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Analise das Demonstracoes

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MATERIAL COMPLEMENTAR
PROFª. MAYLA COSTA
A vocês, meus alunos,
Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo.
Autor: Edward Gibbon.
1. COMPREENDENDO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
Antes de começarmos o estudo dos princípios contábeis relacionados à análise das demonstrações financeiras, precisamos verificar as ferramentas e técnicas utilizadas
na análise dessas demonstrações.
A análise das demonstrações financeiras tenta avaliar principalmente a lucratividade e o risco da empresa. O administrador financeiro examina algumas relações entre diversos itens das demonstrações expressas sob a forma de índices financeiros. Este capítulo descreve vários índices comumente utilizados e ilustra sua utilidade na avaliação da lucratividade e do risco da empresa.
A análise em questão permite que o administrador financeiro:
Avalie o desempenho passado e a posição financeira atual da empresa – exercício retrospectivo;
Projete o desempenho e a posição financeira futuros – exercício prospectivo.
Ao analisar um conjunto de demonstrações financeiras, a primeira questão que o administrador financeiro deve perguntar é “o que estou procurando?”. A resposta a essa
indagação exige entendimento de como as empresas tomam decisões de investimento.
Fatores da Economia em sua totalidade – inflação, alterações nas tensões políticas internacionais – também provavelmente afetarão o preço de mercados das ações da Petrobrás. Fatores específicos do setor industrial em que a Petrobrás atua – escassez de matérias-primas, ações regulatórias do governo – também podem vir a influenciar o preço de mercado das ações da empresa em questão. Uma vez que os indivíduos preferem menor risco a maior risco, você provavelmente exigirá um retorno maior para aplicar em ações ordinárias da Petrobrás do que aplicar em certificados de depósito emitidos pelo banco local.
Pesquisas teorias e empíricas têm mostrado que o retorno esperado pelo investimento em uma empresa relaciona-se em parte com a lucratividade esperada da mesma. O administrador financeiro estuda os lucros passados da empresa, para entender seu desempenho operacional passado e obter subsídios para projetar sua lucratividade futura.
As decisões de investimento também exigem que o administrador financeiro avalie o risco associado com o retorno esperado. A empresa pode estar com dificuldades de caixa, não podendo pagar um empréstimo de curto prazo prestes a vencer, por exemplo. Ou a dívida de longo prazo em sua estrutura de capital pode ser tão grande, que a empresa encontre dificuldades em pagar os respectivos juros e amortização de principal.
As demonstrações financeiras fornecem informação a respeito de como esses e outros elementos do risco afetam o retorno esperado. A análise das demonstrações financeiras, portanto, explora esses aspectos de lucratividade e/ou risco da empresa.
Porém, os usuários dessas demonstrações financeiras podem encontrar dificuldade em responder a questões sobre a lucratividade e o risco de uma empresa, com base nas informações “brutas” fornecidas pelas demonstrações. Não se pode avaliar a lucratividade da empresa, por exemplo, olhando-se apenas o lucro líquido da demonstração e resultado – é necessário que o lucro líquido seja comparado com o ativo total ou com o patrimônio líquido.
O administrador financeiro expressa essas e outras relações entre os itens das demonstrações financeiras sob a forma de índices. Alguns índices relacionam itens apenas da demonstração de resultado; outros, itens apenas do balanço; e outros, itens
que envolvem mais de uma demonstração financeira.
Os índices ajudam a análise das demonstrações financeiras, porque eles resumem os dados contidos nas demonstrações – de forma conveniente, fácil de entender, interpretar e comparar.
Considerados isoladamente, fora de contexto, os índices fornecem pouca informação.
Por exemplo, um retorno sobre o patrimônio líquido igual a 8,6% indica um desempenho satisfatório? Após calcular os índices, o administrador financeiro precisa compará-los com algum padrão. A lista a seguir fornece vários padrões possíveis:
O índice planejado para o período.
O mesmo índice durante o período anterior, da mesma empresa.
O mesmo índice de uma empresa semelhante, na mesma indústria.
O índice médio de outras empresas, na mesma indústria.
ANALISE VERTICAL E HORIZONTAL
2.1. ANÁLISE VERTICAL:
É a relação percentual entre uma conta, e o total onde ela está inserida.
Exemplo:
 
 
HP12C:
1.200.000 (enter) 360.000 (%T) = 30%
Para cada passo, digitar novamente.
	
