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109 Resumo �Cronograma do Programa / Avaliações �Bibliografia Básica �Introdução a Metalurgia Física �Revisão Cristalografia �Átomos Intersticiais �Transformações de Fase •Precipitados •Mecanismos de Endurecimento •Deformação/Recuperação/Recristalização/Crescimento de Grão •Fatores que Influenciam a Textura cristalográfica Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica 110 Transformações de Fase Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Transformações de Fase - Difusionais, Mistas (bainítica) e Adifusionais (martensítica não-termoelástica e termoelástica): • Cinética • Morfologia • Cristalografia • Efeito dos elementos de liga • Efeito da taxa de resfriamento •Efeitos nas propriedades mecânicas Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica 111 Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Componentes – soluto(s) e solvente Sistema – diversas possibilidade de configurações (composições química) de ligas para um mesmo grupo de componentes Solução gasosa, líquida ou sólida – Limite de Solubilidade do soluto no solvente, no caso de solução sólida refere-se ao limite de solubilidade dos átomos de soluto intersticiais e/ou substitucionais inseridos na rede cristalina que define a estrutura do solvente. Fases – solução gasoso, líquida ou sólida (amorfa ou cristalina com as mais possíveis estrutura para um sistema) Microestrutura – morfologia de uma dada fase ou conjunto de fases que coexistem a uma dada composição química, temperatura e pressão. Equilíbrio de Fases – ponto ou região na qual duas ou mais fases distintas coexistem enquanto não se ultrapassar as fronteiras entre as linhas de transformação de fases. 112 Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Componentes: Água e açúcar. Sistema: Água com açúcar. Solução líquida: água adocicada que possue um máximo de açúcar dissolvida limitada pelo limite de solubilidade a uma dada temperatura Fases: solução líquida adocicada e açúcar sólido precipitado Microestrutura: (i) solução líquida a adocicada de mesma coloração da água pura e líquida; (ii) açúcar sólido com a mesma morfologia dos cristais de açúcar adicionados Equilíbrio de fases: solução líquida adocicada + açúcar sólido precipitado limitado pela linha do limite de solubilidade 113 Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Componentes: Cobre e Níquel. Sistema: Cu-Ni. Solução líquida: Líquido existente a temperatura superiores a linha liquidus (onde ocorre a fusão completa do componente ou sistema) que inicia-se a 1085oC para 100%Cu (temperatura de fusão do cobre) e termina a 1453oC para 100%Ni (temperatura de fusão do Ni). Fases: líquida e alfa (α). Microestrutura: (i) fase líquida; (ii) fase líquida com núcleos/dendritas (grãos cristalinos) sólidos da fase alfa (α); (iii) fase sólida de alfa (α) formada por grãos cristalinos. Equilíbrio de fases: definido pela região entre as linhas liquidus e solidus onde coexistem as fases líquida e alfa (α). 114 Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Fração em Massa (W) 115 Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Conversão de Fração em Massa (W) para Fração Volumétrica (V) ρ - densidade de uma fase (massa / volume) 116 Soluções Sólidas x Solubilidade de Impurezas / Elementos de Liga Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Solução Sólida Substitucional: (a) ordenada, (b) não-ordenada. Solução Sólida Intersticial. 117 Soluções Sólidas Substitucionais x Limite de Solubilidade Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Fator Tamanho Atômico – Átomos de soluto serão substitucionais se o seu raio atômico não ultrapassar o valor de +/- 15% dos atomos solvente. Ao contrário disso os átomos solutos irão criar substancial distorção na rede cristalina e uma nova fase se formará. Estrutura cristalina – ambos átomos (soluto e solvente) precisam ter a mesmo tipo de estrutura cristalina para forma uma solução substitucional. Eletronegatividade – o mais electropositivo dos elementos e o outro mais eletronegativo farão que seja formada um composto intermetálico ao invés de uma solução sólida substitucional. Valências – um metal terá maior tendencia de dissolver um outro metal de mais alta valência do que um outro de menor valência. 118 Soluções Sólidas Substitucionais x Difusão Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase A difusão de átomos solutos substitucionais e atómos de solvente requer a presença de lacunas para que os átomos de soluto/solvente se movam. Quanto maior a temperatura maior será a sua mobilidade pela maior densidade de lacunas para um mesmo sistema soluto- solvente. RT QDD o − = exp D = coeficiente de difusão ou difusividade Do = constante característica do sistema de difusão, fator de frequência Q = Energia de ativação para difusão R = Constante dos gases = 1,987 cal/mol.K T = Temperatura em Kelvin (K) 119 Soluções Sólidas Substitucionais e/ou Intersticiais x Difusão Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Os movimentos dos átomos nos sólidos não estão restritos ao interior dos cristais (grãos). É um fato bem conhecido que o processo de difusão também ocorre na superfície de amostras metálicas e nos contornos entre cristais (grãos). Onde obedecem também uma lei de ativação (Tipo de Arhemius) que tem dependência com a temperatura Ângulo de desalinhamento / desorientação Ângulo de desalinhamento / desorientação Contorno de grão de baixo ângulo Contorno de grão de alto ângulo RT Q DD o sup sup expsup − = RT Q DD gcogc gc .. .. exp .. − = Dsup / Dsup o / Qsup e Dc.g. / Dc.g. o / Qc.g. = difusividade / contantes (fatores de frequencia) / energia de ativação superficial e em contorno de grão 120 Soluções Sólidas Substitucionais e/ou Intersticiais x Difusão Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase A difusão é mais rápida nos contornos de