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PLANEJAMENTO-E-DESENVOLVIMENTO-DE-CARREIRAS

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PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE 
CARREIRAS 
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SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
Introdução ................................................................................................ 3 
Trabalho e Carreira na Atualidade ........................................................... 4 
A Importância Do Planejamento De Carreira Profissional ....................... 7 
Identidade X identidade profissional ........................................................ 9 
Fatores que influenciam nossas escolhas .......................................... 13 
Fatores políticos ............................................................................. 14 
Fatores econômicos ....................................................................... 14 
Fatores sociais................................................................................ 16 
Fator familiar ................................................................................... 17 
Fatores psicológicos ....................................................................... 18 
Considerações Finais ......................................................................... 20 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 24 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Introdução 
 
 
O trabalho, tendo em vista sua dimensão social e não obstante todas 
as transformações pelas quais passou ao longo do último século, permanece 
como um dos principais reguladores da organização da vida humana. 
Contudo, os indivíduos, ao escolherem uma profissão e desenvolverem suas 
trajetórias profissionais, frequentemente não avaliam corretamente a 
relevância da esfera do trabalho no processo de construção de suas 
identidades. Muitos alunos tomam decisões sobre suas carreiras sem 
conhecimento suficiente sobre o curso escolhido ou a respeito do trabalho que 
irão começar a desenvolver, desconectados das informações sobre o campo 
profissional e desconhecendo as características pessoais relacionadas com a 
sua escolha profissional. Acrescenta-se a esses fatores a justificável 
dificuldade de adaptação às novas organizações de trabalho, aos novos 
colegas, ao ambiente que lhes é estranho, a uma nova cultura organizacional. 
A escolha profissional, ainda que se configure como uma ação 
individual, expressa a influência dos meios de comunicação, do contexto 
socioeconômico, da família, do grupo de amigos, da escola, entre outros. Tais 
influências, apesar de sempre estarem presentes, muitas vezes não são 
levadas em conta pelo sujeito. Nesta direção, a falta de orientação profissional 
e a ausência de um planejamento de carreira encontram-se entre os principais 
motivos da evasão universitária, da troca de cursos, da falta de motivação 
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para os estudos e da insatisfação profissional. Observa-se, ainda, que muitos 
alunos terminam seus cursos sem identificação com as profissões escolhidas, 
o que, com frequência, gera ansiedade, insegurança, falta de 
comprometimento com o trabalho e, uma das mais sérias consequências, o 
abandono da profissão. 
Desde que damos início à nossa carreira profissional, estabelecemos 
objetivos e metas que resultarão em nosso sucesso corporativo. Atuar em uma 
área que nos proporcione crescimento e aprendizado, ter motivação, ganhar 
bem e exercer nossa criatividade, são fatores que estão entre as ambições dos 
mais diversos tipos de profissionais, não só no Brasil, mas ao redor de todo o 
mundo também. 
A Orientação Profissional e o Planejamento de Carreira configuram-se 
como mediações para que os alunos desenvolvam a consciência necessária 
que lhes possibilite: no âmbito acadêmico, comprometer-se com os estudos e 
investir em uma formação continuada; no âmbito pessoal, buscar sua 
realização profissional; no âmbito social, contribuir para a superação dos 
problemas relacionados à qualificação profissional. 
 
