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• Síndromes Fisiopatológicas: 1.Obstructiva Asma, Bronquite e Enfisema (DPOCs) 2. Restrictiva Pneumonia, Fibrose Pulmonar, Sarcoidose 3. de bloqueo alvéolo/capilar SDRA 4. de defeito da perfusão TEP 5. de desproporção V/P HPA Principais Causas de Insuficiências Respiratórias 9 10 6 8 7 4 5 3 2111 Bronquite crônica Enfisema Asma Obstrução do fluxo aéreo DPOC Diagrama de Venn não proporcional Síndrome Obstrutiva VISÃO GERAL E DEFINIÇÕES • Asma isolada não é mais considerada DPOC; • Asma incompletamente reversível – difícil distinção; • DPOC = Bronquite crônica e/ou Enfisema Pulmonar Clinical Practice Guideline for physical therapy in patients with Chronic Obstrutive Pulmonary Disiase (COPD), 2017 VISÃO GERAL E DEFINIÇÕES • Asma isolada não é mais considerada DPOC; • Asma incompletamente reversível – difícil distinção; • DPOC = Bronquite crônica e/ou Enfisema Pulmonar Clinical Practice Guideline for physical therapy in patients with Chronic Obstrutive Pulmonary Disiase (COPD), 2017 • DPOC é o termo usado para descrever uma obstrução das vias aéreas devido à bronquite crônica ou ao enfisema pulmonar • Apesar do substrato anátomo-patológico dessas doenças ser diferente, elas são estudadas, do ponto de vista terapêutico, como uma única entidade. • Isto decorre do fato de que habitualmente essas duas moléstias estão presentes no mesmo pacientes, podendo predominar os sintomas de uma ou outra. • O grau de obstrução das vias aéreas e a quantidade de tecido danificado determinam a severidade da doença. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Epidemiologia da DPOC • 4a causa de morte no mundo (atrás das doenças cardíacas, do câncer e doença cerebrovascular). • Em 2012, a OMS estimou mais de 3 milhões as mortes por DPOC em todo o mundo. • Estima-se que em 2020 ocupará a 3a posição. • Globalmente, o peso da DPOC deverá aumentar nas próximas décadas devido à exposição contínua aos fatores de risco da DPOC e ao envelhecimento da população. GOLD - Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. NHLBI/OMS/ALAT/SBPT FATORES DE RISCO • Fumo de cigarros (responsável por 80 a 90% dos óbitos); Sintomas mais comuns entre os que fumam; Padrão obstrutivo e disfunção pulmonar nos que fumam Alterações patológicas do fluxo entre fumantes • Deficiência da 1-antitripsina (AAT) Conhecido como enfisema genético; Caracterizada por quantidade de AAT; Desenvolvimento precoce da DPOC • Caracterizadas pelo da resistência à passagem de fluxo aéreo; • Em especial justificada pela do calibre das vias aéreas; Quanto menor o diâmetro das vias aéreas maior será a Rva. • Fase mais comprometida – expiração em virtude da tendência natural da redução do calibre das vias aéreas durante essa fase. • Fase inspiratória – também afetada SÍNDROME OBSTRUTIVA • Mecanismos da obstrução Luz da via área: secreção, corpo estranho Nas vias aéreas: edema, broncoespasmo, hipertrofia das glândulas mucosas; Fora das vias aéreas: perda da elasticidade, compressão extrínseca (p. ex., tumor) SÍNDROME OBSTRUTIVA Aprisionamento aéreo- Deslocamento dos PIP Normal Semi-obstrução bronquial Aprisionamento aéreo – Deslocamento dos PIP Partículas e gases nocivos Inflamação Fatores individuais Patologia da DPOC ProteinasesStress oxidativo Anti-proteinasesAnti-oxidantes Mecanismos de reparo INFLAMAÇÃO Doença das pequenas vias aéreas Inflamação das vias aéreas Remodelamento das vias aéreas Destruição do parênquima Ruptura das ligações alveolares Redução do recolhimento elástico LIMITAÇÃO AO FLUXO AÉREO FALÊNCIA RESPIRATÓRIA FADIGA MUSCULAR AUMENTO DO TRABALHO RESPIRATÓRIO HIPERINSUFLACÃO PULMONAR APRISIONAMENTO AÉREO EXPIRACÃO PROLONGADA OBSTRUCÃO AO FLUXO AÉREO ENFISEMA BRONQUITE CRÔNICA INFLAMAÇÃO doença das pequenas vias aéreas caracterizada por inflamação e remodelamento destruição do parênquima e ruptura das ligações alveolares com redução do recolhimento elástico LIMITAÇÃO AO FLUXO AÉREO BRONQUITE CRÔNICA A Bronquite é uma inflamação do revestimento dos tubos bronquiais. A inflamação impede a entrada