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Derivadas (Parte 4) Prof. Me. André Breve andre.breve@estacio.br • Nesta aula: – Aplicações de Derivadas; – Taxas Relacionadas; – Máximos e Mínimos; – Modelagem e Otimização. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Aplicações de Derivadas – As aplicações das derivadas têm vasta utilização em Física, Química, nas Engenharias e em outras áreas do conhecimento. – Algumas delas estão relacionadas a problemas que envolvem taxas relacionadas, máximos e mínimos, modelagem e otimização. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Msc. André Breve • Aplicações de Derivadas – Taxas Relacionadas • Taxa criada a partir das variações individuais de dois fenômenos e que relaciona um com o outro. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Taxas Relacionadas – Etapas para a resolução de exercícios: 1. Identificação as variáveis; 2. Encontrar uma relação entre as variáveis; 3. Derivar em relação à variável de referência; 4. Substituir os valores conhecidos; 5. Isolar a variável que se quer calcular Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Taxas Relacionadas – Exemplo 1: Considere dois móveis, A e B, que partem de um mesmo ponto e se deslocam em trajetórias que são perpendiculares entre si; • A velocidade do móvel A é de 4m/s e a do B, 3m/s; • É possível determinar a velocidade de distanciamento entre eles a partir da velocidade de cada um? Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Taxas Relacionadas – Exemplo 1 (continuação): • Note que não conhecemos a função posição (que relaciona a posição de cada um com o tempo de deslocamento) de nenhum dos dois móveis, mas temos a taxa de variação da posição, x e y, em relação ao tempo t (que é a velocidade de cada um dos móveis) • A partir daí, podemos determinar a taxa de variação, isto é, a velocidade de distanciamento entre os dois • Ou seja, é possível determinar a taxa de variação de uma terceira variável em relação ao tempo t. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Taxas Relacionadas – Exemplo 1 (continuação) Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve O móvel A se desloca sobre o eixo X e o móvel B sobre o eixo Y. Os dois móveis partem do ponto O e, após 1 s, encontram-se, respectivamente, nos pontos X=4 e Y=3. Dado que A desloca-se a 4m/s e B a 3m/s, deseja-se conhecer a variação da distância entre os móveis. Aplicações de Derivadas • Taxas Relacionadas – Exemplo 1 (resolução): Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve 1. Identificação das variáveis: Velocidade e Distância 2. Relação entre as variáveis: 3. Derivar em relação à variável de referência: 4. Substituir os valores conhecidos: 5. Isolar a variável a calcular: vA = 𝑑𝑥 𝑑𝑡 = 4m/s; vB = 𝑑𝑦 𝑑𝑡 = 3m/s D2 = x2 + y2 (Teorema de Pitágoras) 2D2-1. 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = 2x2-1. 𝑑𝑥 𝑑𝑡 + 2y2-1. 𝑑𝑦 𝑑𝑡 2D. 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = 2x. 𝑑𝑥 𝑑𝑡 + 2y. 𝑑𝑦 𝑑𝑡 D. 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = x. 𝑑𝑥 𝑑𝑡 + y. 𝑑𝑦 𝑑𝑡 D. 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = 4x + 3y 5. 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = 4.4 + 3.3 5. 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = 16 + 9 5. 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = 25 𝑑𝐷 𝑑𝑡 = 25 5 = 5m/s Aplicações de Derivadas • Exercício 1: Uma escada com 25 unidades de comprimento está apoiada numa parede vertical. Se o pé da escada for puxado horizontalmente, afastando-se da parede a 3 unidades de comprimento por segundo, qual a velocidade com que a escada está deslizando, quando seu pé está a 15 unidades de comprimento da parede? Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Taxas Relacionadas • Exercício 2: O volume de um balão esférico cresce a uma taxa de 100 centímetros cúbicos por segundo, qual é a taxa de crescimento do raio quando o mesmo mede 50cm. (Lembrete: Vesfera = 4𝜋𝑅3 3 ) Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Taxas Relacionadas • Exercício 3: Uma mancha de óleo expande-se em forma de círculo onde a área cresce a uma taxa constante de 26 quilômetros quadrados/h. Com que rapidez estará variando o raio da mancha quando a área for de 9km2? (Lembrete: Acirculo = πR 2) Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Taxas Relacionadas • Máximos e Mínimos de Funções – Os pontos de máximo e de mínimo de uma função são pontos de tangente horizontal (coeficiente angular nulo), ou seja, a derivada naqueles pontos se anula. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Máximos e Mínimos – Analisando o gráfico, também podemos concluir que a função é crescente nos intervalos [a, x1] e [x2, x3] e é decrescente nos intervalos [x1, x2] e [x3, b]. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas a b x1 x2 x3 • Máximos e Mínimos – Nos intervalos (a, x1) e (x2, x3) a derivada de f(x) é positiva. – Nos intervalos (x1, x2) e (x3, b) a derivada de f(x) é negativa. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas a b x1 x2 x3 • Máximos e Mínimos – Definição: Considere uma função f definida em um intervalo I (aberto ou fechado). Podemos, então, concluir que: – f é crescente em I se para todo – f é decrescente em I se para todo » Em outro caso, dizemos, então, que f é constante. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas ;0)(' , xfIx .0)(' , xfIx • Máximos e Mínimos – Estudo do comportamento da função nas abcissas -1, 0 e 4 • Encontraremos a derivada da função f: Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas 34)( 2 xxxf 34 2 )(' 342 42 )(' 4234 2 1 )(' 2 2 2 1 2 xx x xf xx x xf xxxxf • Máximos e Mínimos – Estudo do comportamento da função nas abcissas -1, 0 e 4 Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas 34)( 2 xxxf e;decrescent )(0 8 3 3)1(4)1( 21 )1(' 2 xff edecrescent )(0 3 2 3040 20 )0(' 2 xff crescente; )(0 3 2 3444 24 )4(' 2 xff • Máximos e Mínimos – Pontos críticos da função • Igualamos a derivada da função a zero para encontrar os pontos críticos da função, que podem ser: Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas 0)(' 0 xf Ponto crítico da função Máximo local Máximo absoluto Mínimo local Mínimo absoluto Ponto de inflexão • Máximos e Mínimos – Exemplos gráficos de máximo, mínimo e inflexão Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Máximos Mínimos Inflexões • Máximos e Mínimos – Procedimento para determinar e classificar os pontos críticos das funções: 1. Derive a função obtendo . 2. Iguale a derivada primeira azero para determinar o(s) ponto(s) crítico(s): 3. Sendo c um ponto crítico da função, obtenha a derivada segunda e calcule seu valor para Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas )(xf )(' xf 0)(' cf cx • Máximos e Mínimos – Procedimento para determinar e classificar os pontos críticos das funções (continuação): 4. Para avaliar se c é ponto de máximo, mínimo ou inflexão considere o seguinte: - se , então a função tem uma inflexão em ; - se , então a função tem um mínimo local em ; - se , então a função tem um máximo local em . Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas 0)('' cf cx 0)('' cf cx 0)('' cf cx • Máximos e Mínimos – Caso queiramos encontrar os valores máximos (ou mínimos), basta substituirmos o(s) valor(es) de x encontrado(s) na etapa 2 do procedimento visto. – Dessa maneira, teremos as coordenadas dos pontos máximos e mínimos. – Se for estipulado um intervalo deve-se analisar não somente os pontos críticos, mas também os extremos do intervalo. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Máximos e Mínimos – Exemplo 1: Determinar e classificar os pontos críticos da função f(x) = x3 - 3x + 2 Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve 1. f’(x) = 3x2 – 3 2. f’(x) = 0 3x2 – 3 = 0 3x2 = 3 x = 1 ou x = -1 3. f’’(x) = 6x f’’(1) = 6 f’’(-1) = -6 4. f’’(1) = 6 como f’’(1) > 0, então a função tem um mínimo local em x = 1 f’’(-1) = -6 como f’’(-1) < 0, então a função tem um máximo local em x = -1 Aplicações de Derivadas Valor máximo: f(-1) = (-1)3 – 3(-1) + 2 f(-1) = 4 Valor mínimo: f(1) = 13 – 3(1) + 2 f(1) = 0 • Máximos e Mínimos – Exemplo 2: Separar o número 10 em duas parcelas cujo produto seja o maior possível. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas x + y = 10 y = 10 – x x . y = máximo f(x) = x . (10 – x) f(x) = 10x – x2 1. f’(x) = 10 – 2x 2. f’(x) = 0 10 – 2x = 0 2x = 10 x = 5 3. f’’(x) = -2 4. f’’(5) = -2 como f’’(5) < 0, então a função tem um máximo absoluto em x = 5 • Máximos e Mínimos – Exercício 1: Determinar e classificar os pontos críticos da função f(x) = x3 – 6x2 + 9x + 2 Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Máximos e Mínimos – Exercício 2: Encontre os valores máximos e mínimos da função f(x) = 2x3 + 3x2 – 12x + 1 no intervalo [-3, 2] Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Modelagem e Otimização – Problemas de aplicação prática, em diversas áreas, que envolvem máximos e mínimos; – O primeiro passo para solucionar esses problemas é escrever precisamente qual a função que deverá ser analisada; – Essa função poderá ser escrita em função de uma ou mais variáveis Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Modelagem e Otimização – Quando a função é de mais de uma variável, devemos procurar expressar uma das variáveis em função da outra. – Com a função bem definida, devemos identificar um intervalo apropriado e então proceder a rotina matemática aplicando definições e teoremas. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas • Modelagem e Otimização – Modelagem matemática: procedimento pelo qual escrevemos na linguagem matemática a relação entre as variáveis envolvidas em um determinado fenômeno para, depois, buscar técnicas que auxiliem na resolução do problema. – Otimização: consiste em minimizar ou maximizar uma ou mais variáveis envolvidas no problema Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Aplicações de Derivadas Exemplo 1: Você dispõe de um pedaço retangular de papelão, de dimensões 40cm por 60cm e deverá dobrá-lo (perpendicularmente à base), como a figura, de tal forma a obter uma caixa (sem tampa) na forma de paralelepípedo que tenha o maior volume possível. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve V(x) = x(40 - 2x)(60 – 2x) V(x) = 4x3 – 200x2 + 2400x 1. V’(x) = 12x2 - 400x + 2400 2. 12x2 - 400x + 2400 = 0 X = 7,8 ou x = 25,5 3. V’’(x) = 24x – 400 V’’(7,8) = 24 . 7,8 – 400 = -212,8 4. Como V’’(x) < 0, então 7,8 é máximo Dimensões: 44,4cm x 24,4cm x 7,8cm Modelagem e Otimização Exercício 1: Deseja-se construir uma caixa retangular aberta cortando-se os cantos de um pedaço de papelão quadrado de 16 cm e dobrando-se as abas. Quais devem ser as dimensões da caixa para que o volume seja máximo? Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Modelagem e Otimização Exercício 2: Uma companhia aérea transporta 8000 passageiros, cada um paga R$50,00. O departamento de pesquisa de mercado estima que para cada R$1,00 de aumento, a companhia iria perder 100 passageiros. Determine preço que maximiza o faturamento da companhia aérea. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Modelagem e Otimização • Exercício 3: Um galpão deve ser construído tendo uma área retangular de 12100m2. A prefeitura exige que exista um espaço livre de 25m na frente, 20m atrás e 12m em cada lado. Encontre as dimensões do lote que tenha a área mínima na qual possa ser construído este galpão. Cálculo Diferencial e Integral I – Prof. Me. André Breve Modelagem e Otimização
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