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INFLUÊNCIAS FAMILIARES NA ESCOLHA PROFISSIONAL

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Caxias do Sul – RS, de 27 a 29 de Maio de 2014 
 
 
 
II Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG 
http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao 
 
ISSN 2318-8014 
INFLUÊNCIAS FAMILIARES NA ESCOLHA PROFISSIONAL 
Sandro Stank
a
, Shaíze Maldonado Roth
b
, Suelen Monteiro
c
, Alexsandra Machado Maffei
d
 
a 
Estudante de Psicologia; Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), sandrostank@gmail.com. 
b
 Estudante de Psicologia; Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), shaize.roth@outlook.com.
 
c 
Estudante de Psicologia; Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), smonteiro.psico@gmail.com. 
d
Mestre em Psicologia Social e das Organizações pela UFP; Faculdade da Serra Gaúcha (FSG); 
Alexsandra.maffei@fsg.br 
 
Informações de Submissão 
Shaíze Maldonado Roth, endereço: Rua 
Os Dezoito do Forte, 2366 - Caxias do 
Sul - RS - CEP: 95020-472 
 
Resumo 
O momento da escolha profissional marca a vida de todos os 
sujeitos. Tanto a família quanto o grupo social, desempenham papel 
decisivo no processo de escolha do adolescente, mas não são apenas 
estes os fatores encontrados, este momento passa também por 
questões relacionadas à subjetividade do indivíduo, sua história de 
vida, características da profissão escolhida e sua importância na 
profissão, questões relacionadas aos custos da formação pretendida, 
mercado de trabalho, remuneração entre outras variáveis. Este artigo 
se propõe a uma análise destas variáveis, focando principalmente na 
influência da família. 
. 
 
Palavras-chave: 
Primeira Palavra. Segunda Palavra. 
Terceira Palavra (Mínimo 3 e Máximo 5 
palavras separada por ponto ). Fonte 
Times New Roman 10 de cor preta, 
alinhamento a direita, espaçamento 1,0. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A escolha de uma profissão ocupa um lugar significativo na vida do sujeito, pois será a 
partir dessa decisão que novos rumos serão traçados. 
Antes do advento do capitalismo, as profissões eram sucessões de atividades laborais 
passadas de pais para filhos. Havia uma época que a lógica existente era: Pais agricultores 
igual a filhos agricultores. Hoje tem-se a possibilidade de escolher nossa profissão de acordo 
com nossas aptidões e desejos (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001). 
Com essas mudanças, o trabalho passou a ser considerado como condição social 
fundamental, o que tem influenciado diretamente no processo da escolha profissional que 
inicia na adolescência, fase de tantas contradições e indecisões decorrentes das mudanças 
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físicas, sociais e psíquicas do indivíduo. Nesse período, surgem fatores e questões que não 
repercutem só no adolescente mas também sobre a sua família. 
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2001), os fatores que influenciam a escolha 
profissional são variados, passam indubitavelmente pela subjetividade de cada um, sua 
história pessoal, características da profissão, importância social da profissão escolhida, 
mercado de trabalho, remuneração, habilidades, custos para formação acadêmica, o grupo 
social que está inserido, família entre outras variáveis que estão permanentemente em 
interação. 
Portanto, devemos lançar um olhar para a decisão do adolescente. Até onde essa 
decisão é mesmo dele ou atravessada pelas influencias familiares? 
Nesse artigo buscar-se-á, através de uma revisão bibliográfica, possíveis influências no 
processo de escolha de uma profissão, mais especificamente, como se dá a influência dos 
familiares, cuidadores. Dissertaremos por questões referentes a adolescência, o momento da 
escolha profissional e suas influências. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Família e a escolha profissional 
 
