Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSPEÇÃO JUDICIAL Fundamentação: Art. 5º, inciso LIV e LV da CF; Art. 481 ao 484 doCPC; Lei 13.105/15 NCPC *Pessoas, coisas,lugares Pessoas -partes ou não do processo desde que aja necessidade de verificar seu estado de saúde e suas condições de vida. Coisas - móveis ou imóveis é mesmo documentos de arquivo, de onde não possam serretirados. Lugares - quando houver conveniência de se conhecer detalhes de uma vida pública onde se deu um acidente ou outro acontecimento relevante para solução da causa. A exibição da coisa ou pessoa a ser inspecionada, normalmente, deve ser feita emjuízo, em audiência, para isso determinada, com prévia ciência das partes. “Inspeção judicial é o meio de prova que consiste na percepção sensorial direta do juiz sobre qualidades ou circunstâncias corpóreas de pessoas ou coisas relacionadas com litígio”.(Theodoro Jr., 2012, p. 508) É importante, contudo, observar que ao juiz não é dado saída para a diligência sem prévio despacho, com ciência das partes, sob pena de nulidade. A inspeção judicial é um importante meio de prova, estando disciplinada nos artigos 481 e seguintes. ( 481 a 484 que dela tratam, são reproduções dos vigentes artigos 440 a 443 do CPC de 73 ). Observando-se com perspicácia, a inspeção chega a ser um instituto de vanguarda, eis que tem o condão de retirar do juiz o papel de meroexpectador do processo, fazendo-o um agente inserido. Isso porque, embora seja meio de prova, é produzida pelo julgador. O juiz vai ao local, observa coisas, inquire pessoas, enfim pratica atos sensoriais que possam lhe auxiliar no julgamento. A inspeção, contudo, não pode ser mero capricho ou curiosidade. Trata-se de ato excepcional, que somente deve ser praticado quando for verdadeiramente indispensável e ter nitidamente delimitado o que será seu objeto. Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido de um ou mais peritos de sua escolha, já que o ato de inspeção é pessoal do magistrado. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia, por determinação do juiz, ou ainda, por iniciativa das partes. Podemos concluir que inspeção é tipo de prova que confere ao magistrado o contato direto com o lugar, a coisa ou a pessoa por meio do qual é o próprio juiz que realiza o exame. Resta saber se, na prática, o magistrado terá condições estruturais para assumir uma posição essencialmente ativa na produção probatória, a ponto de deixar seu gabinete para inspecionar pessoas e coisas do Novo Código de Processo Civil, podendo, inclusive, ser efetivada em qualquer fase do processo.
Compartilhar