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Aula 16 Micoplasmose

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SANIDADE AVÍCOLA
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
Micoplasmoses
Bactéria do gênero Mycoplasma spp.
Três espécies possuem maior ocorrência, mas são várias as espécies isoladas. São praticamente as menores bactérias que existem.
Caracterizada por perda de produção, porque na maioria das vezes é uma doença crônica.
Causa doença crônica respiratória, que as vezes pode ser chamada de “DCR complicada”, quando se tem outro agente infeccioso secundário presente, na maioria das vezes Escherichia coli, aumentando a mortalidade da doença.
Sinusite Infecciosa dos Perus causada pelo mesmo agente.
Aerosaculite das aves que pode ser causada pelas três espécies de Mycoplasma.
Uma espécie causa doença articular, a Sinovite infecciosa – causando claudicação.
Lesão sistema respiratório superior
Introdução
Sempre preocupou a avicultura mundial, pela sua distribuição. Ocorre principalmente em galinhas e perus, mas também em aves silvestres que se tornam importantes vetores (faisão, codorna, pato e pomba). Em todas as idades as aves são afetadas, mas as mais afetadas são as aves jovens, relacionado à maturação do sistema imune.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
O que mais chama a atenção da doença são os prejuízos – redução nas taxas de postura e eclosão na ordem de 10 a 20%; menor eficiência alimentar com aves mais magras que outras → refugagem (por causa da desuniformidade do lote, heterogêneo); efeito sinérgico com outras infecções secundárias; condenação de carcaças (abatedouros), por causa das massas caseosas nos sacos aéreos e gerou muitos prejuízos nos anos 70 e 80; aumento de gastos com antibióticos e pode inclusive levar a resistência; problemas respiratórios.
Tilosina* 
Atb controla doença clinica, mas não extingue o estado de portador
ETIOLOGIA
Gram negativos, ausência de parede celular (resistência à antibióticos, ex: penicilina.) É tão pequeno que se assemelham a vírus.
Colônias mamilares ou com aspecto de “ovo frito”
As espécies mais importantes são:
Mycoplasma gallisepticum (Mg): DCR em galinhas e perus, sinusite infecciosa dos perus. Quando ocorre em perus geralmente mortalidade alta. 
Mycoplasma synovidae (Ms): sinovite infecciosa em galinhas e perus. Problemas articulares que levam a claudicação, é mais evidenciado em galinhas.
Mycoplasma meleagridis (Mm): infecção venérea em perus. O macho está contaminado e infectam as fêmeas através do sêmen, causando doença respiratória.
TRANSMISSÃO
Horizontal – pode ser direta e indireta.
Direta: equipamentos e roupas
Indireta: aerossóis e fômites, perdigotos.
Esse conceito é muito discutido. 
Vertical – através do ovo. É o mais difícil de controlar. 
Condições de estresse e vacinação em spray favorecem o aparecimento da doença, se o pintinho estiver infectado, pois muita das vezes a doença é subclínica.
Nem todos os ovos vão sair contaminados, só os que encostarem-se ao saco aéreo.
PORTAS DE ENTRADA
Horizontal – conjuntiva e/ou trato respiratorio superior
Vertical – Descendente (sacos aéreos abdominais): via transovariana e/ou pela contaminaçãoo do oviduto. Contaminação do folículo da gema durante a ovulação e sua passagem pelo oviduto.
O óvulo roça no saco aéreo e contamina.
Via corrente sanguínea.
Ascendente: utilização de sêmen contaminado pelo Mm ou acasalamento.
Pipped embryos: pintos que estão perto de eclodir: bicam a casca, mas não eclodem, ou morrem na fase embrionária. Ele vai a óbito porque não consegue sair e tem dificuldades respiratórias.
Fase embrionária: o micoplasma se multiplica no embrião em desenvolvimento matando-o ou enfraquecendo-o.
Após a eclosão: pintos infectados dissemina a doença para os normais no nascedouro, caixas e galpões de criação.
É uma doença que foi perpetuada e ficoumuito difícil de controlar, porque tudo já começava nas matrizes. Teoricamente uma doença de transmissão vertical é muito mais difícil de controlar, porque só a biosseguridade não terá efeito se não houver trabalhos na genética básica – um problema numa granja de genética básica pode contaminar o Brasil inteiro, por exemplo, então o controle na genética básica é o mais eficaz. 