grão do que no interior dos cristais e que as velocidades de difusão em contorno livres (superfícies externas) são maiores que as duas anteriores. Estas observações são compreensíveis, devido à estrutura progressivamente mais aberta (ou desordenada) encontrada nos contornos de grão e superfícies externas. É bastante razoável que os movimentos dos átomos devem ocorrer com maior facilidade nas superfícies livres, com maior dificuldade em regiões de contorno e menos facilmente ainda no interior dos cristais (grãos). Devido aos movimentos bastante rápidos dos átomos nas superfícies livres, a difusão superficial desempenha um importante papel num grande número de fenômenos metalúrgicos (tratamento termoquímicos, aderência e/ou formação de camada de liga na interface substrato/revestimento nos processos de revestimento/pintura, oxidação, corrosão). Visto que área total de contorno ser maior que área superficial livre de uma amostra policristalina, o somatório para a difusividadetotal pode ter contribuições significativas para a difusão no contorno de grão ou na superficie livre em função da temperatura e do tamanho de grão da amostra policristalina. As difusividades determinadas com amostras policristalinas tendem a ser mais representativas na difusão volumétrica se foram utilizadas altas temperaturas e pode-se aumentar a confiabilidade dos dados, controlando o tamanho de grão das amostras. Ou seja, quanto maior o tamanho de grão, menor será a contribuição do contorno de grão para a difusividade. 121 Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Principais Reações encontradas nos diagramas de equilíbrio R E S F R I A M E N T O A Q U E C I M E N T O 122 Revisão de Diagramas de Fase no Equilíbrio Termodinâmico Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Sistema Fe-C - Linhas de Interesse (Aços e Ferros Fundidos) A1 – reação eutetóide γ → α + Fe3C a 727ºC A2 – transformação magnética (Temperatura de Curie da Ferrita, 770ºC) A3 – γ → α (912ºC/0%C a 727ºC/0,77%C ) Acm – γ → Fe3C (727ºC/0,77%C a 1148ºC/2,11%C) A4 – γ → δ (1394ºC/0%C a 1495ºC/0,17%C) Liquidus – 1538ºC/0%C a 1148ºC/4,30%C Solidus – 1495ºC/0,17%C a 1148ºC/2,11%C Reação eutética – L→ γ + Fe3C a 1148ºC Reação peritética – L + δ → γ a 1495ºC 123 Cinética das Reações no Estado Sólido Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Equação de Avrami: y = fração transformada k e n = constantes independentes do tempo para uma reação em particular t = tempo r = taxa de transformação t0,5 = tempo para 50% de fração transformada R = constante dos gases T = temperatura absoluta A = constante independente da temperatura Q = energia de ativáção para uma reação em particular Relação com a temperatura = Processos Termicamente Ativados 124 Transformações de Fase Difusionais Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Referem-se a mudanças no arranjo cristalino dos átomos do solvente de uma ou mais fases em solução sólida durante o aquecimento ou resfriamento a uma dada temperatura ou intervalo, onde também pode ocorre uma migração (difusão) de átomos do soluto (substitucionais e/ou intersticiais) pelas alterações no seu limite de solubilidade, promovendo assim a formação de uma ou mais fases e/ou precipitados. Reconstrutiva Não há correspondência atômica. Ausente de componente cisalhante na forma deformada. Possível mudança de composição. Não conservativa. 125 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Fe-0,25%C Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - γ - austenita / α - ferrita / Fe3C – cementita / P – perlita (lamelas intercaladas de α e Fe3C) 126 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Aço com 0,38%peso de C. Perlita e ferrita pró-eutetóide. (635x). Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - Ferrita pró-eutetóide é aquela formada no resfriamento num intervalo de temperatura (região d-e) acima da linha A1 onde encontra-se a reação eutetóide (ponto O) 127 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Aço eutetóide (0,77%peso de C). Microestrutura Perlítica consistindo de lamelas alternadas de ferrita (regiões claras) e cementita (finas lamelas delineadas por contornos escuros) . (500x). Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - 128 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Aço com 1,4%peso de C. Cementita pró-eutetóide ao redor das colônias/grãos de perlita. (1000x). Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - Cementita pró-eutetóide é aquela formada no resfriamento num intervalo de temperatura (região h) acima da linha A1 onde encontra-se a reação eutetóide (ponto O) 129 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - Ferrita - α Solução sólida de carbono em ferro ccc. Existente até a temperatura de 912ºC. A solubilidade do carbono na ferrita é muito baixa (máximo de 0,020% a 727ºC). forma equiaxial em resfriamento lento (regiões claras) forma de agulhas em resfriamentos mais severos - “Ferrita Acicular” 130 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - Ferro - δ Solução sólida de carbono em ferro ccc. Existindo entre 1394 e 1538ºC (fusão do ferro puro). A solubilidade do carbono no ferro delta atinge o máximo de 0,09%C a 1495ºC. A solubilidade máxima de carbono na ferrita δδδδ é um pouco maior que na ferrita αααα (0,09 e 0,02%, respectivamente), devido ao fato de que a ferrita δδδδ ocorre em temperaturas maiores, em que a agitação térmica da matriz de ferro é também maior, apesar do fator de empacotamento não mudar da ferrita αααα e δδδδ , favorecendo a maior dissolução do carbono. 