	ATIVO
	2008
	AV%
	CIRCULANTE
	360.000
	30%
	REALIZAVEL A LG PRAZO
	240.000
	20%
	IMOBILIZADO
	600.000
	50%
	ATIVO TOTAL
	1.200.000
	100%
Podemos afirmar que o ativo imobilizado representou 50% do Ativo Total
OBS: Para fins de análise, no DRE, considera-se 100% a Receita Líquida.
EX:
	DEM RESULTADO EXERC.
	2007
	AV%
	2008
	AV%
	RECEITA BRUTA
	1.500.000
	
	1.800.000
	
	(-) DEDUÇÕES
	(300.000)
	
	(400.000)
	
	RECEITA LÍQUIDA
	1.200.000
	100%
	1.400.000
	100%
	(-) CUSTOS
	(480.000)
	40%
	(700.000)
	50%
	= LUCRO BRUTO
	720.000
	60%
	700.000
	50%
2.2. ANÁLISE HORIZONTAL
Compara uma mesma conta em períodos distintos demonstrando o crescimento (evolução) ou decréscimo (involução) de um período para outro.
Exemplo 1:
 
Exemplo 2:
 
 
				
Onde X2 refere-se ao valor do ano atual e X1 refere-se ao valor do ano anterior.
HP 12C
VALOR DE X1 (ENTER)
VALOR DE X2 (∆ %) 
1.000.000 (enter) 1.300.000 ∆% = 30% (base 1%)
VALOR DE X1 (ENTER)
VALOR DE X2 ( %T ) 
1.000.000 (enter) 1.300.000 %T = 130% (base 100%)
	ATIVO
	X1
	X2
	AH% (∆%)
	AH% (T%)
	CIRCULANTE
	1.000.000
	1.300.000
	30
	130%
	REALIZAVEL LG PRAZO
	200.000
	300.000
	50
	150%
	PERMANENTE
	2.400.000
	1.200.000
	-50
	50%
	TOTAL DO ATIVO
	3.600.000
	2.800.000
	-22,22
	77,78
Obs: Quando o valor da Análise Horizontal apresentar-se negativo, significa que houve um declínio e não um crescimento.
ANALISE HORIZONTAL REAL
É a maneira correta de se comparar um ano seguinte com o ano anterior, pois despreza a inflação. Fórmula:
Índice de Análise Horizontal Nominal -1x 100
Índice da variação da inflação + 1
Esse índice diz que o aumento real da conta em X2 em comparação com X1. 
Visão Administrativa (Interna)
Por este modelo de análise, a empresa poderá visualizar o crescimento ou declínio das contas da empresa que tomar como referência, tomando sempre por base o período anterior.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X0
	AH
	X1
	AH
	X2
	AH
	X3
	AH
	X4
	AH
	
	2.500
	100%
	3.230
	129,20%
	3.700
	114,55%
	3.550
	95,95%
	3.100
	87,32%
Visão Econômica (Externa)
Por este modelo de análise, a empresa poderá visualizar o crescimento ou declínio das contas da empresa que tomar como referência, tomando sempre por base primeiro período.
	X0
	AH
	X1
	AH
	X2
	AH
	X3
	AH
	X4
	AH
	2.500
	100%
	3.230
	129,20%
	3.700
	148,00%
	.3550
	142,00%
	3.100
	124,00%
2. ANÁLISE DOS ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS
Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas; facilitam sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de certas relações percentuais é mais significativa (relevante) que a observação de montantes, por si só. Ressaltamos que o analista deverá tomar uma série de precauções quanto à interpretação dos índices, pois muitas vezes, podem dar falsa imagem de uma situação.
	Os índices econômico-financeiros são os resultadosdas relações estabelecidas entre os grupos ou contas do Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
	Eles permitem, pela comparação de mais de um exercício que seja efetuada uma avaliação do comportamento econômico financeiro da empresa no período analisado, bem como o levantamento de tendências sobre seu comportamento futuro, que são informações valiosas para o analista financeiro.
	Os índices econômico-financeiros estão agregados em cinco grandes grupos:
( Liquidez ou Solvência
( Índices de Prazos Médios / Ciclo Operacional e Financeiro 
( Estrutura de Capital
( Rentabilidade e Desempenho Operacional
( Indicadores e Análise de Ações
2.1. Índices de Liquidez ou Solvência
Os índices de liquidez demonstram a idéia, no momento do fechamento do balanço, de quais são os recursos disponíveis para saldar os compromissos assumidos com terceiros.
Do ponto de vista do credor, a princípio, quanto maior for esta relação, maior será a segurança de que os novos compromissos a serem cumpridos poderão ser saldados.
Os índices de liquidez são divididos em quatro subgrupos:
2.1.1. LIQUIDEZ CORRENTE:
Mostra a capacidade de a empresa saldar suas dívidas de curto prazo. Refere-se à relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja, R$ 1,00 aplicado em haveres e direitos circulantes (disponível, valores a receber e estoques, fundamentalmente), a quanto a empresa deve a curto prazo (duplicatas a pagar, dividendos, impostos e contribuições sociais, empréstimos a curto prazo etc.)
 ILC = 
2.1.2. LIQUIDEZ SECA	
Mostra a capacidade da empresa saldar suas dividas de curto prazo, independente da venda de seus estoques e descontando-se as despesas pagas antecipadamente, ou seja, os ativos de menor liquidez.
ILS = Ativo Circulante – Estoques – Despesas Pagas Antecipadamente
Passivo Circulante
2.1.3. LIQUIDEZ GERAL
Mostra a capacidade de pagamento da empresa de Longo Prazo
 ILG = 
2.1.4. LIQUIDEZ IMEDIATA 
LI = Disponível
Passivo Circulante
Exemplos:
	ATIVO
	2002
	PASSIVO
	2002
	CIRCULANTE
	500.000
	CIRCULANTE
	250.000
	DISPONÍBILIDADES
	300.000
	REALIZAVEL A LG PZO
	350.000
	REALIZAVEL A LG PZO
	150.000
	PATRIMÔNIO LIQUIDO
	400.000
	PERMANENTE
	50.000
	