Trabalho e Carreira na Atualidade 
 
Observando-se o panorama atual do mundo do trabalho, verifica-se a 
existência de contínuas mudanças em diferentes dimensões da sociedade, tais 
como: econômica, política, científica, tecnológica, cultural e psicológica. Esse 
processo tem alterado radicalmente não só o mercado de trabalho, que tem se 
tornado cada vez mais competitivo e instável, mas, sobretudo, a escolha 
profissional e a construção da identidade profissional de estudantes e 
profissionais. 
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De um cenário mais seguro e previsível, adentramos em uma sociedade 
identificada, por sociólogos contemporâneos, como “modernidade líquida” 
(BAUMAN, 2001), onde as referências são transitórias e as decisões precisam 
ser tomadas constantemente. As exigências de um mercado de trabalho 
complexo, rotativo e precário (ANTUNES, 2006) suscitam a necessidade de que 
os planos de vida tornem-se mais reflexivos (GIDDENS, 2002). Ou seja, as 
constantes mudanças no universo das organizações e do trabalho, a 
insegurança quanto à manutenção do emprego e a possibilidade restrita de 
desenvolver toda a carreira profissional em uma mesma organização 
(MALVEZZI, 2004), exigem dos estudantes e trabalhadores uma nova atitude 
frente às suas carreiras profissionais. Se outrora a organização determinava os 
caminhos que definiam a trajetória profissional dos indivíduos (progressão 
profissional na hierarquia empresarial), atualmente o indivíduo passa a ter a 
responsabilidade da construção de sua carreira. Daí, a construção de carreira 
ser denominada, atualmente, de “carreira proteana” (MARTINS, 2001), “carreira 
sem fronteiras” (SANTOS, 2008; VERIGUINE, 2008) ou “carreira sem limites” 
(SANTOS, 2008). 
Inseridos em um contexto de reestruturação produtiva e extrema 
competitividade, os trabalhadores e estudantes se deparam com a necessidade 
premente de estar em condições de se inserir, manter-se e se desenvolver no 
mercado de trabalho e, para tanto, precisam ter, ao menos em parte, os atributos 
da nova força de trabalho. Uma questão central, nesse sentido, é a seguinte: 
como adquirir tais atributos? Não obstante as possibilidades concretas, 
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determinadas pelas condições socioeconômicas, o capital cultural (BOURDIEU, 
1998) e as pretensões de cada sujeito se constituam como variáveis 
fundamentais desta questão, ela se impõe a todos que se movimentam no 
mercado de trabalho. A difusão atual, no Brasil, da gestão por competências 
(BITENCOURT, 2005; CARNOTE et al., 2008; LE BOTERF, 2003; RABAGLIO, 
2005; RUAS; ANTONELLO; BOFF, 2005), torna esta questão ainda mais 
complexa, tendo em vista que valoriza, para além da qualificação certificada 
formalmente, a capacidade do sujeito se adaptar à cultura organizacional, não 
impor resistência
às mudanças e, acima de tudo, produzir resultados 
mensuráveis. 
O mundo do trabalho contemporâneo exige um novo posicionamento dos 
indivíduos perante as decisões profissionais, que não mais se restringem ao 
momento específico da escolha a respeito de profissões, mas se estendem ao 
longo de toda trajetória de trabalho (inserção no mercado de trabalho; 
permanência, desenvolvimento e transição de carreira; desligamento e 
aposentadoria), demandando, assim, contínuas reflexões e reposicionamentos 
durante a vida profissional. Diante disso, destaca-se a lacuna na formação 
escolar e acadêmica no que se refere ao ensino de habilidades básicas para que 
os indivíduos reflitam sobre suas trajetórias profissionais e planejem suas 
carreiras em diferentes níveis de sua formação. 
Gondim (2002) indica que estudantes concluintes do Ensino Médio, de 
maneira geral, conseguem identificar um perfil geral da profissão escolhida que 
é transmitido pelos meios de comunicação, mas não conseguem identificar de 
que modo esse perfil estaria relacionado às habilidades e competências 
específicas de sua área de atuação. Bardagi, Lassance e Paradiso (2003) 
indicam que jovens enfrentam dificuldades na realização de suas escolhas 
profissionais, sendo grande parte delas realizada com base em poucos critério. 
 Teixeira e Gomes (2004) afirmam que os universitários não estão sendo 
preparados para as tarefas de transição entre o Ensino Superior e o mercado de 
trabalho. Observa-se, dessa forma, que uma parcela significativa dos jovens 
brasileiros realiza escolhas sobre carreiras sem conhecimento suficiente a 
respeito do curso ou do trabalho que irá desenvolver, desconectada das 
informações sobre o campo profissional e desconhecendo características 
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pessoais relacionadas à escolha profissional. Aumenta, em razão desse fato, a 
probabilidade da ocorrência de fenômenos como evasão universitária, troca de 
curso, falta de motivação nos estudos e insatisfação profissional (BRASIL; 
FELIPE, 2011). Nesse contexto, faz-se necessária a elaboração de métodos e 
técnicas que maximizem as possibilidades de jovens realizarem escolhas 
profissionais reflexivas, contextualizadas e criativas, que os auxiliem a se 
movimentar no mercado de trabalho com maior autonomia e competência. 
 