e a saída de ar dos pulmões. É definida clinicamente como a existência de tosse produtiva na maior parte dos dias do mês, três meses de um ano, em 2 anos sucessivos e sem outras doenças subjacentes para justificar a tosse. Patogenia • A bronquite crônica é uma doença do tabagismo, com 90% de todos os casos ocorrendo em tabagistas. • Maior frequência e intensidade das infecções respiratórias agudas ocorrem em pacientes com bronquite crônica. • Maior prevalência de bronquite crônica em moradores urbanos e trabalhadores expostos a inalantes industriais tóxicos. Fumaça do cigarro Metaplasia Escamosa do Epitélio Brônquico Patologia Aumento do tamanho do aparelho secretor de muco Devido à hiperplasia e hipertrofia das células mucosas do brônquio. Aumento do músculo liso da submucosa Inflamação crônica leve. Estrutura de uma parede brônquica normal. Na Bronquite Crônica a espessura das glândulas mucosas aumenta e pode ser expressa sob a forma do Índice de Reid. Índice de Reid – é a medida da área ocupada pelas glândulas mucosas na parede brônquica. Normal: 0,4 Bronquite: maior que 0,5 Outras alterações morfológicas na Bronquite Crônica são variáveis e incluem: Excesso de muco nas vias aéreas Espessamento das paredes brônquicas (aumento das glândulas e edema) Aumento do número de células caliciformes Aumento da quantidade de músculo liso (hipereatividade brônquica) Metaplasia escamosa do epitélio brônquico Hiperplasia de glândulas mucosas Glândulas mucosas do brônquio Características clínicas Tosse produtiva crônica Dispnéia aos esforços e cianose Cianose e edema secundários ao cor pulmonale – (pletórico azulado) A obstrução crônica das vias aéreas apresenta-se com 2 aparências distintas: “Blue Bloater” e “Pink Puffer” Blue Bloater: - Severa hipoxemia e hipercapnia - Edema periférico devido a falência de VD - Menor percentagem de ventilação, sugerida pela concentração de gases no sangue Características clínicas Hiperinsulflação dinâmica Modificações torácicas Desconforto Respiratório Tiragens Intercostais Sinal de Hoover BRONQUITE CRÔNICA Fisiopatologia da Bronquite Crônica Com a obstrução por inflamação e secreção de muco Decréscimo da ventilação e o organismo responde com Aumento do DC Circulação rápida em pulmão pobremente ventilado Hipoxemia e Policitemia Hipercapnia e acidose respiratória Vasoconstrição arterial e Cor pulmonale Distúrbio pulmonar Alterações anatômicas nos vasos sanguíneos pulmonares e alterações funcionais nos pulmões Resistência vascular pulmonar aumentada HIPERTENSÃO PULMONAR Hipertrofia ventricular direita Insuficiência cardíaca Cor pulmonale Cor pulmonale Definição • Complicação comum da DPOC grave de longa duração; • Forma de insuficiência cardíaca, onde há diminuição da capacidade de funcionamento das câmaras direitas do coração, por doença pulmonar; • O aumento da resistência ao fluxo de sangue e Hipertensão pulmonar, sobrecarregam progressivamente o coração direito. Cor pulmonale Sintomatologia Ocorre aumento da pressão nas veias de todo o corpo e, em decorrência, dilatação das veias, hepatoesplenomegalia e edema nas pernas, além dos sintomas da doença pulmonar, como dispneia e cianose. Hepato- esplenomegalia Fadiga Pressão Venosa Periférica Ascite Distensão daveia jugular Anorexia e Complicações e desordens GI Ganho de peso Edema dependente Pode haver problemas pulmonares secundários Radiografia de Tórax Normal Bronquite Crônica • O diagnóstico baseia-se na história, no exame físico, na radiografia de tórax e nos testes de função pulmonar. • O tratamento é com broncodilatadores, corticosteróides e, se necessário, O2 e antibioticoterapia. • Cerca de 50% dos doentes falecem dentro de 10 anos do diagnóstico inicial. Considerações importantes BRONQUITE CRÔNICA ENFISEMA PULMONAR Alfa 1 Antitripsina É uma glicoproteína circulante produzida no fígado. Importante inibidor de várias proteases (Elastase, Tripsina, Quimiotripsina e Proteases bacterianas). No pulmão, inibe a Elastase Neutrofílica digere a elastina e outros componentes estruturais dos septos alveolares. Tabaco induz a