131 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - Austenita - γ Solução sólida de carbono em ferro cfc. Existindo entre as temperaturas de 727 e 1495ºC, no caso de aços comuns. Na presença de elementos estabilizadores da austenita, esta pode até ser encontrada a temperatura ambiente (p.ex. Aços inoxidáveis austeníticos). Solubilidade máxima de carbono na austenita de 2,11% a 1148ºC. 132 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - Cementita ou Carboneto de Ferro (Fe3C) É um carboneto de ferro com estrutura ortorrômbica e de alta dureza. A cementita dá origem a um eutetóide de extrema importância no estudo dos aços, a perlita. Pontos escuros 133 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Diagramas de Equilíbrio x Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Aços - Perlita A perlita é uma mistura de específica de duas fases, formada pela transformação da austenita, de composição eutetóide, em ferrita e cementita. Regiões escuras 134 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes Encontrados Outras Ligas Metálicas (Pb-Sn)- 135 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes Encontrados Outras Ligas Metálicas (Pb-Sn) - Liga Eutética Microestrutura de uma liga Pb-Sn de composição eutética, consiste de lamelas alternadas de uma fase α solução sólida rica em Pb (lamelas escuras) e uma fase β solução sólida rica em Sn (lamelas claras). 375x.136 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes Encontrados Outras Ligas Metálicas (Pb-Sn) - Microestrutura de uma liga 50%Pb-50%Sn), de composição hipo-eutética, consiste glóbulos/grãos de uma fase α primária sólida rica em Pb (regiões escuras) e de lamelas alternadas de uma fase α solução sólida rica em Pb (lamelas escuras) e uma fase β solução sólida rica em Sn (lamelas claras). 400x. 137 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Efeito da Taxa de Aquecimento/Resfriamento nas Linhas do Diagrama de Equilíbrio de Fases - c = “chauffage” = aquecimento r = “refroidissement” = resfriamento 138 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento nas Linhas do Diagrama de Equilíbrio de Fases e na Composição das Fases Formadas - Resfriamento Lento Aumento da Taxa de Resfriamento 139 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Efeito dos Elementos de Liga nos Pontos e Linhas do Diagrama de Equilíbrio de Fases - Exemplo: Alterações na temperatura e concentração da reação eutetóide devido a adição de elementos de liga substitucionais em ligas de aço 140 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Efeito dos Elementos de Liga nos Campos de Estabilidade da Austenita (Sistema Fe-C) - Manganês (Mn) Cromo (Cr) Molibdênio (Mo) Silício (Si) 141 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Efeito dos Elementos de Liga nos Campos de Estabilidade da Austenita e Ferrita (Sistema Fe-C) - Elementos estabilizadores da austenita (tipo A) Elementos estabilizadores da ferrita (tipo B) A-I (campo austenítico aberto) Ni, Mn e Co A-II (Campo austenítico expandido) C, N, Cu e Zn B-I (Campo austenítico fechado) Si, Al, Be, P, Ti, V, Mo e Cr B-II (Campo austenítico contraído) B, S, Ta, Zr e Nb 142 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Efeito dos Elementos de Liga nas Propriedades Mecânicas - Veremos com mais detalhe ao estudarmos precipitação e mecanismo de endurecimento Efeitos sobre as Propriedades do Aço Os elementos de liga dissolvidos na austenita podem atrasar tanto a nucleação como o crescimento da ferrita e da perlita. Além de poderem aumentar a dureza da ferrita por solução sólida ou pela precipitação de carbonetos, nitretos, carbonitretos, etc. O segundo dos constituintes básicos dos aços esfriados lentamente é o carboneto; é conhecida a influência sobre as propriedades dos aços da quantidade, assim como da forma e da finura da dispersão das partículas de carboneto. E a precipitação de alguns tipos de carbonetos na forma de partículas finas tem efeito sobre o atraso na recuperação e recristalização da austenita, impedimento do crescimento do grão austenítico e o já citado endurecimento da ferrita. 143 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento na Fração Volumétrica das Fases Formadas - 0,4%C 144 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Perlita grosseira (esquerda) e fina (direita). 3000x. Transformações de Fase Difusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento na Morfologia das Fases - Resfriamento mais acerelado Dureza 30 a 40 (HR C) Resfriamento mais lento Dureza 5 a 20 (HR C) 145 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Fases/Microconstituintes encontrados nos Ferros Fundidos x Taxa de Resfriamento - Ferros Fundidos: - Branco - Cinzento - Nodular ou Ductil - Maleável Efeito em conjunto com a composição química: •Maiores %Si faz com que a fase estável seja a grafita (C amorfo) em forma de veios ao invés da cementita (Fe3C) •Efeito da temperatura associado ao %Si faz com que os veios de grafita se modifiquem para formas próximas a arrendadas •Adição de Mg ou Ce faz com a que a grafita formada tenha o formato de nódulos 146 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Diagrama Cu-Zn – Exemplo de Transformação de Ordenação - �� ����������� � ��� ��������������� ���������� ������������������° �� ����������������������������� ����� ������������������� �αααα ����������� � ��� � ����� ������� !"���# ����������� �$�° � ��� ����������� � ��� ������������ ���������%� #�����������������° ���� �� �������&��' ��(���)� �γγγγ ��&���� ��������� ����� ������������ � '����������*��!