estão dispostas no art. 23, da CRFB. São competências comuns, da União, Estados, DF e município, proteger meio ambiente, combater a poluição em qualquer de suas formas,além de proteger os sítios arqueológicos (art. 23, VI e III). Na competênciaadministrativa comum, há a responsabilidade solidária entre os entes federativos, a competência comum não significa simultaneidade de atividades iguais, há uma divisão de funções, cabendo a lei complementar, justamente para evitar a sobreposição das atividades.
– Exclusiva (art. 21, CRFB) – são competências administrativas que, somente a união, poderá desempenhar.
– Comum (art. 23, CRFB) responsabilidade solidária entre os entes políticos administrativos. 
VI proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
4.2) Competências administrativas dos estados-membros
Podendo ser, exclusiva, comum ou residual, conforme abaixo:
– Exclusiva (art. 25,§2º)–única competência administrativa exclusiva, que consiste em explorar diretamente ou mediante concessão os serviços locais de gás canalizado, 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de
medida provisória para a sua regulamentação.
– Residual ou remanescente (art. 25,§1º)– significa que as competências, administrativas, que não são exclusivas da união, e quem não revela interesse local do município, seja em razão de interesse local ou previsão específica na constituição, serão consideradas remanescentes e atribuídas ao Estado. Permite aos Estados membros, executar competências administrativas que não sejam exclusivas da União e dos municípios. 
– Comum (art. 23) Aplica-se a mesma regra utilizada a União, DF e municípios.
4.3) Competências administrativas dos municípios
– Exclusiva (art. 30, I – interesse local(SV 38) e 30, III, IV, V e VIII, 144,§8º e 182)
	O interesse local revela um interesse peculiar, que diz repeito à localidade, especificamente, embora tenha repercussão nos níveis nacionais e estaduais. A SV 38, diz que compete os municípios, disciplinar o horário de funcionamento do comércio é de interesse local, pois diz respeito aos indivíduos daquela localidade, sendo-lhe peculiar. Cuida-se de interesse predominante que afete o município de forma direta e imediata, ainda que possa repercutir indiretamente nos interesses da união e dos estados. Por exemplo: De acordo com SV 38, compete aos municípios fixar horário de funcionamento de estabelecimento comercial. Compete aos municípios regular e fiscalizar os serviços de Táxi. 
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
– Comum (art. 23, 30, VI, VII e IX)
4.4) DF
5) Art. 23, P. único. Confederalismo de cooperação (Competências materiais ou administrativas)
P. Único, art. 23, CRFB– Federalismo de cooperação(Comp. Comum)
	Para evitar sobreposição de atividades, havendo solidariedade entre os entes, isso não significa que deve ter simultaneidade de uma mesma atividade. O exercício das competências se dará por meio de leis complementares. 
ADI 2544– art. 23, III, CRFB.
– Art. 23, VI C/C LC 140/11 (disciplina o exercício da responsabilidade solidária)
A licença ambiental será expedida pela lei complementar, editada pela união.
– art. 23, III, CRFB→ADI 2544 (17/11/2006)
Lei estadual atribuindo competência aos municípios para cuidar dos sítios arqueológicos. A Constiuição, em seu art. 23, diz sobre as competências comuns. A Lei estadual é inconstitucional pois é incompatível com o dispositivo que cuida da competência comum de cuidar os sítios arqueológico, onde se exime a União e o Estado de suas responsabilidades comuns. 
	No âmbito da competência administrativa comum, a constituição prevê no parág. único do art. 23, que leis complementares editadas pela União, devem fixar normas para a cooperação entre aUnião, os Estados, o DF e os municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar, em âmbito nacional. 
	Esta norma cuida do chamado federalismo de cooperação, no qual, os entes federativos devem cooperar uns com os outros, para a realização eficiente das atividades administrativas, previstas no art. 23 da Constituição, objetivo da norma é evitar conflito de atribuições, possibilitando ações administrativas coordenadas e eficazes, cabe à lei complementar detalhar o âmbito de atuação de cada ente, pro exercício da competência administrativa comum. 
Por exemplo: A LC 140 de 2011, estabelece normas para a cooperação entre os entes federativos, nas ações administrativas, decorrente, no exercício da competência comum, relativas à proteção do meio ambiente. É interessante precedente o STF reconheceu a inconstitucionalidade de lei estadual que, pretendia atribuir competência aos municípios daquele estado, para desenvolver ações administrativas de proteção à sítios arqueológicos (ADI 2544). Para o STF não pode uma lei estadual, no âmbito da competência administrativa comum, eximir a União e o respectivo estado da responsabilidade solidária fixada pela constituição. Existe uma lei, anterior à Constituição que regulamenta as ações administrativas dos entes federativos, no que diz respeito à proteção de sítio arqueológico, que deve servir de parâmetro para a divisão de funções. 