	
	TOTAL DO ATIVO
	1.000.000
	TOTAL DO PASSIVO
	1.000.000
Cálculos de Liquidez
Liquidez corrente
 
Interpretação: 
Para cada R$ 1,00 de dívida a empresa tem R$ 2,00 em dinheiro e valores que se transformarão em dinheiro para a cobertura desta dívida.
Portanto, de um modo geral quanto maior este índice melhor será a condição da empresa em saldar seus compromissos de curto prazo.
Liquidez Imediata
 
Interpretação: 
Para cada R$ 1,00 de dívida a empresa tem R$ 1,20 em dinheiro para pagar.
Portanto, de um modo geral quanto maior este índice melhor será a condição da empresa em saldar seus compromissos de curto prazo.
Liquidez Geral
 
Interpretação:
Para cada R$ 1,00 de dívidas de curto e longo prazo, a empresa tem R$ 1,08 em dinheiro e em valores que se converterão em dinheiro a curto e longo prazo.
Portanto, de um modo geral quanto maior este índice melhor será a condição da empresa em saldar seus compromissos de curto prazo.
Ressaltamos, porém que os índices de liquidez, assim como todos os outros índices, não devem ser analisados isoladamente, mas em conjunto com os demais índices, e sempre ponderados de acordo com o ramo de atividade da empresa a ser analisada, comparando-os sempre que possível aos padrões do setor.
Alem disso, cabe evidenciar que os índices de liquidez, não revelam a qualidade dos itens no Ativo Circulante (os estoques super-avaliados, obsoletos, se os títulos a receber são totalmente recebíveis), bem como não revela a sincronização dos prazos praticados para pagamento e recebimento. Portanto é sempre importante relacionar os índices de liquidez com o ciclo financeiro da empresa.
2.2. Índices de Prazos Médios ou Indicadores de Atividade
Ao utilizar este método, apesar de ser o mais utilizado deve-se ter cuidado em sua utilização procurando sempre que possível utilizar mais períodos para a composição da média. Basicamente existem três índices de prazos médios que podem ser encontrados a partir das Demonstrações Financeiras.
2.2.1. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS
 PMCR = Clientes (ou Média de Clientes) * 360
			 Receita Líquida
Interpretação:
Representa o tempo decorrido entre a venda e o recebimento.
Mostra em média qual o prazo de recebimento da empresa no período analisado.
O período de recebimento, ou o período de espera para recebimento, traz um custo adicional não demonstrado que afeta a empresa quando da necessidade de repor os estoques, que, em função dos efeitos inflacionários, já estarão mais elevados.
Assim, quando menor o tempo de espera, menores serão os prejuízos inflacionários da empresa.
2.2.2. PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS
Compras = CMV + Estoque final – Estoque inicial
Lembre-se do que foi dito em aula que se possível utilizaremos Média de Fornecedores!!!
 
Interpretação:
Mostra em média qual o prazo que a empresa leva para pagar seus fornecedores. 
A empresa deve tentar repassar os prejuízos da espera aos seus fornecedores, procurando pagá-los em tempo maior possível.
2.2.3. PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DOS ESTOQUES
Lembre-se do que foi dito em aula que se possível utilizaremos Média de Estoques!!!
Interpretação:
Representa, na empresa comercial, o tempo médio de estocagem de mercadoria e na industrial o tempo de produção e estocagem. Mostra em média qual o prazo que a empresa leva para renovar seus estoques, ou seja, qual o tempo que a empresa leva de compra de matéria-prima, do seu processamento até a sua venda.
Num período inflacionário, os estoques devem ser renovados mais rapidamente, pois dessa forma haverá ganhos adicionais no giro.
OBS: As três fórmulas indicadas acima estão multiplicadas por 360 (período de um ano); quando o período entre as análises do balanço for de 30 dias a multiplicação será de 30 e assim por diante.
CICLO OPERACIONAL: As atividades operacionais de uma empresa envolvem, de forma seqüencial e repetitiva, a produção de bens e serviços e, em conseqüência, a realização das vendas e respectivos recebimentos. É diante desse processo natural e permanente que sobressai o ciclo operacional da empresa. É a soma dos PMRE + PMRV, ou seja, é o tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda da mercadoria.
O Ciclo operacional mostra o prazo de investimento. Paralelamente ao ciclo operacional ocorre o financiamento concedido pelos fornecedores, a partir do momento da compra. Até o momento do pagamento aos fornecedores, a empresa não precisa preocupar-se com o financiamento, o qual é automático. Se o Prazo médio de pagamento de Compras - PMPC -for superior ao Prazo Médio de Renovação dos Estoques - PMRE, então os fornecedores financiarão também uma parte das vendas da empresa. O tempo decorrido entre o momento em que a empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que a empresa recebe as vendas (recebimento do cliente) é o período em que a empresa precisa arrumar financiamento. É o ciclo de Conversão de Caixa, também chamado Ciclo Financeiro.
Então CICLO FINANCEIRO = PMRE + PMRV – PMPC
OBS: A precisão dos Índices de prazos médios está diretamente ligada à uniformidade das vendas e compras. Se a empresa tem vendas e compras aproximadamente uniformes durante o ano, os índices de prazos médios calculados a partir dos dados do Balanço e da DRE refletirão satisfatoriamente a realidade. Agora, se as vendas e/ou compras flutuarem, tiverem picos e vales ouconcentração em determinadas épocas do ano, os índices de prazos médios poderão estar completamente distorcidos.
Diante das distorções, é preciso muito cuidado no uso dos índices de prazos médios, que só devem ser utilizados, de fora da empresa, quando se souber que o ramo de atividade oferece razoável regularidade.
A inflação provoca inevitáveis distorções, pois as vendas automaticamente crescem em valor nominal, mesmo que se mantenham em valor real. Portanto em casos de análises em períodos inflacionários, faz se necessário usar as demonstrações financeiras em moeda constante.
CICLO ECONÔMICO
	
