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contestação para usucapiao AVA 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIERITO DA VARA ESPECIAL DE REGISTROS PÚBLICOS DA COMARCA DE BELO HORIZONTE (MG).
Autos do Processo de Código nº........
JULIANA FARIA RODRIGUES, brasileira, divorciada, biologa, portador do RG nº xxxxxxxxxx e CPF nº xxxxxxxxx-xx, residente e domiciliado na rua x, nº x, Bairro x, na cidade de Barbacena (MG), CEP xxxxxxxxx , telefone (xx) xxxxxxxxx, com endereço eletrônico xxxx@xx.xxx, e RAIMUNDO DUTRA RODRIGUES, brasileiro, divorciado, (profissão), portador do RG nº xxxxxxxxxx e CPF nº xxxxxxxxx-xx, residente e domiciliado na rua x, nº x, Bairro x, na cidade xx (xx), CEP xxxxxxxxx , telefone (xx) xxxxxxxxx, com endereço eletrônico xxxx@xx.xxx, , apresentar a presente CONTESTAÇÃO em face do processo supra que lhe move, BRENO SANTOS BERNARDES, médico, portador do RG nº xxxxxxxxxx, e do CPF nº xxxxxxxx-xx, endereço eletrônico, e sua esposa MARTA GUIMARÃES BERNARDES, dentista, portadora do RG nº xxxxxxxxxx, e do CPF nº xxxxxxxxx-xx ..., endereço eletrônico, brasileiros, casados, residentes e domiciliados na Rua xx, nº x, Bairro xxx, Cidade de Belo Horizonte, (MG), , dizendo e requerendo o que segue:
 
BREVE SINTESE DA INICIAL:
Os autores ajuizaram a ação de usucapião ordinário em face dos réus com o intuito de reconhecimento de domínio sobre o imóvel de matrícula XXX. Ocorre que, no deslinde dessa peça, ficará demonstrado que a ação não deve prosperar pelo motivo de carência de elementos.
O imóvel que está em discussão foi adquirido pelo réu Raimundo em 16/01/2003, por meio de doação seu pai, onde o réu ainda era solteiro. Na data de 20/10/2005 os réus celebram matrimônio o qual durou até 20/10/2008, exatos 3 anos. 
No ano de 2006, mais precisamente em 08/07 do corrente ano, o réu Raimundo celebrou com o autores um contra de promessa de compra e venda do imóvel, porém sem a outorga da sua ex-mulher, a srª. Juliana Farias, que acabou por não se concretizar por falta desse elemento essencial do contrato e, sem registro definitivo da escritura.
DO DIREITO
Da assistência judiciária gratuita.
 	Por fim, os réus por serem hipossuficientes requerem a concessão da assistência judiciária gratuita com os comprovantes que seguem anexo a demanda e com fundamento no artigo 98 do Código de Processo Civil:
Art. 98.  A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Da Tempestividade
A referida peça é plenamente tempestiva haja vista que houve tentativa de conciliação com os autores e nessa oportunidade restou infrutífera. O artigo 335 do Código de Processo Civil elenca as possibilidades da do oferecimento da referida peça após a audiência conciliadora, como demostra abaixo:
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
§ 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.
Preliminarmente:
Pede-se, a Vossa excelência, a verificação de requisitos básicos, inexistentes na inicial, compreendidos no artigo 337 do Código de processo civil, tais como, ausência de legitimidade ou de interesse processual, uma vez que discutida a posse do bem, rompe a incontestabilidade requisito para o direito pretendido na inicial, além da incorreção do valor da causa, apresentados na inicial ora contestada, de R$ 350,00.000, (flsxx), sendo que conforme documentos apresentados, referente ao lançamento do último IPTU do imóvel, revelou que seu valor venal na verdade é de R$ 650,00.000 (flsxx)elencados no Código de processo civil, em seu artigo 337.
Art. 337.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção; 
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão; 
X - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
(...)
Mérito:
Uma vez que não preenchidos os requisitos básicos, para a usucapião, tais como, posse mansa, pacifica e incontestada pelo lapso temporal exigido por lei, já que houve discussão acerca da posse do bem em análise, houve uma quebra dos requisitos apresentados na inicial do processo em epígrafe, sendo que não havendo o tempo de posse exigido por lei, bem como o justo título, lhe falta os requisitos mínimos para prosperar a demanda do autor.
O ordenamento jurídico brasileiro em seu código civil leciona que:
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Corroborando a doutrina com a legislação ensina, acerca do tema em analise, á considerarmos sobre a posse mansa e pacífica bem como o justo título, traduz Carlos Roberto Gonçalves:
A usucapião ordinária apresenta os seguintes requisitos: posse de dez anos, exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacificamente, além de justo título e boa-fé. Dispõe, com efeito, o art. 1.242 do Código Civil: “Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. [...]
Os pressupostos da usucapião são: coisa hábil, ou suscetível de usucapião, posse, decurso do tempo, justo título, e boa-fé. Os três primeiros são indispensáveis e exigidos em todas as espécies de usucapião. O justo título e a boa-fé somente são reclamados na usucapião ordinária. [...]
