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teoria geral do crime

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ 
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA 
Centro de Ciências Jurídicas – CCJ 
Curso de Direito 
Direito Penal I – Parte Geral 
Prof. Régis Gonçalves Pinheiro	
  
 
Relevância da omissão (art. 13, § 2º, CP) 
A omissão penalmente relevante encontra-se disciplinada pelo art. 13, § 2.º, do Código Penal: “A omissão 
é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado”. 
 
 
	
  
 
Relação de causalidade 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a 
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Superveniência de causa independente 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos 
anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
Relevância da omissão 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o 
resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
Trata-se do dever legal, relativo às pessoas que, por lei, têm a 
obrigação de impedir o resultado. É o que se dá com os pais em relação 
aos filhos, bem como com os policiais no tocante aos indivíduos em 
geral. 
Lei: em sentido amplo 
 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
Incumbe o dever de agir tanto ao professor de natação contratado para 
ensinar uma pessoa a nadar (negócio jurídico) como ao nadador 
experiente que convida um amigo iniciante a atravessar um canal de 
águas correntes e geladas (situação concreta da vida). 
 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
O marinheiro que lança ao mar um tripulante do navio tem o dever de 
salvá-lo da morte. Se não o fizer, responde pelo homicídio. 
 
 	
  
	
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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ 
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA 
Centro de Ciências Jurídicas – CCJ 
Curso de Direito 
Direito Penal I – Parte Geral 
Prof. Régis Gonçalves Pinheiro	
  
 
TIPICIDADE (formal e material) 
 
Tipicidade formal é o juízo de subsunção entre a conduta praticada pelo agente no mundo real e o modelo 
descrito pelo tipo penal. 
 
Tipicidade material (ou substancial) é a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado em 
razão da prática da conduta legalmente descrita. (não ocorre nos crimes de bagatela) 
 
 
Tipicidade penal = Tip. Formal + Tip. Material

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