�+"���� ����������� �� &��' �����(���,-� 147 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Exemplo de Decomposição Espinoidal - 148 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais - Aço Inoxidável Ferrítico - Exemplo de Decomposição Espinoidal - Fenômeno conhecido como “fragilização de 475ºC” que é causado pela precipitação de uma fase rica em Cr, chamada α’ – devido a decomposição espinoidal. Como inidicado no diagrama Fe-Cr, este fenômeno é reversível, podendo ser eliminado pelo aquecimento a, aproximadamente, 600ºC seguido de resfriamento rápido. Diagrama de Equilíbrio de Fase Fe-Cr (calculado com Thermo-Calc) 149 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento nas Reações/Transformações e Propriedades Mecânicas - A partir de um dado valor de taxa de resfriamento para uma liga metálica de composição química específica além da modificação na morfologia das fases e propriedades mecânicas previstas nos diagramas de equilibrio de fases podem se formar novas fases não previstas nestes diagramas. Onde esta mudança é principalmente devida ao menor tempo disponível para a difusão dos elementos de soluto em solução sólida na fase que dará origem (fase mãe) a uma nova fase ou grupos de fases (fase(s) produto), onde o limite de solubilidade do soluto em questão é menor em uma das fases produto. Devido a isto, diagramas que conjugam as variáveis “tempo-temperatura-transformação” para uma dada composição química de uma liga métalica são capazes de melhor expressar todas as possibilidades de fases a ser formadas e suas respectivas morfologias para uma dada taxa de resfriamento imposta. Estes diagramas são conhecidos como curvas TTT e se dividem em dois grupos de acordo com o perfil de resfriamento: a) ITT (Isothermal Time Transformation): transformação isotérmica – as fases transformam- se uma dada temperatura. b) CCT (Continuous Cooling Transformation): transformação por resfriamento contínuo ou TRC (Transformação em Resfriamento Contínuo) – as fases transformam-se num intervalo de temperatura durante o resfriamento. 150 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformaçõesde Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento nas Reações/Transformações e Propriedades Mecânicas - Distinção de um diagrama ITT e um CCT para uma mesma composição química Aço 1080 (0,8%C)ITT CCT Início Fim Início Fim Nariz ou cotovelo da curva Nariz ou cotovelo da curva 151 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento nas Reações/Transformações e Propriedades Mecânicas - Curvas TTT Velocidade Crítica de Resfriamento Decréscimo da taxa de resfriamento Aumento da taxa de resfriamento Taxa de resfriamento extremamente lenta Velocidade Crítica de resfriamento é aquela abaixo da qual haverá garantia de formação (teórica) de 100% de martensita (fase/constituinte das transformações adifusionais) 152 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento nas Reações/Transformações - 153 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento e da Composição química nas Reações/Transformações - Curvas ITT A = Austenita / P = Perlita / B = Bainita / M = Martensita / C = Cementita / F = Ferrita 154 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento nas Reações/Transformações - Curvas TTT Velocidade Crítica de Resfriamento Decréscimo da taxa de resfriamento Aumento da taxa de resfriamento Os fatores citados abaixo são os principais que podem modificar a posição das curvas Tempo-Temperatura-Transformação, p.ex. em aços: • Composição química geral; • Tamanho de grão de austenita; • Homogeneidade da austenita (composicional ao longo do volume do grão) 155 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento nas Reações/Transformações - Curvas TTT Velocidade Crítica de Resfriamento Decréscimo da taxa de resfriamento Aumento da taxa de resfriamento Efeito dos Elementos de Liga: todos os elementos de liga que são adicionados aos aços, com exceção do cobalto, deslocam as curvas de início e de fim de transformação para a direita, ou seja, retardam a transformação. A explicação para esse comportamento é a seguinte: Praticamente todos os elementos de liga se dissolvem na austenita, isto é, quando o aço se encontra a temperaturas em que é constituído unicamente de austenita, os seus elementos de liga se encontram inteiramente dissolvidos no ferro gama. Os elementos de liga apresentam, entretanto, tendência diversa quando, no resfriamento, se acham na zona crítica; em outras palavras, há uns elementos que tendem a ficar dissolvidos no ferro sob a forma alotrópica alfa e há outros elementos que tendem a formar carbonetos da mesma maneira que o ferro (vide tabela no próximo slide) 156 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento x Composição nas Reações/Transformações - Dissolvido na Ferrita Combinado na forma de Carboneto Na forma de Inclusões Não- metálicas Na forma de Compostos Intermetálicos Ni Si SiO2.MxOy Al Al2O3 AlxNy Zr ZrO2 ZrxNy Cu P Mn (forte) Mn (fraca) MnS, MnO.SiO2 Cr (forte) Cr (moderada) CrxOy W (fraca) W (moderada) Mo (fraca) Mo (moderada) V (muito fraca) V (forte) VxOy VxNy Ti (muito fraca) Ti (forte) TixOy TixNyCz, TixNy Nb (muito fraca) Nb (forte) Distribuição dos elementos de liga nos aços resfriados lentamente Os elementos de liga, no resfriamento ao entrarem na zona crítica, procuram se dispor de acordo com sua tendência, quer se dissolvendo na ferrita, quer formando carbonetos/compostos intermetálicos. Essas reações, tanto mais numerosas e complexas quanto maior o número de elementos de liga presentes requerem, assim, apreciável tempo para se iniciar também para se completar, fato esse que ocasionará o deslocamento das curvas de início e de fim de transformação para a direita, atrasando o início e o fim da transformação da austenita. A consequência mais importante no retardamento nas transformações, consiste na maior facilidade de obter, por resfriamento, a estrutura martensítica. Na realidade, conforme os elementos de liga presentes, pode-se ter formação quase que somente de martensita mesmo no resfriamento lento. 