RESISTÊNCIA A AGENTES QUÍMICOS E FÍSICOS
Sensiveis a maioria dos desinfetantes comuns; viável**
SINTOMAS
Mycoplasma gallisepticum (Mg)
Galinhas adultas – estertores traqueais, descarga nasal e tosse; redução do consumo de ração, com diminuição do peso; diminuição na produção de ovos em matrizes e poedeiras; diminui a eclosão e geralmente a doença é mais severa no inverno.
Frangos de corte – diminui o consumo de ração; problemas respiratórios e mortalidade variável – depende das condições de criação e de doenças intercorrentes.
Perus – descarga nasal, secreção ocular; asas sujas com exsudato nasal; aumento dos seios paranasais e infraorbitais, e se aerossaculite presente tem problemas de tosse estertores e dispneia; diminuição na produção de ovos em matrizes.
O quadro respiratório se tem desde pintinho até a ave adulta, abrindo e fechando o bico. As aves vão ficando com uma doença crônica, e se não tratadas ***
Pode ter edema de face.
Mycoplasma synovidae (Ms) 
Galinhas e perus – crista pálida; claudicação; retardo no crescimento; articulações aumentadas; calo no músculo peitoral pelo fato de ficar parada, encostada na cama do aviário e sendo uma ave de corte essa ave pode ser rejeitada no abatedouro; ficam apáticas, emaciadas e desidratadas.
Pode levar a aerossaculite em frangos de corte, chamada de aerossaculite silenciosa dos frangos de corte.
Mycoplasma meleagridis (Mm) 
Perus – aerossaculite.
A morbidade é alta (100% para galinhas) e maioria dos perus de um lote. A mortalidade é isoladamente baixa.
DOENÇA CRÔNICA RESPIRATÓRIA COMPLICADA (DCR)
O quadro respiratório é exacerbado, às vezes faz uma respiração com som (“ronqueira”), e tem um impacto muito grande na morbidade e na mortalidade.
Morbidade e mortalidade aumentam:
Bronquite infecciosa
Doença de Newcastle
Escherichia coli
LESÕES MACROSCÓPICAS NA NECRÓPSIA
Exsudato catarral em passagens nasais, traqueia, brônquios, sacos aéreos – AEROSSACULITE.
Sinusite: mais em perus, mas também em galinhas.
Pneumonia
Salpingite em galinhas e perus
Em casos crônicos: pericardite e perihepatite fibrinosa ou fibrinopurulenta, aerossaculite maciça. (Mg + Escherichia coli)
LESÕES MICROSCÓPICAS
Não possuem valor para diagnóstico, ou seja, não se faz histopatologia.
INSPEÇÃO DE AVES
Observações ante-mortem – corrimento nasal, tosse e estertores respiratórios.
Constatação post-mortem – pulmões e sacos aéreos opacos e espessados, presença de exsudato caseoso.
Critério de julgamento – localizada e carcaça em bom estado nutricional: julgamento: rejeição parcial.
Destino – partes afetadas > graxaria e demais parte. Liberação para consumo in natura.
Com evidência de disseminação da doença (pericardite e perihepatite) o julgamento é rejeição TOTAL.
DIAGNÓSTICO
Histórico (DRC), diminuição do consumo de alimento, baixo ganho de peso ou queda na produção de ovos, lesões macroscópicas.
Swab de fenda palatina, traqueia, cloaca, falus, vagina.
Necropsia – É FUNDAMENTAL.
Isolamento, identificação do agente: meio de cultura, PCR, ELISA, IFD, IFI, SARP (soro aglutinação rápido em placa – teste de rotina), HI.
Os testes sorológicos devem ser feitos pelo MV oficial podendo dar o diagnóstico como granja livre de micoplasma.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Bronquite Infecciosa
Doença de Newcastle
Coriza
Cólera
Aspergilose
Influenza
TRATAMENTO
Somente para frangos de corte.
Micoplasmas são susceptíveis à vários antibióticos – oxitetra, clortetra, eritromicina, tilosina, lincomixina, danofloxacina, tetraciclinas. 
Esses atb controlam bem o micoplasma em frango de corte, mas é utilizado em granjas menores, por causa do resíduo da carne, impacta na exportação, na saúde pública.
Controla a nível de reprodução e combiosseguridade.
Não erradica o micoplasma do plantel.
PREVENÇÃO E CONTROLE
Existem vacinas, mas não previne a infecção e nem transmissão.
A produtividade das poedeiras vacinadas é sempre menor que das aves livres.
NORMAS (PNSA)
Diagnostico e monitoração das micop na granja com SARP;
3 sem antes das provas sem uso de drogas;
Não devem usar vacinas
Mínimo 300 amostras (SARP).
Lotes reagentes > laboratórios referenciais.

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