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CASO 12

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE ….
 Processo nº .... 
 
 			George Vasconcelos Pereira, nos autos da ação penal pública que lhe move o Ministério Público, vem, por seu advogado abaixo assinado, com fulcro no art. 593, inciso III, d, CPP c/c art. 416 do CPP, inconformado da r. sentença de fls. ..., interpor perante Vossa Excelência. o presente recurso de APELAÇÃO requerendo desde já o processamento do presente recurso, com as inclusas razões. 
Termos em que,
 		Pede deferimento.
. 09 de Dezembro de 2016.
RAZÕES DA APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COLENDA CÂMARA 
EMÉRITOS DESEMBARGADORES 
RECORRENTE: GEORGE VASCONCELOS PEREIRA
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO 
PROCESSO nº: ... 
 
 			 George Vasconcelos Pereira, no processo crime que lhe é movido pela Justiça Pública por infração do art. 121, § 2º, II do CP, que tramitou perante a ... Vara do Tribunal do Júri da Cidade de ..., vem, respeitosamente, por sua advogada e procuradora infra assinado (proc., fls.), apelar, da r. sentença condenatória definitiva, proferida pelo M.M. Juiz de ... da ... Vara do Tribunal do Júri da ..., que expõe a seguir: 
 
I-DOS FATOS. 
 			O recorrente foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP, por em tese ter matado a vítima Leônidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight.
 			O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o recorrente pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016.
 			Em sede de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que ocorreu legítima defesa, conforme prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Bem como a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação.
 			Em réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que “se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala consente”. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, o recorrente foi condenado pelo Conselho de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP).
II- DO DIREITO 
 			Subsidiariamente, no caso em tela, está claro a legítima defesa do réu, haja visto que o réu, foi tentar repelir eminente e injusta agressão, estando presentes os requisitos do artigo 25 do Código Penal, excluindo-se a ilicitude do fato, nos termos do artigo 23, inciso II do Código Penal.
 			 Caso Vossa Excelência não entenda deste modo, requer seja desclassificado o crime de homicídio qualificado para o crime de lesão corporal seguida de morte, nos termos do artigo 129, parágrafo 3º, de modo que o que o réu desejava era apenas lesionar a vítima e não atingir o resultado morte, remetendo-se então o processo ao juízo competente.
 			 Outrora, caso esse ainda não seja o entendimento de Vossa Excelência, requer seja desconsiderada a qualificadora do inciso II do artigo 121 do Código Penal, haja visto a ausência das situações fáticas no caso concreto, sendo que o motivo não foi fútil, mencionado no inciso II. 			 Caso Vossa Excelência atenda a algum pedido acima, requer seja recalculada a pena do réu, levando em consideração a ausência das circunstâncias que poderiam elevar a pena do artigo 59, fixando-o a pena no mínimo legal. Posteriormente, que seja lhe atribuído o regime inicial aberto, nos termos do artigo 33, parágrafo 2º, alínea C do código de processo penal.
 			 Ainda, caso Vossa Excelência acate algum pedido acima e o mesmo se enquadre no artigo 44 do Código Penal, pede-se que a pena do réu seja substituída por restritiva de direitos, o sancionando a alguma das prestações inseridas no artigo 43 do Código de Processo Penal.
III- DO PEDIDO. 
 Pede-se e espera-se que essa Colenda Corte digne-se receber, processar, conhecer e acolher este recurso, anulando a r. sentença recorrida, nos termos da preliminar; se vencida esta, digne-se reformar totalmente a r. sentença condenatória, ordenando a expedição do alvará de soltura em favor do recorrente, contendo a cláusula se por alvará não estiver preso, como medida de inteira justiça. 
Cumpridas as necessárias formalidades legais, pede-se que se conheça, espera-se o provimento do presente recurso. 
 
 Nesses termos, 
 Pede deferimento. 
 
Local..., ... de ... de ...
Advogado
OAB/UF

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