	Engloba fundamentalmente toda a base de produção da empresa, ou seja, estocagem de matérias-primas, fabricação e venda.
	Ciclo Econômico = PMRE ou PME 
	PME= Prazo Médio de Estocagem
�
2.3. Índices de Estrutura ou de Endividamento
	Permitem avaliar, comparativamente, como a empresa tem decidido manter os níveis de sua estrutura de capitais, e esta estrutura congrega dois tipos de alternativas para decisão:
a de obter recursos junto a terceiros;
a de obter recursos junto a seus sócios e acionistas.
Esta decisão deve levar em consideração fatores como o custo do dinheiro, o envolvimento dos sócios no empreendimento, a expectativa do retorno, o fluxo de fundos, etc.
Assim, aquela empresa que melhor decidir sobre a sua estrutura de capitais, estará dando segurança aos seus credores e/ou investidores. Desta forma, a empresa que possuir o menor grau de endividamento perante terceiros é uma empresa de menor risco de crédito. A razão desta conclusão é que “Os recursos de terceiros devem ser devolvidos aos credores, nos prazos e condições acordados independentemente da geração de recursos da empresa”.
Sendo assim, os índices de Estruturação de Capital com a demonstração de suas fórmulas são:
2.3.1. PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS ou RELAÇÃO CAPITAL DE TERCEIROS/CAPITAL PRÓPRIO
 
Interpretação:
Mostra qual o nível de participação dos capitais de terceiros (exigível total) em relação ao capital dos sócios, que foram captados pela empresa. Pode-se por este índice avaliar as decisões sobre captação de recursos que a empresa tomou, e, a princípio, quanto menor for esta relação, menor será o grau de vulnerabilidade da empresa.
2.3.2. PARTICIPAÇÃO DO ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO EM RELAÇÃO AO PATRIMÔNIO LIQUIDO
 
Interpretação:
Mede quanto do capital próprio da empresa está comprometido com dívidas bancárias de curto e longo prazos. De modo geral, quanto menor, melhor para a empresa.
2.3.3. PARTICIPAÇÃO DO ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO EM RELAÇÃO AO ENDIVIDAMENTO TOTAL
 
Interpretação:
Mede quanto a dívida bancária representa, em relação ao total das dívidas com terceiros. De um modo geral, quanto menor melhor para a empresa. 
2.3.4. COMPOSIÇÃO DAS EXIGIBILIDADES
 
Interpretação:
Mostra o grau de endividamento a curto prazo da empresa, em relação ao total devido a terceiros. Do seu resultado pode-se inferir qual foi a política, em termos de prazo, de captação dos recursos de terceiros. Ao credor que desejar emprestar recursos para recebimento a curto prazo, ou seja, no prazo inferior a 360 dias, esta relação é uma informação de suma importância, já que de antemão saberá se a empresa já está por demais comprometida ou não, podendo eventualmente te dificuldades para saldar este novo compromisso que assumir. A princípio, neste caso, quanto menor for esta relação, melhor será visto pelo credor.
2.3.5. IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LIQUIDO
 
Interpretação:
Mostra o quanto dos recursos próprios foram investidos no ativo permanente da empresa.
O seu resultado mostra a forma de compatibilização da empresa em termos de origem do capital e sua aplicação, em função de que o ativo permanente é uma aplicação de retorno lento e, por princípio, deve ter como fonte um recurso de pouca exigibilidade, sendo que esse recurso deve ser dos sócios acionistas.
Dependendo da característica da empresa, deve ser reservada parte dos recursos próprios para aplicação no ativo circulante, denotando que a empresa possui recursos para imobilização e giro dos seus próprios acionistas.
2.3.6. IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS PERMANENTES
Ativo Permanente x 100
			PELP + PL
Interpretação:
Revela a porcentagem dos recursos passivos a longo prazo (permanentes) que se encontra imobilizada em itens ativos, ou seja, aplicados no ativo permanente. Se esse índice apresentar resultado superior a 1, tal fato indica que os recursos permanentes da empresa não são suficiente para financiarem suas aplicações permanentes.
2.3.7. ENDIVIDAMENTO GERAL 
(participação de capitais de terceiros no investimento total)
 
