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Direito Processual Civil II

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Direito Processual Civil II:
Ação: é o direito conferido às partes a um pronunciamento estatal que solucione o litigio, fazendo desaparecera incerteza ou insegurança gerada pela lide (Conflito de interesses caracterizado por uma pretensão resistida), pouco importando a solução conferida pelo magistrado.
A evolução do conceito de ação perpassa pelas suas teorias
A) Teorias que negam a autonomia da ação
a) Doutrina /Teoria civilística ou imanentista (clássica) – Desde o período imanentista do processo até meados do século XIX, essa teoria da ação foi muito forte e substancialmente foi capitaneada por Savigny.
Para essa doutrina, “ação” é o próprio direito subjetivo material a reagir contra a ameaça ou violação do direito. Nesse sentido, a ação está presa ao direito que por ela se tutela, ou seja, não há ação sem direito, pois a ação segue a natureza do direito.
De acordo com Almeida (2009, p. 96), de acordo com os civilistas / imanentistas, “a todo direito deveria corresponder uma ação e a cada ação um direito”. Desta forma, não havia direito sem ação assim como não haveria ação se não houvesse direito material que a sustentasse. Seria “duas faces de uma mesma moeda”
É como se hoje não se pudesse mover ação de investigação de paternidade no ventre da mãe de um nascituro concebido de inseminação artificial simplesmente porque a lei não prevê no direito material essa hipótese, ou não se puder mover ação de racismo perante uma pessoa que comete discriminação contra judeus porque a lei não prevê que religiões possa configurar raça.
Essa teoria exclui a possibilidade de criação do direito através da interpretação e dos princípios, sendo extremamente legalista.
O Código Civil de 1916, em seu art. 75, abraçava a teoria imanentista, ao prescrever que “a todo o direito corresponde uma ação que o assegura”.
b) Essa teoria foi superada pela famosa polêmica dos alemães no caso “Bernard Windscheid versus Theodor Mütter” (Polêmica Windscheid x Mutter), ocorrida em meados do Século XIX (anos de 1856 e 1857), em que o conceito de ação se confundiria com o direito de pretensão.
Windscheid publicou em 1856 uma obra analisando a actio romana (a ação no direito romano), dizendo que o conceito moderno de ação era apenas o conceito de pretensão. Pregava, a partir de uma reanálise do conceito de ação para o direito romano, que a ação era completamente independente da existência de um direito.
Mutter, em 1857, respondeu a sua obra, distinguindo claramente o direito de ação do direito material lesado.
Daí surge o debate sempre de caráter dualista separando o direito material do direito de ação. A actio romana seria a fórmula da ação de quem, tendo seu direito lesado, poderia acionar o Estado mediante a ação para a solução do seu conflito.
Aparece então a teoria do direito concreto de agir, dentro do período da fase cientificista, também conhecida como fase autonomista do processo.
Teoria Autonomistas:
c) TEORIA CONCRETISTA - Ação como direito concreto (Também chamada Teoria Concretista ou Teoria concreta da ação ou ainda, teoria do direito concreto de agir) – Supostamente inaugurada pelo alemão Adolf Wach em 1885-1888- a ação se desvincula do direito subjetivo, só que a ação exige uma sentença favorável, pois, essa, não se verifica a ação. Teve como adepto importante James Goldschmidt.
Foi a primeira teoria a defender a já afirmada autonomia do direito processual, embora ainda estivesse atrelada à existência de um direito material. Assim, para haver o direito de ação, o sujeito necessitaria “ter razão”, deveria ter um direito que lhe amparasse, pleiteando do Estado uma resposta positiva, dentro de um caso concreto. Desta forma, teria direito de ação quem tivesse direito a uma resposta favorável. 
Pela teoria concretista (para os concretistas, adeptos da teoria), o direito de ação, autônomo, dirige-se contra o Estado e também contra o adversário, como exigência de ver sua pretensão satisfeita.
Carreira Alvim (2010, p. 104) também cita Oskar Von Bülow (alguém lembra que ele iniciou, com sua obra, em 1868, a fase cientificista do processo?) como um dos que seguiram a linha de raciocínio da ação dada pelos concretistas.
b.1.1 Dissidência da teoria concretista – Em 1903 (início do século XX), a teoria do direito potestativo de Chiovenda revelou-se uma modalidade da teoria concretista do direito de ação. Para a teoria da ação como direito potestativo, a ação seria “o poder jurídico de dar vida à condição para a atuação da vontade da lei.” (CAMARA, 2008, p. 109). Seria assim um direito exercido pelo autor em face do réu, que poderia ter natureza pública ou privada dependendo da natureza do direito material envolvido.
 Piero Calamandrei foi um dos seguidores da doutrina de Chiovenda (CARREIRA ALVIM, p. 109), pregando que o conceito de ação muda em face da realidade e do ordenamento jurídico, motivo pelo qual chamou tal análise de relativização do conceito de ação.
Carreira Alvim (2010, p. 105) ainda cita doutrina desse período, proposta pelo jurista Köhler, da ação como emanação dos direitos da personalidade, na medida em que ação, na sua concepção, é ato jurídico, e como tal, apenas pode praticar o ser dotado de personalidade. Essa concepção foi extremamente criticada, constando aqui que seu registro é meramente para a completude da matéria.
d) Ação como direito abstrato (Também conhecida como teoria do direito abstrato de agir, atribuída ao jurista alemão Heinrich Degenkolp e ao húngaro Alexander Plosz) - Desenvolvidas inicialmente pelo alemão Heinrich Degenkolb e o húngaro Alexander Plósz, que travaram grandes críticas à teoria concretista da ação, a qual deixou problemas sem solução.
