Buscar

AULA 7 CIVIL2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 7- CIVIL 2
ESTRUTURA DO CONTEÚDO
• Introdução às Obrigações Solidárias
– Conceito
– Princípios Gerais
• Obrigação Solidária Ativa
– Conceito
– Reflexos jurídicos
• Obrigação Solidária Passiva
– Conceito
– Reflexos jurídicos
• Conceito de Solidariedade: art. 264 CC
características:
- pluralidade subjetiva: numa obrigação solidária concorrem
vários sujeitos ativos ou passivos
- unidade objetiva: cada um dos credores tem o poder de
receber a dívida inteira e cada um dos devedores a obrigação
de pagá-la integralmente
A unidade objetiva tem origem puramente técnica, decorre da
lei ( ex: art.942CC, relação entre fiador e afiançado,
comodatários simultâneos da mesma coisa, mandantes
conjuntos, co-autores de ato ilícito) ou da vontade das partes
(somente por pacto expresso – “obrigando-se as partes pelo
todo, in solidum, por inteiro, solidariamente”)
• Princípios da Solidariedade
1º A solidariedade não se presume (art. 265CC)
2º A solidariedade pode apresentar modalidade diferente para
algum(s) dos codevedores ou cocredores ( art. 266CC)
- Uma característica da solidariedade é a multiplicidade de
vínculos nas relações jurídicas internas, ou seja, é distinto e
independente o vínculo que une o credor a cada um dos
codevedores solidários e vice versa ( o devedor a cada um dos
cocredores solidários)
Assim sendo:
- A obrigação pode ser condicional para um codevedor e pura
para o outro
- A obrigação pode ter tempo e lugar diferenciado para cada
coobrigado ( ex: pagamento à vista e o outro à prazo)
OBS: a obrigação pode ser válida para um e nula para o outro, o
prazo prescricional pode variar entre os coobrigados
• Distinção entre solidariedade e indivisibilidade
Apesar de ambas constituírem exceção à regra do art.257 e a
dívida dever ser prestada por inteiro, há notórias diferenças:
a) A causa da solidariedade é o título e da indivisibilidade é a
natureza da prestação
b) Na solidariedade cada devedor paga por inteiro porque assim
se obrigou em razão de lei ou contrato, na obrigação
indivisível o pagamento é integral devido a impossibilidade
de fracionamento do objeto
c) A solidariedade é uma relação subjetiva e a indivisibilidade é
uma relação objetiva, por isto na primeira o objetivo é
facilitar a exação do crédito e o pagamento do débito e na
segunda assegurar a unidade da prestação.
d) A indivisibilidade dá-se em razão da natureza da
prestação enquanto que a solidariedade é sempre de
origem técnica resultando da lei ou da vontade das partes.
e) A solidariedade cessa com a morte dos devedores
relativamente a cada um dos herdeiros, a indivisibilidade
subsiste com a morte do devedor, e dura enquanto a
prestação suportar.
f) A indivisibilidade cessa com a conversão em perdas e
danos, a solidariedade subsiste
• Espécies de solidariedade:
• Solidariedade ativa
• Solidariedade passiva
• Solidariedade Mista
Solidariedade Ativa
ART. 267 CC
Conceito: é a obrigação com multiplicidade subjetiva ativa, onde
cada um dos credores, tem o direito de exigir a totalidade da
prestação. Cada credor age como se fosse único.
- O credor pode dar quitação integral sem necessidade de
autorização ou caução de ratificação
- Se o devedor se negar a pagar a totalidade da prestação a um
dos credores solidários na época do vencimento, incide em
mora ( art. 394 CC)
- Cada credor pode tomar medidas assecuratórias como
ingressar com ação cautelar, interromper a prescrição ( o que
aproveitará os demais credores), constituir o devedor em
mora (o que também aproveita aos demais credores)
ART 268 CC
Antes de ação judicial o devedor pode pagar a qualquer credor.
Após deverá pagar ao que ingressou com a medida sob pena de,
pagando a outro credor que não aquele, ser compelido a pagar
novamente.
ART 273
Como na solidariedade há multiplicidade de vínculos nas
relações internas, as exceções pessoais, ou seja, que dizem
respeito somente a um credor, só podem ser opostas a este ( a
quem estas dizem respeito ) e não aos demais.
- Exceção é uma alegação formulada pelo réu em um processo
em defesa de seu direito e pode ser comum ou pessoal.
Exceção comum: é a que diz respeito a todos os credores e
por isso pode ser oposta em face de todos. ex: prova do
pagamento, perda da coisa sem culpa do devedor,
prescrição...