	
Interpretação:
É um dos quocientes mais utilizados para retratar o posicionamento das empresas com relação aos capitais de terceiros. Mede quanto dos investimentos totais da empresa estão sendo financiados por capitais de terceiros, refletindo o seu endividamento. Quanto menor, melhor para a empresa.
2.3.8. NÍVEL DE DESCONTO DE DUPLICATAS
 
Interpretação:
Mede quanto do saldo de duplicatas a receber foram descontadas nos bancos. De um modo geral, quanto menor melhor para a empresa.. 
MULTIPLICADOR DO CAPITAL PRÓPRIO
Ativo Total
Patrimônio Líquido
O fato de que o multiplicador de capital próprio ser 1 mais o quociente de capital de terceiros/capital próprio não é mera coincidência. 
2.4. INDICES DE RENTABILIDADE E DESEMPENHO OPERACIONAL
	Os índices de resultado procuram avaliar a performance da empresa decorrente de sua atividade operacional.
	Logicamente, que o resultado dos índices anteriores, se refletirão nos resultados da empresa, na medida em que tenham uma boa estrutura de capitais, boa liquidez e um bom ciclo financeiro.
	Os índices de Rentabilidade e Desempenho Operacional podem dar origens às seguintes análises:
2.4.1. RENTABILIDADE DAS VENDAS OU MARGEM LIQUIDA
 
Interpretação:
O seu resultado mostra a eficiência da empresa na administração dos seus custos para obter uma maior margem líquida sobre as vendas. A princípio, quanto maior for a relação, maior será a capacidade de continuidade da empresa, na medida em que gerar recursos suficientes para satisfazer as expectativas dos investidores e dos compromissos com os credores, e ainda, gerar recursos adicionais para ampliação de sua capacidade produtiva.
2.4.2. MARGEM OPERACIONAL
 
Interpretação:
O seu resultado mostra a eficiência na administração dos seus custos e despesas operacionais com vistas a obter margem sobre as vendas.
2.4.3. RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LIQUIDO (ROE)
 
Interpretação: 
Mostra a eficiência da empresa na remuneração dos investimentos dos sócios. Uma melhor relação deste índice dará maior credibilidade à empresa quanto da necessidade da chamada de novos aportes de capital.
2.4.4. RETORNO SOBRE O ATIVO (ROA) – FÓRMULA “DU PONT”
Lucro Operacional
Ativo Total Médio
Interpretação:
Indica o retorno da atividade da empresa, lucro do exercício frente aos seus investimentos. Uma melhor relação deste índice dará maior remuneração dos seus investimentos aplicados no Ativo (Bens e Direitos). Esta medida revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma empresa em seus ativos. O lucro operacional representa o resultado da empresa antes das despesas financeiras, determinado somente por suas decisões de investimentos.
 
2.4.5. RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (ROI)
Lucro Operacional
Investimentos Médio
Investimento = Ativo Total – Passivode Funcionamento ou
Investimento = Passivo Oneroso + Patrimônio Líquido
Interpretação:
Um índice alternativo ao uso do ROA para avaliar o retorno produzido pelo total de recursos aplicados por acionistas e credores nos negócios é a medida do Retorno sobre Investimento. Enquanto os ativos incorporam todos os bens e direitos mantidos por uma empresa, o investimento equivale aos recursos deliberadamente levantados pela empresa e aplicados em seu negócio. 
2.4.6. GIRO DO ATIVO
Interpretação:
Fornece a eficiência das vendas em relação aos investimentos totais aplicados. Quanto maior, melhor para a empresa. 
EXEMPLO ANÁLISE DU PONT: Decomposição Retorno Sobre o Ativo (ROA)
ROA = Margem Operacional x Giro do Ativo Total
Decomposição do Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE)
ROE = Rentabilidade Das Vendas x Giro do PL
ROE = Margem de Lucro x Giro do Ativo Total X Multiplicador do Capital Próprio
�
2.5. INDICADORES DE ANÁLISE DE AÇÕES
Estes indicadores objetivam avaliar os reflexos do desempenho da empresa sobre suas ações. 
2.5.1. LUCRO POR AÇÃO (LPA)
LPA = Lucro Líquido
N° de ações emitidas
Interpretação:
Ilustra o benefício auferido por cada ação emitida pela empresa. A distribuição desse lucro dependerá da política de dividendos adotada pela empresa. 
2.5.2. ÍNDICE PREÇO/LUCRO (P/L)
							