uma reação inflamatória A Serina Elastase, presente nos PMN é um agente elastolítico potente lesa o tecido pulmonar A atividade desta enzima (elastolítica) é inibida pela Alfa 1 Antitripsina (antielastolítica) O tabaco inativa a Alfa 1 Antitripsina Enfisema pulmonar Fisiopatologia Consequencias capacidade vital volume tórax expansão tórax volume residual resistencia vascular alteração V/P Hipóxia vasoconstricção arteriolar HTPu Fisiopatologia do Enfisema A destruição dos septos alveolares / destruição do leito capilar pulmonar Aumento da incapacidade de oxigenar o sangue Há diminuição do Débito Cardíaco e Hiperventilação compensatória Fluxo sanguíneo limitado em um pulmão superventilado Devido à diminuição do DC Hipoxemia tecidual e Caquexia respiratória ( Desenvolvem diminuição da massa muscular e perda de peso) ENFISEMA Características clínicas Sintomatologia aos 60 anos, com história de dispnéia aos esforços Perda de peso Uso dos músculos respiratórios acessórios para respirar Taquipnéia e fase expiratória prolongada RX com hiperinsuflação do pulmão pulmões aumentados/ diafragma deprimido/ aumento do diâmetro ântero-posterior (“tórax em barril”) “Sopradores rosados” Chronic Bronchitis = Cyanotic Blue Bloaters EmPhysema = Pink Puffers “Pink Puffer”- Enfisema Paciente de 58 anos, apresentando dispnéia progressiva nos últimos 4 anos. Tosse ausente ou produtiva de pouca expectoração branca. Astenia e perda de peso. RX Enfisema pulmonar -Hiperinsuflação / Hiperetansparência -Diminuição da trama vascular e intersticial - Diagragmas baixos, achatados - Mediastino estreito Achados Radiológicos ENFISEMA BRONQUITE CRÔNICA Achados Radiológicos I Consenso Bras de DPOC. J Pneumol 26 (supl 1). 2000 DIAGNÓSTICO ESPIROMETRIA • Também conhecido como “Prova de Função Pulmonar”; • Permite registro de volumes pulmonares e fluxo de ar; • Exame não invasivo e indolor CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA • Estágio 1 – Leve: • VEF1/CVF < 70 • VEF1 80% (previsto) • Estágio 2 – Moderada: • VEF1/CVF < 70 • VEF1 entre 50 e 79% (previsto) CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA • Estágio 3 – Grave: • VEF1/CVF < 70 • VEF1 entre 30 e 49% (previsto) • Estágio 4 – Muito Grave: • VEF1/CVF < 70 • VEF1 < 30% (previsto) ou • VEF1 < 50% (previsto) + insuficiência resp. crônica Gravidade e Tratamento EXACERBAÇÃO DA DPOC HIPÓXIA É CAUSA DE MORTE E DEVE SER CORRIGIDA IMEDIATAMENTE - Manter PaO2 > 60mmHg e pH >7,25 - A gravidade da acidose é um fator prognóstico mais fiel que a PaCO2 isolada EXACERBAÇÃO DA DPOC Internamento em UTI: • Dispnéia apesar do tratamento inicial • Confusão / letargia • Hipóxia/ acidose • Fadiga respiratória • Necessidade de suporte ventilatório Terapia com O2 • A longo prazo, prolonga a vida dos portadores de DPOCnos quais a PaO2 é cronicamente inferior a 55mmHg; • O uso contínuo (24h) é mais efetivo do que 12h (esquema noturno); • Melhora o hematócrito; • Melhora os fatores neuropsicológicos; • Melhora o estado hemodinâmico pulmonar e a tolerância ao esforço; • PaO2 alvo = 60mmHg (3L/min de fluxo de O2); • Pode piorar a hipercapnia nas exacerbações! Assistência Ventilatória • Ventilação não invasiva com pressão positiva das vias aéras; • Deterioração do estado mental e dos parâmetros gasimétricos e insuficiência respiratória progressiva, na vigência de CPAP: ENTUBAÇÃO TRAQUEAL E ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA INVASIVA! • Atenção ao uso concomitante de Beta- agonistas, anticolinérgicos e/ou corticosteróides. Medicamentos x Reação MEDICAMENTO/AÇÃO REAÇÃO ADVERSA/IMPLICAÇÃO Agonista beta2-adrenérigco (provoca o relaxamento do músculo liso) Efeitos simpaticomiméticos: nervosismo, inquietação, taquicardia, insônia, náuseas, tonteira, arritmias, sudorese e rubor. Anticolinérgico (inibe a ação da acetilcolina) Efeitos colinérigocs e simpaticomiméticos (brandos): Turvação visual, tosse rouquidão e ressecamento da boca. Metilxantinas (pseudoalcalóides com alto poder estimulador do SNC) Náuseas, vômitos,, diarréia, cefaléia, insônia, irritabilidade, inquietação, perda