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* Atribuições do Nutricionista Prof. Leandro S. Damasceno Profa. Christiane Zanella * Cardápios Ferramenta que inicia o processo produtivo e serve como instrumento gerencial para a administração da UAN. É a partir dele que se estabelece o que, quanto e quando comprar e a distribuição das tarefas da equipe do restaurante. Seqüência de pratos a serem servidos em uma refeição, ou todas as refeições de um dia ou por um período determinado. * O período que abrange o planejamento dos cardápios depende de cada um, de acordo com suas possibilidades e necessidades. Se curto – pode não haver tempo para pesquisa de mercado = piores preços. Se longo – pode provocar monotonia alimentar. * Que informações necessito para elaborar um Cardápio??? * Aceitação e hábitos alimentares: que por sua vez foram formados por: 1 – Meio sócio econômico de que são originários. 2 – Região geográfica. 3 – Disponibilidade de alimentos. 4 – Tabus, religião. * Freqüência das preparações: em função da aceitação, determinar a periodicidade em que cada prato deve retornar a programação. * Estabelecer previamente a freqüência e a variedade dos gêneros a serem utilizados no cardápio; Não se deve servir feijoada, carneiro, soja, carne moída , fígado, entre outros toda semana; Não estipular preparações em dias da semana. * “ A programação do cardápio deverá ser de preferência mensal, pois com essa freqüência se reduz riscos de erros, facilita a visualização de repetições de alimentos e preparações, cores, consistência e ajuda a balancear custos.” Abreu , 2003 * Criatividade: prato pouco aceito retornando ao cardápio com outras “vestimentas”, aumentando a aceitação. Ex: Soja como croquete, carne moída como almôndega, carne de 2ª assada. * Os cardápios devem ser variados. Cardápios pouco aceitos devem ser modificados e oferecidos algum tempo depois. Cardápios de boa aceitação não devem ser oferecidos de forma freqüente. Incluir sempre novas preparações. Evitar introduzir mais de um prato novo por dia. * Safra: maior qualidade e menor custo. Observar o calendário de comercialização da CEASA. Apresentação/Colorido: harmonia com consistência, combinação de sabores e colorido. Ex: creme de frango + purê de abóbora. * * Equilíbrio nutricional: propiciando menos fadiga, falta ao trabalho e mais eficiência, saúde. * Quantidade. Qualidade. Harmonia . Adequação. “Para que se possa elaborar o planejamento de cardápios de forma racional deve-se utilizar a pirâmide alimentar adaptada à população brasileira ” * Calorias FAO/OMS (1985) – idade, sexo, atividade física, estado fisiológico. Harris Benedict – idade, sexo, peso, altura. * Recomendações Nutricionais Quantitativas – Portaria 66 de 25/08/06. Programa de Alimentação do Trabalhador Valor Energético: Grandes refeições: 600 a 800Kcal, e deverão corresponder a faixa de 30 - 40% do VET diário ; Pequenas refeições: 300 a 400Kcal, Ndpcal: 6 a10% * Macronutrientes: Proteínas:10 - 15% Carboidratos: 50 - 60% Lipídios: 25 - 30% Gordura saturada: < 10 Micronutrientes: Fibras: 4 - 5 / 7 – 10g Sódio: 360 – 480 /720 – 960 mg * Mão de obra: Elaborar cardápios de forma a incluir somente um prato complexo por dia. Ex: rocambole de batata, panqueca de carne. * Equipamentos e instalações: adequar os cardápios as condições existentes (fornos, caldeirões,chapas, fritadeiras) evitando: 1- Desperdício, pela apresentação inadequada dos mesmos. 2 - Pessoal cansado e em número maior que o necessário. 3 - Inativação equipamento pelo uso excessivo. 4 - Atraso na distribuição. * Então os cardápios devem ser planejados de acordo com as condições existentes para evitar desperdícios, sobrecarga de trabalho, alto custo, atrasos na distribuição. * Tipo de trabalho realizado pelo cliente Giro de estoque: não deixar mercadorias envelhecerem nas prateleiras. Assim teremos: 1- Menores custos com gêneros. 2 - Aumento de capital de giro. 3 - Melhor qualidade e ... Melhor aceitação. * Distribuição: Observar atentamente os utensílios da distribuição e o pessoal responsável, bem como a apresentação das refeições. Determinar fluxo de preparações e utensílios, de forma a evitar retornos indesejáveis do cliente; Acompanhar percaptas, aceitação, rejeito, sobras limpas. * Número de refeições e horário: Determinar o número de clientes a serem atendidos ou realizar previsões conforme necessidade do local. Prever a realização das atividades de confecção dos cardápios de forma a tender o horário da clientela. Acompanhar o tempo de execução do cardápio. * Cardápio também é ... Instrumento de venda, normalmente apresentado antes do consumo. * Então o Planejamentos de cardápios é importante por que .... Ponto de partida para planejamento de compras e produção. Dimensionamento de pessoal e material. Fixação níveis de estoque. Padrões das receitas. Define ou é definido pela estrutura e planejamento da unidade. * Satisfação da clientela. Controle de custos. Marketing. Instrumento de educação alimentar. Abreu (2003) e Silva et. al.