P/L = Preço de Mercado (Aquisição da ação)
										LPA
Interpretação:
É calculado pela relação entre o preço de aquisição do título (valor do mercado ou valor do investimento efetuado) e seu lucro unitário anual (lucro por ação). (*)
(*) A interpretação dos indicadores econômicos – financeiros restringe-se ao comportamento de cada um isoladamente. Assim para efeito de avaliação do desempenho das empresas, torna-se necessário analisá-los conjuntamente, ressaltando-se que a atribuição dos conceitos baseados na observação individual dos mesmos pode acarretar relevantes distorções. Além disso, a interpretação dos indicadores econômico –financeiros deve levar em conta a peculiaridade dos distintos ramos de atuação.
Exemplos
Supondo que uma empresa possui lucro líquido de 363.0000.000, 33 milhões de ações e que as ações são negociadas no mercado a 88 reais por ação.
LPA = 363.000.000 = 11 por ano 
 33.000.000
Índice Preço-Lucro = 88 = 8 anos
			 11
EXERCÍCIOS 
PRÁTICA ANÁLISE VERTICAL, HORIZONTAL E INDICADORES 
A Smith Manufacturing tem uma margem de lucro de 11,5%, um giro do ativo total de 1,8 e ROE de 23,25%. Qual o quociente capital de terceiros/capital próprio da empresa?
Uma empresa tem um índice de endividamento geral de 0,45. Qual é o quociente capital de terceiros/capital próprio? Qual o multiplicador do capital próprio?
Uma empresa apresentou vendas de R$ 1.500, ativo total de R$ 900 e um quociente capital próprio/capital de terceiros de 1,00. Se o retorno do capital próprio é de 17%, qual o lucro líquido? 
 Explique a relação que existe entre o índice de endividamento geral, relação capital de terceiros – capital próprio e o multiplicador capital próprio. Se o índice de endividamento geral for 0,55, quais serão os resultados da relação capital de terceiros - capital próprio e o multiplicador capital próprio? 
A JKL realizou vendas no valor de R$ 80 milhões no exercício de 2007. Alguns índices da empresa são apresentados a seguir. Use essas informações para determinar os valores monetários dos diversos itens das demonstrações de resultado e balanço solicitados. Ano = 365 dias 
	JKL S.A.
Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2007
	Vendas
	80.000.000
	Margem de lucro bruto
	70%
	Margem de lucro operacional
	35%
	Margem de lucro líquido
	8%
	Retorno do capital próprio
	20%
	Giro do ativo total
	2
Calcule os valores dos seguintes itens:
CPV:​​​​​​​​​​​​​​​​​_________________________________________
Resultado operacional:___________________________
Despesas operacionais:___________________________
Ativo total:_____________________________________
Patrimônio Líquido:______________________________
6) Uma empresa possui um capital de giro líquido de R$ 65.000, passivo circulante de 250.000, estoque de 72.000 e despesas pagas antecipadamente de 42.000. Qual o seu índice de liquidez corrente e seu índice de liquidez seca?
7) Em 2004, a empresa FJK teve um custo de mercadoria vendida de R$ 320.000, um estoque inicial de R$ 330.000 e um estoque final de R$ 100.000 menor que o Ei. Ao final do ano, o saldo de contas a pagar a fornecedores era R$ 150.000. Quanto tempo levou em média para a empresa pagar seus fornecedores em 2004 e o giro de contas a pagar? O que um valor alto deste primeiro índice significaria? Considere o ano com 360 dias.
8) Complete o balanço para o ano de 2008 utilizando as informações fornecidas logo abaixo dele: 
	In Tech S.A.
	Balanço Patrimonial
	31 de dezembro de 2008
	Ativo
	
	Passivo
	Caixa
	30.000
	Contas a pagar
	120.000
	Títulos de resgate imediato
	25.000
	Títulos a pagar
	