Em 1877, Degenkolb escreveu sua obra sobre o direito de ação.
Em 1880, Plósz adere a tese de Degenkolb, admitindo a natureza pública desse direito, criticando a teoria concretista, considerando o caráter abstrato do direito de agir.
Críticas postas pelos autores: 
-A teoria concretista não conseguia explicar o pronunciamento do magistrado quando desse sentença desfavorável (improcedente) ao autor, ou seja, que inexiste direito material que assista ao autor. Como não haver direito de ação se o Estado foi provocado a atuar?
-Não explicavam a sentença declaratória negativa, em que o Estado é provocado para declarar a inexistência de uma relação jurídica, como seria hoje uma negativa de paternidade.
Eis que havia boas razões para o abandono da teoria concretista.
Para eles, o direito de ação independe completamente da existência do direito invocado. A ação exige somente do autor a referência a um interesse seu protegido em abstrato pelo direito - não deixa de haver ação quando uma sentença justa nega o direito invocado pelo autor.
Foi aderida também por Carnellutti. Também seguem essa teoria os juristas Couture e Ugo Rocco.
e) Teoria eclética de Enrico Tullio Liebman, também chamada de teoria das condições da ação.
Liebman foi aquele jurista famoso que veio ao Brasil na década de 40 fugindo do fascismo italiano, lembram? Nesse período, desenvolveu sua própria teoria, que na verdade, nada mais é do que uma mitigação, uma modificação da teoria abstrata. O nome eclética é justamente devido ao fato dele misturar a teoria abstrata com aspectos de sua própria tese.
Para Liebman, assim como na teoria abstrata, o direito de ação poderá culminar em uma resposta favorável, em que o autor tenha o direito (procedência) ou em uma resposta desfavorável, deduzindo e declarando que o autor não tem o direito (improcedência).
MAS, para se ter o direito de ação, faz-se necessária a presença de requisitos, condições.
As condições da ação, assim, seriam requisitos para a existência do direito de agir.
Ausentes as condições da ação, o autor não teria direito a uma resposta positiva (procedência) ou negativa (improcedência), haveria carência de ação, e a resposta jurisdicional deveria ser sem resolução do mérito (mérito = pedido), ou seja, o magistrado nem examinaria porque o jurisdicionado procurou o Poder Judiciário.É um vício na forma do processo.
Não tendo apenas uma das condições da ação, a ação é extinta sem resolução do mérito e a ação pode ser reproposta.
Para ter direito a resposta de se ter ou não o direito nessa teoria, portanto, deve-se preencher as condições da ação.
São as condições propostas por Liebman:
Legitimidade ad causam (legitimidade de agir ou legitimidade para a causa)
OBS: Não confundir com legitimidade ad processum, que como se verá adiante, é a capacidade processual, que é pressuposto processual e não condição da ação.
Possibilidade Jurídica do pedido
Interesse de agir
Tais condições serão estudadas adiante.
É a teoria adotada pelo CPC de 1973 (nosso atual e remendado Código de Processo Civil às vias de ser mudado), no art. 267, VI. Foi colocado pelo discípulo de Liebman, Alfredo Buzaid, autor do CPC-73.
Liebman mudou sua teoria na segunda edição de sua obra, aduzindo (dizendo) que a falta de condições da ação não é condição de inexistência do direito de ação, mas de abuso do próprio direito processual de ação (CAMARA, 2008, p. 111). Esse argumento é utilizado para a modificação, a aniquilação, um verdadeiro “réquiem” às condições da ação (termo de Fredie Didier).
Não confundir com a teoria menos difundida e menos conhecida teoria eclética de Pekelis, pela qual a ação não é direito subjetivo, mas sim um direito de fazer agir do Estado, desde que o direito material fosse garantido por uma coação, o que não ocorreria com o direito de ação. (ALMEIDA, 2009, p. 99).
f) Teoria da asserção ou Teoria da prospecção ou ação in status assertionis (Teoria das prospettazzioni do italiano Monacciani) (todas essas – As condições da ação fazem parte do mérito, auferidas in status assertionis (no estado da asserção, no estado da assertiva, ou simplesmente, de acordo com o que foi afirmado) pelo processo. As condições da ação seriam matéria de mérito, sempre extinguindo a ação com resolução de mérito, formando coisa julgada material. Desta forma, a falta de condições da ação não dá origem a uma extinção sem resolução do mérito, mas sim uma sentença de mérito, e a ação não poderá ser reproposta.
É teoria que ganha força entre os processualistas atuais e já é implementada principalmente na Justiça do Trabalho.
Dentre os processualistas que defendem a tese, por garantir maior celeridade (açodamento ou rapidez) do processo, pode-se citar Fredie Didier.
Candido Rangel Dinamarco (2009) repudia a teoria da asserção, afirmando que poderá ser fontes de injustiças, uma vez que as condições da ação poderão modificar-se ao longo do tempo. Desta forma, uma parte ilegítima pode tornar-se ilegítima, um pedido juridicamente possível pode-se tornar impossível, uma parte pode perder ou adquirir interesse ao longo do processo ou ao longo do tempo. Assim, na sua concepção, a coisa julgada que veda a repropositura da ação vedaria o acesso à justiça, dada a modificação da condição da ação no caso concreto.
Extinção sem julgamento de mérito
 
Dívida Ajuizamento da Ação
Extinção com julgamento de mérito
 
 Procedente Improcedente
Jurisdição: poder incontrastável de aplicar o direito em relação a um caso concreto. O Estado Juiz é inerte, deve ser provocado.
