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Profa. Luciana Pereira Rangel Sala A-24SS lprangel@pharma.ufrj.br Variáveis Pré-analíticas e Flebotomia Fase pré-analítica • Erros e variáveis na fase pré-analítica podem afetar os resultados dos exames; • As variáveis dos pacientes incluem atividade física, dieta, idade, sexo, variações circadianas, postura na coleta, estresse, obesidade, fumo e medicações; • A execução perfeita do procedimento de coleta pode minimizar variáveis como hemólise, hemoconcentração, formação de coágulos e outros fatores que possam levar à rejeição da amostra ou a resultados errôneos; • Os tubos de coleta são classificados por cores com base nos conservantes e cada um é adequado a um grupo de testes. • Outros fatores as serem considerados: • Treinamento da equipe quanto a coleta e a confidencialidade • Conservação da amostra • Volumes de coleta adequados para o conservante e para a análise a ser feita • Hemólise, icterícia, lipemia – afetam medidas • Responsável por cerca de 70% dos erros ocorridos nos laboratórios clínicos (procedimentos automatizados). Indicação do exame Redação da solicitação Transmissão de eventuais instruções de preparo do paciente Procedimentos de coleta Acondicionamento Preservação e transporte • Até o momento em que o exame seja, efetivamente, realizado. Fase pré-analítica • Para ter valor clínico, devemos: • Registrar o horário de coleta, • Referir o uso de determinados medicamentos (incluindo tempo de uso e dosagem) • Cuidados técnicos de procedimento (tubos, anticoagulantes e conservantes específicos) • A descrição exata do local da coleta (ex: para a análise microbiológica) . Fase pré-analítica Cuidados • Variação cronobiológica, gênero, idade, atividade física, jejum, dieta e uso de drogas para fins terapêuticos ou não. • Além de variáveis específicas de cada paciente (transfusão). Fase pré-analítica Idade • Efeito geralmente é transitório e decorre da mobilização de água e outras substâncias entre os diferentes compartimentos. • Variações nas necessidades energéticas do metabolismo. • O esforço físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas (creatinaquinase, a aldolase e a asparato aminotransferase). Atividade Física Exercício • É preconizado um período de jejum para a coleta de sangue para exames laboratoriais (8 horas). • Evitar jejum muito prolongados (>16 horas), ex: diminuição de T4 e T3. • Dieta - mesmo com o jejum pode interferir em alguns casos (TOTG). • Os estados pós-prandiais, em geral, acompanham-se de turbidez do soro. Jejum Alimentação Jejum prolongado Principais Causas de Variação Lipemia • Diferentes níveis de lipemia pós-prandiais normalmente causam turbidez ao soro. • Interferem em exames por metodologias colorimétricas ou turbidimétricas, como em dosagens de proteínas e glicose. Outras causas de variação Hemólise • Hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames, mas se for de intensidade significativa causa aumento na atividade plasmática de algumas enzimas, como aldolase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e nas dosagens de potássio, magnésio e fosfato. • Estado emocional: normalmente, os paciente chegam ao laboratório alterados emocionalmente, principalmente em estado de estresse (vasoconstrição venosa) • Temperatura: Febre. Diversas alterações podem ocorrer em pacientes neste estado (ex.: alterações em hemogramas, proteínas de fase aguda, etc.). Outras causas de variação Inúmeras podem ser as variáveis na fase pré-analítica que envolvem os processos no laboratório e que são responsáveis por cerca de 60% das falhas, sendo as mais evidentes: • amostra insuficiente; • amostra incorreta; • amostra inadequada; • identificação incorreta; • problemas no acondicionamento e transporte da amostra. Outras causas de variação • Substâncias com finalidades terapêuticas ou não podem causar variações in vivo e in vitro. Uso de fármacos e drogas de abuso • Referir os efeitos do fumo e do álcool. • Fumo Elevação na concentração de hemoglobina, nos números de leucócitos e de hemácias, além da adrenalina, aldosterona e cortisol. Diminuição do HDL. • Etanol Uso esporádico - alterações significativas na glicose, de ácido láctico e de triglicerídeos. Uso crônico - elevação da atividade da gama glutamiltransferase. Uso de fármacos e drogas de abuso Efeitos do álcool Variações relacionadas ao ritmo circadiano e estações do ano • T3 é 20% menor no verão • Vitamina D se eleva no verão cortisol: coleta no início da manhã Variações relacionadas ao ritmo circadiano e estações do ano Na gravidez Aumento das proteínas de transporte Tiroxina, lipídeos, Cu+ e ceruloplasmina Hemodiluição Proteína total, albumina e hemoglobina Aumento corporal (volume e metabolismo) Clearance de Creatinina Deficiência relativa pelo maior consumo Ferro sérico e ferritina, ácido fólico, B12 Aumento das proteínas de fase aguda VHS Tipos de conservantes 1. EDTA: (etilenodiamino-tetra-acético) tubo tampa roxa ou lilás. Conserva a morfologia das células sangüíneas. 