	Contas a Receber
	
	Despesas a pagar
	20.000
	Estoques
	
	Total do passivo circulante
	
	Total ativo circulante
	
	Exigível de longo prazo
	
	Ativo permanente
	
	PL
	600.000
	Total ativo
	
	Total passivo
	
Dados financeiros relativos ao ano de 2008:
O total das receitas de vendas foi de R$ 1.800.000
A margem de lucro bruto foi de 25%
O giro do estoque foi de 6
Houve 365 dias no ano
O prazo de recebimento foi de 40 dias
O índice de liquidez corrente foi de 1,60
O giro do ativo total alcançou 1,20
O índice de endividamento geral foi de ______________________
ATENÇÃO: EXERCÍCIO EXTRA
ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER
As contas a receber dentro de uma empresa compreendem:
Conta Corrente: aplica-se a clientes permanentes com pagamentos periódicos. A empresa acredita haver uma relativa constância nas compras do cliente.
Crédito Parcelado: vendas de produtos e ou serviços com pagamentos em diversos planos com faturamento dividido em prestações.
Contratos de Vendas a prazo e Vendas Condicionais: utilizados principalmente nas vendas de bens e ou serviços previamente encomendados e de execução ou instalação demorada, com pagamentos parciais que podem ocorrer antes durante e ou após a entrega.
As duas principais causas da existência de contas a receber dentro de uma empresa são o crédito fornecido e o crédito recebido:
Crédito Fornecido ou Concedido:
É um método de vendas e pagamentos.
Arma da concorrência entre empresas.
Crédito Recebido:
É a utilização dos fatores de produção (matéria-prima, mão-de-obra, equipamentos,etc..)
Sem contra partida imediata.
A administração financeira dentro da empresa deve manter o seu foco em alguns pontos importantes, como:
Crédito a funcionários (adiantamentos);
Concessão de crédito aos clientes que consomem bens e ou serviços;
Interação com a área de marketing.
As empresas devem ter alguns fatores condicionantes das suas contas a receber quando se trata de investimento dentro da própria empresa. Ou seja, ela deve analisar com grande propriedade alguns pontos, como:
Volume de vendas a prazo da empresa;
Proporção entre custo direto do produto e ou serviços a vista e o valor faturado;
Sazonalidade das vendas;
Regras do ramo de atividade, quanto aos limites de crédito;
Políticas de prazo de crédito da empresa;
Políticas de cobrança da empresa (agressividade);
Políticas de desconto da empresa (acelerar o recebimento);
Critério para aceitação de clientes (seleção).
Política de Crédito dentro de uma empresa é a determinação do prazo geral de crédito, ou seja, delimitar quanto tempo disporá o cliente para efetuar seus pagamentos, e a empresa com esses dados criará seu fluxo de caixa. O prazo concedido determina não só a rotação dos investimentosem contas a receber como também o valor aproximado do investimento. É a aceitação ou não de um cliente em potencial, pois trata-se de avaliar o risco que este cliente produz.
Os analistas de crédito freqüentemente utilizam-se dos 5 C’s para orientar suas análises sobre as dimensões-chaves da capacidade creditícia de um cliente. Cada uma dessas cinco dimensões – caráter, capacidade, colateral, capital e condições – será descrita a seguir:
Caráter: o histórico do solicitante quanto ao cumprimento de suas obrigações financeiras, contratuais e morais. Os dados históricos de pagamentos e quaisquer causas judiciais pendentes ou concluídas contra o cliente seriam utilizados na avaliação do seu caráter.
Capacidade (liquidez e endividamento): o potencial do cliente para quitar o crédito solicitado. Análises dos demonstrativos financeiros, com ênfase especial nos índices de liquidez e endividamento, são geralmente utilizadas para avaliar a capacidade do solicitante de crédito.
Capital (solidez financeira indicada pelo patrimônio líquido): a solidez financeira do solicitante, conforme indicada pelo patrimônio líquido da empresa. O total de
exigíveis (a curto e longo prazos) em relação ao patrimônio líquido, bem como os índices de lucratividade são freqüentemente usados para avaliar o capital do demandante de crédito.
Colateral (ativos disponíveis para garantir o crédito): o montante de ativos colocados à disposição pelo solicitante para garantir o crédito. Naturalmente, quanto maior esse montante, maior será a probabilidade de se recuperar o valor creditado, no caso de inadimplência. O exame do balanço patrimonial e a avaliação de ativos em conjunto com o levantamento de pendências judiciais podem ser usados para estimar os colaterais.
Condições (influência da conjuntura que pode afetar as partes): as condições econômicas e empresariais vigentes, bem como circunstâncias particulares que possam afetar qualquer das partes envolvidas na negociação. Por exemplo, caso a empresa tenha estoques excessivos de um item que o solicitante deseje comprar a crédito, a empresa poderá propor vendas em condições mais favoráveis ou vender para clientes com menos condições de obter crédito. Enfim, a análise das condições econômicas e empresariais, assim como as circunstâncias especiais que possam afetar tanto o cliente como a empresa vendedora, fazem parte da avaliação das condições.
O administrador financeiro geralmente dá maior importância aos dois primeiros C’s –caráter e capacidade – uma vez que eles representam os requisitos fundamentais para a concessão de crédito a um solicitante. A consideração para os demais C’s – capital, colateral e condições – é importante para a definição do acordo de crédito e tomada de decisão final, a qual depende da experiência e do julgamento do administrador.
Princípios Básicos da Política de Cobrança
Os princípios básicos que uma empresa deve seguir para estabelecer uma política de cobrança são:
Não se deve gastar mais com esforços de cobrança do que se tenha a receber.