Artigo 128, CPC: o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta. INFRA/ EXTRA/ ULTRA- PETITA.
Processo: Instrumento que o Estado coloca a disposição dos litigantes para administrar a justiça.
O CPC conhece três atividades no processo.
Conhecimento: conhece uma lide e a decide.
Execução: atividades para a satisfação do credor. Não se discute se há ou não o direito, mas sim o cumprimento do referido direito.
Cautelar: Caráter de proteção, visa a garantir o sucesso principal.
Condições da ação: Possibilidade, Interesse de agir e Legitimidade da parte. Pressupostos Processuais são os requisitos necessários à existência da relação processual. As condições se relacionam com o direito material. Subjetivos: referentes ao juiz e as partes. Objetivos: subordinação do procedimento à lei.
A cognição é a atividade judicial de conhecimento da pretensão. Classificada em dois planos: horizontal e vertical. No plano horizontal, amplitude da cognição. Plena: análise de todas as questões posta no processo. O juiz deve analisar todas as questões postas no processo.
O juiz deve analisar todas as questões postas no processo. Restrição: há alguns processos em que a lei restringe a cognição horizontal: Mandado de segurança, só admite prova documental. Nas ações possessórias: a lei não permite discussão sobre o bem. Juizados especiais: tem diversas limitações, tais como questões complexas.
VERTICAL: é a medida da profundidade com a qual cada questão será analisada. Exauriente: analisam-se todas as provas relacionadas aquela questão – SENTENÇA. Sumária ou não exauriente, é em regra, provisória- LIMINARES.
O sistema prevê a imutabilidade e indiscutibilidade da sentença, que é a coisa julgada. (CPC, art. 467).
O processo de conhecimento apresenta dois procedimentos:
- comum: divide-se em ordinário e sumário.
a) Procedimento comum ordinário: geral, genérico, mais regulado, mais extenso, com mais fases devidamente delimitadas. Mais lento.
b) Procedimento comum sumário: Artigo 275, CPC. É mais simples. É rito em causas mais simples de valor e de matéria. O inciso I deste artigo tornou-se pouco útil, devido a criação dos juizados especiais.
Na petição inicial o autor apresentará o rol de testemunhas e se requerer perícias deverá apresentar quesitos (isto é, as perguntas que ele quer que o perito responda) e o assistente técnico. O procedimento sumário visa a concentração dos atos processuais ( artigo 276, CPC).
O juiz designará uma audiência de conciliação, citando-se o réu, não para contestação e sim para conciliação, comparecer a audiência. Se ele não comparece sem justificativa, julgar-se-ão os fatos como verdadeiros. Revelia. Se o juiz vir que há alguma peculiaridade, pode-se converter em processo ordinário, nunca ao contrário.
Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na PRÓPRIA AUDIENCIA, a contestação acompanhada dos documentos, testemunhas, se necessário os quesitos da pericia.
Natureza dúplice do procedimento sumário: A regra geral do procedimento ordinário é deque o réu não pede nada para si, mas sim a não concessão do pedido da outra parte. Há duas exceções: 
Reconvenção: é quando houver identidade na causa de pedir e/ou no pedido é possível que o réu formule o pedido contra o autor.
Ações de natureza dúplice: a decisão de improcedência do pedido do autor é equivalente a uma decisão de procedência daquele mesmo pedido em favor do réu.
O réu pode atribuir natureza dúplice do procedimento sumário, desde que ele peça na contestação, não há necessidade de reconvenção.
Havendo necessidade de testemunha, o juiz marcará outra audiência.
ART. 280, CPC- restrições à intervenção de terceiros e ação declaratória incidental.
As razões finais serão orais e a sentença na própria audiência.
Além das causas relacionadas pelo artigo 275 do CPC, leis especiais posteriores adotaram, também, o procedimento sumário para a ação de adjudicação compulsória, isto é, promover o registro do imóvel em questão quando este não tiver sido feito; gerada por compromissos de compra e venda irretratáveis de imóveis; para a ação de cobrança de indenização coberta pelo seguro obrigatório de veículos, de ação de acidentes de trabalho, para ação de usucapião especial; ação discriminatória; ação revisional de aluguel; ação entre representante comercial e representado.
A forma de procedimento não é posta no interesse das partes, mas da Justiça. A não ser nas hipóteses de pedidos cumulados, a parte não tem disponibilidade de escolha do rito da causa.
Na petição inicial o autor exporá os fatos e os fundamentos jurídicos, formularáo pedido e indicará as provas, oferecendo desde logo o rol de testemunhas e documentos. SE requerer perícia, formulará, no mesmo ato, os quesitos e indicará, também, na inicial, o assistente técnico. Se desejar o depoimento pessoal do réu, deverá o autor requerê-lo, também, na inicial.
No mais todas as regras pertinentes ao pedido e os efeitos do ajuizamento da causa são os mesmos previstos para o procedimento ordinário, cuja disposições gerais se aplicam subsidiariamente ao procedimento ordinário.
Ao despachar a inicial, há outra particularidade do procedimento: o juiz não apenas defere a citação do réu, mas desde logo, no próprio despacho.
Chegando as partes a um acordo, a conciliação será reduzida a termo e homologada pelo juiz, tudo na própria audiência. Tanto o acordo a homologação ficarão constando da ata da audiência, produzindo eficácia plena, independente de qualquer intimação.
Somente ocorrerá a segunda audiência, destinada à instrução e julgamento, se após a frustação da tentativa de conciliação, houver necessidade de colher prova oral para dirimir a lide.