157 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento x Composição nas Reações/Transformações - Os elementos de liga afetam não somente a parte isotérmica dos diagramas de transformação, como também a reação de formação da martensita. As linhas Mi e Mf podem ser sensivelmente rebaixadas, a ponto de, em certos casos, como em aços cementados (tratamento termoquímico) com alto teor de carbono e níquel ou cromo em teores variáveis, não se ter formação completa da martensita à temperatura ambiente pelo resfriamento comum, em virtude da linha Mf ficar localizada abaixo dessa temperatura. Nas condições, tem-se à temperatura ambiente um certa quantidade de “austenita retida” ou “austenita residual”. Curvas TTT Velocidade Crítica de Resfriamento Decréscimo da taxa de resfriamento Aumento da taxa de resfriamento 158 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento x Tamanho de Grão da Austenita nas Reações/Transformações - Curvas TTT Velocidade Crítica de Resfriamento Decréscimo da taxa de resfriamento Aumento da taxa de resfriamento Em relação ao tamanho de grão da austenita, verifica-se que quanto maior esse tamanho de grão tanto mais para a direita são deslocadas as curvas de início e de fim de transformação, como conseqüente atraso do início e do fim da formação da perlita. De fato, o produto da transformação – perlita – começa a se formar nos contornos de grãos da austenita; é evidente, então, que se a austenita apresentar tamanho de grão grande, sua total transformação levará mais tempo do que se apresentar tamanho de grão menor. 159 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento x Tamanho de Grão da Austenita nas Reações/Transformações - Propriedades Tendências nos Aços Temperados (Produto da Transformação Adifusional) Aços de Austenita Grosseira (nº5 e acima) Aços de Austenita Fina (mais fina do que nº 5; de 5 a 8) Endurecibilidade Endurecimento mais profundo Endurecimento menos profundo Tenacidade à mesma dureza Menos tenazes Mais tenazes Empenamento Maior Menor Fissuras de têmpera Mais freqüentes Geralmente ausentes Fissuras de retificação Mais susceptíveis Menos susceptíveis Tensões residuais Maiores Menores Austenita retida Mais Menos Nos aços recozidos e Normalizados (Produto da Transformação Difusional) Usinabilidade (Desbaste) melhor (Desbaste) inferior Usinabilidade (casos especiais) (Acabamento fino) inferior (Acabamento fino)melhor Trabalhabilidade (casos especiais) Superior Inferior Efeito do tamanho de grão austenítico sobre certas características dos aços 160 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Difusionais x Mistas x Adifusionais - Efeito da Taxa de Resfriamento x Homogeneidade da Austenita nas Reações/Transformações - Exemplo para aços: A homogeneidade da austenita é outro fator de influência sobre a posição das curvas do diagrama isotérmico. Quanto menos homogênea a austenita, ou seja, quanto maior a quantidade de carbonetos residuais ou de áreas localizadas ricas em carbono, tanto mais rápido é o início da reação de formação da perlita. De fato, os carbonetos residuais não dissolvidos atuam como núcleos para a reação da perlita, de modo que o início da transformação da austenita é acelerado. 161 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Bainíticas- Por exemplo em aços para uma dada composição química, quando estes são é resfriados rapidamente para temperaturas abaixo do nariz da curva ITT e mantido nessa temperatura (ou CCT num intervalo de temperatura logo abaixo do nariza da curva), ocorre a formação de uma estrutura denominada bainita, identificada primeiro por Edgar Bain. A bainita é classificada como superior ou inferior de acordo com a temperatura na qual é formada. A formação da bainita é um processo misto que envolve difusão, como ocorre na formação da ferrita e da perlita, e forças de cisalhamento análogas às observadas nas transformações martensíticas (adifusionais). Ela nucleia-se no contorno de grão austenítico e cresce em forma de um feixe de agulhas paralelas. 162 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Bainita Superior - • A bainita superior é formada por finas (0,2 µm de espessura por 10 µm de comprimento) agulhas (plates) de ferrita, que crescem em blocos (clusters) chamados de feixes (sheaves). • Dentro de cada feixe as agulhas são paralelas e com idêntica orientação cristalográfica. • As agulhas dentro de um feixe são chamadas de subunidades de bainita e são separadas por contornos de baixo ângulo ou por partículas de cementita. 163 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Bainita Inferior - • Apresenta microestrutura e características semelhantes às da bainita superior. • A diferença mais acentuada é que a cementita precipita entre as agulhas de ferrita e dentro das agulhas de ferrita. Dependendo da temperatura de transformação e da composição química do aço, os carbonetos que precipitam na ferrita nem sempre são de cementita. Em aços de alto carbono e mais de 1% de silício, ocorre a precipitação de carboneto épsilon (com composição variando entre o Fe2C e o Fe3C). • Os carbonetos precipitados na bainita inferior são mais finos que os da bainita superior, visto que a difusão do carbono é menor em temperaturas menores, dificultando o crescimento e o coalescimento dos carbonetos. • Tal fato confere à bainita inferior uma maior tenacidade em relação à bainita superior, visto que as partículas de cementita mais grosseiras da última facilitam a nucleação de trincas. 164 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Cinética e Crescimento da Bainita - A cinética de nucleação e crescimento da bainita (superior ou inferior) deve ser considerada em termos de distintos eventos. As placas (ou subunidades) nucleiam no contorno de grão da austenita e crescem em uma certa taxa até o crescimento ser interrompido pela deformação plástica causada na austenita adjacente. Novas placas (ou subunidades) são nucleadas na ponta da primeira placa e o “feixe” de bainita é formado. A taxa de crescimento do feixe é menor que as das placas. A fração volumétrica de bainita formada dependerá da totalidade de feixes crescendo em diferentes regiões da amostra. A precipitação de carbonetos também afeta a cinética de crescimento da bainita, por remoção de carbono da austenita ou das placas de ferrita supersaturadas. 