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Fatos e Negócios Juridicos Tales

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Professor Tales
E-mail: talesvialogo@hotmail.com
- Prova é toda de teste. (prova vale 8; os 2 pontos são questões respondidas em sala de aula).
- Bibliografia:
Novo Curso de Direito Civil – Pablo Stolze Gagliano.
Curso de Direito Civil – Silvio Venosa.
Teoria do Fato Jurídico.
- Conceito: É todo acontecimento, natural ou humano que determine a ocorrência de efeitos constitutivos, modificativos, conservadores ou extintivos de direitos e obrigações.
Agostinho Alvim: “Fato jurídico é todo fato relevante para o direito”.
- O termo Fato em sentido geral significa um acontecimento qualquer, dependendo de seus efeitos para ser qualificado como jurídico. Vejamos separadamente tais efeitos: 
Aquisição ou criação de direitos: Ocorre quando se dá a conjunção do objeto, do direito com seu titular, ou seja, surge a propriedade quando o bem se subordina a um domínio, a alguém. (exemplo: na compra e venda se dá com a assinatura do contrato).
Modificação de direitos: Um fato jurídico pode alterar direitos, e tal efeito pode ser quanto ao objeto da relação jurídica ou quanto aos sujeitos. A alteração no objeto refere-se a quantidade, qualidade, volume e outros aspectos materiais, enquanto que a alteração subjetiva pode ser uma substituição de uma das partes, ou mesmo a multiplicação de pessoas em um dos pólos da relação.
Efeitos conservadores: Os fatos jurídicos também existem de forma preventiva, a fim de conservar direitos. (exemplo: boletim de ocorrência para conservação de direitos).
Efeito extintivo de direitos: Os fatos jurídicos podem levar a extinção de direitos, como por exemplo, o ato de renúncia a um direito, o perecimento do objeto, o termo final de um contrato e etc.
Fato jurídico evento natural (eventos da natureza, onde o ser humano não participa; se não causa dano é apenas um evento natural) (só é fato jurídico quando causa dano ou viola o direito de alguém “ex: carro no alagamento”) (exemplo chuva e alagamento na nações unidas acontece da natureza) – o evento natural se divide em ordinário (sabe oque acontece quando chove na nações) ou extraordinário (tornado em bauru “coisas que não acontece”) ou ação humano (ação humano é um ato jurídico e se divide em ato jurídico lícito e ato jurídico ilícito) (Art. 185/186). “Ato jurídico vai ser sempre fato lícito”. (furtar tv a cabo do vizinho é furto, mas é um ato ilícito que gera dever de indenizar). 
- Classificação dos negócios jurídicos: A doutrina diverge ao classificar os fatos jurídicos, sendo aqui adotada a divisão de Pontes de Miranda. 
FATO JURÍDICO
Fato jurídico em sentido estrito (evento natural): É o chamado fato jurídico oriundo de eventos da natureza. É todo acontecimento natural que produza efeitos na órbita jurídica. Tal fato não deriva e não concorre com uma ação humana. O evento natural pode ser ordinário e extraordinário. 
a.1) Ordinário: Quando for já previsto na respectiva região.
a.2) Extraordinário: Quando for imprevisível.
OBS: Havendo culpa concorrente em determinado prejuízo causado a alguém por um evento natural e uma ação humana, estará descaracterizado o fato jurídico em sentido estrito.
Ato Fato: Pontes de Miranda criou uma categoria de cunho filosófico, situada entre os fatos naturais e as ações humanas. O ato fato, diferentemente do ato jurídico é um comportamento que embora derive do ser humano, é desprovido de vontade consciente na sua realização e produção dos seus efeitos. (exemplo: uma criança de 4 anos que compra um doce na padaria, trata-se claramente de um ato desprovido de vontade jurídica).
Ações Humanas: A doutrina majoritária divide tal modalidade em ato jurídico lícito e ato ilícito. Existem autores que classificam o ato jurídico como lícito ou ilícito, porém o código civil apresenta tratamento diferenciado e autônomo para ambos os institutos.
c.1) Ato Jurídico Licito (art. 185 – CC):
c.1.1) Ato Jurídico Sentido Estrito (não negocial): Qualquer circunstancia eu não tenho liberdade para se expressar. (a herança é não negocial, onde não posso escolher os efeitos jurídicos).
c.1.2) Negocio Jurídico: Liberdade para se expressar. (testamento é negocio jurídico porque você escolhe oque vai colocar).
c.2) Ato Ilícito (art. 186/188 – CC): vamos falar no vade mecum. 
- Existe ato jurídico ilícito? Não, o ato jurídico deverá ser necessariamente lícito. O Ato ilícito é um fato jurídico, é um ato antijurídico. (ele é um fato jurídico, mas não é um ato jurídico ilícito).