Para agilizar o procedimento sumário, eliminando as causas mais comuns de embaraço, a lei havia vedado todas as formas de intervenção de terceiros, com exceção apenas da assistência e do recurso de terceiro prejudicado. Posteriormente, a lei novamente alterou o artigo 280, permitiu-se também a intervenção de terceiro fundada em contrato de seguro.
As matérias que a parte queira opor a terceiros terão de ser objeto de ação apertada, de maneira a não prejudicar a tramitação e julgamento da ação sumária, dentro da celeridade programada em lei.
JURISDIÇÃO:
Tipos:
- contenciosa: pretensão resistida
-voluntária: ausência de pretensão resistida (juiz administra ou supervisiona questões de interesse público).
Relação jurídica processual: é o conjunto de direitos e obrigações derivadas da participação em um processo. Direito público- direitos e obrigações para as partes nela envolvidas. 
Ela se forma primeiro entre o autor e o juiz, depois, com a citação entre autor, juiz e réu.
Divergência entre a relação jurídica processual: angular ou triangular? Há autores que dizem: triangular, pois há relação direta entre direitos e obrigações entre autor e réu. Exemplos: deveres de lealdade processual, que deriva do dever de colaboração. Há outros autores que dizem: angular, pois todos os direitos e obrigações existentes nessa relação passam necessariamente pelo juiz.
PRAZOS PROCESSUAIS:
O código utiliza determinações de tempo para a prática dos atos processuais sob dois ângulos diferentes: o de MOMENTO adequado ou útil para a atividade processual, o de PRAZO fixado para a prática do ato.
A primeira regra sobre o tempo hábil à prática dos atos processuais é a do art 172, que determina sejam eles realizados em dias úteis. Entende-se por dias úteis aqueles em que há expediente forense, de modo que “durante o recesso forense e nos feriados não se praticarão atos processuais”. O mesmo se diz dos sábados e domingos, conforme a maioria das Organizações Judiciárias, não são dias úteis.
 Salvo no caso de citação e intimação, de nenhum efeito são os atos praticados em dias não úteis ou fora do horário legal. Permite-se, contudo, que os atos iniciados em momento adequado possam se prolongar além das 20 horas, “quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano”.
Para a citação e a penhora, há exceção expressa que permite sua prática em domingos e feirados, ou nos dias úteis, fora do horário legal. A diligência excepcional, todavia, dependerá dos seguintes requisitos: PEDIDO DA PARTE, que demonstre a excepcionalidade do caso e a urgência da medida, AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO JUIZ, OBSERVÂNCIA DO DISPOSTO no artigo 5º da CF.
 As normas em questão são aplicáveis, também, ao arresto e ao sequestro, por força do disposto nos arts. 821 e 823.
Quanto às intimações, também há autorização legal para que ocorram em dia que não tenha havido expediente forense, mas em tal conjuntura reputar-se-ão praticadas “no primeiro dia útil seguinte”, para todos os efeitos.
Sempre que o ato for daqueles que se praticam por meio de petição, como os recursos, a manifestação da parte terá de ser protocolada, dentro de expediente estabelecido pela lei de organização judiciária local.
Consideram-se feriados os dias não úteis, isto é, aqueles que não há expediente forense, como os domingos, dia de festa nacional ou local e os sábados, quando as normas de organização judiciária suspenderem a atividade judiciária nesses dias. Férias forenses são as paralizações que afetam, regular e coletivamente, durante determinados períodos do ano, todo o funcionamento do juízo, por determinação da lei da organização judiciária.
Tanto nos feriados como nas férias não se praticam atos processuais. Em caráter excepcional, porém, permite o código a prática dos seguintes atos durante as férias e no feriados(art. 173, CPC): PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS; CITAÇÃO, a fim de evitar o perecimento de direito.
O prazo decadencial, por exemplo, não se interrompe nem se suspende, como o prescricional. Assim, se o seu término se der no período de férias ou em dia de feriado, a parte de seu direito se não o exercer em tempo hábil, ou seja, ainda nos dias não úteis. Daí a permissão para que, em tal conjuntura, possa a parte requerer e promover a citação mesmo em férias ou feriado.
Nota-se, ainda, que o artigo 173 não prevê o andamento dos processos nas férias, mas tão somente a prática de determinados atos. Destarte, iniciado o processo, praticado o ato urgente e feita citação “o prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias”.
Há feitos, porém, que têm curso normal no período de férias, isto é, processam-se durante as férias e não se suspendem, como os demais, pela superveniência delas. São as seguintes: PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA, CAUSAS DE ALIMENTOS PROVISIONAIS, TODAS AS CAUSAS QUE A LEI FEDERAL DETERMINAR.
PRAZO é o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente praticado.
Todo prazo é delimitado por dois termos: o inicial (dies a quo) e o final (dies ad quem). Pelo primeiro, nasce a faculdade de a parte promover o ato; pelo segundo extingue-se a faculdade, tenha ou não sido levado a efeito o ato.
Em processo, o termo inicial é, ordinariamente, a intimação da parte; e o final, o momento em que se encerra o lapso previsto em lei. Ambos costumam ser documentados nos autos por certidões do escrivão.
A maioria dos prazos acha-se prevista no código. Se, porém, houver omissão da lei, caberá ao juiz determinar o prazo em que o ato do processo pode ser praticado.
Classificação: os prazos podem ser:
Legais: são fixados pela própria lei, como o de resposta do réu e o dos diversos recursos.