Em um determinado momento da vida, normalmente na adolescência, o indivíduo é 
direcionado a tomar uma decisão, sobre qual profissão irá seguir. Essa é uma das escolhas 
mais importantes da vida de uma pessoa, pois, de certo modo, determinará o destino deste 
sujeito, seu estilo de vida e até o tipo de pessoas com quem vai conviver no trabalho e na 
sociedade (NEPOMUCENO & WITTER, 2010). 
A adolescência é uma etapa do processo de desenvolvimento humano, na qual a 
confusão de papéis e as dificuldades para estabelecer uma identidade própria a marcam como 
“(...) um modo de vida entre a infância e a vida adulta” (ERIKSON, 1976, p. 128). Esse 
período é considerado como decisivo para formação da identidade, que se constitui a partir da 
adoção de valores que nortearão sua vida, desenvolvimento de uma identidade sexual 
satisfatória e a escolha de uma profissão. 
Segundo Barreto e Aiello-Vaisberg (2007), a prática atual de escolha profissional 
parece estabelecer uma divisão drástica entre o mundo infantil e o adulto, onde a sociedade 
espera que esse adolescente, logo no final do ensino médio, defina a profissão que seguirá por 
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toda a sua vida. A adolescência se caracteriza como uma passagem, um reajustamento, a uma 
nova etapa da vida. “Para um adolescente, definir o futuro não é somente definir o que fazer, 
mas, fundamentalmente definir quem ser e, ao mesmo tempo, definir quem não ser.” 
(BOHOSLAVSKY, 1998-1977, p.28). 
O processo de escolha de uma profissão faz parte do processo de identidade do 
indivíduo, contribuindo para esta escolha todas as informações do mundo psíquico do sujeito, 
sua matriz estruturante, suas expectativas em relação a si próprio, gostos, atividades e 
habilidades que desenvolveu até aqui. 
A ideia de que o indivíduo escolhe sua ocupação ou profissão a partir das condições 
sociais em que vive e em função de suas habilidades, aptidões, interesses e dons 
(vocação) não é uma ideia que sempre existiu. É algo que teve início quando se 
instalou na sociedade o modelo de produção capitalista (BOCK; 
FURTADO;TEIXEIRA, 2001, p.308). 
 
Dos fatores que interferem nesta escolha, destaca-se o grupo familiar e o grupo de 
amigos que de acordo com o psicólogo argentino Bohoslavsky (1998-1977), são os fatores 
mais relevantes, aqueles que exercem maior pressão e fornecem maior número de elementos 
ao indivíduo nesta escolha. A referencia fornecida pelo grupo, normalmente é positiva e é 
bem-aceita pelo indivíduo, enquanto a familiar pode receber alguma rejeição, isso ocorre pela 
complexidade existente nas relações familiares e também pelo fato da família não pertencer a 
um grupo de escolha como o grupo de amigos. 
Assim como para Bohoslavsky, o processo da escolha profissional, para Almeida e 
Melo-Silva (2011) engloba diversos fatores, tanto da dimensão individual, como social, 
envolvendo influências do contexto socioeconômico, cultural e principalmente do meio 
familiar. 
Dias e Soares (2012) reforçam, dizendo que esse processo está presente em sentidos 
pessoais e particulares na escolha inicial do curso superior que esta pessoa irá seguir, sendo 
que, a valorização da carreira escolhida será influenciada por diversos referenciais, entre os 
quais, as vivências no contexto familiar e universitário e as informações que este adolescente 
recebe sobre a profissão, fazendo com que o mesmo aproprie-se e ressignifique suas decisões. 
Levando em consideração todos os fatores envolvidos na escolha profissional, 
Nepomuceno e Witter (2010) entendem ser de extrema importância que este indivíduo 
compreenda e conheça as variáveis das quais possa sofrer influência, pois assim, terá mais 
controle sobre suas escolhas. 
 
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Bohoslavsky (1998-1977) considera que o sentimento de identidade ocupacional, ou 
seja, o que o jovem se identifica profissionalmente, é gerado na base das relações com os 
outros. A escolha envolve uma definição do futuro profissional, o que gera angústia, e que 
segundo Pereira e Garcia (2007), pode ser um dos motivos para o aumento significativo da 
importância dos familiares como figuras de apoio. Almeida e Pinho (2008) reforçam que a 
família é um dos elementos principais no momento de escolha profissional, podendo auxiliar 
ou dificultar o processo. 
Uma vez que a família incentiva ou recrimina certos comportamentos e atitudes, está 
interferindo no processo de apreensão da realidade da criança, essas influencias familiares 
determinam em parte a formação dos hábitos e interesses deste sujeito quando adolescente, 
contribuindo para a formação de opinião e percepção, sendo assim, as representações sociais, 
positivas ou negativas, que o jovem tem em relação a profissão exercida pelos pais, sua 
relação com o trabalho e a maneira com que este se identifica com as profissões familiares 
interferirão em sua escolha profissional (SOARES, 2002). 
Para Dias (1995) a forma como os familiares, principalmente os pais, veem e tratam o 
mundo do trabalho terá grande influência sobre a visão que os filhos desenvolverão sobre as 
profissões e atuação no mercado de trabalho. Conforme a autora ressalta, a escolha da 
profissão é um momento de crise que envolve o sujeito e seu grupo familiar, por ser um 
período de muitas mudanças, decisões tomadas, muitas vezes, sobre pressão e em um curto 
espaço de tempo. 
Desde muito cedo, os pais, figuras significativas, inserem nos filhos, expectativas, 
vivências, tradições familiares, sonhos e projetos. O momento da escolha profissional dos 
filhos, segundo Nepomuceno e Witter (2010), pode gerar nos pais fantasias inconscientes de 
reparar as suas próprias escolhas fazendo com que os genitores despendam sobre seu filho 
suas frustrações ou sonhos de continuidade através das influencias. 
Gonçalves e Coimbra (2007) afirmam que dentro dos diversos contextos do 
desenvolvimento vocacional, a família é o primeiro e o mais significativo com incidências 
determinantes nesta trajetória. Os pais, cuidadores, participam de forma sutil, ou ainda, 
manipuladora, o que, muitas vezes, acaba “pressionando o jovem a escolher determinada 
profissão” (ALMEIDA E PINHO, 2008 p.174). 
Além disso, Almeida e Melo-Silva (2011) enfatizam que algumas intervenções dos 
pais, tais como: apoio financeiro, formação educacional, diálogo/ações para exploração 
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vocacional, aprovação/reprovação das escolhas, expectativas de resultados, cobranças 
influenciam diretamente no processo da escolha da carreira 
 