A constituição federal em matéria de proteção ao meio ambiente, define competência administrativa comum entre a união, estados, distrito federal e municípios, sendo esta a revelar atividades políticas eou administrativas, que fazem dicotomia a legislativa, conforme art. 23, VI. Entretanto, o parág. único dispoõe que poderão ser editadas leis complementares de cooperação entre os entes federativos nas hipoteses do art. 23. Por conseguinte, foi editada a LC 140/2011 (exercício da responsabilidade solidária) que define as competências administrativas de cada ente em matéria ambiental. Essa norma cuida do chamado federalismo de cooperação, no qual os entes federativos devem cooperar uns com os outros, para a realização da atividade administrativa, de forma eficaz e coordenada, com o fito de evita conflitos de atribuições. 
O foro por prerrogativa de função, traduz-se em garantia constitucionalprevista no art. 27, da CRFB. As prerrogativas dos parlamentares, não significam privilégios pessoais. As prerrogativas têm por objetivo garantir a deputados e senadores que exerçam seu mandato com confiança, independência, sem maiores complicações relativas à ações penais e civis, isso significa que os parlamentares são invioláveis por suas palavras, votos e opiniões, desde que estejam intrinsecamente relacionadas ao exercício de sua função ou em razão dela. Entretanto, a imunidade material não alcança o corréu sem essa prerrogativa, conforme súmula 245 do STF, em outras palavras, o STF quis dizer que os suplementes de parlamentares não são alcançados pela imunidade material, pois o direito à prerrogativa de foro exige o efetivo exercício da função parlamentar. 
Competência legislativa:
	→São poderes instituídos pela constituição que credencia determinado ente federativo a editar leis, criando o seu próprio direito. Tal competência consiste em poderes atribuído pela Constituição aos Entes federativos para editar leis, criando seu próprio direito, por intermédio de poderes legislativos próprios.
Município de nova friburgo: câmera legislativa.
União:
– Privativa (Art. 22) somente a união pode dispor, por meio de lei, de determinados assuntos.
	Significa que somente a União poderá legislar sobre determinadas matérias, eleitas pela Constituição, as matérias que são de competência legislativa privativa da União estão dispostas nos incisos do art. 22, da CRFB. 
	Caso uma lei de outro ente, disponha de matérias privativas da União, esta lei será formalmente inconstitucional, pois viola competência da união. A jurisprudência do STF decide frequentemente sobre questões relativas à competência legislativa privativa da União, por exemplo: nas ações direts de inconstitucionalidade 1595 e 1646, o STF, declarou insconstitucionais leis estaduais que regulava questões relativas a plano de saúde, especificamente sobre a cobertura universal de determinadas doenças. O STF argumentouque essas leis, violam as competências legislativas privativas da União, para dispor de direito civil e seguros.
→Caso shopping center (estacionamentos).
Inc. Materia: viola norma da constituição.
Inc. formal: viola competência constitucional e processo legislativo.
	Existe também a chamada competência privativa delegada, na qual leis complementares da União, podem autorizar os estados a legislar sobre questões específicas, das matérias relativas à competência legislativa privativa da união, esta norma constitucional veicula uma exceção.
Por exemplo: A LC 103 de 2000, autoriza os Estados a fixar piso salarial, por lei, para profissionais que não tenham este valor mínimo estabelecido por lei federal, acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. O Estado do Rio de Janeiro, anualmente edita leis, fixando o piso salarial para determinadas categorias profissionais.
– Concorrente (art. 24) União editar normas gerais– STANDADS
			Estados–normas mais específicas
	A Competência legislativa concorrente tem previsão no art. 24, da Constituição. Compete a união, aos estados e ao DF, legislar concorrentemente, sobre as matérias dispostas nos incisos do art. 24, cuida-se de atuação conjunta dos entes para legislar sobre certas matérias, porém,em níveis 
Diferentes. Isto significa que no âmbito da competência concorrente, a união edita normas gerais, isto é, parâmetros básicos, dotados de maior generalidade e abstração. Já os estados e o DF editarão normas específicas, conforme as suas peculiaridades locais, preenchendo os espaços deixados pela norma geral. Cuida-se da chamada competência legislativa concorrente suplementar ou não cumulativa. Não havendo lei federal sobre normas gerais os Estados e o DF poderão exercer competência legislativa concorrente plena ou cumulativa. Caso editada a lei federal sobre normas gerais, a lei estadual editada no exercício da competência plena ou cumulativa teráa eficácia suspensa,no que for contrário a norma da união (art. 24, parág. primeiro ao quarto).
Estados/DF
– Exclusiva:
* Residual (art. 25, §1º)
*25, §3º e 18, §4º
– Concorrente:
*Suplementar/não cumulativa
*Plena/cumulativa
Municípios/DF
– Exclusiva (art. 30, I)
– Suplementar (art. 30, II)
Exemplos: 
Competência legislativa privativa da União:
→ADI 1595 e 1646 (Contratos “planos de saúde”). Art. 22, I e VII, da CRFB.
→P. único, art. 22, CRFB. LC 103/00. Competência privativa delegada. Art. 22, I, CRFB.