A atividade de cobrança não levará um cliente incapaz de pagar suas dívidas a saldá-las.
A agressividade excessiva de cobrança pode prejudicar as vendas em geral, pois a cobrança é vista como parte do conjunto de concessão de crédito e da política da empresa.
Identificar o nível de inadimplência e a capacidade da empresa em suportar, e se possível agregar ao custo do produto.
Avaliação das Políticas de Crédito e Cobrança
Na elaboração da política de crédito e cobrança poderão ocorrer dois erros graves:
Adotar uma política liberal enfatizando aumentar os níveis de vendas, sem precauções afim de elevar a rentabilidade pelo volume de negócios.
Ou adotar uma política de crédito muito recessiva em termos de prazo, limite de crédito, critério de seleção de cliente, cobrança, defendendo os interesses de contas a receber ao nível de perder em vendas.
Padrões de Crédito
São os requisitos mínimos exigidos para a concessão de crédito a um cliente com segurança. Para isso é importantíssimo que ao administrador financeiro esteja sempre atento às mudanças nos padrões de crédito que acarretam as variações da empresa, como:
Volume de vendas
Investimento em duplicatas a receber
Perdas com devedores incobráveis
Despesas gerais de crédito e cobrança.
Alterações nas Condições de Crédito
As condições de crédito de uma empresa especificam os requisitos para quitação exigidos de todos os seus clientes a crédito. Normalmente, usa-se uma forma abreviada para enunciar as condições de crédito, como por exemplo, 2/10 líquido 30. Isso quer dizer que o comprador recebe um desconto de 2%, se pagar sua conta dentro de dez dias após o início do período de crédito; se o cliente não aproveitar o desconto financeiro, precisará pagar toda a importância dentro de trinta dias. As condições de crédito abrangem três aspectos:
O desconto financeiro se houver (nesse caso, 2%);
O período do desconto (neste caso, dez dias);
O período de crédito (neste caso, trinta dias).
Mudanças em qualquer aspecto das condições de crédito da empresa podem exercer um efeito sobre sua lucratividade global.
EXERCÍCIOS 
1) A Tara's Têxtil vende atualmente o equivalente a R$ 360 milhões por ano, a prazo, e seu prazo médio de recebimento é de 60 dias. Suponha que preço de venda dos produtos da empresa seja de R$ 60 por unidade e que o custo variável unitário seja igual a R$ 55. A empresa está analisando a possibilidade de introduzir uma modificação em sua gestão de contas a receber que causará aumento das vendas em 20% e a elevação do prazo médio de recebimento em 20%. Não se espera a variação das perdas com clientes. O custo de oportunidade da empresa nos investimentos em contas a receber é igual a 14%. 
Calcule a contribuição ao lucro esperada com as novas vendas que a Tara's conseguirá se fizer a mudança proposta.
Qual será o investimento marginal resultante em contas a receber?
Calcule o custo do investimento marginal em contas a receber.
A empresa deve implantar a mudança proposta? 
2) Uma empresa está analisando a possibilidade de relaxar seus padrões de crédito com a intenção de aumentar vendas. Em conseqüência do relaxamento proposto, espera-se que haja uma expansão de 10% nas vendas de 10.000 para 11.000 unidades, no próximo ano, que o prazo médio de recebimento cresça de 45 para 60 dias e prevê que as perdas com clientes aumentarão de 1% para 3% das vendas. O preço unitário é igual a R$ 40 e o custo variável é de R$ 31 a unidade. O retorno exigido pela Lewis em investimentos com o mesmo risco é de 25%. Avalie a proposta e faça uma recomendação à empresa.
3) A Gardner Company faz atualmente todas as suas vendas a prazo e não oferece desconto algum por pagamento rápido. A empresa está pensando em oferecer um desconto de 2% para pagamento em 15 dias. Atualmente, o prazo médio de recebimento é de 60 dias, as vendas totalizam 40.000 unidades, o preço de venda é de R$ 45 a unidade e o custo variável unitário é de R$ 36. A empresa espera que a mudança dos prazos de crédito resulte em aumento de vendas para 42.000 unidades, que 70% das vendas sejam pagos com o desconto e que o prazo médio de recebimento caia para 30 dias. Sendo a taxa de retorno da empresa igual a 25% em investimentos com o mesmo risco, o desconto proposto deve ser oferecido?
4) Uma empresa está pensando em encurtar seu prazo de crédito de 40 para 30 dias, acreditando que, em conseqüência dessa alteração, o prazo médio de recebimento diminuirá de 45 para 36 dias. Espera-se que as perdas com clientes diminuam de 1,5% para 1% das vendas. A empresa está atualmente vendendo 12.000 unidades, mas acredita que, em razão da mudança proposta, as vendas cairão para 10.000 unidades. O preço unitário de venda é de R$56, e o custo variável unitário é de R$ 45. O retorno exigido em investimentos com o mesmo risco é de 25%. Avalie essa decisão e faça uma recomendação à empresa.
5) A Parker Toolestá pensando em ampliar seu prazo de crédito de 30 para 60 dias. Todos os clientes continuarão a pagar na data final do prazo. A empresa atualmente fatura vendas de R$ 450.000 e seus custos variáveis totais são de R$ 345.000. Espera-se que a alteração do prazo de crédito aumente as vendas para R$ 510.000. As perdas com clientes subirão de 1% para 1,5% das vendas. A taxa exigida de retorno da empresa é igual a 20%, em investimentos com o mesmo risco.
Qual será a contribuição das vendas adicionais ao lucro em decorrência da mudança proposta?
Qual é o custo do investimento marginal em contas a receber?
Qual é o custo das perdas marginais com clientes?
Você recomenda a mudança do prazo de crédito? Explique sua resposta.
Lucro Operacional = Lucro Operacional x Vendas
 ATM Vendas ATM 
ATM = Ativo Total Médio
Lucro Líquido = Lucro Líquido x Vendas 
PL		 Vendas 	 	PL
�
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