A Importância Do Planejamento De Carreira 
Profissional 
 
Diante do panorama altamente competitivo que caracteriza a Educação 
Superior nos últimos anos, torna-se cada vez importante que o aluno planeje a 
sua inserção no mercado de trabalho. Esse planejamento, embora não garanta 
a sua efetiva colocação no mercado, antecipa um conjunto de questões e 
problemas que podem ser trabalhados durante a graduação ou imediatamente 
após a formatura. Para isso, é mister que aluno se defronte com as variáveis 
que constituem tanto a sua condição pessoal, quanto o universo do trabalho. 
Assim, ao se “deparar consigo mesmo”, poderá avaliar suas qualidades, 
positivas e negativas, de modo a potencializar aquilo que tem de bom e buscar 
resolver as questões que precisam ser reparadas. 
Além disso, conhecer e refletir sobre o contexto profissional 
contemporâneo, bem como sobre os cenários futuros do mercado e da 
sociedade, possibilitará ao aluno alinhar sua posição acadêmica com as 
necessidades do mundo do trabalho. Daí a necessidade de uma primeira etapa 
do planejamento de carreira se constituir em um duplo procedimento: de um lado 
a análise de si próprio (em termos de habilidades, inabilidades, interesses, 
inclinações profissionais etc.) e de outro a análise dos cenários (situação 
econômica regional e global, situação dos empregos e trabalhos no mercado, 
ênfase econômica da região de interesse, tendências das profissões e 
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ocupações etc.). A partir dessa dupla análise, torna-se, então, possível os 
planejamentos da inserção no mercado de trabalho e da carreira. 
E o que seria, resumidamente, ou planejamento de carreira? Em termos 
analógicos, pode-se dizer que planejar uma carreira profissional é como 
estabelecer um mapa geográfico, onde se apontam os destinos e os trajetos 
possíveis para alcançá-los (LOPES, 2004). Então, ao planejar a carreira, o 
acadêmico tem a possibilidade de antecipar reflexivamente uma série de 
questões que poderão fazer muita diferença em sua trajetória de formação e 
qualificação, bem como estabelecer objetivos e metas condizentes com seus 
interesses e seus valores. Ao refletir sobre aquilo que deseja para seu futuro 
profissional, poderá estabelecer, por sua vez, estratégias adequadas para obter 
sucesso em seus planos. 
Muitos egressos deixam para se ocupar da inserção profissional apenas 
após o momento da formatura e ao encontrar situações adversas, desanimam 
ou desistem da profissão. Assim, considerando o grande número de pessoas 
formadas no Ensino Superior que não trabalha na sua área de formação e 
considerando ainda o índice expressivo de egressos que não encontra seu 
primeiro emprego/trabalho imediatamente após a formatura, planejar a inserção 
no mercado assume uma tarefa de grande importância. 
A Orientação Profissional configura-se como um conjunto de ações que 
visam auxiliar jovens e adultos a refletir e se posicionar diante de uma escolha 
profissional, estabelecida criticamente, que respeite desejos e possiblidades 
pessoais e sociais. Pode ser feita no âmbito do Ensino Médio, facilitando a 
escolha do curso universitário como também no âmbito da Educação Superior, 
auxiliando o aluno em processos de reescolha do curso ou engajamento nos 
estudos de nível superior. 
O Planejamento de Carreira, por sua vez, constitui-se em um processo de 
auto- avaliação com vistas ao estabelecimento de objetivos e metas profissionais 
a serem implementadas ao longo da trajetória acadêmica e profissional. 
Precedido de uma escolha profissional bem sustentada, o planejamento de 
carreira cria condições de melhorar o aproveitamento, por parte do aluno, do 
espaço e das oportunidades acadêmicas, maximiza as chances de êxito da 
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inserção profissional e orienta as ações realizadas pelo aluno ao longo do 
percurso de formação e exercício profissional. 
Entende-se, por fim, que ambos os processos, Orientação Profissional e 
Planejamento de Carreira, podem influir decisivamente nas trajetórias 
acadêmica e profissional dos alunos. 
 
 
 