Competência legislativa concorrente:
	Edição de normas gerais. No ambito da competência legislativa concorrente, cujas matérias estão relacionadas nos incisos do art. 24, cabe à União, estabelecer normas gerais, sobre essas matérias. Neste caso, os Estados e DF exercerão competência legislativa concorrente, não cumulativa ou suplementar, pela qual devem regulamentar as normas gerais, isto é, detalhar, especificar o seu cumprimento, para atender as peculiaridade locais. Na competência legislativa concorrente, há uma atuação conjunta da União, Estados e DF, porém em níveis distintos. Por exemplo, na :
→ADI 2903. Art. 24, XIII, CRFB. LINDP (LC 80/94)→Norma geral 
	O STF decidiu que os Estados não podem, ao exercer competência legislativa não-cumulativa ou suplementar, contrariar os parâmetros normativos gerais estabelecidos pela União, na Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (LC 80/94), sob pena de violar competência da união legislar sobre normas gerais sobre o assunto (art. 24, XIII)
Compete legislação concorrente plena/cumulativa: 
→ADI 1278. Art. 24, XII, CRFB. Lei Estadual que dispõe sobre o beneficiamento de leite de cabra.
	Diante de inexistência de normas gerais da União sobre a matéria, os Estados e o DF, poderão exercer competência legislativa suplementar/não-cumulativa.(Conforme ADI acima). E decidiu sobre competência para legislar, a respeito do beneficiamento de leite de cabra, produzido artesanalmente. (Errata) De acordo com o STF os Estados podem legislar sobre assuntos relativos ao beneficiamento de leite de cabra em condições artesanais, adequando a norma geral expedida pela união às peculiaridades da região. A norma geral da União sobre o assunto, é a LEI 8080, também conhecida como lei do SUS, neste caso, os estado exercem competência legislativa concorrente não-cumulativa ou suplementar. 
→RE 419259/RE 601247. IPVA (24, I, CRFB)
	Matéria recorrente no STF diz respeito à possibilidade de Estados e DF, exercerem competência legislativa, cumulativa, ou plena, para dispor, sobre IPVA. Diante da Inexistência de norma geral, editada pela União, conforme exigido pelo art. 24, inciso I e parág. primeiro da constituição, os Estados e O DF terão competência para editar normas gerais e especiais, sobre IPVA. Conforme suas peculiaridades locais. Sobrevindo norma geral da União sobre a matéria. As normas gerais editadas pelos Estados terão eficácia suspensa no que forem contrárias as normas da União. Deve ser ressaltado que o IPVA constitui uma das principais fontes de receitas, o que justifica ainda mais o exercício da competência legislativa cumulativa/plena pelos Estados.
	O STF também reconheceu a legitimidade do exercício da competência cumulativa ou plena pelos Estados, para dispor sobre normas gerais e especiais sobre custas forenses (compulsório).
→RE 419259/RE 601247. IPVA (24, I, CRFB parág. primeiro ao quarto)
				COMPETÊNCIA LEGISLATIVA MUNICIPAL
Exclusiva (art. 30, I) 
→Interesse local: interesse peculiar, de forma preponderante ao município. 
	Compete aos municípios legislar privativamente sobre assuntos de interesse local. Interesse local, é conceito com profunda indeterminação semântica. A Constituição por sua vez, não define o seu significado, sendo assim, doutrina e jurisprudência, tentam especificar o seu sentido e alcance. Segundo a doutrina, interesse local, traduz interesse peculiar de uma localidade. Interesse predominante, que afete os municípios diretamente, ainda que tenha repercussão em outros entes, na SV 38, o STF afirmou que compete aos municípios legislar exclusivamente sobre o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
Remissão da SV 38, ao art. 30, I. 
O STF também decidiu que é competência legislativa exclusiva dos municípios exigir por lei a instalação de sanitário e bebedouros, em estabelecimentos bancários, sendo que, esta competência municipal não conflita com as competências fiscalizatórias do banco central (fiscalizar a atividade financeira), do mesmo modo, o STF decidiu que os municípios têm competência legislativa exclusiva para dispor por lei, sobre atendimento ao público e tempo de espera na fila em estabelecimentos bancários, por se tratar de assunto de interesse local e defesa do consumidor além de não envolver atividade fim da instituição bancária. 
AI 614510 Agr. Mun. Celso de Mello (22.06.2007) Sanitário e bebedouros em estabelecimentos bancários. 
RE 432789. Min Eros Grau (07/10/05). Atendimento público e tempo de espera na fila. 
SV 38 
Suplementar (art. 30, II) 
(Corresponde a competência Federal e Estadual no que couber), os municípios têm competência suplementar para editar leis municipais para previdência de seus servidores. 
	Compete aos municípios suplementar a legislação federal no que couber, desdobrando o cumprimento da norma de acordo com as suas peculiaridades locais. Os municípios editarão normas especiais regulamentando as normas gerais da União ou dos Estados. Por exemplo: Os municípios possuem competência legislativa suplementar para dispor sobre a previdência dos seus servidores públicos. 