(exemplo: O sujeito que faz uma ligação clandestina de televisão a cabo fazendo surgir o descumprimento da lei, pois gera prejuízo patrimonial).
Ato Fato é uma função filosófica, o ato jurídico é uma ação voluntaria aonde eu sei e espero os atos jurídicos, você faz um testamento e eu sei os efeitos jurídicos que estou criando. A pessoa em seu estado natural, não tem noção do ato e quer apenas o fato. (O Ato Fato é o exemplo de uma criança pegar dinheiro do pai e ir comprar sorvete sozinho; união estável fato é quando duas pessoas começam a morar junto e não tem noção de união estável). 
01/03/2016
Classificação de Ato Jurídico
- Como já visto, o ato jurídico é espécie de ação humana, classificada esta como fato jurídico. Os atos jurídicos, na doutrina majoritária serão assim classificados: 
Ato Jurídico em sentido estrito ou não negocial: consiste em um comportamento humano voluntario e consciente, cujos efeitos jurídicos estão pré-determinados na lei. Nesse ato não existe uma autonomia com relação aos efeitos jurídicos, logo a autonomia privada é limitada por lei. (ex: quando o sujeito vai ao cartório reconhecer uma paternidade, é um ato voluntário, mas com efeitos pré-determinados na lei).
Negocio Jurídico: É espécie de ato jurídico de envergadura muito maior, na medida em que a luz do principio da autonomia privada, em maior ou menor grau sempre haverá algum espaço de liberdade de escolha no âmbito do conteúdo e efeitos jurídicos que se pretenda alcançar.
- Questão: O contrato por adesão é negocio jurídico?
“O contrato por adesão não infirma ou afasta a básica ideia segundo a qual todo negocio pré supõe uma margem mínima de liberdade, ainda que seja para aderir ou não a proposta formulada, logo se trata de negocio jurídico”. (Pablo Stolze)
	Teoria do Negocio Jurídico 
- Conceito: o negocio jurídico, baseado na autonomia privada traduz uma declaração de vontade limitada pelos princípios da função social e boa fé objetiva, pela qual o agente pretende livremente alcançar determinados efeitos juridicamente possíveis.
Autonomia privada limitada: Não se pode admitir que a autonomia privada nos negócios jurídicos não tenha limites, que seja absoluta. Segundo Luís Roberto Barroso trata-se de uma analise carente de sentimento constitucional, pois quando o agente celebra um negócio jurídico, ele o faz no exercício de sua autonomia privada, porém limitado por parâmetros sociais. (Art. 421 – CC).
Por boa fé objetiva deve se entender o dever de honestidade, lealdade e transparência no negócio jurídico. A função social esta relacionada aos princípios, valores e costumes sociais relacionados ao texto da Constituição Federal, ou seja, a carta politica é o principal instrumento de limitação da autonomia privada.
- Questão: É correto afirmar que o contrato faz lei entre as partes? “Pacta Sunt Servanda = pacto vincular”.
Tal regra deve ser vista com reservas, pois embora o negócio crie uma vinculação entre as partes, com direitos e obrigações, não haverá validade se contrariar a Constituição Federal. 
“O negócio jurídico tem repercussão social e a todos interessa”. (Washington de Barros Monteiro).
Classificação dos negócios jurídicos: A doutrina destaca as seguintes classificações:
Quanto ao numero de declarantes (declarações): 
Unilaterais: Ocorre apenas uma manifestação de vontade, como por exemplo, o testamento.
Bilaterais: Quando concorrem as manifestações de vontades de duas partes, como por exemplo, contrato de locação.
Plurilaterais: Quando se conjugam no mínimo duas vontades paralelas,todas direcionadas para a mesma finalidade, como por exemplo, o contrato social de uma sociedade empresaria.
Quanto à forma:
Formais ou Solenes (solenidade): São aqueles com forma prescrita em lei, como por exemplo, casamento e a compra e venda de imóveis.
Não Solenes ou Não Formais: São os chamados negócios de forma livre, sem interferência legal a cerca de sua formalização, como por exemplo, os contratos de locação e compra e venda.
Quanto ao momento da produção de efeitos:
Inter Vivos: É a regra geral, onde o negócio produz efeitos estando às partes ainda em vida.
Causa Mortis: São pactuados para produzir efeitos após a morte do declarante. (ex: testamento; cláusula de uso fruto).
Quanto ao conteúdo:
Patrimoniais: Relacionados com bens ou direitos de valor pecuniário.
Extrapatrimoniais: Relativos a direitos sem conteúdo econômico, como por exemplo, direitos de família, poderes outorgados em procuração e etc.