Identidade X identidade profissional 
 
 
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O conceito de identidade passa pela Psicologia e pela Sociologia, com 
alguns representantes teóricos como Ciampa (1984), Bauman (2005) e Soares 
(2002). Assim, podemos estruturar uma compreensão do que venha a ser a 
formação de identidade nos jovens e, consequentemente, podemos relacionar 
esse conceito com a identidade profissional. 
Vamos começar com o conceito de identidade apontado por Ciampa 
(1984), que apresenta a identidade não como um processo estático, mas como 
uma relação entre a história do sujeito – suas expectativas e interesses – e o seu 
contexto social. Para o autor, a identidade se produz em um movimento 
constante de transformações. Durante o percurso da vida, vamos nos 
modificando e modificamos o mundo. O homem é o autor e ao mesmo tempo 
personagem de sua própria história, isso porque há aspectos em nossa 
identidade que são nossos, mas também há aspectos que são dos outros. 
A identidade se mostra como uma resposta a um momento, e, por meio 
dos papéis que desempenhamos, nossa identidade nos diferencia e também nos 
iguala. Exemplo disso podemos encontrar na nossa vida familiar: meu nome me 
identifica e me torna único em minha casa, mas meu sobrenome me torna igual 
ao grupo familiar a que pertenço. 
Podemos, nessa visão, acionar várias identidades para nos adequar a 
uma situação específica. Posso ser mãe, irmã, filha. Dependendo da situação 
em que me encontro, aciono uma das minhas facetas da identidade, que 
responderá de forma mais assertiva àquele
momento de vida. A pessoa é uma 
totalidade que se manifesta através de papéis, e esses papéis representam uma 
parte dessa totalidade chamada de identidade (CIAMPA, 1984). 
O polonês Bauman (2005) traça o conceito de identidade que considera 
as ideias de Sartre, mas se referência também, no que ele aponta como 
“modernidade líquida”, descreve está “época líquida-moderna” como o “mundo 
em nossa volta está repartido em fragmentos mal coordenados, enquanto as 
nossas existências individuais são fatiadas numa sessão de episódios 
fragilmente conectados” (BAUMAN, 2005, p. 18). 
Em um mundo fluido, construir-se com uma única identidade para toda a 
vida é extremamente arriscado. Nosso projeto de vida, através das 
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possibilidades de escolha de Sartre, torna-se um desafio árduo em uma 
sociedade de mudanças rápidas e constantes. 
Nossa identidade se constrói entre o querer a liberdade para escolha e o 
precisar da segurança do pertencimento. Como em um quebra-cabeça, nossa 
identidade é formada por pedaços, porém no brinquedo podemos ter uma visão 
concreta do que se formará no final. Já na identidade não conseguimos essa 
imagem acabada; o processo de formação sempre será incompleto. 
Na fundamentação filosófica de Sartre (1973), a identidade não se herda: 
ela deve ser criada entre as nossas escolhas e as que as outras pessoas nos 
lançam, tomando sempre o cuidado de defender as nossas escolhas daquelas 
que os outros nos apresentam. Os dois autores em questão validam uma 
identidade dinâmica, que busca os anseios do sujeito, mas que se relaciona com 
o social; a identidade se concebe em um processo de reformulações, sofrendo 
influências sociais e históricas. 
Dessa forma, podemos mudar nosso jeito de ser. Soares (2002) também 
apresenta a identidade construída entre os fatores internos da pessoa e nas 
relações sociais que estabelecemos ao longo da vida. A criança em seu grupo 
familiar experimenta seus primeiros papéis sociais quando interage com esse 
grupo, assim, ela vai construindo sua identidade futura. 
A identidade é constituída por diferentes facetas, como a identidade 
vocacional, identidade sexual, profissional, portanto, uma dificuldade em 
reconhecer e assumir uma dessas áreas pode refletir nos outros campos da 
identidade. O estereótipo das profissões que são para homens e as que são para 
mulheres pode atrapalhar e muito o jovem que enfrenta dificuldades para 
assumir sua identidade sexual. 
A ansiedade do jovem na escolha da carreira profissional advém da 
complexidade que é relacionar todas essas facetas de sua identidade. Ele busca 
um auxílio para o conflito de integrar na sua opção profissional, sua vocação e 
seus desejos pessoais. 
Esse conflito é descrito por Bohoslavsky (1975) como a possibilidade de 
ter um lado mais afetivo/pessoal determinado pela identidade vocação, que 
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busca os desejos de para que eu fui chamado, minhas habilidades, e conciliar 
esse com uma identidade profissional que tem por características um apelo mais 
socioeconômico, que está relacionado a um contexto de espaço e tempo social, 
ou seja, qual área profissional neste momento é mais promissora. 
O dilema que esse jovem enfrenta está relacionado com quanto de suas 
opções está atendendo às suas características pessoais, sua vocação e com o 
quanto está impregnado da influência social a que esse jovem é exposto. A 
entrada para o mundo adulto se estabelece pela escolha profissional, que, 
muitas vezes, erroneamente, carregamos o estigma de ser a única e definitiva 
escolha para toda a vida. 
Na escolha profissional, ter a liberdade de escolha está em ter consciência 
do que nos está determinando uma profissão específica. Atualmente, decidimos 
nossas escolhas profissionais considerando diversos aspectos como: a 
quantidade de carreiras profissionais ofertadas, o acesso às opções para as 
classes sociais, o cenário político econômico, as crenças e valores dos nossos 
grupos sociais (família e amigos), entre outros. 
Escolher para elaborar seu projeto profissional não é uma parte da vida 
das pessoas, mas é uma resultante de processos que foram nos acompanhando 
desde o nascimento. É um processo de crescimento e reflexão pessoal 
(SOARES, 2002). 
Nosso projeto profissional inicia-se nas vivências familiares, mas 
extrapola para os grupos posteriores e se configura em uma determinada 
realidade e contexto, portanto, são muitos os fatores de apoio para o jovem 
desenvolver sua reflexão e ideias sobre como desenhar uma vida adulta. 
Auxiliar o jovem e sua família a lidar com as incertezas e aflições desse 
processo é elucidar sempre que não existe só um caminho. Como afirma Soares 
(2002, p. 95): “O que vai existir sempre é uma escolha possível, dentro de 
determinadas possibilidades e contingências”. 
A ansiedade da escolha apresenta-se pela complexidade do ato da 
escolha. Escolher algo é também abrir mão de outras tantas possibilidades. Para 
ter, eu preciso perder outros, não dá para se ter tudo ao mesmo tempo. Agregado 
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a esse sentimento de perda, junta-se a cobrança de uma sociedade capitalista 
que enfatiza o sucesso como instantâneo. 
Como aponta Soares (2002), para se chegar ao sucesso profissional é 
necessário todo um caminho; é um processo construído aos poucos, e precisa-
se de motivação e esforço para alcançá-lo. Essa possibilidade de esforço, que 
vem da motivação, só pode surgir de uma escolha livre e consciente. 
Experimentamos essa liberdade de escolha não na intenção de ter tudo, 
mas buscando a consciência de quais são os fatores que estão nos influenciando 
em nossas possíveis escolhas. 
A nossa história de vida, o cenário vivido e as relações estabelecidas na 
construção de nossa identidade refletem e comunicam-se com os nossos gostos 
e desejos, nossos anseios e nossas escolhas. 
Fatores que influenciam nossas escolhas 
 