Art. 21, I– Direito do trabalho (Competência administrativa/material privativa da União). 
→Relações com estados estrangeiros. 
	
PODER LEGISLATIVO: ESTRUTURA E FUNÇÕES
	→FUNÇÕES ATIPICAS: Administrativo (licitações, relação empregatícia, prestação de serviço)
	→FUNÇÕES TÍPICAS OU PREDOMINANTES:
	
	São funções típicas ou predominantes do poder legislativo, a funçãolegislativa e a função defiscalização, que se subdivide nas funções de controle e investigação. A função legislativa permite ao poder legislativo produzir leis, normas dotadas de generalidade e abstração, que cria um direito novo, e buscam regular, a vida em sociedade. A função legislativa é a que mais se destaca na atuação do pode legislativo. Na função fiscalizadora de controle, o poder legislativo controla os atos do governo. Esta função é desdobramento do sistema de freios e contrapesos extraído do princípio da separação dos poderes, no qual um poder controla o outro. P. ex.: o poder legislativo pode sustar os atos do chefe do poder executivo que exorbitem o poder regulamentar, na forma do art. 49, V da CRFB. Do mesmo modo, o poder legislativo fiscaliza e controla diretamente os atos da administração pública, caracterizando modalidade de controle externo. O poder legislativo também exerce função fiscalizadora-investigativa, que tem previsão no paragrafo terceiro, do art. 58, para apuração de fatos determinados e por prazo certo, que possam caracterizar ilícitos. Para o exercício desta função, são constituídas as chamadas, comissões parlamentares de inquérito. 
	*LEGISLATIVA (mais usual, envolve a produção legislativa):
	*FISCALIZADORA (muito relevante, fiscalizando as ações do governo):
			→CONTROLE (P. EX. ART. 49, V e X):
Controle externo (vem de outro poder), inclusive, segundo doutrina, ser um controle de constitucionalidade repressivo e político (pelo órgão de natureza política) 
			→INVESTIGAÇÃO (§3º, ART. 58)
Possui instrumento específico: comissões parlamentares de inquéritos, que irá investigar fatos determinados e específica (CPI)
PODER LEGISLATIVO FEDERAL (BICAMERAL– ART. 44, CRFB):
	O poder legislativo e exercício pelo congresso nacional (câmera dos deputados e senado federal) 
	O poder legislativo da união é organizado conforme o sistema bicameral ou bicamerativo, pois ele é composto por duas casas parlamentares, independentes, a câmara dos deputados que é composta por representante eleitos pelo povo e pelo senado federal, que é composto o representante dos estados membros e do DF. 
	Segundo a doutrina, a vontade nacional é resultado da soma das vontades da câmera dos deputados e do senado. O congresso nacional possui existência própria, autônoma, pois exerce competências exclusivas, conforme disposto no art. 49, da CRFB. Por exemplo: somente o congresso nacional pode autorizar referendo e convocar plebiscito. 
	O sistema bicameral tem relação direta com a forma federativa de Estado. No modelo federativo de estado, o poder político é dividido entre organismos regionais político-administrativosautônomos. Estes organismos autônomos que são os estados membros, possuem um órgão de representação nacional, de modo que eles possam participar da formação, da vontade, nacional. Este órgão corresponde ao senado federal. Sendo assim, o poder legislativo vai ser composto pelo órgão de representação popular e por um órgão que representa a vontade dos Estados-membros.
	Obs.: O modelo bicamerativo, também pode existir na monarquia, mas por razões diversas. Nas monarquias, temos o bicameralismo aristocrático, no qual a câmara baixa representa a vontade popular e a câmara alta, representa, a vontade da nobreza. Este é o sistema adotado na Inglaterra (câmeras dos comuns e câmera dos lordes).
			→CÂMERA DOS DEPUTADOS (ART. 45)
→vontade popular
			→SENADO FEDERAL (ART. 46)
→vontade dos estados-membros. 
	
O congresso nacional é autônomo, pois sua atuação está limitada aos membros da câmera e do senado. 
SISTEMA BICAMERAL É A FORMA FEDERATIVA DE ESTADO. 
FUNÇÃO LEGISLATIVA: 
	A câmara dos deputados e o senado são protagonistas no exercício da função legislativa, o congresso nacional quase não participa do processo de leis. Isso se deve ao processo legislativo previsto na constituição, que concentrou as ações na câmara e no senado. Geralmente, os projetos de lei se iniciam na câmera dos deputados, a chamada casa iniciadora, e seguem para o senado, que é chamado de casa revisora. Contudo, nada impede que o projeto de lei tenha início no senado, pela iniciativa de um senador. Excepcionalmente, o congresso nacional exerce função legislativa, o que ocorre quando em sessão conjunta, deputados e senadores apreciam veto presidencial à projeto de Lei, na forma do parág. 4º, do Art. 66. 