08/03/2016
Elementos Constitutivos do Negócio Jurídico (Art. 104 – CC): Cada negócio jurídico possui elementos constitutivos próprios, porém o artigo 104 do Código Civil estabelece os chamados elementos gerais, aqueles sem os quais não existe o negócio jurídico.
Manifestação da vontade: A manifestação ou declaração de vontade poderá ser expressa (escrita ou verbal) ou tácita, sendo esta ultima aquela que resulta teu comportamento do agente, como por exemplo, o contrato de emprego previsto na CLT, que mesmo sem o registro em CTPS, quando presentes os requisitos da relação de emprego haverá presunção de manifestação de vontade pelo empregador na formação do vinculo de emprego. (Art. 2º/3º - CLT).
- O silêncio pode ensejar na presunção de uma vontade?
Normalmente o silencio é nada, e significa a abstenção de pronunciamento da pessoa em face de uma solicitação do ambiente, logo em regra o silencio não produz efeitos jurídicos. (Kaio Mario) Há situações de exceção, como por exemplo, a doação pura do artigo 539 do Código Civil, onde o silêncio no prazo fixado significa aceitação. Além da lei, também um contrato pode prever o silêncio como intenção de renovação contratual.
 
Agente emissor de vontade: Sem um sujeito não poderá falar-se em ato, mas tão somente em fato jurídico em sentindo estrito. A participação de um sujeito de direito (pessoa física, jurídica ou ente-despersonalizado) é indispensável para a configuração do negocio jurídico.
Representação: Nos termos do Artigo 116 do Código Civil, a manifestação de vontade dada pelo representante desde que respeitados os limites de seus poderes produzirá plenos efeitos em relação ao representado.
Duas são as espécies de representação civil:
Representante Legal: É aquele a quem a norma jurídica confere poderes de representação, como os pais em relação aos filhos menores, ou seja, é aquela que serve aos interesses do incapaz. 
Representante Convencional/Voluntário: É aquele cujos poderes são convencionados de forma expressa (verbal/escrita) ou tácita, onde o representante esta vinculado a uma procuração.
O Artigo 117 trata do chamado autocontrato, também conhecido como contrato consigo-mesmo.
“Duas situações são qualificadas como autocontrato. A primeira se dá quando o autor do negocio jurídico intervém com um duplo papel, sendo que uma das partes é ele próprio atuando em seus interesses, e outra é a pessoa por ele representada. A outra hipótese se verifica quando o representante , realiza um negócio por duas partes, porém em relações representativas distintas.” - (Maria Cândida do Amaral).
O Direito Civil cria mecanismos dando maior relevância a primeira situação, pois naquela o representante é parte no negocio, logo necessariamente a manifestação de vontade do representado deve ser clara e inequívoca.
Objeto: Todo negócio jurídico pressupõe a existência de um objeto em razão total giram os interesses das partes. O Artigo 104 do Código Civil impõe 3 aspectos de validade para o objeto:
Objeto Licito: “O Objeto do negócio jurídico deve ser idôneo. Não vale se contrario a uma disposição de lei, a moral e bons costumes, numa palavra aos preceitos fundamentais que governam a vida social”. – (Orlando Gomes). (exemplo: não se pode estipular um contrato de aluguel de ponto de acesso clandestino de TV ou Internet).
Objeto Possível: Deve ser fisicamente possível o objeto, ou seja, não é possível uma garantia contratual que envolva a execução de eventos naturais pelo ser humano. 
O Objeto Licito é fisicamente possível e não pode ser juridicamente impossível, já o Objeto Possível é aquele fisicamente possível.
Objeto Determinado ou Determinável: Por fim, o objeto necessita da possibilidade de qualificação. Todo objeto deve conter elementos mínimos que permitam sua instrumentalidade, a sua clara identificação. 
Por exemplo: na alienação de um imóvel as partes devem descrevê-lo em escritura publica, ou seja, é um objeto determinado. - O objeto determinável ocorre por exemplo nos contratos de vendas de grãos que dependa ainda do resultado da safra, onde é possível determinar a quantidade de sacas, o tipo de grão a ser produzido e ate mesmo a sua qualidade, ainda que de alguma forma dependa do resultado da safra obtida. 
Forma: O ultimo elemento constitutivo é a forma, entendida como meio pelo qual a declaração se exterioriza, ou em outras palavras o tipo de manifestação utilizada. Não se pode confundir a forma prescrita em lei, que é pressuposto de validade do negocio, e a forma de exteriorização da vontade como pressuposto de existência, ou seja, a escritura publica é pressuposto de validade da compra e venda de imóvel e o “contrato de gaveta” é um claro instrumento constitutivo de manifestação de vontade, embora não valide a principio o negócio.
