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aula 12 exame fisico respiratório

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SEMIOLOGIA
AULA 12 – SISTEMA RESPIRATÓRIO
Profª. Luciana Cariri
JUSTIFICATIVA:
Oxigenação é uma necessidade humana básica;
Avaliar distúrbios e incapacidades do sistema respiratório;
Minimizar danos pela insuficiência respiratória.
2. O SISTEMA RESPIRATÓRIO ESTÁ DIVIDIDO EM:
Vias Aéreas Superiores: nariz, seios paranasais, orofaringe, amídalas e adenóides, laringe;
Vias Aéreas Inferiores: traquéia, brônquios, pulmões.
3. ANATOMIA DO TÓRAX:
Contém 12 pares de costelas e 12 vértebras torácicas;
As sete primeiras fixam diretamente no esterno por suas cartilagens costais;
Da oitava a décima fixam-se à cartilagem costal;
A 11ª e 12º são flutuantes;
O assoalho é o diafragma que separa a cavidade torácica do abdome.
4. PONTOS DE REFERÊNCIA DO TÓRAX ANTERIOR:
Incisura supra-esternal: depressão em forma de u, palpada logo acima do esterno, entre as clavículas; 
Esterno: dividido em três partes: manúbrio, corpo e o apêndice xifóide; 
Ângulo manúbrio-esternal (ângulo de Louis): articulação do manúbrio com o corpo do esterno;
Ângulo costal: as bordas costais direita e esquerda formam um ângulo no qual se encontram no processo xifóide.
5. PONTOS DE REFERÊNCIA DO TÓRAX POSTERIOR:
Vértebra proeminente: 
Apófises espinhosas;
Borda inferior da escápula;
Duo décima costela
6. LINHAS DE REFERÊNCIA:
TÓRAX ANTERIOR: Linha médioesternal e hemiclavicular
TÓRAX POSTERIOR: Linha vertebral e escapular
TÓRAX LATERAL: Linha axilar anterior, média e posterior. 
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7. CAVIDADE TORÁCICA:
MEDIASTINO: parte média da cavidade torácica que contém o esôfago, traquéia, coração e grandes vasos. Cada lado divide-se em duas cavidades pleurais contendo os pulmões;
BORDAS PULMONARES: ápice e base;
LOBOS PULMONARES: os pulmões são estruturas pareadas, não simétricas. O pulmão direito é menor do que o esquerdo por causa do fígado; o pulmão esquerdo é mais estreito que o direito porque o coração expande para esquerda;
PLEURA: fina e deslizante que forma um invólucro entre os pulmões e a parede torácica. A pleura parietal reveste a cavidade interna da parede torácica e do diafragma. Já a pleura visceral reveste a parte externa dos pulmões;
ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA: composta pela ramificação da traquéia e dos brônquios, que fazem o transporte de gases entre o ambiente e o parênquima pulmonar. Constituem o espaço morto, preenchido com ar (correspondente a 150 ml). Também protege os alvéolos de pequenas substâncias particuladas no ar inalado. E ainda encontramos o ácino, que uma unidade respiratória funcional e consistem em bronquíolos, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos.
8. FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO:
Suprimento de O2 para o corpo para produção de energia;
Remoção de gás carbônico como produto residual das reações de energia;
Manutenção da homeostasia (equilíbrio ácido-básico);
Manutenção da troca de calor.
9. MECÂNICA RESPIRATÓRIA:
HIPOVENTILAÇÃO - É a respiração superficial, lenta, faz com que o gás carbônico aumente no sangue;
HIPERVENTILAÇÃO - É a respiração profunda, rápida, faz com que o gás carbônico seja expelido.
O ar inalado: O intercâmbio dos gases ocorre quando o ar chega aos alvéolos, que é a parte funcional do pulmão. É aí que o sangue venoso se transforma em sangue arterial, fenômeno conhecido por hematose. 
 