			→CÂMERA DOS DEPUTADOS
			→SENADO FEDERAL 
			→CN (ART. 66, §4º)
ATRIBUIÇÕES:
	Cada órgão do poder integrante do legislativo, vai exercer atribuições específicas. As atribuições do congresso nacional estão previstas nos art. 48 e 49, a da câmara dos deputados no art. 51 e do senado federal art. 52
			→CN (ART. 48, VI e XI; 49, V, IX, X e XV)
			→CAM. DOS DEP. (ART. 51, I E IV) 
			→SEN. FED. (52, I e III, “A” e “E”)
REUNIÕES
SESSÃO LEGISLATIVA:
	Os membros do poder legislativo fazem suas deliberações em reuniões chamadas sessões legislativas. As sessões legislativas podem ser ordinárias e extraordinárias, as ordinárias são realizadas no período regular de funcionamento das casas legislativas que, ocorre em 02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12. Neste período não há restrições às matérias objeto de discussão (pauta livre), nas sessões extraordinárias, que podem ocorrer, nos períodos de recesso (23/12 a 01/02 e 18/07 a 31/07), os parlamentares somente podem deliberar sobre a matérias ou matérias que deram causa a convocação extraordinária, ressalvada a hipótese de medidas provisórias em vigor na data da convocação, as quais deverão entrar na pauta (tratamento de pauta). 
	De acordo com a emenda constitucional 50, não é admitido o pagamento de verba indenizatória pelos trabalhos na sessão extraordinária. 
			→ORDINÁRIA (ART. 57, CAPUT, CRFB) (02/02 A 17/07 E 1/8 A 22/12), a
			→EXTRAORDINÁRIO §§7º E 8º, ART. 57. Somente de fato relevante e urgente. 
LEGISLATIVA (P. ÚNICO, ART. 44) 
MESAS DIRETORAS (§§4º E 5º, ART. 57) 
	As mesas diretoras são órgãos de direção, das casas legislativas, que conduzem os trabalhos administrativos e legislativos, regulando a composição das mesas o regimento interno de cada órgão. Cada casa legislativa, isto é, a câmara dos deputados, o senado federal e o congresso nacional terão suas respectivas mesas diretoras, cuja composição de cargos será definida pelos respectivos regimentos internos. 
	No dia 01/02 -sessão preparatória (eleição das mesas). Art. 57, §4º .
	§5º O presidente do senado, presidirá as sessões no congresso nacional. 
	¹A mesa direito da casa legislativa, é que vai organizar o pronunciamento dos parlamentares, durante os trabalhos legislativos. ² A mesa direto da casa legislativa é que vai autorizar a abertura de comissão parlamentar de inquérito (CPI).
1) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI)– art. 58,§3º
1.1) FUNÇÃO DE FISCALIZAÇÃO (SOMENTE INVESTIGAÇÃO DE FATO DETERMINADO DE RELEVANTE INTERESSE PÚBLICO).
	CPI são comissões formadas por parlamentares no âmbito da câmera dos deputados do senado federal ou congresso nacional, de natureza temporária que tem por objetivo específico apurar fato ou fatos determinados para fins de responsabilização civil e/ou criminal.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
CPI DA LEI ROUANET→SUPOSTAS ISENÇÕES FISCAIS IRREGULARES CONCEDIDAS À PRODUTORES CULTURAIS (ARTISTAS).
CPI FUNAU/INCRA
*CONTROLE
*INVESTIGAÇÃO (ART. 58, §3º, CRFB) 
1.2) CONCEITO
1.3) NATUREZA JURÍDICA–
	Procedimento administrativo de natureza política, de cunho meramente investigatório (nãojulga, não pune–razão pela qual não há contraditório e ampla defesa na comissão parlamentar de inquérito), investigação de fatos determinados de relevante interesse público.
	Obs.: A CPI não possui carácter punitivo, muito menos de julgamento. A CPI é procedimento inquisitivo de natureza investigatória, motivo pelo qual, durante o curso da CPI não há exercício de ampla defesa e contraditório pelo investigado. 
Analogia do CPI ao inquérito policial e civil (que antecipa as ações– são peças preparatórias). 
1 legislatura = 4 sessões legislativas. 
1.4) REQUISITOS PARA CRIAÇÃO
- 1/3
	A CPI deve ser formada pelo requerimento de no mínimo 1/3 dos deputados ou senadores, nas comissões simples, ou 1/3 no mínimo de deputados e senadores, nas comissões mistas, formadas no congresso nacional. 
	Para a criação da CPI é necessário a requisição de 1/3 de deputados, 1/3 de senados ou 1/3ou mista (quórum mínimo). Sendo a decisão discricionária, sendo geralmente as grandes CPI são mistas. 
- FATO DETERMINADO (específicos)
	A CPI deve ser constituída para investigar fato ou fatos determinados, por exemplo, a CPI da lei rouanet, tem por objetivo investigar supostas irregularidades consistentes em isenções fiscais concedidas contrariamente à lei. Uma CPI não pode ser constituída para apurar uma generalidade de fatos e eventos. 
