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CONTESTAÇÃO NPJ

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AO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE MACAÉ-RJ.
Autos do Processo nº ...
MARÍLIA, brasileira, solteira, do lar, inscrita no RG nº 45789456152 e no CPF nº 457.895.654-24, residente e domiciliada na Rua Velho Campos, nº 290, centro, nesta Cidade, CEP 78.578-000, vem, tempestivamente, por meio de seu advogado (procuração anexa), com endereço na Avenida Rui Barbosa, nº 303, Galeria Quissamã, sala 5-C, Macaé/RJ, apresentar CONTESTAÇÃO, com fundamento no artigo 335 do Código de Processo Civil, na ação de guarda compartilhada e regulamentação de visita, , em face de PATRICK, solteiro, professor, inscrito no RG sob nº 2657895 e no CPF º 068.985.236-00, residente e domiciliado na Rua Vereador Abreu Lima, nº 71, centro, nesta Cidade, CEP 28.898-000, pelo que expõe e requer a Vossa Excelência o seguinte.
I - DA AÇÃO PROPOSTA
				Segundo o requerente ambos tiveram um relacionamento amoroso, e em decorrência dessa relação gerou-se uma filha Ana Júlia, que atualmente possui 05 anos de idade.
				No momento em que houve a separação, foi combinado que o requerente, ora pai, faria visitas freqüentes nos finais de semana, feriados alternados e as férias escolares seriam junto com o pai.
				Alega o requerente que nas últimas semanas, a requerida passou obstaculizar o exercício do direito de visita. Sem justificativa alguma, consiste em não atender os telefonemas.
				Aduz o requerente que as razões do impedimento da requerida não dispor a visita seja pelo fato do seu novo namoro.
				O requerente requer ainda que caso o pedido seja procedente que não seja mais necessário efetuar o pagamento de pensão alimentícia.
				Diante das alegações do requerente, visa a requerida através da peça de oposição que o provimento seja deferido em parte.
II - DA DEFESA DO MÉRITO
Da exoneração da pensão alimentícia
				No que consiste a pretensão do requerente é de obter a guarda compartilhada e a exoneração da pensão, muito embora a última pretensão não deve prosperar porque não esta nos pedidos. 
				Nesse sentido não deve prosperar o pedido de exoneração da pensão alimentícia, conforme determina o Codex Civil, in verbis:
Art. 492.  É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único.  A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional.(grifo nosso)
				Nesse prisma, deve ser observado o princípio da congruência que dispõe em seu entendimento da proibição ao magistrado prolatar sentença além do foi pedido. Pois não poderá conceder nada a mais.
				Assim, como não poderá fundamentar-se em causa de pedir diferente da narrada pelo autor; caso não seja observado esse princípio a sentença será considerada nula.
				Todavia, para que não reste nenhuma dúvida a guarda compartilhada não se confunde com a extinção dos alimentos ao menor.
Da guarda compartilhada
				Inicialmente, deve-se observar, que o interesse da criança é soberano e indisponível. O compartilhamento da guarda da criança entre o requerente e requerida certamente prejudicará o bom desenvolvimento da mesma, pelos seguintes motivos: pelos pais não possuírem uma relação harmônica, pois atualmente o autor tem um relacionamento com uma pessoa que tem ficha criminal por maus tratos aos filhos menores, trafico de drogas, furto e roubo. Fatos que corroboraram para a requerida dificultar a ida da criança para a casa do pai.
				Conforme a ficha criminal carreada a esta peça de oposição, deve o Magistrado considerar que hoje, na situação de convivência do requerente, é um risco deferir tal pleito em desfavor da ré, ora contestante. Por isso não deve prosperar tal pretensão.
				Ademais, como vimos na peça vestibular, o requerente, conforme já mencionado, tem expectativas de exonerar-se da obrigação de prestar alimentos à sua filha, utiliza do fraco argumento de uma possível adoção e com o compartilhamento de guarda da criança para exonerar-se de seus deveres de pai quanto à saúde alimentação e outros auxílios à sua filha.
				Por isso, deve-se ser feito estudo social através de equipe interdisciplinar (assistente social, psicólogo dentre outros profissionais) com o fito de demonstrar se o requerente teria condições para o exercício de possível guarda da filha. Pois como dito anteriormente, o que está sendo analisado é melhor interesse da criança. Retirá-la de um local onde está sendo dado todo apoio, carinho e cuidados com sua saúde e compartilhar o convívio com uma pessoa com ficha criminal extensa e ainda menciona exonerar-se da obrigação de pai para alimentos seria um disparate.
				Conforme art. 1.584 §3º do código civil brasileiro, conforme:
§ 3º. Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico profissional ou de equipe interdisciplinar. Código Civil brasileiro. Artigo 1.584, § 3º.
Do direito de visitação
				Conforme vimos acima, a requerida, sempre deixou o autor livremente para compartilhar a criação da filha, e que depois que o mesmo começou a namorar fez que dificultasse a ida da menor para casa do autor, haja vista o elevado conjunto de provas acostas na peça de resistência, gerou enorme medo em dispor sua filha a ir para a casa do pai.
				Por essas razões requer que as visitações sejam reguladas de modo a que se dêem na sua companhia, no sentido de preservar os interesses da criança, nos termos do art. 18 do EC.
III - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
				Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência o seguinte:
				1. A improcedência em parte da Inicial e, via de consequência, a procedência da Contestação apresentada;
				2. Os benefícios da justiça gratuita, por ser a Requerida pobre no sentido legal;
				3. Sejam as visitações reguladas de modo a que se dêem na companhia da ré, nos termos do art. 18 do ECA;
				4. determine-se a intimação de representante do Ministério Público;
				5. A produção de todos os meios de provas admitidos no Direito, sendo testemunhal, documental, pericial (estudo social), depoimento pessoal e ulterior juntada de documentos;
				Nestes termos, pede deferimento.
				Local e data...
Luciano Gomes da Silva Villaça
Advogado
OAB/RJ nº 209.386-E

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