Judiciais: os marcados pelo juiz, em casos como o de designação de data para audiência, o de fixação do prazo do edital, o de cumprimento da carta precatória, o de conclusão da prova pericial.
Convencionais: são os ajustados, de comum acordo, entre as partes, como o de suspensão do processo, ou de concessão pelo credor ao devedor, na execução, para que a obrigação seja voluntariamente cumprida.
Segunda sua natureza, os prazos serão considerados dilatórios ou peremptórios. Dilatórios é o que, embora fixado na lei, admite ampliação pelo juiz ou que, por convenção das partes, pode ser reduzido ou ampliado. Peremptório é o que a convenção das partes e, ordinariamente, o próprio juiz, não podem alterar.
Ao juiz, o Código permite, em casos EXCEPCIONAIS, a ampliação de todo e qualquer prazo, até mesmos os peremptórios, desde que seja difícil o transporte na Comarca, ou tenha ocorrido caso de calamidade pública.
Nas dificuldades de transporte, a ampliação máxima poderá atingir 60 dias, na calamidade pública, poderá até ultrapassar o mencionado limite.
Quanto à ampliação ou redução dos prazos dilatórios, a convenção das partes só tem eficácia se atender aos seguintes requisitos:
Deve ser requerida antesdo vencimento do prazo
Deve estar fundada em motivo legítimo
Deve ser objeto de aprovação do juiz, a quem compete fixar o dia do vencimento do prazo de prorrogação.
Todo prazo, em regra, é continuo, isto é, uma vez iniciado não sofrerá interrupção em seu curso pela superveniência de feriado ou dia não útil.
Sobrevindo, porém, as férias forenses, terão essas efeito suspensivo sobre o prazo ainda em marcha, sem distinguir entre prazo dilatório e peremptório. Paralisada a contagem, o restante do prazo recomeçará a fluir a partir do primeiro dia útil seguinte das férias forenses.
O efeito suspensivo das férias forenses não se verifica quando se trata de prazo decadencial, já que este não se destina à prática do ato processual, mas apenas ao aperfeiçoamento da citação ficta.
Outros casos de suspensão dos prazos estão previstos no artigo 180 e são os seguintes:
O obstáculo criado pela parte contrária
A morte ou perda de capacidade processual da parte, de seu representante legal ou de seu procurador.
A convenção das partes, se o prazo for dilatório.
Oposição de exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz, salvo no processo de execução.
Em regra, os prazos são contados, com exclusão do dia de começo e com inclusão do de vencimento. Assim é porque ocorrendo a intimação durante o expediente forense, a computação do dia em que ela se der importância redução do prazo legal, visto que do primeiro dia a parte somente teria condições de desfrutar de uma fração. Já com relação ao termo final, isto não se dá, pois a parte poderá utilizá-lo por inteiro.
Como é a intimação o marco inicial dos prazos, o começo de fluência só se dá, realmente, a partir do dia seguinte. Mas é preciso que esse dia seja útil, pois nenhum prazo processual começa em dia não útil.
Com relação à fixação do dies a quo da contagem de prazo processual, o artigo 241 fornece as seguintes regras, que devem se aplicar tanto às citações como às intimações:
Quando a citação ou intimação for pessoal ou com hora certa, o prazo se inicia a partir da juntada aos autos do mandado devidamente cumprido.
Quando houver vários réus, o prazo começará a fluir da juntada do último mandado, devidamente cumprido.
As publicações feitas aos sábados, onde não há expediente forense em tais dias, a intimação será considerada na segunda e o primeiro dia computado na contagem será na terça-feira.
Contagem de Prazos:
Ressalvadas as normas de suspensão, os prazos são contados continuamente.
Exclui-se dia do início (dies a quo) e inclui-se o dia do final (die ad quem).
A contagem nunca começa em dia não útil (somente em dia útil).
Se a contagem termina em dia não útil, o prazo é prorrogado para o 1º dia subsequente.
Se a publicação ocorre em dia não útil, a lei considera como ocorrida no 1º dia útil subsequente.
Tratando-se de mandado de citação/intimação/notificação, o dies a quo é o dia de sua juntada aos autos e não o dia em que foi cumprido.
Atenção aos artigos 188 e 191 do CPC: prazo em dobro para litisconsortes com advogados diferentes. Prazo quadruplo para contestar e em dobro para recorrer para a Fazenda Pública.
Processo eletrônico: dies a quo- o dia da abertura da mensagem ou o 10 dia após a sua disponibilização, o que ocorrer primeiro.
Obs.: se houver forense ocorre a suspensão do prazo, voltando este a corres do ponto em que estava.
Observação: prazo retroativo: 10 dias antes da audiência para o depósito de rol das testemunhas. O dia da audiência é o dia dies a quo. Somente para o procedimento ordinário, no sumário o rol de testemunha deve ser juntado na petição.
Preclusão:
Todos os prazos processuais, mesmo os dilatórios, são preclusivos. Portanto, “decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato”.
Opera, para o que se manteve inerte, aquele fenômeno que se denomina preclusão processual.
E preclusão, nesse caso, vem a ser a perda da faculdade ou direito processual, que se extinguiu por não exercício em tempo útil. Recebe esse evento a denominação técnica de preclusão temporal. Mas, há, em doutrina, outras espécies de preclusão, como a consumativa e a lógica, todas elas ligadas à perda de capacidade processual para a prática ou renovação de determinado ato.
Com esse método, evita-se o desenvolvimento arbitrário do processo, que só geraria a balbúrdia, o caos e a perplexidade para as partes e para o próprio juiz.