	Obejto: fato determinado, não podendo investigar fatos genéricos, não podendo por meio de uma CPI a investigação de uma generalidade de fatos, devendo ter um prazo certo–natureza temporária–, sendo fixado o prazo máximo de
- PRAZO CERTO
	A CPI deve ter prazo certo para funcionamento, pois tem como característica a temporariedade. Seria inconstitucional formar CPI com caráter permanente. Os regimentos internos, das casas legislativas, disciplinarão, o tempo máximo de uma CPI. Por exemplo: Na câmara dos deputados, as CPIs devem cumprir seus trabalhos no prazo de 120, a contar da criação, prorrogável por mais 60 dias, trata-se de prazos impróprios, isto é, que podem ser prolongados desde que existam razões suficientes e de forma justificada. A doutrina entende que, as CPIs não podem se estender por mais de uma legislatura, sob pena de violação do princípio da temporariedade. 
1.5) PODERES * MS 23451
	As CPIs tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além os poderes previstos nos regimentos internos das respectivas casas legislativas, esses poderes de investigação correspondem à instrução processual dos juízes, na qual os magistrados conduzem a formação de provas no processo para formar o seu juízo de convicção. Sendo assim, as CPIs podem, independentemente de ordem judicial, determinar a oitiva de testemunhas, tomar depoimento pessoal, interrogar investigados, fazer acareações, requisitar documentos e informações a órgãos públicos, e, também, segundo jurisprudência do STF determinar a quebra do sigilo bancário, fiscal etelefônico dos investigados. (VER MS 23452–RELATOR MINISTRO CELSO DE MELLO) 
Todos atos praticados pelo poder público devem ser motivados.
As CPIs terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, parág. 3º, do art. 58, da CRFB. Esses poderes consistem 
Quebra de sigilo telefônico– verificar a lista de ligações etc. 
A CPI pode quebrar sigilo bancário, telefônico e fiscal. 
1.6) RESERVA DE JURISDIÇÃO *MS 23652
	Existem algumas providências, que dizem respeito à investigação que uma CPI não pode praticar, por conta própria. Geralmente, são medidas que provocam excessiva restrição a direitos fundamentais, especialmente à liberdade e a privacidade. Tais medidas, dependem de ordem judicial fundamentada. A CPI não pode determinar a prisão de um investigado. A CPI não pode determinar busca e apreensão domiciliar, também não pode determinar a intercepção telefônica dos investigados. Todas essas medidas, segundo jurisprudência do STF, estão sob reserva de jurisdição, ou seja, dependem de ordem judicial.
1.7) DIREITO PUBLICO SUBJETIVO DAS MINORIAS *MS 24831
	→relação ao quórum exigido à abertura da CPI, sendo o requerimento conforme o REQUISITO ACIMA. Atingindo o quórum, a mesa diretora poderá autorizar a abertura da CPI. A constituição do direito público subjetivo se dará com o quórum mínimo. 
Cabe judicialização das CPIs por meio de medidas de segurança, para assegurar o direito público das minorias.
	O STF entende que as CPIs constituem importante instrumento de fiscalização das questões de relevante interesse público, pelas minorias parlamentares. A origem dessa tese, está no quórum de um terço (1/3), no mínimo de parlamentares, para a abertura da CPI, que não depende de deliberação do plenário da casa legislativa, bastando deferimento da mesa diretora. (VER MS 24831–MINISTRO CELSO DE MELO).
EXERCÍCIO– 
	SEMANA 02–LÍDER DE MOVIMENTOS SEPARATISTAS. 
Art. 1º, caput, CRFB→Princípio da indissolubilidade. 
Art. 60, parág. 4º→Cláusula pétrea
Sendo inviável a pretensão da divisão. 
	As propostas são inconstitucionais, pois violam o princípio da indissolubilidade, do vínculo federativo, que não admite a retirada ou secessão de estados do pacto federativo, art. 1º caput, além do mais, as propostas violam cláusula pétrea, do art. 60, §4º, inciso 1º, pois, atinge elemento essencial da forma federativa de Estado. Sendo inviável a pretensão da divisão. 
FUNDAMENTAÇÃO
No estudo do Direito Constitucional, uma das primeiras lições está ligada à classificação das Constituições e dentre estas se tem a que se relaciona a sua estabilidade ou alterabilidade. A maior parte da doutrina considera a Constituição Federal como um documento redigido, pois para a sua alteração seria necessária a superação de requisitos mais dificultosos ou solenes que os utilizados para as alterações de outras figuras normativas. De qualquer forma, apesar de tal “rigidez”, a Constituição Federal de 1988 já foi objeto de 76 emendas, sendo 6 Emendas de Revisão.
Interessante notar que Pedro Lenza, cita Alexandre de Moraes para destacar que a posição do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria não parece ser aquela. Segundo Pedro Lenza, o Supremo:(...) tem admitido a alteração de matérias contidas no art. 60, §4º, desde que a reforma não tenda a abolir os preceitos ali resguardados e dentro de uma ideia de razoabilidade e ponderação. Foi o caso dareforma da previdênciaque admitiu ataxação dos inativos, mitigando, assim, os direitos e garantias individuais (…)
Apesar da nota apresentada por Lenza, pode-se afirmar sim que a Constituição Federal possui em sua estrutura, determinados elementos que não podem ser modificados. Dentre estes elementos, também chamados de cláusulas pétreas, pode-se citar aseparaçãodos poderes e o regime federativo (art. 60, § 4º da Constituição Federal).