Apresentamos aqui os fatores que interferem de alguma maneira nos 
nossos posicionamentos frente às escolhas. São os fatores políticos, 
econômicos, sociais, familiares e psicológicos. Todos serão colocados 
separadamente para seu melhor estudo, mas não há como separá-los no 
processo de escolha. Esses fatores se misturam e se completam no ideário 
daquele que, inserido no contexto social, formula seu projeto de vida, tanto 
pessoal como profissional. 
 
 
 
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Fatores políticos 
 
Nosso processo educacional sempre foi estruturado mais em ideologias 
pautadas na doutrinação do que em reflexões críticas de contexto. Já no Decreto 
nº 477 e no ato nº 5, citados por Soares (2002), pode-se interpretar a posição 
dos governos em impossibilitar a integração da ciência com a vida cotidiana, 
desconectando a participação do estudante das decisões sociais. O sistema 
político brasileiro também nunca apresentou grande atenção à área educacional, 
sempre tendo prestado um serviço de qualidade duvidosa, como afirma Chauí 
(apud SOARES, 2002, p. 53): “desde o período do regime militar temos cada vez 
mais falta de comprometimento do governo, que através de suas reformas, 
aumenta sim o número de alunos, mas não acompanha nos incrementos para 
melhores condições de ensino”. 
Atualmente, a educação passou a ser vista como um bem de investimento 
associada ao capital. A política educacional não atende aos interesses da 
maioria da população e a educação mais uma vez é desprezada como 
possibilidade de desenvolvimento. O projeto econômico e social defendido pelos 
nossos políticos objetiva adequar a produção nacional às demandas e pressões 
do capital internacional. 
Assim, não conseguimos planejar adequada e realisticamente as nossas 
necessidades na área de formação profissional. Para tentar atender às 
necessidades da imprevisibilidade do capitalismo, corremos sempre o risco de 
preparar técnicos em excesso para o mercado, enquanto que em outros campos 
profissionais temos carências. Nosso poder
público ainda pensa em um projeto 
social bem diante das nossas necessidades e realidades. Assim, fica difícil 
projetar qualquer possibilidade de ascensão do país. 
 
Fatores econômicos 
No Brasil, nas décadas de 1970 e 1990, aponta Soares (2002), há um 
aumento significativo do número vagas nas universidades, e a classe média 
reconhece o ensino superior como mecanismo para realizar a sua ascensão 
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social. Ter um filho formado passou a ser sinônimo de status social e 
possibilidades de melhores condições para a família. 
Nesse cenário, os números de formandos aumentam, mas o mercado de 
trabalho interno não consegue absorver essa população de novos profissionais 
e as primeiras sensações de insucesso aparecem com esses jovens se 
direcionando a outras atividades profissionais, longe de sua formação para 
garantir sua sobrevivência. 
Outro fator econômico que atinge a formação desse jovem é a 
impossibilidade de ele manter seus estudos sem uma atividade remunerada, ou 
seja, sem possibilidades de ser só estudante, o jovem vira estudante trabalhador. 
A família de classe média com seu poder aquisitivo achatado não consegue 
contribuir com a formação desse jovem, que se insere no mercado de trabalho 
para estudar, tendo novamente de gerenciar as dificuldades que é conciliar 
estudo e trabalho. Muitos estudantes abandonam seus cursos pela dificuldade 
enfrentada. 
Na visão de Soares (2002), o jovem é lesado de duas maneiras, não tem 
independência econômica e não pode assumir sua condição de adulto em 
conduzir sua vida, porque está atrelado financeiramente à família para estudar 
e, por outro lado, muitas vezes, não realiza um bom curso, sendo prejudicado 
posteriormente em um processo seletivo de trabalho já em sua profissão 
almejada. Para esse jovem, o trabalho é importante, é fonte de sobrevivência, 
mas a formação profissional também é desejada, por isso ele acumula em seu 
cotidiano dois papéis de estudante e trabalhador e, muitas vezes, um papel é 
totalmente desconectado do outro. 
As universidades, por sua vez, em muitos casos prolongam essa 
desconexão, fornecendo um ensino com conteúdo fragmentado, em que a teoria 
nunca se encontra com a prática. O capitalismo atua, assim, com uma reserva 
de mercado, com um grande número de profissionais disponível ao mercado, e 
os salários são rebaixados. O modelo econômico do Brasil não atende às 
expectativas da população que se esforça para modificar sua situação social e 
econômica. 
 