165 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Replica de micrografia de microscopia eletrônica de transmissão mostrando a estrutura da bainita. Um grão de bainita consiste de particulas alongadas e finas de Fe3C numa matriz de ferrita. A fase ao redor da bainita é martensita. Transformações de Fase Mistas - Morfologia da Bainita - Estruturas bainíticas: Foto superior – agulhas de bainita em contorno do antigo grão austenítico de aço 0,4C-1,0Mn-0,3Nb transformado parcialmente (Nital – 50x); Foto inferior – bainita nucleada no contorno do antigo grão austenítico de aço 0,8C- 1,0Mn-0,03Nb transformado isotermicamente a 550ºC (MEV – Nital – 2000x) 166 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Diferenças entre a Formação de Ferrita Acicular e Bainita- A ferrita acicular e a bainita apresentam essencialmente os mesmos mecanismos de formação. A diferença é que a bainita nucleia no contorno de grão austenítico e cresce em forma de um feixe de agulhas paralelas e a ferrita acicular nucleia em inclusões não metálicas e cresce radialmente em forma de agulhas. As agulhas de ferrita acicular apresentam 1 µm de largura por 10 µm de comprimento. A analogia entre a bainita e a ferrita acicular é acentuada: a remoção de inclusões por refusão a vácuo de um aço com ferrita acicular causa a mudança de estrutura para a bainítica. O fenômeno oposto também ocorre: qualquer método que favoreça a nucleação intragranular faz que a estrutura mude de bainítica para ferrítica acicular. 167 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Diferenças entre a Morfologia da Ferrita Acicular e Bainita- Ferrita Acicular Bainita superior (50x) Bainita inferior (2000x) 168 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Favorecimento na Nucleação de Ferrita Acicular - Um exemplo para o favorecimento na nucleação de ferrita acicular: o aumento de titânio na região de solda forma inclusões que favorecem a formação de ferrita acicular. 169 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Efeito da Composição Química na Transformação Bainítica - A temperatura de início da formação bainítica (Bi) é reduzida pela adição de elementos de liga, segundo a equação empírica: A adição de deteminados elementos de liga faz com que as região de transformação da perlita e bainita sejam bem distintas, apresentando duas baias. A separação entre bainita superior e bainita inferior na curva ITT não é clara, pois mesmo em uma transformação isotérmica é possível ocorrer as duas formas de bainita: a bainita superior forma-se primeiro e a austenita residual enriquecida de carbono dá origem, posteriormente, à bainita inferior . Um dos elementos mais efetivos é o boro, mesmo com pequenas adições (0,002%))(%83)%(%70)(%37)(%90)(%270830)( MoCrNiMnCCB o i −−−−−= (% em peso) 170 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Mistas - Efeito Tamanho de Grão e Homogeneidade da Austenita na Transformação Bainítica- Alguns estudos em aços de determinadas composições referem que um menor tamanho de grão austenítico favorece o início da transformação bainítica, devido a maior oferta de área de contorno para nucleação desta fase. Porém este assunto é ainda pouco controvérsio, carecendo de muita pesquisa e critério de análise. No que diz respeita homogeneidade, a mesma tem o efeito citado anteriormente para todas as transformações, ou seja, se a região de contorno de grão estiver empobrecido do(s) elemento(s) de liga que favorecerá(ão) a transformação bainítica esta ocorrerá com maior dificuldade (incremento da temperatura para a transformação da bainita superior e inferior junto ao campo de formação da perlita) ou até mesmo não ocorrerá, e vice-versa. 171 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica - Transformação Não-difusional versus Difusional Deslocativa – Não- Difusional Correspondência atômica preservada. IPS mudança de forma (estrutura cristalina) com uma significante componente cisalhante. Sem alteração da composição. Conservativa - Não-difusional – movimentação atômica em distancia inferiores ao parâmetro de rede. Reconstrutiva - Difusional Não há correspondência atômica. Ausente de componente cisalhante na forma transformada (nova estrutura cristalina). Possível mudança de composição. Não conservativa – difusional – movimentação atômica em distâncias superiores ao parâmetro de rede. 172 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica - Aspectos Cristalográficos da Transformação Resfriamento Resfriamento Transformação não difusional – Transformação atérmica!!! a concentração de átomos de soluto dissolvida na “fase martensítica” é igual à da “fase mãe” 173 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica - Aspectos Cristalográficos da Transformação Real aspecto cristalográfico da transformação martensítica – transformação de fase adifusional com mudança da estrutura cristalina e maclagem em cada núcleo formado/crescido dos cristais de martensita. Deformação (Mudança de forma) da estrutura cristalina a partir da (a) “fase mãe” antes da transformação, devido a (b) transformação, (c) transformação e deslizamento de discordância por tensões cisalhantes, ou (d) transformação e maclagem por tensões cisalhantes. (as linhas tracejadas mostram a verdadeira mudança de forma) Plano de Hábito: é a superfície de interface entre a fase mãe e a martensita formada, que possuem um relação cristalográfica entre si. 174 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica - Aspectos Termodinâmicos da Transformação Força Motriz ( )BArtrgtrG c +++∆=∆ 222 2 piσpipi pir2t ⇒ volume aproximado do cristal “M”, ∆gc⇒ variação da energia livre química por unidade de volume 2pir2 ⇒ área aproximada da superfície σ⇒ energia de interface por unidade de área A(t/r)⇒ energia de distorção elástica por unidade de volume B(t/r)⇒ energia de deformação plástica dentro do cristal “M” por unidade de