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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA DIEGO DE OLIVEIRA ROCHA UMIDADE TERESINA – PI 2017 DIEGO DE OLIVEIRA ROCHA UMIDADE DRA. KAROLINE DE MACÊDO GONÇALVES FROTA ESTAGIARIA DOCENTE: LAYANE CRISTINA LAVÔR MONITORA: JADIELLY ALICE SILVA TERESINA - PI 2017 1. INTRODUÇÃO Em análise de alimentos, a técnica de determinação de umidade é uma das mais importantes. A umidade de um alimento está relacionada com a sua estabilidade, qualidade e composição e pode afetar itens como: estocagem, embalagem e processamento. (CECCHI, 2003) Segundo Cecchi (2003), os alimentos com alta umidade tendem a deteriorar- se mais rápido quando estocados, em relação aos de baixa umidade. Isso ocorre devido à facilidade do crescimento de fungos e organismos deteriorantes. Alguns tipos de deterioração podem ocorrer em determinadas embalagens se o alimento apresentar umidade excessiva. Por exemplo, a velocidade do escurecimento em vegetais e frutas desidratadas ou a absorção de oxigênio em ovo em pó podem aumentar com o aumento da umidade, em embalagens permeáveis a luz e ao oxigênio. Além disso, a quantidade de água é importante no processamento de vários produtos, como, por exemplo, a umidade do trigo na fabricação de pão e produtos de padaria. Para se determinar a umidade utiliza-se o método de secagem, geralmente e estufas, que é baseado na remoção de água por aquecimento. Como a condutividade dos alimentos é relativamente baixa, costuma levar muito tempo para o calor atingir as porções mais internas do alimento. Para esta prática utilizou-se a farinha de trigo, um alimento bastante consumido e cujo índice de umidade é relativamente baixo. Para Germani (2008) os produtos obtidos a partir dos cereais ocupam um lugar destacado como alimento básico do homem, sendo que o trigo é um dos mais importantes grãos, representando cerca de 30% da produção mundial de cereais. A farinha de trigo pode ser classificada de acordo com seu uso, sendo que a farinha de trigo integral é obtida a partir do cereal com teor máximo de cinzas de 2,0%. A farinha de trigo especial ou de primeira é obtida a partir do cereal com teor máximo de cinzas de 0,8% e a farinha tipo 2 com teor máximo de 1,4% de cinzas (VIECILI et al, 2010). O objetivo da prática foi demonstrar aos alunos as técnicas de determinação de umidade dos alimentos. 2. METODOLOGIA 2.1 MATERIAIS Estufa Cápsulas de porcelana Pinça Balança Dessecador 2.2 MÉTODOS Colocaram-se três cápsulas de porcelana na estufa por um período de uma hora, a uma temperatura média de 105ºC. Após o término do período, as cápsulas foram colocadas no dessecador por alguns minutos. Posteriormente, colocou-se na balança uma cápsula, tarando-a, e com a ajuda de uma espátula acrescentou-se cerca de 3g de farinha de trigo. O processo se repetiu com as outras duas cápsulas e então foi possível anotar os resultados de cada uma. As cápsulas foram levadas até o forno mufla à 105ºC, dessecadas até peso constante durante mais ou menos 18 horas e depois esfriadas no dessecador por alguns minutos, daí foram pesadas novamente cada uma. Determinou-se a umidade do alimento através da fórmula %U=(P-p)*100/g. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para determinar a umidade utiliza-se a fórmula matemática %U=(P-p)*100/g. Abaixo estão os resultados tabelados obtidos no experimento. Tabela 1. Resultados da prática de umidade. Teresina, 2017. Amostra Cápsula(g) Amostra(g) Cápsula + Amostra* Cápsula + Amostra** Umidade (%) A1 26,1297 3,0066 29,1363 28,7883 11,5 B1 28,3239 3,0030 31,3269 30,9826 11,5 C1 28,4467 3,0008 31,4475 31,1042 11,4 Fonte: Laboratório de Bioquimica e Bromatologia da UFPI. Teresina, 2017. *Antes do aquecimento na estufa. ** Depois do aquecimento na estufa. Tabela 2. Média e desvio padrão da farinha de trigo. Teresina, 2017. Amostras Média DP A1, B1 e C1 11,4666 % 0,04714 Fonte: Laboratório de Bioquimica e Bromatologia da UFPI. Teresina, 2017. A secagem em estufa é o método mais utilizado em alimentos, baseado na remoção de água por aquecimento, sendo o ar quente absorvido pela parte externa do alimento que conduz para a parte interna. O método costuma demorar por causa da condutividade baixa dos alimentos, levando geralmente entre 6 à 18 horas numa temperatura que varia de 100ºC à 102ºC, ou até peso constante. (CECCHI, 2003) Apesar de ser simples, o método depende de vários fatores que determinam sua exatidão. Como temperatura de secagem, material e tipo de cadinhos, número e posição das amostras na estufa, construção da estufa e etc. Tais fatores impõem certa limitação ao uso da estufa. O experimento da prática ficou 18 horas na estufa à 105ºc, atendendo ao tempo estimado, superando um pouco apenas a temperatura determinada. O conteúdo de umidade da farinha de trigo não deve exceder 15% segundo a legislação da ANVISA (Portaria Nº 354 de 18/07/96) e tem importância econômica direta, pois permite um maior período de armazenagem e conservação da farinha durante a estocagem (PIZZINATO, 1999). O valor médio de umidade obtido da amostra foi de 11,4666% tendo contemplado as especificidades da ANVISA. No experimento obteve-se o valor de 0,04714 para o desvio padrão. Segundo Borges (2016), o desvio padrão visa demonstrar a regularidade de um conjunto de dados, podendo mensurar o grau de oscilação destes, comparando com a média dos valores do conjunto. 4. CONCLUSÃO Ao final do experimento pode-se compreender que o aquecimento e a taração da cápsula são importantes para que os valores de umidade sejam corretos. Conclui-se que o objetivo da prática foi atingido, visto que a finalidade e os métodos do processo foram entendidos. REFERÊNCIAS BORGES, L. Como fazer média, mediana e desvio padrão no Excel. São Paulo: Blog luz. Planilhas empresárias, 2016. Disponível em: < htt p://blog.luz.vc/excel/ como-fazer-media-mediana-e-desvio-padrao-excel/> Acessado em: 30 de agosto 2017. CECCHI, H. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. [2. ed]; Campinas: Editora da Unicamp, 2003. GERMANI, Rogério. Características dos grãos e farinhas de trigo e avaliação de suas qualidades. Embrapa – Laboratório de análise de trigo. Rio de Janeiro. Agosto, 2008. PIZZINATO, A. Qualidade da farinha de Trigo. Campinas, São Paulo, 1999. VIECILI, A. A. et al. Relação entre índice de elasticidade (Ie) e força da farinha (W). Cascavel-PR, 2010. Disponível em: 23 <http://www.projetotrigo.fag.edu.br/brasil/artigos/artigos_2010/foz/2.pdf> Acesso em 30 Ago. 2017.