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Fatores sociais 
 
Esses fatores estão relacionados com a classe social em que nossos 
jovens nascem, afirma Sores (2002). Sua condição social também apontará suas 
possibilidades de formação profissional e de trabalho, sendo que a maioria dos 
jovens depende de recursos financeiros para custear uma formação em 
instituições particulares. O histórico de vida em seu contexto social também 
reflete nos objetivos da formação profissional no terceiro grau. 
Um jovem que nasce em famílias mais simples, com baixo nível de 
instrução, tende a ter ao longo de seu desenvolvimento menos contato com os 
estudos. Mas, mesmo que esses jovens não tenham valorizado tanto os estudos, 
a família ainda pode apresentar um enorme desejo de ter um filho estudado. Na 
classe média ou alta, o cenário configura-se de outra maneira, com a ausência 
das dificuldades financeiras e uma vida escolar iniciada logo cedo. 
Na primeira infância, o jovem pode apresentar certo desestímulo para o 
terceiro grau. O cansaço de estudar desde a tenra idade pode desencadear o 
desejo para outras atividades, hoje muito valorizadas pelas grandes empresas, 
como, por exemplo, as viagens e intercâmbios culturais. O jovem se insere em 
outras culturas e experimenta novas maneiras de reorganizar e responder ao 
mundo, desenvolvendo competências como autonomia, criatividade, adaptação, 
competências valorizadas no mundo do trabalho. 
O posicionamento da família frente à perspectiva de realizar a faculdade 
também é determinante, como afirma Soares (2002, p. 53): "[...] culturalmente 
em nossa sociedade é visto como um desperdício de capacidade e de 
inteligência um jovem não cursar a universidade quando ele é inteligente e a 
família pode sustentá-lo”. 
Temos de considerar com fator social também o fato de que, na escolha, 
algumas profissões possam ter mais prestígio social que outras. A explicação de 
tal evento pode considerar que, na visão histórica de poder político, observamos 
os grandes dirigentes do país com uma formação profissional mais ligada a 
essas áreas de “status”, como, por exemplo, advogados, médicos e, atualmente, 
engenheiros e economistas. 
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O grupo familiar do indivíduo tem a tarefa de estabelecer uma ligação 
desse jovem com a sociedade; é por meio da família que nos socializamos e 
nesse processo aprendemos os valores, as crenças a cultura em geral. Esse 
processo de socializar serve, na maioria das vezes, como um mecanismo de 
reprodução de sistema que já está consolidado. A família replica o que a 
sociedade estabelece como adequado, e, assim, evita-se o mínimo de 
mudanças sociais. 
Na escolha, pode-se perceber, em outros momentos, a presença dos 
valores culturais desse jovem, quando busca através dos estudos um caminho 
para a solução dos problemas sociais, que enfrenta em sua comunidade. 
Problemas raciais podem ser outro fator marcante na escolha. Quando aquele 
que se sente discriminado assume a postura passiva e nem pleiteia chegar à 
universidade, essa possibilidade não é para ele. 
 