3 METODOLOGIA 
 
A metodologia consistiu na pesquisa bibliográfica em duas frentes de buscas: na 
revisão de artigos científicos referentes a problemática posta, contemplados na base de dados 
dos Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC) e Scielo, compreendendo o período de 
2007 à 2013. Foram utilizados os seguintes descritores (palavras-chave): Escolha profissional, 
família e profissão, influência familiar e adolescência. E, na busca de bibliografia referente ao 
assunto, tendo como base os autores: SOARES, D. H. P. e BOHOSLAVSKY, R. 
Para tanto, encontramos em nossa pesquisa dez artigos sobre os descritos abordados, 
os quais formam nossa população, dentre eles, utilizamos nove artigos, constituindo nossa 
amostra de pesquisa. 
A partir da revisão de literatura realizou-se um tratamento de dados, de forma 
qualitativa. A questão que se depreende é como a família influencia na escolha profissional do 
sujeito? 
 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
Com base na pesquisa realizada, observou-se que todos os autores citam a família 
como parte importante da formação de identidade do adolescente, bem como do processo de 
escolha profissional. Principalmente por envolver questões dos pais, e familiares referentes as 
expectativas, sonhos e projetos. O indivíduo é marcado desde cedo pelos seus familiares. É na 
família que o adolescente, em um momento de transição, busca referências, apoio e 
identificação. 
Na pesquisa realizada por Nepomuceno e Witter em 2010, com alunos de escolas 
públicas e particulares sobre as influências na escolha profissional, a família fica em primeiro 
lugar, seguida dos colegas, outros familiares, irmãos e professores, sendo que as estudantes 
mostraram-se menos influenciadas pela família. 
As influencias sofridas pelos adolescentes em relação aos pais para decidir a profissão 
futura, na opinião de Almeida e Melo-Silva (2011), transcendem tratar o assunto apenas com 
os filhos, fazendo-se necessária intervenção com as figuras parentais, entendendo que o 
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mundo tem sofrido mudanças significativas em relação ao trabalho e configurações 
familiares. 
No estudo realizado por Oliveira e Dias (2013), com nove genitores de estudantes do 
último ano do curso de Psicologia, com idade entre 41 e 63 anos, onde o instrumento utilizado 
para coleta das informações foi uma entrevista semiestruturada, com o propósito de instigar os 
pais a refletirem sobre sua participação e sobre seu papel no desenvolvimento de carreira dos 
filhos ao longo da vida, três níveis de influencias foram mencionados por todos os 
entrevistados: diálogo, apoio emocional e material e a influencia pelo exemplo. 
Sobre a influencia do diálogo, as autoras apontam as conversas dos pais com seus 
filhos sobre valores referentes ao trabalho, rotinas escolares e acadêmicas e atividades 
extraclasses. Alguns pais mostraram-se inseguros diante do momento de escolha da profissão 
dos filhos, falaram que seu auxilio consistiu em esclarecer dúvidas sobre o mercado de 
trabalho e as profissões de interesse dos filhos, objetivando informar e facilitar a tomada de 
decisão, enfatizando que não direcionam escolhas. 
Os pais envolvidos no estudo entendem que o apoio emocional e material é o principal 
papel desempenhado por eles no desenvolvimento de carreira dos filhos, acreditando que 
encorajar a exploração dos interesses dos filhos e endossar suas escolhas, assim como, 
amparar suas inseguranças, é uma das várias formas de expressá-lo. 
Já no que concerne as influencias em relação aos exemplos profissionais e hábitos dos 
genitores, os entrevistados disseram perceber grandes interferências destes fatores quando da 
ecisão dos filhos diante da futura carreira. Pôde-se verificar que a relação dos pais com o 
trabalho, a forma como os mesmos percebem suas profissões e como se relacionam 
profissionalmente podem direcionar ou não a escolha dos filhos. 
 Dias e Soares (2012), Almeida e Melo-Silva (2011), Nepomuceno e Witter (2010), 
Almeida e Pinho (2008), Barreto e Aiello (2007), Gonçalves e Coimbra (2007) e Pereira e 
Garcia (2007), são alguns pesquisadores que teorizam os estudos descritos acima. Através das 
pesquisas realizadas por eles é possível verificar as formas como a família influencia, direta 
ou indiretamente, o adolescente na busca pela profissão que irá seguir e o quanto o apoio e 
amparo familiar é importante para o sujeito neste momento. 
 
