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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil Gabarito ENG01035 2016/2 Prof. Inácio B. Morsch 1) O arco ilustrado na Fig. 2 é mantido na posição devido à ação da barra DE. Calcular as reações nos vínculos A e B, bem como a força que atua na barra DE. Solução: O primeiro passo é representar o diagrama de corpo livre. Para fins de equilíbrio externo a força na barra DE é considerada interna. Como a estrutura e a carga são simétricas tem-se 15 kNA BV V= = . Escrevendo-se as demais equações de equilíbrio obtém-se: 0 0x BF H= → =∑ 0 5 5 4 0,707 5 10 0CBC B B EDM V H F= → + − − ⋅ ⋅ =∑ 9,91 kNEDF = Comentário: Caso não seja constatada a simetria do problema o mesmo pode ser resolvido acrescentando-se duas equações de equilíbrio. 0 30y A BF V V= → + =∑ 0 10 10 5 10 5 (1 0,707) 10 5 (1 0,707) 0A BM V= → − ⋅ − ⋅ ⋅ − − ⋅ ⋅ + =∑ 2) Considerando que o conjunto formado pelos pesos de 10 kN e 8 kN, ilustrado na figura (1), está em equilíbrio, determine as forças que atuam nos cabos AB, BC e CD. Solução: O primeiro passo é representar o diagrama de corpo livre do conjunto, lembrando que força num cabo tem a direção do mesmo tem-se 10 kN 8 kN FAB B C 60° 45° α FDC Escrevendo-se as equações de equilíbrio externo: DCABDCABDCABx FFFFFFF 414,1707,05,0045cos60cos0 =→=→=°+°−→=∑ (1) 18707,0414,1866,01845600 =+⋅→=°+°→=∑ DCDCDCABy FFFsenFsenF kN 32,9=DCF (2) kN 18,13=ABF 10 kN 8 kN A B C D 60° 45° α Figura 1 R 5m A B C 45° 10 kN10 kN 10 kN D E 1 VA VB HB Aplicando-se a transmissibilidade pode-se representar a força FDC no anel C, logo fazendo-se o somatório de momentos no anel B tem-se 045cos45cos8cos0 =°⋅−°⋅+⋅−→=∑ DCBCDCBCBCBz FsenlFsenllM ααα (3) Sendo CBlBC −= . Multiplicando-se a equação (3) por ⋅ DCBC Fl αcos1 tem-se °−=→−=→=−+− 08,12214,0tan0tan707,0707,08 ααα DCF Para se obter a força no cabo BC basta representar o diagrama de corpo livre do anel B e escrever as equações de equilíbrio. BCBCABx FFFF 978,059,60)08,12cos(60cos0 +−→=−+°−→=∑ (4) kN 74,6=BCF Comentário: O problema também pode ser resolvido com as equações de equilíbrio dos nós B e C. Nó B: BCABBCABx FFFFF αα cos20cos60cos0 =→=+°−→=∑ (1) 10cos2 2 3 10600 =+⋅→=+°→=∑ BCBCBCABy FsenFFsenFsenF ααα 10cos3 = + BCFsenαα (2) Nó C: BCDCDCBCx FFFFF αα cos2 2045coscos0 =→=°+−→=∑ (3) 8cos 2 2 2 2 8450 =⋅+−→=°+−→=∑ BCBCDCBCy FFsenFsenFsenF ααα 8cos = − BCFsenαα (4) Multiplicando-se a equação (2) por 8/10 e subtraindo-se do resultado a equação (4) tem-se: 08,1cos386,088,010cos8,0cos38,0 = +→−⋅= +−+⋅ BCBC FsenFsensen αααααα Pela geometria do problema tem-se 0tan8,1386,008,1cos386,00 =+→=+→≠ ααα senFBC °−=→−= 1,12214,0tan αα Substituindo-se esse resultado nas equações de equilíbrio anteriores tem-se a solução do problema. 