Fator familiar 
 
Na relação familiar, os pais sempre apresentarão expectativas na vida dos 
seus filhos. A criança já é socializada pela família, que escolhe alguns estilos e 
maneiras de estar no mundo em detrimento de outras formas. Nosso primeiro 
grupo social, a família, interfere na nossa visão de mundo, estabelecendo parte 
de nossos hábitos e interesses. 
As representações sociais das profissões também refletem a identificação 
e os valores pregados no grupo família. Como apresenta Soares (2002), várias 
pesquisas retratam que o projeto profissional dos jovens contamina-se com as 
expectativas dos pais e dos próprios jovens em relação à sua vida futura. As 
expectativas da família para esses jovens ultrapassam a área profissional. Os 
pais estruturam sua família, na esperança que seus filhos sejam melhores e mais 
felizes, que busquem suas realizações sempre. 
Em nossa sociedade, as realizações estão conectadas com o status 
profissional, e a valorização das pessoas faz-se pela sua atividade e resultados 
alcançados na sua vida profissional, por isso o nível superior se torna para as 
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famílias um status social almejado. A posição de nascimento dos filhos na família 
pode se configurar em outros graus de influência nesse projeto profissional. 
No filho mais velho, geralmente se depositam grande parte das 
expectativas dos pais, o que pode desencadear uma angústia ainda maior para 
a escolha profissional. O filho mais novo também recebe uma dose forte de 
expectativas dos pais, uma vez que ele é a última opção de realização dos pais. 
Estar como filho do meio parece ser uma posição um pouco mais tranquila. Em 
geral, nessa posição, os jovens podem ter mais liberdade para assumir seus 
próprios interesses. O filho único não tem com quem dividir as expectativas dos 
pais, e, assim, escolher pode se tornar muito mais difícil. 
O contexto familiar pode, portanto, direcionar o jovem para escolhas que 
estão longe de suas habilidades e potencialidades. Isso justifica a orientação 
profissional envolver, nesse processo, o auxílio à escolha dos pais. 
O projeto profissional deveria contemplar o subjetivo do jovem, mas 
considerar também a objetividade da realidade vivida por esse, nesse mesmo 
momento de ligação entre subjetivo e objetivo; o passado – através de sua 
história e as influências que recebeu –, deve
se relacionar com suas expectativas 
de futuro desses jovens e família. O projeto profissional, portanto, pode ser a 
conquista de autonomia desses jovens em relação à sua família. 
 
Fatores psicológicos 
 
Na confecção de um projeto de vida, o jovem deve considerar como um 
dos pontos de partida o conhecimento que tem de si mesmo. Esse autoconceito 
não é trabalhado nas escolas e, portanto, a empreitada da construção de seu 
projeto já começa com a alienação de quais são suas potencialidades e 
dificuldades. 
Uma das etapas importantes no processo de orientação profissional está 
em estabelecer meios para que esses jovens voltem a sua atenção para si 
mesmos. O jovem deve pensar suas rotinas, seus gostos, suas habilidades, suas 
dificuldades, seu passado e seus anseios futuros. Pensar em si proporciona um 
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autoconceito e assegura a ele reconhecer quanto dele há em suas escolhas 
profissionais. 
Outro olhar importante para clarificar suas opções é repensar quais foram 
suas experiências com as diversas profissões? Qual é o contato que esse jovem 
já estabeleceu com as profissões? Esses contatos com as profissões foram 
momentos difíceis? Ou foram momentos prazerosos? Podemos escolher, por 
exemplo, uma profissão como fisioterapia, por ter passado momentos difíceis em 
uma cama, para recuperação de algum acidente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Considerações Finais 
 
Escolher o que se vai fazer a vida toda como profissão é difícil para a 
maioria dos adolescentes, pois muitos deles ou não entraram ainda no mercado 
de trabalho e não possuem experiência neste universo do trabalho ou estão 
trabalhando impulsionados pela necessidade e fazem parte de um espaço 
profissional que não escolheram. 
A maioria das escolhas é feita por ideias vagas do que seria a profissão 
desejada, com muitas considerações levantadas pelas necessidades e 
expectativas da família, desconsiderando, às vezes, um conhecimento de 
mercado e competências necessárias da área escolhida. Deparamo-nos no 
ensino superior com alunos cursando determinadas áreas com a justificativa de 
“queria fazer outra coisa, mas não dá dinheiro e não vou conseguir trabalhar, 
portanto, vim para este curso, uma vez que a área sempre aparece em 
solicitações de emprego”. 
Outras justificativas podem chegar a resolver a insegurança de não ter 
potencial de desempenho: “Queria Engenharia, mas é muito difícil, então resolve 
vir para esta área; assim, consigo me formar”. Essas e muitas outras justificativas 
simplistas revelam que o jovem negligencia o autoconhecimento e descarta sua 
autonomia de escolha, para não escolher, e sim ser escolhido pelas 
contingências. 
É necessário ao jovem ter muita clareza não só da escolha, mas o que o 
levou a escolher, afirma Soares (2002). Esse momento na vida dos jovens não 
se caracteriza só pela escolha profissional; outras escolhas estão acontecendo 
ao mesmo tempo para ele se consolidar como adulto. O jovem, nessa fase, está 
definindo suas várias facetas da identidade. Como já discutimos anteriormente, 
ele está definindo sua identidade sexual, sua identidade vocacional e todas 
essas fazem parte da sua identidade profissional, definir a ocupação é reflexo de 
outras identidades já trabalhadas. 
Segundo Buhler (apud SOARES, 2002), o momento da escolha do 
adolescente acontece no período de experimentação desse com todas as suas 
possibilidades. Ele está explorando e desvendando novos espaços e condições, 
21 
 
