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RESENHA Nova portaria PNAB 2017

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Portaria N° 2. 488, de 21 de Outubro de 2011 – Portaria N° 2. 436, de 21 de Setembro de 2017
RESENHA DA NOVA PORTARIA 2.436/2017 DA PNAB (POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA)
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil se divide em níveis de alta, média e baixa complexidade, e é na baixa complexidade que está a área mais importante que trabalha de modo coletivo e individual que incorpora a promoção, proteção, prevenção, diagnóstico, tratamento reabilitação e manutenção da saúde. É pela Atenção Básica que pode se garantir a participação da população diretamente a sua saúde, contando com um acompanhamento contínuo e planejado, garantindo a partir das Unidades Básica de Saúde (UBS) o acesso às demais redes de Atenção a Saúde de acordo com os princípios do SUS (DENNINGER, 2015)
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) vem para direcionar o funcionamento das UBS delegando as competências, distribuição de recursos e administração, orientada a partir dos princípios da universalidade, acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, integralidade, humanização e equidade. 
“A Portaria n° 2. 436/2017 vem para estabelecer uma revisão das normas e diretrizes para a atenção básica, para a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e o Programa de agentes comunitários de Saúde (PACS)” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). E frente a ela já se pode observar diversas mudanças citadas quando comparadas as atribuições aos profissionais vistas na portaria anterior de n° 2. 488/2011. Dentre elas mudanças sobre as funções de cada profissional que será a pauta avaliada neste texto.
Sobre as equipes de Estratégia de Saúde da família (ESF) haverá a possibilidade das UBS terem uma equipe de médicos, outra de enfermagem, e 6 ACS com o cumprimento das 40 horas semanais, ou uma equipe sem os ACS com apenas médicos e enfermeiros e técnicos de enfermagem com tempo de livre escolha, o que nos leva a observar a redução nos investimentos à saúde com os profissionais e a futura exclusão dos ACS das UBS pois nem o número mínimo deles foi mencionado na nova portaria (PINTO, 2017).
De acordo com as modificações os Agentes comunitários de Saúde poderão prestar atendimentos residenciais realizando procedimentos como a aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar e realizar curativos limpos, com tudo o governo se comprometeu que realizará a capacitação destes profissionais e apenas poderão atuar com a supervisão de um profissional de nível superior. De acordo com Manoel Neri (2017), presidente do COFEN considera um erro atribuir ao agente comunitário importante difusor da educação em Saúde, responsabilidades como aferir sinais vitais e fazer curativos limpos com coberturas estéreis sem que tenha formação técnica, supervisão e fiscalização. A crítica maior se deve ao fato dessa capacitação básica ser apenas de 40 horas para os ACS (COFEN, 2017)
Com a nova portaria de n° 2. 436 de 2017 não houve a delimitação do número de ACS por equipe que antes eram 4, o que será determinado de acordo com os dados epidemiológicos e demográficos de cada região. Segundo Luís Cláudio Celestino (2017), discorda da mudança pois não pode se tornar apenas um profissional enquanto que o ACS visita pessoas e o Agente de Combate a Endemias visita os imóveis, o que se pode observar dois tipos de abordagens diferentes, enquanto que um dá orientações de prevenção, o outro realiza ações de controle.
Nesta nova Portaria de n° 2. 436 foi recomendado a criação do Gerente de Atenção Básica com o objetivo de auxiliar no gerenciamento das UBS permitindo aos outros profissionais de saúde maior tempo para os atendimentos nas unidades básica e visitas domiciliares. Mesmo não havendo obrigatoriedade estes profissionais podem ser de nível superior, sendo este um dos principais problemas por não terem conhecimento suficiente de administração, sendo muitas vezes ausente em suas matrizes curriculares.
Essas mudanças podem trazer tanto avanços quanto retrocessos em alguns pontos, logo seria necessário uma nova revisão para estabelecer a permanência dos ACS, garantindo a capacitação dos mesmos e evitar a superlotação da Atenção Básica por ter a nova Equipe de Atenção Básica. Mantendo uma PNAB que garanta os princípios do SUS sem o decaimento da qualidade da assistência com a promoção e a prevenção da saúde do indivíduo.
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COFEN. Ministério da Saúde vai editar revisão da PNAB no fim deste mês. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/ministerio-da-saude-vai-editar-revisao-da-politica-nacional-de-atencao-asica-no-fim-deste-mes_54531.html> Acesso em: 17 de Outubro de 2017.
COFEN. Cofen recebe MS e CONASS para debater mudanças na PNAB. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/cofen-recebe-ministerio-da-saude-e-conass-para-debater-mudancas-na-pnab-2_55656.html> Acesso em: 17 de Outubro de 2017.
DENNINGER, L.S.C. Internações por condições sensíveis à atenção primária como indicador de desemprenho da rede de cuidados de saúde. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2015.
PINTO, Hêider. A “Nova” Política de Atenção Básica de 2017: avanços, silêncios ruidosos e retrocessos esperados. Julho, 2017.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAUDE. Política Nacional da Atenção Básica Portaria N° 2. 436, Setembro, 2017.

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