(2004) * Planejamento de cardápios e seus tipos.... Pré – planejados, cíclicos Básico, intermediário e superior. “ Os tipos de cardápios e o período de planejamento dependem da unidade, de acordo com suas possibilidades e necessidades.” Abreu (2003) * * * * Cardápios comerciais Para vender a refeição, ao receber o cliente, o profissional precisa informá-lo sobre qual o método utilizado para escolha dos pratos. Se a escolha for feita através de cardápio, este deve ser equivalente ao cartão de visitas da casa. O cardápio ou menu deve ser conciso e atraente, apresentar tamanho médio, cores agradáveis, conteúdo bem distribuído e letras de tamanho e formato bem legíveis, e os preços. Para elaboração do cardápio deve-se: * Separar os itens por grupos: grupos das entradas, peixes e crustáceos etc.; Ter a descrição dos pratos de modo a exaltá-los. Ex.: Filé mignon à moda da casa (suculentos e generosos filés bovinos grelhado, acompanhados de delicadas lâminas de champignon passados na manteiga e polvilhadas de ervas aromáticas); Ter layout inovador e de fácil manuseio no sentido de respeitar uma seqüência freqüente de consumo e ir de encontro ao estilo do estabelecimento; Conter informações sobre taxas de serviços, formas de pagamento aceitas e telefones de órgãos fiscalizadores. * Self service por quilo Modalidade muito comum de apresentar refeições é o chamado self service por quilo ou auto atendimento ou auto-serviço, onde a cliente serve-se e pesa o prato, pagando pela quantidade consumida. Sugere-se um máximo de 24 tipos de pratos para restaurantes de até 300 refeições dia. Apresenta-se a seguir um exemplo de buffet com 16 opções: * * Orientações Gerais Cardápios com uma opção de saladas, devem variar diariamente o tipo. Cardápios com duas opções de saladas, devem conter uma de folhas e outra variável. Cardápio com três opções de saladas, devem conter uma de folhas, 1 de legumes, uma variável. * Pratos base ( arroz, feijão) Prato principal – quando houver opções apresentar tipos de carnes diferentes. Guarnições (acompanhamento pratos bases). Saladas – crua/cozida. Sobremesas (quando for oferecida somente uma sobremesa, deve-se alternar entre frutas e doces). Complementos * Importante.... Acompanhar per capitas e fatores. Atualizar fichas técnicas. Elaborar composição resumida das preparações. Acompanhar aceitação, indicador de restos, sobras limpas. Elaborar cardápios ajustados a datas comemorativas. * Avaliação da cobertura nutricional. Atividades de educação alimentar: - apresentação prato-dia; - mensagens informativas; - semana da alimentação; - caixas de sugestões; - visitas programadas a unidade. Ver programa de educação do PAT. * Ordem de preparações para apresentação escrita de um cardápio: Entrada, prato principal, opção prato principal, saladas, guarnição (vegetal ou massa), pratos base, sobremesa, opção sobremesa, complementos. * Cardápios e Dietas Hospitalares Adequação consistência, sabor, textura, cor, temperatura.... Adequação nutrientes Ajustadas as patologias Dietas de transição Padronização Integração equipe. * Tipos de Dietas Hospitalares Dieta normal Dieta líquida (clara, completa) Dieta pastosa Dieta branda Dieta normocalórica e hiperproteíca Dieta hipocalórica e hiperproteíca Dieta restrição de fibras e resíduos * Dieta rica em fibras Dieta isenta de lactose Dieta pobre em lipídios Dieta rica em triglicerídeos de cadeia média Dieta hipossódica Dietas específicas para várias patologias. * “O nutricionista deve conhecer o diagnóstico pré-estabelecido e apontar a melhor conduta nutricional para o paciente” (Martins et. al., 2001) * O Planejamento do Cardápio e suas etapas.... Conhecer as necessidades nutricionais, perfil e número de clientes Estabelecer percaptas, fichas técnicas, fatores Elaboração cardápio Análise nutricional, estética e financeira Pedido de compras. * Aspectos Nutricionais de Cardápios em UAN’s Alta ingestão de proteínas Alta ingestão de ácidos graxos trans e colesterol Baixa ingestão de fibras Inadequada relação cálcio/fósforo Alta ingestão de ferro Baixa ingestão de antioxidantes. * Desafios para o Nutricionista Redução de óleo e frituras Alterações no processo preparo Uso de azeite de oliva Redução de sal e aumento do uso de ervas * Aumento da oferta de frutas como sobremesa e de saladas cruas Redução de doces e refrigerantes Gastronomia hospitalar. * Estão relacionado com... Custo: que deve se adequar as condições econômicas da empresa. Dessa maneira devemos: 1 – Utilizar produtos de qualidade, para que o rendimento resulte em melhor custo. 2 – Utilizar com menos freqüência receitas sofisticadas. 3 – Não utilizar NDPcal acima de 10%. * 4 - Conhecer custo padrão estabelecido. 5 - Define as opções e variações do cardápio. 6 - Elaborar tabelas próprias de fatores de cocção e correção, degelo e rendimentos. 7 - Intercalar cardápios caros e baratos, equilibrando gastos. * Como desenvolver uma Ficha técnica? * Inicialmente, sua importância... * Constam da FT: Tempo da preparação Quantidade percapta Fator de correção Informação nutricional Descrição do processo Utensílios e equipamentos a serem utilizados Custo Fotografia do prato * * Fator de Correção e Cocção Estabelecidos para determinar as quantidades corretas a serem adquiridas dos alimentos que sofrem perdas inevitáveis como cascas, talos, sementes, aparas, sujeidades e modificações qdo submetidos ao calor. FC= Peso Bruto/Peso Líquido PB= PL X FC FCc= Peso Preparação Pronta/Ingredientes Crús * Exemplo: Quantidade: 80g patinho Fator de cocção: 0,8 Fator de correção: 1,12 80/0.8=100g 100X1,12= 112g Quantidade a comprar 112g de patinho. * * * Fator de Cocção
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