- Exceção pessoal: é a que se refere somente a um ou alguns
dos credores, referindo-se a questões inerentes a
determinado (s) credor, razão pela qual somente a este(s)
pode ser oposta. Ex: vício do consentimento, incapacidade
jurídica, inadimplemento de condição que lhe seja exclusiva...
ART 274
- Este artigo cuida dos efeitos da coisa julgada nas obrigações
solidárias
- Se o julgamento for favorável aproveitará aos demais
credores, pois na solidariedade unem-se os credores para
obter o mesmo fim, qual seja o adimplemento do devedor. No
entanto tal não será a consequência se o julgamento favorável
fundou-se em exceção pessoal do credor ex: credor que
cumpre com condição suspensiva que vinculava o seu
pagamento
- Se o julgamento for desfavorável, em razão da unidade
objetiva e da multiplicidade de vínculo nas relações internas,
poderão os demais credores ingressar com demanda
cobrando a dívida integral
ART 269
- A quitação integral produz a extinção da dívida, a parcial só a 
extingue até o montante pago
- Se o devedor pagou parcialmente a prestação mas quantia
superior à quota do credor que o demandou, os demais
credores só podem demandá-lo pela diferença, sem imputá-
lo pelo excesso.
- O mesmo se dá nas modalidades de pagamento indireto:
novação, transação, compensação e confusão ex: a
compensação total operada com a dívida do credor, extingue
inteiramente a dívida, se for parcial, a extingue até o
montante compensado
ART 270
- Com a morte de um dos credores solidários, não se
estabelece a solidariedade entre os seus herdeiros, mas
subsiste em relação aos demais credores solidários
Ex: três credores solidários celebram contrato com um devedor 
no valor de 3000 reais e um dos credores falece deixando dois 
filhos, cada um só pode exigir do devedor sua quota ( 500 reais)
OBS1: o vínculo da solidariedade permanece intacto entre os
demais credores solidários
OBS2: constituem exceção a esta regra, podendo a prestação ser
cobrada integralmente
-se a obrigação além de solidária for indivisível, cada herdeiro,
em razão da natureza da prestação, poderá cobrá-la
integralmente
- antes da partilha, pois até lá os herdeiros são tidos
conjuntamente e somente após que são individualmente
considerados.
- se o credor deixar somente um herdeiro
ART 271 CC
Mesmo após a conversão da obrigação em perdas e danos,
tendo sido esta convertida em valor monetário, cada credor
continua com o direito de exigir a totalidade do crédito e cada
devedor continua obrigado ao pagamento integral.
ART 272 CC - cuida do Direito de Regresso
Uma vez que qualquer credor pode exigir a dívida inteira dando
quitação integral ao devedor, tem-se que, como a obrigação
extinguiu-se, cessou também a solidariedade.
Portanto se um dos credores receber a prestação inteira, deverá
responder aos demais credores solidários pela parte que lhes
caiba. Do mesmo modo, cada um dos co-credores pode exigir
daquele que recebeu a prestação integral a sua quota parte.
OBS: salvo estipulação em contrário presumem-se iguais as
quotas
OBS2: o mesmo ocorre na hipótese de remissão, compensação,
novação, dação em pagamento e transação
Solidariedade Passiva
ART. 275 CC
- Na solidariedade passiva cada devedor atua como se fosse único e por isso 
o credor pode exigir de qualquer um dos devedores a prestação parcial ou 
total.
- Se a cobrança foi parcial, o credor pode demandar os demais devedores 
solidários pelo restante
- § único – o credorpode demandar contra outro devedor na hipótese de
cobrança parcial, pois a propositura de ação face a um devedor não
importa em renúncia da solidariedade
• Art 276
Este artigo cuida dos efeitos do falecimento de um dos
devedores solidários. Como vimos na solidariedade
ativa, na solidariedade passiva também há unidade da
prestação nas relações externas e multiplicidade de
vínculos nas relações jurídicas internas. Portanto, deste
modo,os herdeiros do devedor solidário falecido só
serão obrigados ao pagamento do correspondente ao
seu quinhão hereditário
- Com a morte de um dos devedores solidários não se
estabelece a solidariedade entre seus herdeiros, mas esta
subsiste em relação aos demais devedores solidários
- Constitui exceção a esta regra:
a) se a obrigação for indivisível, quando o devedor em razão da
natureza da prestação integral, continua obrigado a prestação
integral
b) antes da partilha ( pois os herdeiros são considerados
conjuntamente) os herdeiros reunidos são considerados como
um devedor solidário em relação aos demais
- Um único herdeiro, este continua devedor solidário
