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Teoria dos Títulos de Crédito

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CASO 1:
A) Na transferência dos cheques por endosso, opera-se a abstração quanto à causa de emissão ou àquela que determinou a transferência anterior. Passando o título ao endossatário, os vícios ou questões relativos aos negócios entre as partes anteriores, inclusive o emitente, não podem ser opostos ao portador atual do título, exceto se estiver de má fé ou se tratar de vício de forma. Estas considerações sobre a teoria dos títulos de crédito devem ser aplicadas no caso proposto, em especial à argumentação de Carolina, emitente do cheque, para embasar o direito da faturizadora, na condição de endossatária. Para refutar o argumento apresentado por Carolina para não efetuar o pagamento ou cancelar a sustação dos cheques, o advogado poderá invocar a característica da abstração dos títulos de crédito à ordem em relação ao negócio ou causa anterior à atual transferência. Com isto, a insatisfação de Carolina com a qualidade do produto é uma exceção pessoal oponível apenas ao vendedor, que não pode ser alegada perante o faturizador, diante da abstração dos cheques em relação à causa de sua emissão no momento do endosso, com base no Art. 25 da Lei nº 7.357/85.
B) O examinando deverá identificar na legislação sobre o cheque (Lei nº 7.357/85) que a cláusula não à ordem importa na transmissão do cheque obrigatoriamente pela forma e efeito de cessão de crédito. Ademais, é preciso demonstrar que o examinando conhece a distinção entre endosso e cessão de crédito em seus efeitos, de modo a afirmar que na cessão de crédito, regulada pelo Código Civil, são cabíveis exceções pessoais tanto em relação ao cedente quanto ao cessionário. Portanto, o argumento levantado por Carolina seria analisado de modo diverso caso a transferência dos cheques tivesse sido feita por cessão de crédito.
JURISPRUDÊNCIA 
RECURSO ESPECIAL. COMERCIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE TÍTULO COM PEDIDO DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO. ENDOSSO DO CHEQUE. CIRCULAÇÃO. PRINCÍPIOS DA AUTONOMIA E DA ABSTRAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO (CC/2002, ARTS. 915 E 916; LEI 7.357/85 - LEI DO CHEQUE -, ART. 25). VERIFICAÇÃO DA CAUSA SUBJACENTE DO NEGÓCIO JURÍDICO. OPOSIÇÃO DE EXCEÇÕES PESSOAIS AO PORTADOR DO TÍTULO ENDOSSADO. HIPÓTESE DE COMPROVAÇÃO DE MÁ-FÉ. NÃO OCORRÊNCIA NO CASO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. De acordo com o que dispõem o Código Civil de 2002, em seus arts. 915 e 916, e a Lei do Cheque, em seu art. 25, o devedor somente pode opor ao portador as exceções fundadas em relação pessoal com este ou em relação ao título, em aspectos formais e materiais. Nada pode opor ao atual portador relativamente a relações pessoais com os portadores precedentes ou mesmo com o emitente do título. 2. A única ressalva legal, que viabiliza as exceções mencionadas, tem cabimento quando o portador estiver agindo de má-fé, circunstância que não se verifica na espécie. 3. Recurso especial conhecido e provido para julgar improcedente a ação declaratória de nulidade de títulos e de sustação de protesto.
(STJ - REsp: 889713 RS 2006/0206958-1, Relator: Ministro RAUL ARAÚJO, Data de Julgamento: 07/10/2014, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 17/11/2014)
CASO 3:
CLASSIFICAÇÃO DUPLICATA CHEQUE
Quanto a titulo de crédito É um titulo de crédito próprio, pois e na sua essência uma relação de credito. É um título de credito impróprio, pois na sua essência e uma ordem de pagamento à vista. 
Quanto a emissão Causal – por que a lei determina que a causa mantenha vinculo com a emissão do título Abstrato – pois a causa da emissão do título se desvincula dele no momento de sua emisão.
Quanto à estrutura Ordem de pagamento, onde existem três figuras jurídicas envolvidas; Sacador – Sacado –Beneficiário. Ordem de pagamento, onde existem três figuras jurídicas envolvidas; Sacador – Sacado –Beneficiário.
Quanto ao modelo Vinculado  pois são títulos que adotam um padrão especial de acordo com o previsto em lei. Vinculado – pois são títulos que adotam um padrão especial de acordo com o previsto em lei.
Quanto à circulação Nominativo – sempre por endosso Portador, nos casos de cheque ate R$ 100,00/ Nominativo (à ordem/ não a ordem)
JURISPRUDÊNCIA
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONVERSÃO DE AÇÃO MONITÓRIA NÃO EMBARGADA EM EXECUÇÃO. ILEGITIMIDADE ATIVA. CHEQUE. DUPLICATAS. EXIGIBILIDADE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO ADIMPLEMENTO. ILEGITIMIDADE ATIVA. A arguição de ilegitimidade ativa da apelada para a cobrança do cheque sub judice não encontra respaldo nos autos. Por mais que a cártula tenha sido emitida pelo recorrente nominalmente a uma terceira pessoa, posteriormente, esse foi endossado à Cooperativa Agrícola Soledade. Tratando-se de transmissão de título que observou os requisitos legais para a sua validade, legítima é a portadora do cheque para o ajuizamento de demanda visando ao seu adimplemento. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO. Possui o cheque a característica da autonomia, ou seja, consubstancia uma promessa de pagamento desvencilhada do negócio jurídico subjacente que deu origem à sua emissão, devendo o seu pagamento se dar sempre a quem detém legitimamente a cártula. Inexistindo prova de que o demandante tenha adimplido seu débito à real credora, não há como pretender a declaração da quitação do seu débito. DUPLICATAS. Duplicatas que se encontram atreladas ao fornecimento de materiais de construção ao embargante que foram devidamente descritos na nota fiscal-fatura juntada ao feito. Não possui relevância a ausência de aceite pessoal do devedor em referidos títulos, haja vista a existência de assinatura do devedor na nota que comprova a entrega das mercadorias. Nesse contexto, cabia ao embargante a produção... da prova do pagamento dos materiais que lhe foram fornecidos, ônus do qual não se desincumbiu. ENCARGOS DECORRENTES DA MORA. Quanto aos juros moratórios incidentes sobre o valor devido, não demonstrou o apelante qualquer excessividade na quantia cobrada pela adversa, a qual se limitou a atualizar o débito até a data de ajuizamento da demanda, como lhe é determinado pelo Código de Processo Civil no seu art. 259, inciso I. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE AFASTADA. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70050281674, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ana Lúcia Carvalho Pinto Vieira Rebout, Julgado em 30/10/2014).
(TJ-RS - AC: 70050281674 RS, Relator: Ana Lúcia Carvalho Pinto Vieira Rebout, Data de Julgamento: 30/10/2014, Décima Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 04/11/2014)

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