Buscar

NPJ PETIÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE MONTE ALEGRE/RN 
 
JOÂO BERNARDO, brasileiro, solteiro, Criador de animais, inscrito no registro geral sob o correspondente número xxxx, emitido pela Secretaria de Saúde Pública e no cadastro nacional de pessoas físicas em Nº xxxx. Residente e domiciliado na Rua dos poetas, 502, Bairro dos girassóis, Monte Alegre/RN, com endereço eletrônico XXXX , vem por de seu advogado que esta subscreve, devidamente qualificado em procuração acostada aos autos, respeitosamente propor a presente: 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS
Em face de PEDRO, brasileiro, casado, empresário, residente na Rua D. João VI, n° 100, Bairro dos Funcionários, Natal-RN, CPF N° XXXX, identidade XXXX, endereço eletrônico desconhecido, pelos fatos e fundamentos seguintes: 
 
I. DAS PRELIMINARES 
I.II. DA COMPETÊNCI A DO JUÍZO 
É competente o presente foro para a propositura da ação ensejada, uma vez que o objeto do caso tem como característica uma obrigação de comodato gratuito. Institui o Código Civil - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002:
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto. 
Estabelecido em contrato escrito, donde se pode visualizar que o referido compromisso deveria ser satisfeito no domicílio do Autor que, no entanto, não foi cumprido em momento algum pelo Réu, incorrendo assim em estado de mora até o surgimento do da tragédia em que ocasionou a perda do bem aqui aludido, causando consideráveis danos ao Autor. 
O código de processo civil de 2015, no artigo 53, inciso IV, a línea “a)” solidifica a competência desta jurisdição para a apreciação da seguinte demanda. Nesses termos: 
Art. 53. É competente o foro: (...) IV - do lugar do ato ou fato para a ação: a) de reparação de dano; (CPC/2015)
II. DOS FATOS 
Por força de contrato legalmente instituído pelas partes, o réu esteve de posse de um cavalo de raça Manga Larga, avaliado em R$ 50.000,00 (Cinquenta mil reais), e que deveria restituir ao dono por direito no dia 20 de janeiro de 2017. No entanto, até o mês de Agosto, praticamente oito meses após o vínculo jurídico que tratava do zelo e do compromisso da entrega, o réu, por pura negligência, não havia devolvido o Manga Larga afetuosamente denominado de “Precioso”, nome que alude ao seu valor emocional e de mercado (financeiro).
Ocorre que, a irresponsabilidade do réu deu lugar a uma cadeia de desventuras, a uma tragédia irreparável, pois cavalos do porte do Manga larga em questão são únicos. Não se podia deixar um bem dessa dimensão desprotegido. Para infortúnio do Autor foi o que ocorreu. Uma forte chuva que pegou o cavalo desamparado, o matou, colocando fim a uma gloriosa vida de altivez e valor.
Por força do desleixo e irresponsável vigilância desse patrimônio emocionalmente indelével e valoroso, aconteceu a desgraça.
 
III. DO MÉRITO 
III. I. DA RESPONSABILIDADE ORIUNDA DA MORA 
Como foi desenvolvido nas preliminares desta inicial os fatos estão ancorados em um contrato rigidamente legal, acostado aos autos, redigidos nele a observância dos mais necessários cuidados com o bem e do tempo de comodato e, ainda, assinado pelas partes e testemunhas. O manga-larga, animal avaliado com a significativa quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais ) possuía além da portentosa capacidade demonstrada no turfe, utilidade na reprodução da linhagem. Possibilidades econômicas muito além das referidas virtudes do animal. Ou seja, relevância imensurável. 
Distingue-se a inconteste mora de mais de sete meses, claramente exposta e patente nas datas dos documentos acostados, 
É óbvio que uma alegação de ocorrência de caso fortuito que o réu possa levantar é puro embuste para tentar esconder o desleixo com o bem alheio. A única coisa observável é a negligência que provocou um prejuízo incalculável para o Autor.
O código civil esclarece a responsabilidade do devedor que protela sua obrigatoriedade contratada. . Os artigos 394, 395 , 397 e 399 ensejam:
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Os prejuízos financeiros decorrentes da mora, soma-se juros, correção monetárias e honorários advocatícios.
É patente que a negligência do comodatário deu fim ao literalmente “Precioso” patrimônio. 
IV. DOS PEDIDOS 
Diante de tão clara evidência de embaraço financeiro provocado pelo desmazelo do réu, o Autor, desde logo requer: 
I. Que seja intimado o réu para esclarecimentos.
II. Que seja julgado procedente o pleito para declarar a culpa e obrigação reparatória.
III. A reparação do prejuízo acrescido de indenização por perdas e danos, juros e correção monetária em decorrência da mora do devedor, e honorário advocatícios, a qual se dará em 20% sobre o valor da causa.
IV. Protestar em provar o alegado por todo s os meios de provas em direito admitidos, estando já em poder do contrato de comodato firmado entre as partes, o qual facilmente se extrai a lesividade da mora em se deu o Réu;
V. É razoável a possibilidade para audiência de mediação e conciliação; 
VI. Que na apresentação de obstáculos para efetuação da restituição, indique o réu patrimônio de valor correspondente para penhora.
IV. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 90.000,00 (Noventa mil Reais).
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Monte Alegre , 01 de Novembro de 2017.
Advogado OAB/CE XX.XXX-X

Continue navegando