volume. Força Motriz a temperatura “Ms” (energia de interface austenita-martensita, energia de deformação da Grau de Sobre-resfriamento 175 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica - Transformação Martensítica Termoelásticas versus Não-termoelásticas Não Termoelástica (As–Ms)Fe-Ni = 400ºC σ e B significativos Termoelástica (As–Ms)Au-Cd = 15ºC σ e B → 0 ArtgtrG c 22 pipi +∆=∆ ( )BArtrgtrG c +++∆=∆ 222 2 piσpipi Ms / Mf – temperatura de início / fim da TM; As / Af – temperatura de início / fim da TR. Histerese Térmica 176 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica - Transformação Martensítica Termoelásticas versus Não-termoelásticas Quando este tipo de transformação ocorre em ligas ferrosas ou aço, os cristais da “fase martensítica” (M) não continuam a crescer depois de formados. A transformação continua pela nucleação de novos cristais “M” a partir da “fase-mãe” (A) remanescente no material, por abaixamento da temperatura. São então nucleados no sólido cristais individuais “M”, os quais crescem rapidamente (aproximadamente 1/3 da velocidade de ondas elásticas em sólidos), mas que não voltam a crescer, ou decrescer por variação da temperatura, ou seja, trata-se de uma transformação irreversível, “não-termoelástica”. 177 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica - Transformação Martensítica Termoelásticas versus Não-termoelásticas Nas transformações termoelásticas, uma vez nucleados os cristais “M”, estes crescem a uma velocidade proporcional à velocidade de resfriamento. Similarmente, o mesmo se aplica aos cristais “A” no aquecimento. Assim, as transformações martensíticas termoelásticas são também cruciais na realização do “efeito de memória de forma – EMF” (“shape memory effect – SME”), no qual, se se aumentar a temperatura, a martensita torna-se instável, a “transformação reversa – TR” (“reverse transformation – RT”) ocorre, e se esta transformação for cristalograficamente reversível, a martensita reverte para a “fase-mãe” na orientação original. Estas ligas possuem a alta temperatura (campo da “fase mãe”) uma outra propriedade única denominada pseudoelasticidade, a qual traz como conseqüência a capacidade de se obter uma grande recuperação (durante a descarga) de uma deformação não-linear induzida durante a carga. 178 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica Não-Termoelástica versus Termoelástica - Porque nem toda martensita tem dureza mais elevada que a fase de alta temperatura (“fase-mãe”) que a originou? Martensita com dureza superior a fase-mãe é aquela formada pela saturação de átomos intersticiais em uma nova estrutura cristalina do solvente formada sem difusão. Ou seja, se a martensita formada só poderá ter dureza inferior a da fase-mãe se sua estrutura for composta de átomos do solvente e de soluto substitucionais sem a presença de uma solução supersaturada de átomos intersticiais. 179 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica Não-Termoelástica versus Termoelástica - Porque os aços e outras ligas passíveis de transformação martensítica não apresentam efeito de memória de forma e nem são superelásticas? Pois são passíveis de transformação martensítica não-termoelástica, ou seja, irreversível. Por isso quando a estrutura martensítica é aquecida (tratamento térmico de revenimento), a mesma passa por uma série de alterações na sua estrutura cristalina/microestrutura devido a processos difusionais até que seja atingido o campo de estabilidade da fase-mãe, que não terá a mesma orientação cristalina daquela região anterior a transformação martensítica. 180 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Transformação Martensítica Não-Termoelásticaversus Termoelástica - Porque nem toda a austenita após o aquecimento da martensita volta a ter a mesma orientação cristalográfica que deu origem a esta martensita? Pois a austenita que deu origem a uma martensita não-termoelástica acolheu a componente de deformação plástica durante o crescimento dos núcleos de martensita. Ou seja, durante a transformação martensítica, a austenita que está sendo consumida tem sua densidade de discordância alterada na região de interface da transformação, o que faz sua cristalografia mudar em termos defeitos e tensões internas associada a discordâncias. Assim durante o aquecimento (processo de revenimento) o material irá passar por transformações microestruturais associadas a processos difusionais, que irão alterar a cristalografia/microestrutura da martensita formada (martensita revenida), como também promover a formação de precipitados até que atinja-se o campo de estabilidade da austenita. 181 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Não-Termoelásticas - • É uma fase metaestável que aparece com o resfriamento brusco da austenita, como resfriando-se uma amostra austenizada em água. • A transformação ocorre por cisalhamento da estrutura, sem difusão. • O nome “transformação martensítica” é aplicado às reações no estado sólido que ocorrem por cisalhamento sem mudança na composição química (difusão) e aparecem em vários sistemas, sendo o mais conhecido o ferro-carbono. 182 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Não-Termoelásticas - Revenimento: O aquecimento da martensita permite a reversão do reticulado instável ao reticulado estável cúbico centrado, produz reajustamentos internos que aliviam as tensões e, além disso, uma precipitação de partículas de carbonetos que crescem e se aglomeram, de acordo com a temperatura e o tempo. Efeito da temperatura de revenido sobre a dureza e a resistência ao choque (expressa em valores Charpy) de um aço 1045 temperado. 