10 kN FAB B 60° α FBC 3) O pavimento de uma ponte é suportado por longarinas que são simplesmente apoiadas por vigas transversais conforme ilustrado na Fig. 1. As extremidades das vigas transversais são unidas aos nós do banzo superior de duas treliças, sendo uma dessas ilustrada na Fig. 1. Para representar o efeito da tração das rodas no pavimento adota-se, em cada roda, uma força horizontal para a esquerda correspondendo a 20% da força vertical na mesma roda. Determinar para o caminhão na posição ilustrada, as forças que atuam nas barras 1, 2 e 3. Desprezar a altura das longarinas e vigas transversais que suportam o pavimento. Solução: A força total correspondente à tração do caminhão sobre a ponte é um percentual da carga em cada roda e o valor total da mesma deve ser absorvido pelo apoio duplo A. 0 0, 2 190 0 x AF H= → − ⋅ =∑ 38 kNAH = 0 190y A BF V V= → + =∑ A equação de equilíbrio global de momentos pode ser escrita empregando as forças nas rodas diretamente. É importante considerar o momento causado pela força de tração. 0 14 70 3,5 70 4,7 50 10,5 38 4 0Az BM V= → − ⋅ − ⋅ − ⋅ + ⋅ =∑ 67,6 kNBV = 190 67,6 122,4 kNAV = − = A carga de 70 kN que não se situa sobre um nó (rótula) da treliça deve ser transmitida pela longarina para as vigas transversais e dessas para os nós correspondentes. O modelo para isso é o de uma viga isostática. Para a carga horizontal um modelo possível é aplicar a proporcionalidade de 20% após a definição das cargas verticais. Cabe destacar que essa solução não é necessariamente verdadeira. No entanto a influência da mesma na resposta é pequena. 0 3,5 1,2 70 0Cz DM V= → − ⋅ =∑ 24 kNDV = 70 24 =46 kNCV = − Verificando o equilíbrio do nó F nota-se que a força na barra 1 vale: 1 0F = . Para determinar as forças nas barras 2 e 3 faz-se um corte na treliça. 20 3,5 122,4 4 38 4 0CzM F= → − ⋅ + ⋅ + =∑ 2 69,1 kNF = 3 30 7 122,4 4 23, 2 116 3,5 4 0 89,5 kNEzM F F= → − ⋅ + ⋅ + ⋅ − = → = −∑ Comentário: Cabe destacar que as forças F1 e F2 não dependem da distribuição das cargas horizontais, logo a solução adotada não afeta esses valores. No caso da força F3 a influência desse valor é pequena. Se o mesmo for desprezado tem-se 3 30 7 122,4 4 14 116 3,5 4 0 98,7 kNEzM F F= → − ⋅ + ⋅ + ⋅ − = → = −∑ 3,5 3,5 3,5 3,5 41 2 3 (m) Viga Transversal Longarina 1,2 5,8 70 kN 70 kN 50 kN 1 2 3 1,2 70 kN 70 kN 50 kN HA VA VB A B 14 kN 14 kN 10 kN 3,5 1.2 70 kN C D 1 2 3 116 kN 24 kN 50 kN A B 23,2 kN 4,8 kN 10 kN C D 122,4 kN 67,6 kN 38 kN E 4 F 1 F3 116 kN A 23,2 kN C 122,4 kN 38 kN 4 F F2 F5 5) Uma placa de aço uniforme ABCD de 0,5 x 0,75 m pesa 385 N e está presa a rótulas em A e B. Sabendo que a placa se apóia sobre uma parede vertical sem atrito em D determine a localização do ponto D e a reação em D. Solução: O primeiro passo é representar o diagrama de corpo livre da placa. Como a parede yz é lisa a reação em D é do tipo )0;0;( DD FF = � , já a força peso da placa é do tipo )0;385;0( −=P � e as forças reativas em A e B são do tipo );;( zyxA AAAR = � e );;( zyxB BBBR = � . Como o problema completo tem 7 incógnitas, para se calcular a reação em D deve-se fazer 0=∑ ABM de modo a eliminar as reações em A e B do cálculo. Para se iniciar o cálculo deve-se definir as coordenadas dos pontos de interesse: A (0,1 ; 0 ; 0,7) , B (0,4 ; 0 ; 0,3) , D (0 ; yD ; zD), G (xG ; yG ; zG). Como a placa é homogênea tem-se: m 05,0 2 = + = DA G xx x , 22 DDA G yyy y = + = , 2 7,0 2 DDA G zzz z + = + = . Com os dados definidos pode-se escrever a equação 0=∑ ABM como: 0= ו+ ו PruFru GABADDABA � �� � �� . Para tal deve-se obter: )8,0;0;6,0()( −= − − = AB AB uBA � )7,0;;1,0( −−= DDDA zyr � )235,0;2;05,0( DDGA Zyr +−−= � Considerando-se esses dados pode-se escrever: 0 03850 235,0205,0)8,0;0;6,0( 00 7,01,0)8,0;0;6,0( = − +−−•−+ −−•− DD D DD zy kji F zy kji 0]38505,0;0;)235,0()385([)8,0;0;6,0();)7,0(;0()8,0;0;6,0( =⋅+−⋅−−•−+−−•− DDDDD zFyzF 025,198,0)5,19275,134(6,08,0 =⋅−+−+ DDD ZFy 25,965,1158,0 =+ DDD ZFy Portanto para obter-se FD é necessário calcular primeiro as coordenadas do ponto D. Para tal o primeiro passo é definir o vetor unitárioDAu � . É importante notar que, pela definição da placa, tem-se m 75,0=− AD . Logo, pode-se escrever: )75,0)7,0(;75,0;133,0( −−= DDDA zyu � Pela definição da placa nota-se que )()( ADAB −⊥− ou seja 0=• DABA uu �� , que pode ser escrita como: 0 75,0 7,08,0133,06,00)75,0)7,0(;75,0;133,0()8,0;0;6,0( =−⋅−⋅−→=−−•− DDD z zy m 625,00747,0067,10798,0 =→=+−− DD zz A seguir pode-se obter 1,075,0 7,0625,0 −= − =DAzu Sabe-se que 1coscoscos 222 =++ zyx θθθ ou seja 1)()()( 222 =++ DAzDAyDAx uuu 986,01)1,0()()133,0( 222 =→=−++− DAyDAy uu Logo pode-se definir yD como m 7395,075,0986,0 =⋅=Dy A força FD é calculada como: N 9,407395,08,0 625,025,11525,96 = ⋅ ⋅− =DF A B C D 0,3 0,4 0,1 (m) x y z 0,7 Solução Alternativa: As coordenadas do ponto D podem ser obtidas diretamente pela geometria do problema. Para tal o primeiro passo é representar uma vista superior (acumulando-se o eixo y). A seguir determina-se o ângulo α: 13,53 3,0 4,0 tan =→= αα O ângulo θ pode ser obtido como: 87,3613,5390 =−°=θ A seguir calcula-se FA e FE com as quais tem-se as coordenadas dos ponto D. FA 1,087,36cos = m 125,0=FA m 075,0 1,0 87,36tan =→= FEFE m 625,0075,0 =−= AD zz VISTA A-A A=B D=C 0,75 F yDz x A B C 0, 4 0,3 0,1 α θ E A A D=F m 7395,0125,075,0 22 =−=Dy 6) A figura abaixo ilustra um aparelho de ginástica funcional que emprega o peso próprio da pessoa, que vai usar o equipamento, como carga. Determine o valor da força P que deve ser aplicada no aparelho para que o mesmo esteja em equilíbrio. Solução: Examinando-se a estrutura nota-se que é mais vantajoso separar os elementos do que iniciar pelas equações de equilíbrio externo. Fazendo-se o diagrama de corpo livre da estrutura da cadeira e escrevendo-se as equações de equilíbrio correspondentes tem-se: N 5,812020256500 =→=−⋅→=∑ DEDEA FFM N 65006500 =→=+−→=∑ yyy AAF N 5,81200 ==→=−→=∑ DExDExx FAFAF O próximo passo é fazer o diagrama de corpo livre da barra ABC e escrever as correspondentes equações de equilíbrio. Deve-se notar que a barra BH é uma barra de treliça e na sequência escrever as equações de equilíbrio do elemento FGH. N 5,8120 =→=∑ xx CF N 1885020586500 =→=−⋅→=∑ BHBHC FFM 0 650 1885 1235 Ny yF C= → = + =∑ 0 73 2 1885 0 51,6 N 52 NGM P P= → − ⋅ = → = ≅∑ 650 N A D 25 Ax Ay FDE A B C 812,5 N 650 N FBH Cy Cx F G H P FBH Gy 650 N A B C D E F G H P 25 20 58 20 25 12 0 22 12 2 3 (cm ) 70 27 10 20