 
 
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Está claro que a decisão sobre que profissãoseguir de um indivíduo é influenciada por 
diversos fatores, principalmente, pelos próprios pais. Entretanto, nem sempre é possível 
compreender como isso acontece, uma vez que se sabe que este processo de interferências 
inicia-se ainda na infância. 
Analisamos que os pais tem influência na escolha profissional dos filhos, mesmo que 
ela não seja clara. Por isso, entendemos o quanto é importante intervir junto a estes pais, 
abordando aspectos práticos do processo da decisão profissional, o qual estes estão totalmente 
inseridos, no sentido de ajudá-los a participar do processo da escolha dos filhos de uma forma 
saudável e com o mínimo de interferências de fantasias e frustrações pessoais, até então 
inconscientes. 
Devemos considerar também as diferentes formas de posicionamento frente à escolha 
da profissão dos filhos, uma vez que os pais, por terem maior conhecimento sobre o mercado 
de trabalho e mais experiência no campo profissional, acabam por interferir nesta decisão, 
direta, quando falam abertamente ao filho quais profissões seguir e quais não seguir, sem 
levar em consideração os desejos dos mesmos e seus interesses ou, indiretamente, quando 
inconscientemente os pais usam os fatores financeiros e emocionais para intervir nesta 
escolha. 
Ressaltamos a importância deste adolescente e sua família participarem de um 
processo de orientação vocacional que, desenvolvendo um trabalho em conjunto, possa 
manifestar os interesses e aptidões deste jovem, ajudando-o a entender como os fatores 
familiares o afetam, interferindo em suas escolhas. 
Desta forma, este sujeito com o apoio adequado dos familiares chegará a uma decisão 
mais assertiva, tendo como consequências futuras menos frustrações em relação à profissão 
escolhida e maior desempenho e sucesso. 
 
6 REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Fabiana Hilário de; MELO-SILVA, Lucy Leal. Influência dos pais no processo 
de escolha profissional dos filhos: uma revisão da literatura. Psico-USF (Impr.), Itatiba , v. 
16, n. 1, Apr. 2011 . Disponível em: 
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82712011000100009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 04 out. 2013. 
 
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Caxias do Sul – RS, de 27 a 29 de Maio de 2014 
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BARRETO, Maria Auxiliadora; AIELLO-VAISBERG, Tania. Escolha profissional e 
dramática do viver adolescente. Psicol. Soc., Porto Alegre , v. 19, n. 1, Apr. 2007 . Disponível 
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
71822007000100015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 04 Oct. 2013. 
 
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. 
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. 
 
BOHOSLAVSKY, Rodolfo. Orientação Vociacional: A Estratégia Clínica. 11. ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 1998. Originalmente publicado em 1977. 
 
DIAS, Maria Luiza. Família e escolha profissional. In: BOCK, Ana Mercês Bahia. et al. A 
escolha profissional em questão. 2.ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1995. p.71-92. 
Disponível em: 
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+profissional+em+quest%C3%A3o&hl=pt-
BR&sa=X&ei=QZxtUvfJXb4AOluIHIDA&ved=0CDEQ6AEwAA#v=onepage&q=a%20esc
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