183 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Não-Termoelásticas- 184 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Não-Termoelásticas (Exemplo Sistema Fe-C) - C a c %045,01+= 185 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Não-Termoelásticas (Exemplo Sistema Fe-C) - 186 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Não-Termoelásticas (Exemplo Sistema Fe-Ni) - 187 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Efeito dos Elementos de Liga nas Transformações Martensíticas Não- Termoelásticas (Exemplo Sistema Fe-C ) - Influência do manganês e do carbono sobre a temperatura Mi de início da formação da martensita. Influência do cromo e do carbono sobre a temperatura Mi de início de formação da martensita. Outros exemplos além dos anteriormente apresentados na comparação entre as transformações. 188 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Efeito dos Elementos de Liga nas Transformações Martensíticas Não- Termoelásticas (Exemplo Sistema Fe-C ) - Efeitos causados pela adição de boro: •Aumenta a temperabilidade em aços hipoeutectóides; não tem efeito em aços eutectóides, e diminui a temperabilidade em aços hipereutectóides. O aumento na temperabilidade é devido ao retardo na nucleação da ferrita pró-eutectóide e na transformação bainítica superior. •Os teores entre 0,0005% a 0,003% proporcionam o máximo efeito na temperabilidade. •O efeito torna-se menos pronunciado à medida que se aumenta o teor de carbono do aço. •A austenitização a temperaturas relativamente elevadas ocasiona prejuízo no efeito do boro sobre a temperabilidade. •O efeito na temperabilidade aumenta com a diminuição do tamanho de grão austenítico. •Não influencia nem a faixa de temperatura nem a taxa de formação da martensita, bainita inferior, ou perlita. •Certos tratamentos térmicos em aços contendo adição de boro promovem a formação de um constituinte especial identificado como Fe23(B,C)6. •Deve-se também ressaltar que pequenas adições de boro melhoram as características de trabalho a quente dos aços austeníticos e aumentam a resistência à fluência e a ductilidade tanto de aços austeníticos quanto de ferríticos. 189 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Efeito do Tamanho de Grão e Homogeneidade da Austenita nas Transformações Martensíticas Não-Termoelásticas (Exemplo Sistema Fe-C ) - Os aços com tamanho de grão austenítico grande tendem a apresentar, no resfriamento, estrutura martensítica mais facilmente do que aço com tamanho menor. O fato de um tamanho de grão grande facilitar a obtenção de estrutura martensítica pode levar à conclusão que se deve preferir um aço de granulação grosseira. Essa conclusão é, entretanto, errônea, visto que os prejuízos de uma granulação grosseira são maiores que as vantagens, como foi mostrado anterior em tabela descritiva da influencia do tamanho de grão nas propriedades de aço fruto de transformações difusionais ou adifusionais. Dada influência do tamanho de grão sobre o comportamento do aço nos tratamentos térmicos e até mesmo termomecânicos, é importante que se possa controlá-lo. A adição determinados elementos de liga irão permitir este controle devido a sua precipitação e permanência durante as elevadas temperaturas de processamento do material (iremos estudar com mais detalhes no futuro). Os efeitos da homogeneidade da austenita foram apresentados anteriormente, onde o empobrecimento de elementos de ligas que aumentam a temperabilidade em regiões que circundam carbonetos e/ou carbonitretos, regiões estas onde a martensita irá se nuclear (contornos de grão e contornos de agulhas/ripas de martensita) irá promover um decréscimo na temperabilidade nesta regiões e promover a formação de perlita. 190 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas - 191 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas - Diagrama Temperatura x Tensão em Transformações Martensíticas Termoelásticas 192 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - R esfria m e nto Austenita (B2) Cúbica Martensita (B19’) Monoclínica Fase-R (R) Trigonal Aq u ecim e nto B2 Fase-R B19' Tensão σR Tensão σM Temperatura Constante A transformação martensítica e a reversível sempre irão ocorrer independente da taxa de resfriamento empregada! 193 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de49 a 51%Ni) - Comportamento Elástico Semelhante a borracha Superelasticidade Passível de Efeito de Memória de Forma se Aquecido acima de Af Superelasticidade reduzida + deformação convencional (sem TM e TR) 194 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - T e n s ã o Extensão Apresenta ductilidade apreciável!!! Td = Temperatura de deformação Passível de Efeito de Memória de Forma se Aquecido acima de Af 195 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - T e n s ã o Extensão Apresenta ductilidade apreciável!!! Td = Temperatura de deformação Passível de Efeito de Memória de Forma se Aquecido acima de Af 196 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - T e n s ã o Extensão Td = Temperatura de deformação Comportamento Elástico Semelhante a borracha Apresenta ductilidade apreciável e recuperação da forma parcial com a remoção da carga!!! 197 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - T e n s ã o Extensão Apresenta ductilidade apreciável e recuperação da forma com a remoção da carga!!! Td = Temperatura de deformação Superelasticidade 198 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - T e n s ã o Extensão Apresenta ductilidade apreciável e recuperação da forma parcial com a remoção da carga!!! Td = Temperatura de deformação Superelasticidade reduzida + deformação convencional (sem TM e TR) 199 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - Aspectos Microestruturais da Martensita Termoelástica 200 Transformações de Fase Metalurgia Física Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica Transformações de Fase Adifusionais - Martensíticas Termoelásticas (Exemplo – Sistema Ni-Ti de 49 a 51%Ni) - Faixa de Dureza da Martensita e da Austenita Martensita Austenita
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