10. PRINCÍPIOS PARA O EXAME:
Conhecimento de anatomia/fisiologia;
Posição que permita expansão torácica
Anamnese objetiva para clientes ansiosos e inquietos;
Examinar todos os lobos pulmonares: anterior, lateral e posterior.
11. ANAMNESE:
Idade;
Sexo – Homem- CA de brônquio, enfisema pulmonar e bronquite crônica;
 Mulher – CA brônquico;
Profissão e Procedência;
Histórico Social – tabagismo (maconha, tipo de tabaco, tempo de uso, quantidade diária), condições de habitação, animais domésticos;
Antecedentes de doença pulmonar crônica (TB, asma, enfisema, bronquite, fibrose), alergias, rouquidão crônica;
Histórico Familiar – doenças alérgicas e malignas;
Vacinas, radiografias;
Queixas mais freqüentes: dor (fármacos e drogas), tosse (produtiva ou não), expectoração, dispnéia (quando), hemoptise, epistaxe, ortopnéia.
12. EXAME FÍSICO:
A técnica do exame físico inclui: inspeção estática e dinâmica, palpação, percussão e ausculta.
12.1. Preparação do cliente:
Explicar o procedimento;
Despir na região do tórax;
Boa iluminação;
Posição sentada preferencialmente.
12.2. Inspeção Estática do Tórax:
Parâmetro Normal:
Expressão facial – relaxada e natural;
Nível de consciência;
Condições da pele: coloração, integridade, espessura;
Forma: normolíneo, brevilíneo, longilíneo;
Simetria;
Posição: postura relaxada e a capacidade de suportar o próprio peso com os braços confortavelmente situados de lado ou no colo;
Observar ausência da utilização dos músculos acessórios. 
Anormalidades:
Face tensa, cansada, lábios franzidos;
Irritabilidade, agitação, ansiedade;
Lesões, atrofias, enfisema subcutâneo;
Tórax em tonel (enfisema pulmonar), tórax de sapateiro (peito escavado), tórax em quilha ou carinado (peito de pombo);
Abaulamentos ou retrações;
Posição adotada pelo cliente;
Batimentos de asas de nariz, retração intercostal.
12.3. Inspeção Dinâmica do Tórax:
Parâmetro Normal:
Tipo de respiração: torácica, abdominal ou diafragmática e toraco-abdominal (comum em homens);
Ritmo respiratório: observar a seqüência, forma e amplitude das incursões, no mínimo 2 minutos;
Freqüência respiratória: Adulto 14 a 20rpm / RN: 30 a 40rpm.
Anormalidades:
Respiração torácica em homens (abdome agudo) e abdominal em mulheres (pleurites);
Cheyne-Stokes (ICC), ritmo de Biot (meningite, lesões cerebrais), Kussmaull;
Taquipnéia, bradipnéia e apnéia.
12.4. Palpação do tórax:
Deve ser bi manual e realizado nas seguintes regiões: ápice, média e bases.
Observar expansão simétrica:
Posicione paciente sentado de costas para o examinador;
Despir tórax;
Com as duas mãos aquecidas, posicione na parede póstero-superior, com os polegares ao centro, após deslize para a parede póstero-medial e em seguida póstero-lateral;
Em todas as posições, peça ao paciente para respirar profundamente;
Após, de frente para o paciente, faça a palpação com as mãos em região ântero-lateral.
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Observar frêmito tátil:
Frêmito é uma vibração palpável, onde os sons são gerados pela laringe e transmitidos através de brônquios permeáveis e do parênquima pulmonar até a parede torácica, onde são sentidos como vibrações;
Use a base palmar dos dedos ou face ulnar de uma das mãos para tocar o tórax do paciente enquanto repete palavras ressonantes (33);
Comece no ápice pulmonar e palpe de um lado para outro, tanto em tórax anterior, como posterior, palpe de um lado para outro.
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12.5. Percussão do tórax:
Com o paciente de costas para o examinador, comece a percutir do ápice, na faixa de tecido normalmente ressonante (som claro e atimpânico);
Compare os dois lados;
Percuta a cada 5 cm;
Evite regiões ósseas;
Após faça o exame com o paciente de frente para o examinador.
12.6. Ausculta Pulmonar:
Com o paciente sentado, um pouco inclinado para frente, com braços relaxados (tórax posterior) e ereto no exame do tórax anterior;
Peça que respire pela boca, mais profundamente que o habitual e que pare se começar a sentir tontura;
Monitore a respiração em todo o exame, e permita que o paciente descanse e respire normalmente a intervalos;
Utilize o diafragma do estetoscópio na parede torácica do paciente, auscultando 01 respiração completa em cada local, comparando ambos os lados;
Cuidado com ruídos como: respiração do examinador sobre o tubo do estetoscópio, colisão do tubo do estetoscópio, arrepio do paciente, pêlo do tórax do paciente, farfalhada do avental ou dos lençóis depapel.
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Parâmetro Normal;
Som brônquico ou tubular – audível sobre a traquéia e laringe – expiração > inspiração;
Som bronco-vesicular - audível abaixo das clavículas e entre as escápulas – expiração = inspiração;
Murmúrio vesicular – campos pulmonares – inspiração > expiração.
Anormalidades:
 Ruídos adventícios (processos patológicos que comprometem a árvore brônquica e os alvéolos):
Descontínuos (agudos):
 Crepitações finas ou, estertores (sons de pipocar);
 Crepitações grosseiras, altos, graves (sons de borbulhar);
Contínuos:
- Sibilos – agudos chiados musicais;
- Ronco sonoro – sibilo grave que some com a tosse;
- Cornagem ou estridor (obstrução da traquéia).

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