A preclusão pode ser temporal, lógica e consumativa: Será temporal, quando houver a extinção do prazo. Lógica, quando a prática do ato é logicamente incompatível com o ato processual. E por fim, consumativa, uma vez que praticado o ato, não há mais como refazê-lo.
Atos Processuais: espécies
Atos do magistrado: Sentença é o ato processual que implica uma das hipóteses previstas nos artigos 267 e 269. Antes de 2005, o conceito de sentença era: “ato processual que põe fim ao processo de conhecimento”. Contudo depois de 2005, o processo tornou-se sincrético, isto é, apresenta a fase de conhecimento e fase de execução. Somente para fins de recurso continua-se com o conceito antigo. O artigo 267 reza que: Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:  I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - quando o juiz acolher a alegação de perempção (abandono da causa por 3 vezes), litispendência (dois processos iguais tramitando ao mesmo tempo) ou de coisa julgada (existência de processo anterior igual, já julgado no mérito); Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Vll - pela convenção de arbitragem;  Vlll - quando o autor desistir da ação ( o autor não desiste de seu direito) ; IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; XI - nos demais casos prescritos neste Código. O artigo 267 permite há possibilidade de propor a MESMA ação de novo. O artigo 269 do CPC: Haverá resolução de mérito: I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;  III - quando as partes transigirem (acordo);  IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;  V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação (renuncia o direito material). Já no artigo 269, o juiz dirá quem tem razão a controvérsia relativa ao direito material. Transitado em julgado a decisão, ocorre a coisa julgada e não é possível propor novamente a ação.
Decisão interlocutória não extingue o processo, tem ação decisória, atos do processo, que geram sucumbência. Tanto a sentença como a decisão interlocutória tem carga decisória que gera sucumbência.
Atos meramente ordinatórios: atos de desenvolvimento do processo, sem carga decisória, determinados diretamente pelo diretor de secretaria ou chefe de cartório.
Outros atos:
Instrutórios: inspeção judicial. Artigo 440, CPC ouvir a testemunha. São atos destinados a instrução do processo.
Mera comunicação: informação em agravo de instrumento.
Fundamentação concisa e fundamentação por referência. Principio do livre convencimento motivado.
	Princípio do livre convencimento motivado
	Principio da prova tarifada
	Principio da intima convicção
	Juiz analisa as provas livremente, mas deve motivar a decisão
	As provas têm valor fixo é pré-determinada. Ex: negócios jurídicos devem ter como provas determinados contratos
	O juiz avalia as provas livremente e não precisa expor as razões. Ex: JURI
Atos da parte:
Enquadramento: stricto sensu (autor e réu), terceiros intervenientes e o MP(parte autor ou como fiscal da lei).
Principio dispositivo:a jurisdição não age de oficio, ou seja, ela é parte.
Impulso oficial: o juiz tem o dever de zelar pelo bom e célere andamento do processo.
ÔNUS PROCESSUAL:
É um comportamento do litigante esperado, que caso não praticado, gera consequência jurídica negativa ao inerte.
Ex: intime-se o autor para recolher as custas (ônus), sob pena de indeferimento da inicial( consequência jurídica negativa).
Não se fala em obrigação (conceito de direito privado), e sim em ônus.
Os atos são praticados por escrito e feito por um advogado. Exceções: atos processuais praticados em audiência-orais. Ou ainda, situações em que a lei dispensa o advogado. Ex: justiça do trabalho, juizados especiais.
Art. 161, CPC: cotas marginais: manifestação a mão é permitida, mas não se pode acrescentar nada as margens do processo.
Fundamentação:
- Postulatórios: parte pede algo.
- dispositivos: são aqueles por meio dos quais as partes renunciam a algum direito ou vantagem processual.
.unilateral: desistência da ação
. desistência da contestação, prorrogar a competência.
OBSERVAÇÃO: desistência da ação não se confunde com a renuncia do direito material sobre a qual se funda a ação. Desistência se refere apenas ao processo, e não impede a propositura de uma nova ação, a renuncia se refere a um direito material, logo não existe mais o direito para fundar eventual nova ação. A desistência após a citação depende da concordância do réu. A renuncia é unilateral.
Desistência da ação não se confunde com desistência do recurso, esta é sempre unilateral.
ATOS AUXILIARES DA JUSTIÇA:
Perito (qualquer profissional- arts. 429 e 433 do CPC-> advogados podem ser peritos, eles arbitram em honorários), leiloeiro, tradutor....
Serventia permanente
Certidões
Publicações
Logística, juntada, carimbo
Atos meramente ordinatório= despacho do juiz
PUBLICIDADE:
Os atos processuais geram efeitos quando praticados, ainda que fora dos autos. 
Efeitos:
-intra-autos: dentro dos autos.
-extra-autos:
.art.93, inciso IX, da CF- art. 155.
-causas denominadas de segredo de justiça.
INVALIDADE DOS ATOS:
Atos meramente irregulares
Instrumentalidade das formas: não há nulidade sem prejuízo (pas de nulité sans grief)
Nulidades processuais: 
Absoluta: pode ser alegada a qualquer tempo, o juiz deve decretar de oficio
Relativa: alegada na primeira oportunidade, sob pena de preclusão, depende da iniciativa da parte.
Arts. 243 (alegação de própria torpeza), Art. 244/245/246 (se o MP não for intimado a intervir), Art. 247( o vício mais grave existente é a querela nulitatis, invalidade ou inexistência de citação, inexistência da relação processual. É insanável, pode ser alegada por simples petição, mesmo após o transito em julgado), Art. 249 (refazer os atos atingidos pela nulidade, exceto se o MP fosse parte, refazer tudo), Art. 250 (mera formalidade dos atos).