do apetite, taquicardia e arritmias ventriculares. Corticosteróides (anti-inflamatórios) Irritação oral e faríngea e candidíase. Síndrome de Cushing em altas doses e longos períodos de uso ESTABELECIMENTO DO DIAGNÓSTICO • Diferenciação DPOC x Asma • DPOC: produção diária e crônica de catarro (BC) e diminuição da vascularização no RX tórax e da capacidade de difusão (EP); • Asma: observa-se que diminuição do VEF1 observada na espirometria é normalizada após o uso de broncodilatadores. Características dos Sinais e Sintomas Sinais e Sintomas Bronquite Crônica Enfisema Grave AAT Tosse crônica com presença de catarro Comum Menos comum Menos comum, mas pode estar presente Dispnéia aos esforços físicos Menos comum Comum Comum Idade do paciente no início dos sintomas 60 a 70 anos 60 a 70 anos 40 a 50 anos Histórico familiar Possível, mas não é característico Possível, mas não é característico Comum nos pais, filhos e irmãos História de fumo de cigarros Presente, frequentemente em grande quantidade Presente, frequentemente em grande quantidade Pode estar presente, mas pode ocorrer na ausência Características das Funções Fisiológicas Função Fisiológica Bronquite Crônica Enfisema Grave AAT Fluxo Aéreo Diminuído Diminuído Diminuído Volumes Pulmonares Normal Aumentado Aumentado PaCO2 Pode estar aumentada Frequentemente preservada até a doença avançada Frequentemente preservada até a doença avançada Capacidade de Difusão Frequentemente normal Diminuída Diminuída Complacência pulmonar estática Normal Aumentada Aumentada ASMA • É uma doença pulmonar crônica,caracterizada por episódios periódicos de obstrução ao fluxo de ar e aumento da sensibilidade das vias aéreas a vários estímulos. • Episódios agudos de asma podem alternar-se com períodos assintomáticos, ou podem ser sobrepostos a uma obstrução crônica das vias aéreas. • Ocorre em qualquer idade, porém metade dos casos ocorre até os 10 anos de idade. • Apresenta-se de forma intermitente (crises), podendo ter intensidade variáveis. • Quando a asma aguda grave não responde ao tratamento é denominada Estado de mal asmático. “A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios.”Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas, estreitadas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos. Edema, muco e estreitamento das vias aéreas. Fisiopatologia Patogenia da Asma Resposta Imediata Alérgeno Alérgeno liga-se à IgE nos mastócitos Mastócitos sofrem degranulação Liberação de Mediadores Inflamatórios Broncoconstrição Resposta Tardia Descarga de Grânulos Eosinofílicos Diminuição da Função ciliar e Lesão de células Epiteliais Estimulação de terminações nervosas Broncoconstrição + Hipersecreção de Muco Muco + células epiteliais Hipertrofia de m. liso Linfócitos / Plasmócitos Características histológicas da Asma • Infiltrado inflamatório • Espessamento das vias aéreas (espessamento de m. liso) Bronquíolo normal O espessamento da parede do brônquio se dá por: - Inflamação crônica - Hiperplasia de músculo liso - Hiperplasia glandular A asma resulta de hiper responsividade do sistema imune.Algumas células imunes na asma respondem agressivamente ao alérgico com a liberação de IL 4 e 13, que iniciam um ciclo de alterações no pulmão. Interrupção da resposta imune de Th2 IL4R alfa (bloqueia os efeitos inflamatórios da IL4 e13) Classificação de Gravidade GRAVE MODERADA LEVEACHADOS ASMA Tratamento e Prognóstico • O tratamento envolve controle dos fatores deflagradores e terapia medicamentosa, mais comumente com inalação de Beta-agonistas e corticóides. • O prognóstico é bom com o tratamento. ASMA Estado de Mal Asmático • É a forma mais grave da doença em que a obstrução da via aérea resiste à terapia medicamentosa convencional e dura mais do que 24h. ATENÇÃO Quando esse quadro não é revertido prontamente o doente poderá progredir para falência ventilatória! ASMA O “Estado de mal asmático” refere-se à broncoconstrição cada vez mais intensa que NÃO responde às drogas que geralmente interrompem o ataque agudo.
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