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FRATURA DO TORNOZELO Fraturas distais da tíbia Nas fraturas sem deslocamento (b1), imobilização com bota gessada por um período de 4 a 6 semanas, seguida de descarga progressiva e mobilização ativa por mais 4 semanas. Nas demais é indicado tratamento cirúrgico, sendo no pós-operatório necessário utilizar bota gessada por aproximadamente 3 semanas. Fraturas Maleolares Radiografia: AP e Perfil Diagnóstico: dor localizada, se existir fratura com deslocamento a deformidade será visível ou palpável. Pode existir também hematoma e edema. Mecanismo de lesão: 1- O pé supinado é aduzido. Produzem-se rupturas ou avulsões dos ligamentos fibulotalar anterior e fibulocalcaneal, ou fraturas do maléolo fibular abaixo da sindesmose, seguidas de fratura oblíqua ou vertical (por cisalhamento) do maléolo tibial. 2- O pé supinado é rodado para fora com relação à perna. Produzem-se sucessivamente lesão da sindesmose tibiofibular anterior, fratura espiróide da fíbula ao nível da sindesmose, ruptura da sindesmose posterior ou arrancamento da margem póstero-lateral da tíbia e, finalmente, ruptura do ligamento deltóide ou avulsão do maléolo tibial. 3- O pé pronado é abduzido, ou seja, inclinado lateralmente em relação à perna. Resultam, em sequência, ruptura do ligamento deltóide ou fratura do maléolo tibial, ruptura da sindesmose tibiofibular anterior e posterior ou arrancamento das sindesmoses com fragmentos ósseos da tíbia e fratura na fíbula, com terceiro fragmento triangular lateral ou cominuição lateral logo acima da sindesmose. 4- O pé pronado é rodado externamente com relação à perna. Sucedem-se fratura do maléolo tibial ou ruptura do ligamento deltóide, ruptura da sindesmose anterior por arrancamento na tíbia, ruptura do ligamento interósseo, fratura da fíbula acima da sindesmose, ruptura da sindesmose posterior ou arrancamento de fragmento posterior da tíbia. Classificação: Tipo A: lesão infra-sindesmal do maléolo fibular. (mecanismo de lesão 1) A1: lesão isolada do maléolo ou dos ligamentos fibulares A2: com fratura do maléolo tibial A3: com fratura marginal póstero-lateral da tíbia. Tipo B: fratura transsindesmal da fíbula (mecanismo de lesão 2 e 3) B1: fratura isolada da fíbula B2: com lesão medial (fratura do maléolo ou ruptura do ligamento deltóide) B3: com lesão medial e fratura marginal póstero-lateral da tíbia. Tipo C: fratura supra-sindesmal da fíbula (mecanismo de lesão 4) C1: fratura diafisária da fíbula, simples. C2: fratura diafisária da fíbula, complexa. C3: fratura da fíbula proximal (fratura-luxação de Maisonneuve). Tratamento conservador – para fraturas não-deslocadas com utilização da imobilização, sendo que as fraturas com deslocamentos pode ser utilizado redução e imobilização. O tempo de imobilização para fraturas não-deslocadas é de 6 semanas e de 8 a 10 semanas para fraturas que tiveram redução. O apoio com gesso pode iniciar entre 4 a 6 semanas, dependendo da estabilidade da redução. Os dedos e o joelho devem ser exercitados desde o primeiro dia. Tratamento cirúrgico é indicado quando as fraturas são instáveis pela configuração dos fragmentos e pelas lesões capsuloligamentares associadas. As fraturas do tipo A1 são as que mais se prestam ao tratamento incruento. Nas demais é indicada redução cirúrgica. A vantagem da redução cirúrgica é que permite mobilização ativa precoce (2 a 3 semanas), embora o apoio só possa iniciar-se após 6 semanas.
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