Nulidade atinge os atos decisórios , ela não atinge os atos instrutórios, salvo se houver prejuízo. Admite-se a chamada convalidação dos atos decisórios.
Petição Inicial: 
É o ato processual que manifesta o direito de ação do autor, que põe em marcha a jurisdição.
Traz os denominados elementos da ação: partes, causa de pedir e pedido.
OBSERVAÇÃO: SE HOUVER LITISPENDENCIA DEVE SE OBSERVAR ESTES FATORES:
- MESMA competência territorial-> será válida a que primeiro houve despacho
- DISTINTA competência territorial-> será válida a que primeiro houve citação.
Há também o instituto da CONEXÃO, isto é a similaridade, não é a identidade, mas a similitude entre ações. Evitar julgamentos contraditórios (uma impede a execução da outra), e também, economia processual.
ARTIGO 282, CPC:
A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida (COMPETENCIA); 
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu (SE FOR SABIDO, DEVE FACILITAR A INDIVIDUALIZAÇÃO) (CPF+RG);
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido( A CAUSA DE PEDIR. A DESCRIÇÃO DA PRETENSÃO RESISTIDA, INTERESSE DE AGIR-> UTILIDADE E NECESSIDADE. ATO DO RÉU QUE O AUTOR REPUTA VIOLADOR DE SEUS DIREITOS;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Se faltar algum desses requisitos na Petição Inicial o juiz deverá determinar a emenda (correção) da peça.
Se o vício da peça for muito grave, a lei permite que o juiz, mesmo sem possibilitar a emenda ao autor, ponha fim ao processo, em virtude da inépcia da inicial. (art. 282, II e III CPC).
QUALIFICAÇÃO DAS PARTES:
Individualização do autor e do réu+ CPF e RG
. Capacidade de ser parte: conceito ligado à personalidade jurídica.
. Capacidade processual: capacidade de estar no processo, ligada a capacidade civil.
. Condição da ação: legitimidade das partes vai estar ligada neste inciso.
FATO E OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO:
Obs.: Condição da ação: interesse de agir, causa de pedir estará no direito material violado.
O CPC adotou a teoria da substanciação (expor o fato e a relação jurídico entre as partes). A corrente não adotada é da individuação, isto é, para ela só basta os fundamentos jurídicos.
OBSERVAÇÃO:
-causa de pedir remota: são os fatos, a relação jurídica que existe entre as partes.
- causa de pedir próxima: a pretensão resistida, fundamento jurídico não é citação da lei.
POR EXEMPLO:
Paulo ajuíza ação de alimentos contra seu pai.
Causa de pedir REMOTA: relação de filiação que o pai de acordo com a lei civil, tem de sustentar o filho.
Causa de pedir PRÓXIMA: o pai tem possibilidade de pagar alimentos ao filho que deles necessita, mas não paga.
Há necessidade de citar os fundamentos legais na petição? Não, o juiz conhece o direito. Dá-me os fatos que te dou o direito. EXCEÇÕES: direitos estadual (que seja diferente do estado em que se encontra a ação), municipal, infralegal ou estrangeiro (precisa demonstrar se ela ainda é vigente ou não).
Contudo:
Para o recurso especial seja conhecido, na hipótese de violação de dispositivo legal, e no mesmo sentido o Recurso extraordinário, necessário que haja o prequestionamento. Levando em conta a grande quantidade de leis em nosso país.
Não há problema se o juiz, desde que seja nos mesmos fatos, formular a sentença em dispositivos legais diversos das partes.
Nem a qualificação jurídica dada pelo autor na questão a determinado fato vincula o juiz, este pode decidir de maneira distinta da pedida, desde que observe os mesmo fatos jurídicos.
Alteração da causa de pedir e do pedido:
Petição- Citação-contestação-Saneamento-prova-sentença.
Até a citação do réu a alteração da causa de pedir e do pedido é livre. Se o réu já foi citado, somente pode alterar com a concordância do réu.
Na fase de saneamento, depois que o juiz profere o despacho saneador, o processo não cabe alteração.
Obs.: Princípio da estabilização da demanda: somente pode ser modificada com a concordância das partes se o réu já foi citado e até a fase de saneamento.
Obs.: nas ações coletivas há flexibilização na alteração da demanda.
Não é considerado alteração da causa de pedir:
- explicitar a causa de pedir
- mudar a qualificação jurídica, desde que não mude a causa de pedir.
- indicar dispositivos legais antes não indicados.
Fatos disitintivos envolvendo uma mesma relação jurídica: somente os fatos trazidos pelo autor, na inicial, é que fazem parte da causa de pedir. Autor define os limites subjetivos(contra quem litiga) e objetivos (sobre o que se litiga) da demanda.
Nominar as ações: desnecessário. Nome errado: irrelevância, sem consequência prática, o que importa é a causa de pedir e o pedido.
Pedido: é o conteúdo da demanda, aquilo que se pretende obter. O pedido deve ser certo e determinado.
Objeto imediato ou mediato: o imediato é feito contra o poder judiciário. Providencia jurisdicional. Ele pode ser um pedido condenatório, constitutivo (des), declaratório, mandamental ouexecutivo lato sensu (algumas doutrinas adotam essas duas, além das três). A condenatória está sempre relacionada a uma obrigação ou a atos ilícitos. Constitutivas ou as descontitutivas estão relacionadas com as relções jurídicas. Declaratórias lidam com declaração de certeza jurídica. Já o pedido mediato é o bem da vida sobre o qual recai a providencia jurisdicional.