2. Citrato de Sódio: tubo tampa azul. Preserva os fatores hemostásicos. 3. Fluoreto de Sódio: tubo tampa cinza. Retarda o metabolismo glicolítico. 4. Heparina: tubo tampa verde. Conservante multi- funcional, principalmente para aferições gasosas. Homogeneização para tubos de coleta de sangue • A homogeneização deve ser feita por inversão conforme ilustrado: • Amostras até 1 hora podem permanecer a temperatura ambiente. • Limites para a temperatura: ambiente de 18 a 25oC refrigeradas, de 4 a 8oC, e congeladas, abaixo de 20oC negativos. • Sem especificação - caixa de isopor com gelo. • Gelo seco (congelada) • Amostras de plasma ou soro que são congeladas e descongeladas tem desnaturação de proteínas. Transporte e armazenamento da amostra Etiqueta (nome, data, horário, funcionário) Sem hemólise. Amostras com anticoagulantes não devem apresentar coágulo. Transporte adequado. Os tubos devem estar sem contaminação. Armazenar as amostras até a análise. Critérios a serem observados para o aceite da amostra Coleta sanguínea - A flebotomia é definida como o processo de coleta sanguínea. - A amostra sanguínea deve ser adequadamente conservada em tubos com ou sem substâncias conservadoras específicas. BIOSSEGURANÇA: • No setor de coleta devem ser utilizados vários utensílios de biossegurança regulamentados, como: • luvas de látex descartáveis, • jaleco branco de mangas compridas, • óculos, • material descartável, • pias com torneiras de pressão, • lixo biológico para o descarte de materiais utilizados no laboratório, • higiene da sala de coleta e do flebotomista. Coleta sanguínea TIPOS DE PUNÇÃO CAPILAR VENOSA ARTERIAL COLETA SANGUÍNEA SEMIOLOGIA DA COLETA VENOSA: 1. Preparo do material para a coleta; 2. Anamnese; 3. Garroteamento; 4. Pesquisa do sítio de punção; 5. Assepsia da área de punção; 6. Punção; 7. Obtenção da amostra sanguínea; 8. Desgarroteamento; 9. Pressão com algodão no sítio puncionado; 10. Remoção da agulha; 11. Observação da coagulação. Coleta sanguínea • Aplicação do Garrote • Ao se aplicar o torniquete por um tempo de 1 a 2 minutos, ocorre aumentoda pressão intravascular no território venoso, facilitando a saída de líquido e de moléculas pequenas para o espaço intersticial. • hemoconcentração relativa Coleta sanguínea Coleta sanguínea Escolher uma região para punção envolve algumas considerações: • Não selecionar um local do braço no mesmo lado de uma mastectomia ou amputação; • Não selecionar um local em que o paciente foi submetido a infusão intravenosa; • Não selecionar um local com hematomas, edema, contusão ou com múltiplas punções. Coleta sanguínea • Principal sítio de punção venosa 1. Arco venoso dorsal Coleta sanguínea Principais sítios de punção venosa braquial: 1. Veia cubital média, 2. Veia basílica; 3. Veia cefálica; 4. Veia cefálica acessória. Coleta sanguínea • Depois de realizada a antissepsia, aguardar o tempo necessário para a ação do antisséptico. Isso evitará a sensação de ardor durante a penetração da agulha e o risco de hemólise da amostra. • Depois de realizada a antissepsia, o flebotomista nunca deverá assoprar, abanar ou tocar novamente a região. Coleta sanguínea Coleta sanguínea Coleta sanguínea Coleta sanguínea Coleta sanguínea Coleta sanguínea Coleta sanguínea Coleta sanguínea Erros no descarte Coleta sanguínea Punção venosa adequada • O ângulo oblíquo de 30° da agulha em relação ao braço do paciente foi respeitado, agulha penetrou centralmente na veia e o bisel da agulha foi inserido voltado para cima. Coleta sanguínea • PRINCIPAIS ERROS DE PUNÇÃO: - Penetração incompleta do bisel na veia: Coleta sanguínea • PRINCIPAIS ERROS DE PUNÇÃO: -Transfixação do vaso: Coleta sanguínea • PRINCIPAIS ERROS DE PUNÇÃO: -Punção imprecisa: Coleta sanguínea • PRINCIPAIS ERROS DE PUNÇÃO: - Aspiração incorreta: Coleta sanguínea • PRINCIPAIS ERROS DE PUNÇÃO: - Colabamento do vaso: Coleta sanguínea COMPLICAÇÕES NA COLETA • flebites – Inflamação da parede das veias • tromboflebites – Alteração da veia associada à formação de coágulo na veia inflamada, geralmente causada por substâncias irritantes Coleta sanguínea • Hematoma • É a formação de uma mancha roxa no local da punção acompanhado ou não de dor, em decorrência do extravasamento de sangue por alguma falha na coleta (Ex: punção prolongada com ordenha excessiva, transfixação da veia, manipulação excessiva do vaso e falta de orientação ao paciente). • Existem casos, onde o hematoma pode ocorrer em decorrência de alterações fisiológicas do próprio indivíduo ou por não seguir as instruções fornecidas pelo profissional da coleta. Coleta sanguínea Coleta sanguínea Coleta capilar - realização do teste do pezinho • Material • - Papel de filtro especial. • - Álcool 70% • - Algodão • - Lanceta estéril. Coleta sanguínea Papel de filtro para coleta Sítios de Punção Utilizar somente a região medial do calcanhar Profundidade de perfuração menor do que 2,4 mm Material insuficiente Material manchado com plasma Material coletado de forma adequada Coleta sanguínea
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