A segunda cláusula pétrea citada está ligada ao pacto federativo. É a própria Constituição Federal que esclarece que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Logo adiante (art. 18), afirma que organização político-administrativa da República compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos.
Em linhas gerais, o Federalismo é a união ou associação de Estados que perdem a parte de sua soberania em razão de um poder central, preservando, entretanto, certa autonomia político-administrativa. Vê-se que a ideia está ligada à distribuição de competências entre o poder central e os poderes locais. De outro lado, estaria, por exemplo, o Estado Unitário, onde há um único centro de irradiação de poder, inexistindo qualquer autonomia nas frações territoriais.
Para Dalmo de Abreu Dalari o federalismo é uma “aliança ou união de estados” onde “os Estados que ingressam na federação perdem sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, contudo uma autonomia política limitada” (1985:227). Sobre o tema Alexandre de Moraes afirma que: Aadoçãoda espécie federal de Estado gravita em torno do princípio da autonomia e da participaçãopolítica e pressupõe a consagração de certas regras constitucionais, tendentes não somente à sua configuração, mas também à sua manutenção e indissolubilidade (2010:273).
23/03 
Unidade 08
			PODER LEGISLATIVO: ESTATUTO DO CONGRESSISTA
					(regime jurídico dos parlamentares: Deputados e senadores)	
	A doutrina chama o conjunto de prerrogativas incompatibilidades e hipóteses de perda do mandato, como normas constitucionais, relativas ao Estatuto do congressista. Cuida-se, na verdade, do regime jurídico constitucional dos deputados federal e dos senadores.
	
1.1) PRERROGATIVAS 
	Imunidade material:
1.2) INCOMPATIBILIDADES
1.3) PERDA DO MANDATO
1) ESCOLHA DOS MEMBROS DO PODER LEGISLATIVO:
* Deputado fed. (art. 45, §1º, CRFB– LC 78/93):
	Os deputados federais são eleitos pelo voto popular, mediante o sistema proporcional em cada estado e no distrito federal a lei complementar 78, de 1993, estabelece a representação por estado e pelo DF proporcionalmente à população. No ano anterior as eleições, são realizados ajustes necessário para, adequar a representação proporcional à variação da população dos Estados e do DF, sendo que, nenhuma unidade federativa, pode ter menos de 8 deputados ou mais de 70. Por sua vez, os senadores, são eleitos pelo voto popular, porém, segundo o princípio majoritário. Cada Estado e o DF vão eleger 3 senadores, com mandato de 8 anos. A representação em cada estado e no DF será renovada a cada 4 anos, alternadamente por 1/3 e 2/3. Cada senador é eleito com dois suplentes. 
	Eleitos pelo povo, segundo critério proporcional à população de cada estado, a análise será feita no ano anterior, com base nos dados informados pelo IBGE.
- Mínimo 8–máximo 70.
* Senadores (art. 46, §§1º a 3º, CRFB)
	Eleitos pelo princípio majoritário. 
2) GARANTIAS CONST. DOS PARLAMENTARES (PRERROGATIVAS):
	Proteção do livre exercício, autônomo do mandato, para que o parlamentar possa exercer o mandato com confiança, coragem. 
	As prerrogativas dos parlamentares, não significam privilégios pessoais. As prerrogativas tem por objetivo permitir que deputados e senadores exerçam suas funções com independência, sem maiores preocupações com ameaças, relativas à ações penais, a imunidade material ou inviolabilidade parlamentar, traduz a prerrogativa pela qual, deputados e senadores são invioláveis civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
	A imunidade material significa causa de extinção de tipicidade penal. Todavia, a imunidade material, não pode ser compreendida, em termos absolutos, pois, a manifestação do parlamentar deve ter relação direta com o exercício do mandato, ou ter sido proferida, em razão do mandato. A imunidade material protege os parlamentares nas discussões mais acaloradas no âmbito das casas legislativas. Contudo, mesmo fora da casa legislativa, a imunidade vai proteger o parlamentar, por exemplo, ao publicar artigo em jornal, ao conceder entrevista para rede de televisão, ao participar de um seminário, comício etc. 
	O STF já decidiu no inquérito 1024, com relatoria do ministro Celso de Melo, que as manifestações proferidas pelo parlamentar, anteriormente, à investidura no cargo, não estão protegidas pela imunidade material. 
	Do mesmo modo, a súmula 245 do STF, dispõe que, a imunidade parlamentar, não se estende ao corréu, sem essa prerrogativa. Em outras palavras, o STF quis dizer que os suplentes de parlamentares, não são alcançados pela imunidade material. Os deputados Estaduais e os deputados distritais, também possuem a prerrogativa da imunidade material, por força do disposto no parág. primeiro, do art. 27, da CRFB. 