Obs.: ante o exposto, o autor requer que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu a (PEDIDO IMEDIATO)..... Pagar, indenizar, despejo (PEDIDO MEDIATO).
Em certas hipóteses, o pedido pode ser genérico, relativa indeterminação do pedido mediato.
Obrigações genéricas: não é perfeitamente determinada. O pedido também não será perfeitamente determinado. Ex: 10 sacas de café; ou indenização por danos morais.
Obs.: o pedido de indenização é altamente indeterminado. Pode ser de três tipos:
Pedido genérico
Pedido certo, mas o juiz pode condenar em valor maior e se condenar em valor menor não há sucumbência.
Sugerir o valor, o valor atribuído pelo autor em pedido de dano é meramente indicativo, não possuindo qualquer efeito para fins de delimitação, interesse recursal ou fixação da sucumbencial.
O pedido é interpretado restritivamente. Entretanto alguns elementos pode o juiz se manifestar, mesmo que não se peça:
Honorários advocatícios + custas processuais
Prestações periódicas vincendas
Juros legais e correção monetária
Conforme o caso, multa diária, exemplo: pede que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu a pintar o quadro, conforme contratado, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (meramente indicativo, o valor é em favor da parte contrária).
Cumulação (objetiva) de pedidos: 
Art. 292, CPC: mesmo que não conexos em face do mesmo réu: possível:
Pedidos compatíveis: economia processual
Competente o mesmo juiz, se for diferente, será necessário separar as ações
Mesmo procedimento, se for sumário e ordinário pode-se utilizar somente o ordinário
Pedido alternativo: obrigação de direito material alternativa: pedido igualmente alternativo.
Pedido subsidiário: pedido subsidiário ou eventual. Pede mais e, caso não vença, pede menos. Se perder o pedido principal há possibilidade para recorrer para pedir o principal, sem perder o subsidiário.
Art. 282, CPC: a petição inicial deverá indicar o valor da causa: 
Se a causa tem valor econômico, é a expressão do valor econômico desejado. Deve ser sempre escrito em moeda corrente, se a causa não tem valor econômico é definido pelo autor de modo livre.
Importância do valor da causa (processual e fiscal):
-juizado especial cível (40 salários mínimos) e Federal (60 salários mínimos): obrigatoriedade de advogado (maior que vinte salários mínimos).
-fixação dos honorários sucumbenciais: regra, os honorários sucumbenciais, em caso de condenação, são fixados percentual do valor da condenação e não da causa.
Art. 259 e 260, CPC: nas ações que incluem prestações vencidas e vincendas, o valor da causa é a soma das parcelas vencidas mais 12 parcelas vincendas.
São irrelevantes as modificações que possam ocorrer durante o processo. O réu pode impugnar o valor da causa (art. 261).
O juiz pode modificar de ofício? Não há consenso. O mais comum é o juiz determinar que o autor emende a petição, para que seja dado o correto valor à causa. Não existe norma processual que autorize o juiz a alterar o valor da causa sem impugnação do réu, nem que o autorize a determinar provas de pobreza para fins de justiça gratuita. Contudo, em ambos os casos, a jurisprudência vem se consolidando no sentido de que o juiz detém essas prerrogativas.
Reconvenção, cautelar, declaratória, incidental, oposição por ser tratar de outra demanda (art. 34 e 258).
PROVAS: as provas com que o autor pretende dizer as provas que vai produzir.
O que pode ser prova? Tudo, ainda que não especificado em lei, desde que legal e moralmente legítimo.
Prova ilícita: violação do direito material.
Prova ilegítima: violação da lei processual.
Ônus da prova:
- autor: fato constitutivo do seu direito
- réu: fato impeditivo, modificativo e extintivo do direito do autor.
Regras de ônus da prova: Partes- saibam o que provar. Juiz- desfavor de quem julgar caso não cumpra o ônus.
Petição Inicial em termos: Recebe a inicial, determina a citação do Réu e avalia eventuais pedidos de medidas antecipatórias.
-antes da citação
-depois da contestação
-após uma manifestação preliminar do réu, geralmente em 72 horas, geralmente com a Fazenda Pública.
-qualquer tempo, no curso do processo.
Obs: “difiro” (depois) diferente de “defiro” (concedo).
Defeito da Petição Inicial:
Em regra, se a inicial tiver defeitos sanáveis, o juiz deve conceder prazo para que a mesma seja emendada, sob pena de indeferimento. Defeito insanável= indeferimento.
Obs: os requisitos da inicial devem ser interpretados restritivamente.
Art. 295, CPC: depois de uma alteração no CPC, prescrição e decadência são apreciáveis de ofício pelo juiz.
Inépcia: Art. 295, §1º.
Obs.: o pedido for juridicamente incompatível, exceto nos pedidos sucessivos.
Art. 296, CPC: por exceção, no caso de indeferimento da inicial, poderá o juiz retratar-se, reformar sua decisão.
Art. 285-A: sentença “clonada”: 
Requisitos: sentença de mérito diferente de indeferimento (sem julgamento de mérito).
Unicamente de direito, não há fatos
No juízo já houver sido proferida
Total improcedência em outros casos idênticos
Proferida a sentença, dispensa a citação.
§1º Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. 
 § 2º Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso.
Art. 285-B: Lobby dos Bancos: 
Cláusulas abusivas: questionava-se a abusividade do contrato e se entendida que, enquanto a questão não fosse resolvida, a dívida não poderia ser cobrada. Mas com a inclusão deste artigo os litígios deverão ser discriminados na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, quantificando o valor incontroverso.

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