15/03/2016
Interpretação dos Negócios Jurídicos 
O campo de estudo da hermenêutica jurídica alcança a analise da interpretação dos negócios jurídicos, ponto este em que Pontes de Miranda elaborou três princípios, a luz dos elementos constitutivos e consequências jurídicas dos negócios. São eles:
Principio da integração: Sistematicamente o interprete deverá examinar cada elemento do negocio em conexão, em integração com as demais, identificando um sistema coerente com a presença de todos os elementos constitutivos.
Principio da fixação genérica: O interprete deverá fixar-se primeiramente no texto do negócio, conhecendo o sentido das vontades manifestadas, e também conhecer a lei pertinente a matéria.
Principio da classificação técnica: Com apoio no conhecimento fornecido pela lei, o interprete classifica o negocio jurídico, afim de tecnicamente determinar as consequências jurídicas a cerca da validade e dos direitos e obrigações oriundos do negocio em exame.
	Defeitos dos negócios jurídicos 
	Na hermenêutica jurídica a doutrina faz um dialogo filosófico entre duas teorias. A primeira é a chamada Teoria Objetiva ou da declaração, pela qual a vontade psicológica não é relevante na esfera jurídica, pois é abstrata e impossível de ser reconstituída, logo não se leva em conta o pensamento das partes, mas sim literalmente o texto do contrato, que representa a vontade jurídica.
A outra Teoria é a Subjetiva ou da vontade, onde o interprete deve buscar a real intenção das partes, ou seja, possui como elemento nuclear o pensamento traduzido na vontade manifestada no negócio. A adoção da teoria da vontade fundamenta a previsão na lei civil dos chamados defeitos do negocio jurídico.
- O negócio jurídico depende da vontade declarada de forma livre e de boa fé. Os defeitos dos negócios jurídicos se classificam em vícios de consentimento, que são aqueles em que a vontade não é expressada de maneira absolutamente livre, e em vícios sociais, aqueles em que a vontade manifestada não tem a intenção pura e de boa fé que enuncia o negócio. Vejamos cada um em espécie:
Vicio de consentimento:
Erro ou ignorância (Art. 138 – CC): A lei não diferencia o erro da ignorância, porém a doutrina explica. Erro é um estado de espirito positivo, gerando uma falsa percepção da realidade.A ignorância é um estado de espirito negativo, é o total desconhecimento do sujeito sobre as circunstâncias do negócio.
	“Dá-se o erro quando o agente por desconhecimento ou falso conhecimento das circunstâncias, age de um modo que não seria a sua vontade se conhecesse a verdadeira situação.” (Caio Mario da Silva Pereira).
	
		O Artigo 138 do Código Civil em seu caput estabelece dois requisitos para caracterização do erro, quais sejam:
Erro substancial ou essencial: É aquele que incide sobre a essência do negócio, sem o qual este não teria sido realizado. É o caso da pessoa que pretendendo adquirir um colar de prata, compra por engano uma peça de aço.
Erro perdoável ou escusável: É aquele que uma pessoa de digligência comum pode cometer, ou seja, qualquer pessoa cometeria o mesmo erro. 
	A doutrina clássica explica que as causas caracterizadoras do erro remontam a uma conjunção de ambos os requisitos, inclusive é a posição majoritária da jurisprudência.
	Porém, segundo o enunciado nº 12 da primeira jornada do Direito Civil, a doutrina explica que analisar a escusábilidade ou não do erro é o exercício abstrato e inseguro, devendo ser desconsiderado quando houver duvida, a luz do principio da confiança.
“Obs: Enunciado 12 - Na sistemática do artigo 138, é irrelevante ser ou não escusável o erro, porque o dispositivo adota o principio da confiança”.
Espécies de erro:
A luz do artigo 139 do Código Civil surge 3 espécies básicas:
Erro sobre o negócio: É aquele que incide sobre a natureza do ato que se realiza. (ex: Uma pessoa esta pensando que esta dando um bem em comodato para outra pessoa, enquanto que esta ultima pensa tratar-se de uma doação).
Erro sobre o objeto: Incide sobre as características de identificação do objeto principal do negócio. (ex: o sujeito, de boa fé, pensa estar adquirindo um produto original, enquanto trata-se de uma réplica).
Erro sobre pessoa: É aquele que incide nos elementos de identificação da outra parte do negócio. (ex: “o fato de que o cônjuge desconhecia completamente que após o casamento, não obteria do outro a anuência para realização de conjunção carnal demonstra a ocorrência de erro essencial sobre a pessoa, autorizando a anulação do casamento. Apelação Civil nº 7.001 680 73 15 – TJRS).

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