O segundo requisito da posse ad usucapionem é que seja mansa e pacífica, isto é, exercida sem oposição. Se o possuidor não é molestado, durante todo o tempo estabelecido na lei, por quem tenha legítimo interesse, ou seja, pelo proprietário, diz-se que a sua posse é mansa e pacífica. Requer-se a “ausência de contestação à posse, não para significar que ninguém possa ter dúvida sobre a conditio do possuidor, ou ninguém possa pô-la em dúvida, mas para assentar que a contestação a que se alude é a de quem tenha legítimo interesse, ou seja, da parte do proprietário contra quem se visa a usucapir”. Todavia, se este tomou alguma providência na área judicial, visando a quebrar a continuidade da posse, descaracterizada fica a ad usucapionem. [...].
 O justo título (titulus) é, entretanto, requisito indispensável para a aquisição da propriedade pela usucapião ordinária, conforme dispõe o art. 1.242 do Código Civil:
“Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos”.
Segundo LENINE NEQUETE, “justo título (justa causa possessionis) é todo ato formalmente adequado a transferir o domínio ou o direito real de que trata, mas que deixa de produzir tal efeito (e aqui a enumeração é meramente exemplificativa) em virtude de não ser o transmitente senhor da coisa ou do direito, ou de faltar-lhe o poder de alienar”.
Justotítulo, em suma, como foi dito no capítulo concernente à posse de boa-fé e posse de má-fé (Título I, “Da posse”, Capítulo II, n. 5, retro), é o que seria hábil para transmitir o domínio e a posse se não contivesse nenhum vício impeditivo dessa transmissão. Uma escritura de compra e venda, devidamente registrada, por exemplo, é um título hábil para a transmissão de imóvel. No entanto, se o vendedor não era o verdadeiro dono (aquisição a non domino) ou se era um menor não assistido por seu representante legal, a aquisição não se perfecciona e pode ser anulada. Porém a posse do adquirente presume-se de boa-fé, porque estribada em justo título.
 (GONÇALVES, Carlos Roberto, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, vol. 5. DIREITO DAS COISAS. Saraiva. 2012,p.89, 209-229).
Analisando os pressupostos da usucapião a luz do artigo 1242 do código civil, vemos a incontestabilidade como um dos requisitos fundamentais para pretensão do direito objetivo da inicial ora contestada, o qual não procede uma vez que, conforme o processo em anexo (nºxxxxxxxx), fica comprovado a discussão em juízo pela posse do imóvel objeto do presente litígio, durante o decorrer do prazo exigido de maneira incontestável pela lei.
Ocorre que no ano de 2009 a ré Juliana, de forma equivocada ingressou com uma ação possessória chamada reintegração de posse, da qual a ação correta seria uma anulatória de compra e venda. Nota-se excelência, que houve uma causa interruptiva da prescrição aquisitiva do direito ora pleiteado. A presente demanda, que ora segue anexa, foi julgada improcedente, porém o marco da prescrição aquisitiva para intentar a ação de usucapião passou a contar da data da citação daquele réu, como menciona o artigo 202, I do Código Civil:
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III - por protesto cambial;
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
A de reconhecer então que a posse restou interrompida, voltando a fluir no ano de 2009 e, posteriormente nesse ponto ao autor não preenche um dos requisitos do artigo 1242 do código civil, que seria a posse por 10 anos, a qual fecharia no ano de 2019.
Além de que para ser considerado justo título este, não pode conter vícios, comprovados a existência dos mesmos, já que a promessa de compra e venda realizada pelo réu, não teve a anuência de sua esposa, obrigatória tal concordância devido ao regime de casamento em que os réus possuíam no momento de celebração do contrato de promessa de compra e venda.
A única possibilidade de alienar bem imóvel sem outorga conjugal (marital, do homem, ou uxória, da mulher) é quando o casamento for contratado pelo regime da separação absoluta de bens, cuja opção pelo regime se dá via pacto antenupcial. É o que prevê o artigo 1.647 do CC/02:
“Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
(...)”
Não restando dúvidas, a respeito dos vícios no documento apresentado pelo autor como justo título.
DO PEDIDO
Pede indeferimento da petição inicial, pelos fatos e fundamentos jurídicos já expostos.
Condenação da autora no pagamento das custas processuais e honorários de advogado de 20%.
O acolhimento da tese de incorreção do valor da causa;
O acolhimento da falta de justo título e posse mínima sobre o imóvel;
O deferimento da assistência judiciária gratuita;
Protesta o autor por todos os meios de provas admitidos em lei.
Da - se a causa, o valor de R$ 650,00.000 (seiscentos e cinquenta mil reais).
Nesses termos, pede deferimento
Belo Horizonte/MG, 06 de março de 2017.
Assinatura do advogado (OAB)
ROL DE DOCUMENTOS EM ANEXO:
Cópia do documento oficial de identificação com RG.
Cópia do comprovante de residência.
Cópia da matricula autenticada e atualizada da matricula do registro de imóveis com a sua respectiva planta.
Cópia autenticada do documento do registro de pessoas naturais, referentes ao casamento e separação das partes.
Declaração de hipossuficiência para concessão da Assistência jurídica gratuita.
Cópia do comprovante de renda.
Cópia da procuração para postular em nome da parte autora.
Relação das partes confinantes do bem imóvel.
Cópia do processo de reintegração de posse movido pela contestante.
Advogados e associados 
Rua xxx, n ºxx, bairro xx, cidade xxxx/xx

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