	* Suplentes? Súmula 245, STF. Segundo o STF, os suplentes de parlamentares mesmo se cometerem crime após a diplomação, não terão direito à prerrogativa de foro, a qual exige, o efetivo exercício da função parlamentar. 
	Os vereados, também, possuem a prerrogativa da imunidade material, contudo, trata-se de uma imunidade restrita, pois limitada à circunscrição do respectivo município. 
2.1) OBJETIVO
	É permitir que o parlamentar atue com independência, confiança, de forma autônoma.
2.2) IMUNIDADE MATERIAL/INVIOLABILIDADE PARLAMENTAR *CAUSA DE EXTINÇÃO DE TIPICIDADE
	Art. 53, caput. São invioláveis, Civil e penalmente, por qualquer opiniões, palavras e votos.
2.2.1) RELATIVIDADE
VER INQ. 1024, CELSO DE MELLO.
VER INQ. 2134, JOAQUIM BARBOSA.
2.2.2) DEP. ESTADUAIS/DISTRITAIS/VEREADORES (ART. 27, §1º, E 29, VIII, CRFB)
2.3) IMUNIDADE FORMAL, Qtº À PRISÃO (ART. 53, §2º, CRFB) CAUTELAR (ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA CONDENATÓRIA
	Imunidade formal quanto à prisão, significa que, desde a expedição do diploma, os deputados e senadores, somente poderão ser presos, em flagrante delito de crime inafiançável. 
	Caso o parlamentar seja preso, os autos da prisão serão remetidos para a casa legislativa respectiva, para que esta resolva pelo voto da maioria dos seus membros, acerca da manutenção ou da sustação da prisão. 
	A imunidade formal quanto a prisão incide sobre as prisões cautelares, que são aquelas anteriores ao trânsito em julgado de sentença penal condenatória (definitiva).
2.3.1) DEP. EST./DISTRITAIS/VEREADORES
	
	A imunidade formal quanto à prisão, se aplica aos deputados Estaduais e distritais, por força da previsão do art. 27, §1º, da CRFB. Porém, não se aplica aos vereadores, por falta de previsão constitucional. 
2.3.2) FLEXIBILIZAÇÃO: HC 89417, CARME LÚCIA (22.08.2006)
AC 4039
	Situação sui generis (excepção), bastando ordem judicial fundamental. 
	O STF vem flexibilizando a aplicação da imunidade formal, quanto à prisão. No HC 89417, a relatora, ministra Carmen Lúcia, entendeu legítima, a manutenção da prisão, de 23 deputados do Estado de Rondônia, mesmo sem estado de flagrância. Tendo em vista a gravidade dos fatos, e a interpretação conjunta da cláusula da imunidade formal quanto à prisão, com os princípios republicanos, democrático e da moralidade. Logo, o STF vem admitindo prisões de parlamentares por ordem judicial fundamentada. Na ação cautelar (AC), 4039, o ministro Teori Zavascki, entendeu legítima a prisão do senador Delcídio Amaral, uma vez que o crime de associação de organização criminosa é de caráter permanente, no qual o Estado de flagrância se perpetua no tempo. A doutrina criticou a decisão, principalmente, por não se tratar de crime inafiançável. 
→Hipótese de mutação constitucional. 
PODER LEGISLATIVO: ESTATUTO DO CONGRESSISTA
IMUNIDADE FORMAL:
- Qto à prisão.
- Qto ao processo. (art. 53, §2º, CRFB– EC 35/01) (norma sobre processo, tem aplicabilidade imediata).
	Significa que a respectiva casa parlamentar, câmara dos deputados ou senado federal, pode a partir de pedido, de partido com representatividade na casa e pela voto da maioria de seus membros, sustar o andamento de ação penal movida contra o parlamentar até decisão final do STF. Esta regra foi introduzida pela emenda constitucional 35, de 2001. Antes dessa emenda, o início da ação penal em face de parlamentar, estava condicionado à autorização da respectiva casa legislativa. A doutrina sustenta que a aplicação da emenda 35 de 2001 é imediata, incidindo sobre situações em curso, pois desrespeito a imunidade processual. Logo, não é possível alegar, direito adquirido, quanto à aplicação da regra anterior, ainda que o parlamentar tenha cometido crime durante sua vigência. Aplicando-se, imediatamente, a nova regra. A imunidade formal quanto ao processo se aplica para deputados estaduais e distritais, por força do parág. primeiro do art. 27, da CRFB, porém não se aplica a vereadores, pela falta de previsão constitucional. 
* Dep. Est/DF?
* Vereadores ?
* Aplicação imediata EC 35/01?
- Prerrogativa de foro (art. 53, §1º, CRFB– EC 35/01)
	Tem previsão no art. 53, §1º, da CRFB. Com a redação determinada pela emenda constitucional 35/2001. Significa que desde a expedição do diploma, ou seja, mesmo antes da

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