 
tendo, portanto, a possiblidade de experimentar tudo seria muito atrativa, até em 
termos profissionais. Considerar também como esse jovem percebe a 
participação de sua família em suas escolhas é relevante no processo de 
orientação profissional, pois nosso projeto de vida se estabelece refletindo o 
papel que ele assume em sua família, e ter conhecimento desses papéis dará 
ao jovem a possibilidade de pensar sobre eles e escolher de maneira mais 
autônoma. 
O planejamento de carreira consiste, em linhas gerais, no desenho que 
se elabora acerca do futuro profissional, o qual envolve traçar objetivos e um 
plano de como atingi-los. Ele não é, contudo, um comportamento pontual que 
ocorre em momentos isolados da vida de uma pessoa, ainda que seja mais 
saliente durante as etapas de transição profissional. 
De fato, a atividade de planejar a carreira é um processo que se dá 
continuamente ao longo da vida e, assim, está estreitamente relacionada com a 
própria noção de desenvolvimento de carreira. Em sentido amplo, 
desenvolvimento de carreira refere-se ao processo de administrar, ao longo do 
ciclo vital, trabalho, aprendizagens, lazer e transições (esperadas e inesperadas) 
de forma a moverse em direção a um estado futuro desejado. Fica implícito, 
nessa concepção, que a carreira pode ser gerenciada, ao menos em parte, e 
que o indivíduo tem a possibilidade de fazer muitas coisas que podem influenciar 
a sua vida relacionada ao trabalho. 
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Por outro lado, o planejamento de carreira não se resume aos aspectos 
cognitivos da construção de metas de carreira. Ele implica um comportamento 
ativo e deliberado de gestão pessoal da carreira, com o propósito de promover 
o seu desenvolvimento na direção desejada, e que exige um engajamento do 
indivíduo. 
Para que os objetivos de carreira possam ser atingidos e mesmo 
ajustados, é necessário o envolvimento contínuo da pessoa nesse processo, 
buscando informações sobre si e o mundo do trabalho, testando-se e avaliando-
se em diferentes circunstâncias e procurando monitorar tanto a consecução dos 
objetivos quanto a congruência deles com as expectativas pessoais em relação 
à carreira. Esse envolvimento pode ser caracterizado, em sentido amplo, como 
comportamento exploratório vocacional ou exploração de carreira. De fato, a 
exploração de carreira vem sendo entendida como um processo psicológico 
complexo que sustenta a busca por informação e o teste de hipóteses, tanto 
acerca do self quanto do ambiente, com o objetivo de atingir objetivos de carreira. 
Por sua vez, a personalidade vem sendo cada vez mais investigada no 
campo do desenvolvimento de carreira. Por influenciar na forma como o 
indivíduo se comporta em diferentes situações ao longo da vida, a personalidade 
possui um papel fundamental, ainda que possa ser indireto, nas escolhas e no 
desenvolvimento de carreira. 
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Para tanto, tem sido amplamente utilizado o modelo dos Cinco Grandes 
Fatores (CGF), os cinco fatores que compõem o modelo dos CGF, conforme 
Hutz e cols. (1998) e Nunes, Hutz e Nunes (2010) são os seguintes: Extroversão 
(envolve a sociabilidade, a facilidade em conviver em grupo e a assertividade), 
Sociabilidade (envolve ser socialmente agradável, caloroso, dócil; relaciona-se 
com a confiança e com a cooperação), Realização ou Escrupulosidade 
(relaciona-se com traços que levam à responsabilidade, honestidade, 
capacidade de fazer planos, persistência), Neuroticismo (envolve ansiedade, 
instabilidade emocional; relacionase com afetos negativos, como medo, raiva, 
culpa, bem como com um autoconceito negativo) e Abertura para a experiência 
(tem relação com a flexibilidade de pensamento, a fantasia e imaginação, a 
abertura para novas experiências e os interesses culturais). 
As pesquisas têm buscado relacionar, então, aspectos da personalidade 
com variáveis do âmbito vocacional, como o planejamento de carreira, a decisão 
de carreira, os interesses, o comprometimento vocacional e o comportamento 
exploratório. Dentre as pesquisas encontradas, observa-se que os fatores que 
apresentaram índices mais altos de correlação com variáveis do âmbito 
vocacional são o neuroticismo (correlação negativa), a extroversão e a 
realização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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