OBS: o art 270 que cuida da solidariedade ativa segue o mesmo
raciocínio
Art 277
- Efeitos do pagamento parcial: se um dos devedores solidários
pagou parcialmente a dívida, isto não impede que os demais
continuem obrigados solidariamente pelo restante
- Havendo perdão parcial da dívida da cota do devedor, a
obrigação subsiste em relação aos demais devedores
descontada a cota do devedor
- Art 278
A norma do art. 278 prevê os efeitos de um dos princípios da
solidariedade: o da admissibilidade da variabilidade da modalidade da
obrigação, sem que esta perca a sua unidade. (art. 266)
Art 279
- Se a obrigação se impossibilita subsiste a solidariedade pelo
equivalente
- Com relação às perdas e danos, só responde o devedor culpado
- Se o inadimplemento se deu por culpa de todos os devedores,
todos responderão em quotas iguais
Art 280
Cuida dos efeitos da mora na solidariedade
passiva, dando efeitos diversos conforme se
trate da relação entre os devedores solidários e
o credor ( relações externas) (1) ou da relação
entre os devedores solidários ( relação interna)
(2)
1) Cada devedor atua como se fosse único sendo obrigado pela
totalidade da dívida. Assim, constituindo um dos devedores em
mora esta aproveita a todos que também respondem pelos
juros
2)devido a possibilidade de modalidades obrigacionais distintas
entre os codevedores, se para um a obrigação for condicional ou
a termo e para outro for pura e simples, pode acontecer que
um devedor esteja em mora e outro não quando por exemplo o
termo não venceu ou a condição suspensiva está pendente
OBS: a mora pressupõe além da demora, a culpa do 
devedor. Se só um foi culpado pela mora, só este 
responde pela obrigação acrescida.
ART 281
Como vimos na solidariedade ativa, aqui também na
solidariedade passiva funciona da mesma maneira. Um
devedor só pode opor as próprias exceções pessoais,
além, é claro, das exceções comuns.
OBS: exceções pessoais e exceções comuns (caderno)
Art. 282 – o credor pode perdoar ou exonerar da solidariedade a
todos ou a algum(s) dos devedores solidários.
Remissão: total - extinguiu a dívida/ parcial- extingue a dívida
para o devedor remido, mas os demais continuam obrigados
solidariamente pelo restante ( descontada a cota do remido)
Exoneração: total- acaba com a solidariedade, cada devedor só
responde por sua cota/ parcial – o devedor exonerado fica livre
da solidariedade e só responde por sua cota, mas os demais
continuam responsáveis solidariamente pelo restante ( abatida a
cota do exonerado)
• Art 283
- O devedor que extinguiu a dívida por inteiro subroga-se no direito
do credor e pode cobrar dos demais as sua cotas
- Solução para a cota do devedor insolvente: se um dos devedores
for insolvente, sua cota será rateada entre os remanescentes
Ex: Uma obrigação no valor de R$3000,00, com três devedores
solidários, um deles,D1, satisfez a dívida integralmente. Ele poderá
exigir dos outros dois, D2 e D3, suas cotas ( 1000 reais cada). Se um
destes, por ex. D2, for insolvente, sua cota será rateada entre D1 e D3
(entre o devedor que pagou integralmente e o devedor solvente).
Deste modo D1 poderá cobrar de D3 R$1.500,00.
• Art 284
- Complemento ao art. 283. A hipótese deste artigo se aplica
também ao devedor que tiver sido exonerado ou remido. Ele
participa do rateio da cota do devedor insolvente.
Ex. remissão :Uma obrigação no valor de R$3000,00, com três
devedores solidários, um deles,D1, é remido da dívida pelo
credor. Assim, D2 e D3 continuam obrigados solidariamente em
2000. supondo que D3 pagou a dívida integralmente
(R$2000,00), poderá exigir de D2 a sua cota ( 1000 reais). Se D2
for insolvente, sua cota será rateada entre D1 e D3 (entre o
devedor remido e o que pagou integralmente). Deste modo D3
poderá cobrar de D1 R$500,00.
• Ex. exoneração: Uma obrigação no valor de R$3000,00, com
três devedores solidários, um deles,D1, é exonerado da dívida
pelo credor. Assim, D2 e D3 continuam obrigados
solidariamente em 2000 e D1 em 1000 ( só continua vinculado
no valor de sua cota). supondo que D3 pagou a dívida
integralmente (R$2000,00), poderá exigir de D2 a sua cota
(1000 reais). Se D2 for insolvente, sua cota será rateada entre
D1 e D3 (entre o devedor exonerado e o que pagou
integralmente). Deste modo D3 poderá cobrar de D1
R$500,00.
• Art 285: cuida das obrigações solidárias nas quais a
dívida interessa somente a um dos devedores
solidários. Trata da hipótese de responsabilidade
sem débito, cujo exemplo é a figura do fiador. Neste
caso, tendo este adimplido com a dívida, poderá
cobrá-la integralmente do afiançado.

Outros materiais